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Impacto da avaliação genética de carneiros na produção de carne ovina

VÁRIOS AUTORES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/11/2009

3 MIN DE LEITURA

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A seleção de matrizes e reprodutores é uma das principais ferramentas para alterar geneticamente as populações. Entretanto, a identificação dos animais mais adequados, para determinada função econômica não é simples, pois o valor genético (mérito genético) dos indivíduos não é visível e, por isso, precisa ser estimado.

O desempenho dos animais (ganho de peso, idade ao primeiro parto, produção de leite, área de olho de lombo, entre outros....) é denominado Fenótipo. Tal expressão das diferentes características de um indivíduo é influenciada por sua informação genética, chamada Genótipo, e também pelo Ambiente onde é criado, além da combinação entre tais efeitos, que compõem a influência Genótipo x Ambiente.

Matematicamente, o Fenótipo pode ser representado pela seguinte equação:

Fenótipo = Genótipo + Ambiente + Interação Genótipo Ambiente

Nota-se que o ambiente (manejo nutricional, sanitário, clima, instalações) pode de fato contribuir para melhorar o fenótipo, por exemplo, um indivíduo poderá ganhar mais peso quando lhe for proporcionado um ambiente mais adequado. No entanto, esse "benefício" proporcionado pelo meio ambiente não é transmitido de uma geração para outra e, portanto, não melhora geneticamente a população. Para que identificar os animais geneticamente superiores é necessário separar do Fenótipo apenas o que é devido ao Genótipo e este processo é denominado Avaliação Genética.

Atualmente os cálculos estatísticos realizados nas Avaliações Genéticas empregam o modelo animal, através de uma metodologia denominada BLUP. Dentre as vantagens do procedimento BLUP pode-se destacar a incorporação de todas as informações disponíveis para a predição dos valores genéticos, tais como: informações do próprio indivíduo, da progênie, dos ancestrais e dos demais registros que houver no arquivo de dados. Além disso, permite a comparação de animais em diferentes rebanhos, desde que existam reprodutores em comum. As instituições Federais e Estaduais de pesquisa utilizam a mesma metodologia de outros países e, atualmente, nas áreas de bovinos de corte e leite, o Brasil já figura como exportador de material genético de qualidade provada.

A partir dos valores genéticos obtidos para cada indivíduo no momento da avaliação obtêm-se as DEP´s, isto é, a Diferença Esperada na Progênie e, com base nos valores das DEP´s é que se procede a escolha dos melhores reprodutores.

Embora seja complexa a estatística que envolve a estimação dos valores genéticos e das DEP´s, para os criadores a interpretação e a utilização desses valores é simples.

No Brasil, o uso de reprodutores bovinos provados (avaliados geneticamente) começou na década de 80. Mas, a partir da década de 90 a demanda por animais avaliados geneticamente aumentou sensivelmente. A principal conseqüência desta mudança de atitude dos criadores foi a melhora dos índices produtivos rebanhos. No caso dos animais zebuínos, importantes alterações têm ocorrido tanto nas características de crescimento, quanto para as características reprodutivas e de qualidade de carcaça.

Para ovinos a escolha de reprodutores ainda é realizada pelo biótipo dos animais, principalmente em função da premiação em feiras de exposição ou em função da genealogia, sem qualquer informação a respeito do valor genético dos indivíduos. A exceção é a raça Santa Inês que desde 2005, conta com a avaliação genética de reprodutores e matrizes e, a partir deste ano, as centrais de inseminação já dispõem de sêmen de animais provados.

Uma das maneiras de se iniciar a avaliação de reprodutores com a finalidade de produção de carne é a realização de Provas de Ganho de Peso. Assim como acontece para bovinos de corte, os animais candidatos a reprodutores, oriundos de diferentes fazendas, são reunidos em um mesmo local e submetidos à prova ainda jovens (recém desmamados). Após passarem por um período de adaptação, são expostos ao mesmo manejo nutricional e sanitário e são submetidos a várias pesagens ao longo do período do teste. Como os efeitos Ambientais são os mesmos para todos os indivíduos, as diferenças observadas em ganho de peso serão decorrentes dos efeitos Genéticos de cada animal.

Ao final de cada prova, os grupos são avaliados e os animais são classificados em categorias (elite, superior, regular, inferior, por exemplo) fornecendo aos criadores importante informação sobre os animais provados antes de serem efetivamente utilizados na reprodução em seus plantéis.

A partir de 2010, o Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos - LAPOC/UFPR e o Laboratório de Genética Aplicada ao Melhoramento Animal - GAMA/UFPR realizarão a 1ª Prova de Ganho de Peso de Ovinos da UFPR.

O lançamento oficial da Prova será no dia 27 de Novembro de 2009, às 15 horas na Fazenda Experimental da UFPR com uma palestra realizada pela Dra. Joslaine Noely dos Santos Gonçalves Cyrillo, pesquisadora do Instituto de Zootecnia de Sertãozinho - SP seguida de uma confraternização entre os convidados.

ALDA LÚCIA GOMES MONTEIRO

Coordena o Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos (LAPOC) da UFPR

RODRIGO DE ALMEIDA TEIXEIRA

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