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Nitrogênio em pastagens: sistemas extensivos

VÁRIOS AUTORES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/03/2008

2 MIN DE LEITURA

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Os sistemas extensivos de produção animal em pastagens são caracterizados pelo baixo uso de insumos externos e pela baixa eficiência de uso da terra (produtividade animal por área baixa). Nestes sistemas, as plantas utilizam nutrientes provenientes, principalmente, da mineralização da matéria orgânica e da reciclagem de nutrientes. Em algumas áreas, principalmente onde verifica-se a presença de leguminosas, a fixação biológica também representa uma importante fonte de nitrogênio.

A produtividade dos sistemas extensivos depende, em grande parte, da quantidade de matéria orgânica presente no solo. Este componente, além de fornecer nutrientes às plantas, interfere em outras características químicas, físicas e biológicas do solo como, por exemplo, capacidade de troca de cátions, poder tampão, estrutura e capacidade de armazenamento de água e atividade da biomassa microbiana. Por isso, a queima dos restos vegetais resulta em contínuo empobrecimento do solo.

O teor de carbono (C) orgânico de um solo em equilíbrio com a vegetação é uma função das adições e decomposições, ou seja, C=B.M/K, onde C é o teor de carbono orgânico em equilíbrio, B é a quantidade de matéria fresca adicionada, M é a taxa de conversão de matéria fresca em carbono orgânico e K é a taxa anual de decomposição de carbono orgânico (Sanchez, 1981).

A taxa de conversão de matéria orgânica fresca em húmus gira em torno de 30 a 50% por ano e é relativamente constante nos diferentes ambientes, já as taxas de decomposição do húmus (K) dependem de uma série de fatores ligados à atividade dos microrganismos, à qualidade do material adicionado e a algumas características do solo que podem até certo ponto serem manipuladas, como temperatura e umidade (Sanchez, 1981).

Dos fatores citados por Sanchez (1981) como determinantes do nível de C orgânico no solo, a quantidade de matéria orgânica fresca adicionada é o mais fácil de ser manipulado. Em áreas superpastejadas, a quantidade de material orgânico fresco adicionada ao solo é reduzida em virtude tanto da menor taxa de crescimento e, consequentemente, do menor acúmulo de biomassa da planta como um todo, quanto do menor retorno de material da parte aérea da planta.

Aumentos na produtividade por meio do bom manejo animal e adubações adequadas são, portanto, importantes quando se deseja aumentar o teor de matéria orgânica do solo (Havlin & Schlegel, 1989). Em se tratando de sistemas extensivos de produção, o primeiro passo deve ser o planejamento da produção de alimentos volumosos da propriedade, evitando-se a escassez de forragem em períodos críticos (por exemplo, secos), o que leva o produtor a praticar o superpastejo (veja artigos sobre o tema neste radar).

O passo seguinte é a pratica de adubações estratégicas, para garantir um aporte mínimo de nitrogênio (N) que confira perenidade ao pasto. Sem nitrogênio a pastagem não consegue fixar ou seqüestrar o gás carbônico (CO2) da atmosfera. A quantidade mínima de nitrogênio, necessária para garantir a manutenção do pasto ao longo dos anos, e sua freqüência de aplicação precisam ser melhor definidos. Inicialmente, uma boa alternativa é substituir a prática de reformas periódicas da pastagem por adubações com cerca de 50 kg/ha de nitrogênio aproximadamente a cada três anos, ao final do período das águas. Esta adubação pode ser feita em forma de rodízio, suprindo uma porcentagem dos pastos a cada ano, e pode ser aliada à prática de diferimento de uso das pastagens.

Outra alternativa para pastagens extensivas é a implantação de sistemas silvi-pastoris, utilizando leguminosas arbóreas, e espécies arbóreas de valor econômico, que melhoram o uso da terra e a receita da propriedade.

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THIAGO ALVES DE OLIVEIRA

REGISTRO - SÃO PAULO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 19/09/2008

Patrícia, o diferimento de pastagens ajuda a aumentar o teor de materia organica do solo?
FÁBIO ANDRADE TEIXEIRA

ITAPETINGA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/05/2008

Parabens pelo artigo,

Gostaria de saber se voces conhecem algum trabalho sobre adubação nitrogenada e produção de leite em pastagens de brachiaria?
Se possível envie um email.

Grato

<b>Resposta da autora</b>

Prezado Fábio,

Existe bastante informação publicada sobre uso de nitrogênio em pastagens. Sugiro que você faça uma busca pelo portal "Periódicos" da Capes (www.periodicos.capes.gov.br) ou pelo portal Peri
(https://www.esalq.usp.br/biblioteca/peri.htm).

Atenciosamente,
Patricia Santos
Embrapa Pecuária Sudeste
PATRICIA MENEZES SANTOS

OUTRO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 12/05/2008

Prezado José Renato,
Tenho informações de que o uso de cama-de-frango para adubação de pastagens está restrito por determinação do Ministério da Agricultura.
A aplicação de nitrogênio logo antes da vedação do pasto é uma alternativa para se acumular maior quantidade de forragem. A adequação desta técnica ao sistema de produção deve ser avaliada caso a caso.
PATRICIA MENEZES SANTOS

OUTRO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 12/05/2008

Prezado Franco,
A viabilidade econômica das tecnologias depende de uma série de fatores e características do sistema de produção e da propriedade em si. Por este motivo, acredito que a adoção de uma nova técnica deva ser avaliada de forma individual para cada propriedade.
PATRICIA MENEZES SANTOS

OUTRO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 12/05/2008

Prezado Estevão,
No caso do fósforo, as chances de perda por volatilização ou lixiviação são bem menores e o impacto imediato na produção do capim, normalmente, não é tão alto quanto aquele observado com a aplicação de nitrogênio. A aplicação no final do período das água, portanto, não contribuiria para reduzir a estacionalidade de produção.
Não tenho experiência prática com pastagens consorciadas. Pelo que tenho visto na literatura, o estilosantes parece uma boa opção. No entanto, seria interessante que você buscasse a opinião de técnicos que venham trabalhando com pasto consorciado.
JOSE RENATO DE FREITAS ALMEIDA II

MINEIROS - GOIÁS - ESTUDANTE

EM 31/03/2008

A aplicação deste N no final das chuvas não seria algo a se pensar melhor?
Em minha região, temos a cama de frango com facil acesso e preço bom, seria uma alternativa? caso seja poderia jogar quanto? uns 2500 kg/ha?
ESTEVÃO

PONTALINA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/03/2008

Inicialmente gostaria de parabenizar pelo texto que achei muito interessante, porém tenho duas perguntas:

1) Quanto ao uso do supersimples na área, você também acha mehor o uso ao final do período das águas?

2) Reforço a pergunta do Sr. Kleber Clemente mas voltada para ao gado de leite.

Grato pela atenção,

Estevão.
FRANCO OTTAVIO VIRONDA GAMBIN

JAMBEIRO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/03/2008

Oportuna a citação de incremento de nitrogenio nos pastos por meios não químicos. Aproveito para perguntar aos pesquisadores, se tem algum trabalho sobre limite da viabilidade economica (custo) para aplicação de nitrogenio químico (uréia ou sulfato de amônea), pois dizem que o leite subiu para o produtor (é verdade) um pouco, mas os preços dos adubos e dos insumos subiram muito mais.
PATRICIA MENEZES SANTOS

OUTRO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 26/03/2008

Prezado Aritócles Borges da Mata Jr.,

A idéia deste artigo é tratar do tema "nitrogênio" em sistemas extensivos. Sem dúvida, as respostas ao nitrogênio são melhores no período de maior precipitação.

Em sistemas extensivos, no entanto, normalmente busca-se reduzir a estacionalidade de produção e não acentuá-la, por isto a sugestão de se fazer a adubação no final do período das águas e, até mesmo, aliar esta prática ao diferimento do uso do pasto.
ARISTÓCLES BORGES DA MATA JR.

OUTRO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 25/03/2008

Qual o motivo de ser no final das águas, se a resposta do nitrogênio e proporcional a água disponível no solo. Não seria melhor no período que concentra mais as chuvas?
KLEBER CLEMENTE

FRUTAL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/03/2008

Gostaria de saber quais as leguminosas que tem o melhor aproveitamento na fixação de nitrogenio e melhor resultado no consorciamento para gado de corte.

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