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Feno: Aproveitando o excedente

POR LÉCIO QUEIROZ SOARES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/12/2008

2 MIN DE LEITURA

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A conservação de forragens, seja na forma de feno ou silagem, é uma prática bastante importante dentro de um sistema de produção eficiente para manter os níveis de produtividade animal constantes durante todo ano. A estacionalidade na produção de forragens determina períodos de abundância e escassez de volumoso e gera a necessidade de se conservar parte dessa produção, de forma a atender às exigências de alimento do rebanho na época seca.

A produção de feno consiste basicamente no corte e desidratação da forragem verde com 65 a 85% de umidade para 10 a 20%, em que se procura manter o valor nutritivo da forrageira. A fenação constitui-se em uma das alternativas recomendáveis, especialmente pela possibilidade de estar associada ao manejo das pastagens, aproveitando para fenar o excedente de pasto produzido no período das águas.

Algumas forrageiras tropicais como coast-cross, estrela africana, tifton e braquiárias têm se destacado para a produção de feno. Eventualmente, dependendo da região, outras forrageiras podem ser utilizadas para este fim, como é o caso do mombaça e tanzânia. A dificuldade de fenar esse tipo de forrageira é pela grande quantidade de água presente na planta, que é de maior porte e uma alta relação colmo/folha.

Hoje, no Brasil, tem uma tendência de algumas propriedades se especializarem na produção de feno, para a comercialização do produto para outras propriedades ou regiões. Em regiões onde se tem tradição na criação de eqüinos, geralmente se tem uma demanda maior pelo feno.

A atividade de produção de feno, quer seja para uso próprio ou para comércio, só não tem maior expansão no Brasil, em função de limitações climáticas para a desidratação da forragem. Exatamente no período de maior rendimento forrageiro, aliado à qualidade da forragem - que vai de outubro a março - em grande parte do país ocorrem as chuvas de verão, que limitam a produção de feno a campo. Um diferencial na região Centro-Nordeste de Minas Gerais é a ocorrência de veranicos no mês de janeiro, favorecendo o processo de fenação devido à estiagem por alguns dias.

Para o armazenamento do feno, podem ser aproveitadas as construções já existentes na propriedade, ou construir galpões rústicos, levando-se em consideração que devem ser locais ventilados e livres de umidade, podendo ser acondicionado em fardos, solto e em medas. O feno pode ser enfardado com uso de caixotes de madeira, como é o caso das práticas na Fazenda Gamela, no município de Capelinha/MG.

Foto 1. Enfardamento em caixotes - Fazenda Gamela.

Ainda, no 6º Dia de Campo realizado na Fazenda Córrego das Almas, em Peçanha/MG, foi mostrado o modo de enfardamento do feno produzido, através de buracos feitos no chão.

Foto 2. Enfardamento em buracos - Fazenda Córrego das Almas.

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JOSE FERNANDO

SERRA DO RAMALHO - BAHIA - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 02/09/2015

quero comprar feno de boa qualidade para o meu gado o meu e m  é g1fernando2009@hotmail.com
WISLLEY DE FREITAS CORREIA

PONTALINA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/06/2009

Caro Lécio
Foi de muito interesse o seu artigo! Mas gostaria de saber qual o melhor manejo (adubação, plantio, irrigação, ponto de corte, secagem, armazenamento) para produção de feno com coast-cross. Ou então que me indicasse onde encontro essas respostas. Obrigado!
LÉCIO QUEIROZ SOARES

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/02/2009

Prezado Sr. João Marcelo! Não tenho conhecimento dessas forrageiras para produção de feno. Aqui em nossa região, os capins do gênero Cynodon são os mais utilizados para fenação. Abraço!
JOÃO MARCELO CAVALCANTE DE ALMEIDA

SÃO BENTO DO UNA - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/01/2009

Caro Lécio;
Gostei muito do artigo! Tenho uma duvida quanto a produção de feno, tenho na propriedade dois tipos de capim o "pangolão" e o "sempre verde" não sei se os conhece gostaria de saber se seria possivel fazer feno com eles?

obrigado! um abraço
JULIANO RICARDO RESENDE

UBERABA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/01/2009

Bom artigo. Gostei.

Abraços
LÉCIO QUEIROZ SOARES

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/12/2008

Prezado Sr. Leonardo Bacco, não tenho esse número para te passar, mas a melhor forma de saber a quantidade exportada de nutrientes seria fazer o monitoramento da fertilidade do solo através das análises, visto que, além do que a planta absorve, parte desses elementos estocados no solo são perdidos por lixiviação, volatilização etc.

Através de análises laboratoriais e trabalhos científicos, é possivel sim quantificar e definir essa relação de NPK exportados pela planta e solo, aumentando ainda mais a informação necessária de utilização eficiente de fertilizantes em áreas produtoras de feno.
LEONARDO RODRIGO SALLUM BACCO

RANCHARIA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 23/12/2008

Caro Lécio,

Em 2006 plantei 4 alqueires de massai e coloquei gado em cima até fevereiro desde ano. Então reservei a área e montei um campo de feno. Corrigi com calcário e gesso e apliquei a dose de NPK recomendada no plantio (2006) e apliquei a cobertura recomendada (600kg de 20-10-05 / alqueire).

Colhi uma única vez (220 rolos grandes) por alqueire. Assim, preciso mensurar quanto (+ ou -) foi exportado de nutrientes para - pelo menos - repor esta quantidade.

Poderia dizer quanto de NPK é exportado do solo por kg de feno colhido?

É possível definir uma relação entre N, P e K exportado? (ex.: a cada 1 kg de N, é exportado 0,1 kg de P e 0,5 kg de K)
DIETHELM HAMMER

PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/12/2008

Prezado Lécio!

Gostei do seu artigo e acho importante tratar do assunto de aproveitar o potencial disponível no campo para alimentar o gado adequadamente o ano inteiro.

A fenacao era a forma de conservacao de forragem principal na Europa, mais com a mecanizacao agricola ela cedeu já nos anos 60/70 o lugar para a silagem présecada.

O processo de secar capim verde é complicado e exige muito cuidado: o material tem de ser virado para secar uniforme, a deshidratacao da folha é diferente do talo e, como o dia do corte nao basta para alcancar a humidade necessária, o orvalho rehumidifica a massa à noite, exigindo a repeticao dos trabalhos as vezes por varios dias.

Feno estocado com humidade acima de 13 a 15% é sujeito ao aquecimento, provocando até hoje desastres por fogo autoincendido com perda de estabulos, galpoes e maquinas, fora danos em humanos e animais. A silagem do capim apresenta mais vantagens e por isso ela virou o alvo do desenvolvimento tecnologico que gerou uma mecanizacao capaz de ensilar 200 toneladas de capim e mais por hora sem maiores problemas, sem risco de tempo para a secagem e sem riscos de incendios.

O capim para fenagem ou fenagem é o mesmo, perene em geral, para nao levar talos e raizes com terra da cultura anterior nos cochos. Podem e devem ser feitos varios cortes na mesma área para obter um capim jovem com pouca fibra, considerável como componente protéica da racao. Na Alemanha produzimos silagem de capim que supera na qualidade a silagem do milho!

Feno para cavalos precisa ser mais fibroso, servindo geralmente para bovinos menos como racao mais como componente fibrosa, desconcentrando a racao. Precisando de fibra para balancear a racao, qualquer palha residual serviria com preco inferior!

Por isso eu aconselho de pensar primeiro em silagem de capim e bem mais tarde em feno.

Infelizmente faltam no Brasil maquinas eficientes para silagem e para fenagem e poucos prestadoes de servicos como p.e. a Megasil de Itararé-SP investiram em equipamentos importados de alta capacidade. Nao é só a culpa da industria nacional - é a falta de procura pelo lado dos fazendeiros, originada na desinformacao sobre o potencial de foragens que todos tem nos seus pastos.

O seu artigo ajuda para conhecer e valorizar este potencial - continue!

Diethelm Hammer, Herbertingen, Alemanha
LÉCIO QUEIROZ SOARES

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/12/2008

Prezado Sr. Diego Rodrigues de Souza, em se falando de Tifton, que é uma gramínea do gênero Cynodon, com grande potencial para produção de feno, seu corte pode ser realizado em média, de 25 a 28 dias, isso vai variar em função do manejo aplicado, como por exemplo adubação, irrigação e da época do ano. O tempo de secagem ou desidratação da forrageira dependerá muito do clima, acelerando o processo em dias mais ensolarados. A quantidade de viradas na forrageira no campo influenciará também no tempo de desidratação. Estou à disposição para quaisquer dúvidas.
DIEGO RODRIGUES DE SOUZA

GOIÂNIA - GOIÁS - ESTUDANTE

EM 18/12/2008

Em media quantos dias as forrageiras levam para ser fenadas?

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