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Fatores que interferem na eficiência reprodutiva de vacas leiteiras de alta produção

POR TONY C. BRUINJE

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/09/2014

25 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 27/10/2022

1. Introdução

Aumentar a eficiência de produção é um desafio constante na bovinocultura leiteira, por ser uma atividade de investimento alto e pequena margem de lucro. A produção de leite é o foco da produção de bovinos leiteiros e responsável por 88% da renda bruta (SANTOS et al., 2010). A rentabilidade da produção também é influenciada pelo gerenciamento da fazenda, eficiência alimentar, saúde dos animais e principalmente pela reprodução, por essa ser responsável pela lactação. Nas últimas décadas a seleção genética foi voltada para aumentar a produção de leite, sem aumentar o desempenho reprodutivo (NORMAN et al., 2009).

Uma baixa eficiência na reprodução causa prejuízo por reduzir o número de crias para reposição ou comércio, reduzir o progresso genético, aumentar o intervalo entre lactações (LIMA et al., 2010; RIBEIRO et al., 2012), e aumentar o número de descarte involuntário (SILVA et al., 2009), gerando baixo retorno dos recursos investidos (RIBEIRO et al., 2012). Custos com a alimentação, mão de obra, e despesas veterinárias também são influenciados pela reprodução, por essa afetar a duração da lactação, do período seco, e o número de serviços necessários por concepção (GIORDANO et al., 2011).

Investimentos em um melhor manejo reprodutivo representa pouco nas despesas totais, sendo mínimo, se comparados ao seu benefício (GIORDANO et al., 2011). Ao programar determinada estratégia reprodutiva, deve-se levar em conta que há um período entre o momento do investimento da estratégia adotada, até a obtenção de resultados e o retorno econômico (GIORDANO et al., 2011).

Além do manejo, questões fisiológicas e ambientais também influenciam na reprodução, como a eficiência na detecção de estro (DE), idade e lactação, condição corporal, problemas de parto, doenças metabólicas (SANTOS et al., 2010) e uterinas (LEBLANC, 2008; SHELDON et al., 2009), falhas da fisiologia reprodutiva (WILTBANK, 2008) e conforto animal (SANTOS et al., 2010; FLAMENBAUM; GALON, 2010). A melhor forma de avaliar os reflexos desses fatores na eficiência da reprodução é através dos índices zootécnicos reprodutivos, que permitem mensurar e planejar estratégias de manejo (LOF; GUSTAFSOON; EMANUELSON, 2012).

2. Índices Zootécnicos Reprodutivos

Os principais índices são o período de espera voluntário (PEV), considerado como o período determinado para que ocorra a regressão e involução uterina adequada após o parto, a taxa de serviço (TS) e a taxa de concepção (TC). Através desses se obtém a taxa de prenhez, o período de serviço (parto até a concepção) e o intervalo entre partos (IEP) (LOF; GUSTAFSOON; EMANUELSON, 2012). Um PEV adequado evita desperdícios com tentativas de serviço, pois nesse período a fertilidade é pior (RIBEIRO et al., 2012).

A TS representa o número de vacas aptas para entrar em programas reprodutivos e que foram cobertas ou inseminadas, e pode ser relacionada à detecção do estro (RIBEIRO et al., 2012). Para TC considera-se o número de vacas confirmadas prenhes sobre o número de coberturas ou inseminações realizadas. A combinação desses dois índices reprodutivos fornece a taxa de prenhez (TP), sendo essa o número de vacas possíveis prenhes e que efetivamente emprenham. A TP é obtida pela multiplicação da taxa de serviço com a de concepção e é avaliada a intervalos de 21 dias (TP21), considerando esse o intervalo entre dois ciclos estrais (SANTOS, 2008).

Gráfico 1 – Comparação da curva de sobrevivência de vacas vazias para avaliação do desempenho reprodutivo dos rebanhos A e B.

Através de um gráfico de “curva de sobrevivência de vacas vazias”, é possível analisar o desempenho reprodutivo de rebanhos (SANTOS, 2008). Podem-se comparar hipoteticamente dois rebanhos (GRÁFICO 1), onde o rebanho A possui TP21 de 15% e o rebanho B TP21 de 25%, ambos com PEV de 50 dias. No rebanho A existe uma grande variação do dia pós-parto em que cada animal emprenhou. Isso causa uma grande variação do período de serviço e consequentemente do IEP. Ao propor um descarte de animais que não conceberam após 6 tentativas de serviço (6 ciclos reprodutivos), para manter um IEP médio estipulado de 13 meses, aproximadamente 40% desse rebanho seria descartado. Já no rebanho B seria possível manter um IEP médio de 13 meses descartando apenas 20% do rebanho.

Emprenhar a vaca muito cedo após o parto também pode ser economicamente desfavorável (GIORDANO et al., 2011). Com uma alta TP, atrasar o PEV pode ser benéfico para rebanhos de alta produção, concentrando uma maior parte do rebanho com o IEP desejado (DE VRIES, 2011). Prolongar o PEV é benéfico somente em rebanhos de alta produção, alta persistência de lactação, alta TP21, e alta concepção ao primeiro serviço (RIBEIRO et al., 2012).

3. Detecção e sincronização de estro

Um dos principais fatores responsáveis por baixa eficiência reprodutiva é a baixa detecção de estro (ROELOFSA et al., 2010; PEREIRA et al., 2014) por afetar a taxa de serviço e aumentar o período entre o parto e à concepção (SANTOS, 2008). A duração da expressão do estro em vacas leiteiras tem sido menor, dificultando a detecção (LIMA et al., 2013). Estima-se que vacas de alta produção expressem o cio durante um período de 7 horas (DISKIN, 2008) enquanto que há quase três décadas atrás a expressão durava 15 horas (ESSLEMONT; BRYANT, 1976).

Essa mudança ocorreu provavelmente pela seleção genética que focou em produção de leite, pois a produção é negativamente correlacionada com a duração do cio. Vacas produzindo 55 kg/dia apresentam em torno de 2,8 horas de expressão de estro, enquanto que vacas produzindo 25 kg/dia expressam durante 14,7 horas (DISKIN, 2008). Além da intensificação dos sistemas, fazendo com que pisos de concreto, e menores áreas por animal dificultem a expressão do cio (ROELOFSA et al., 2010).

Conhecimentos recentes da fisiologia reprodutiva ajudaram a desenvolver estratégias e tecnologias para melhorar a eficiência reprodutiva, como métodos auxiliares de DE, sincronização hormonal de estro e IATF (WILTBANK; PURSLEY, 2014; PEREIRA et al., 2014). Assim como a IATF, a monta natural (MN) é um método de manejo reprodutivo que dispensa a DE (LIMA et al., 2009). Embora a inseminação artificial permita acelerar o melhoramento genético, controlar a transmissão de doenças e promover maior segurança para os animais e funcionários (LIMA et al., 2013).

A MN apresenta maior taxa de serviço do que a IATF, pois proporciona mais tentativas de coberturas no estro quando as vacas ficam expostas aos touros. Em casos exclusivos de IATF, o intervalo entre tentativas só ocorre após o diagnóstico de gestação negativo (LIMA et al., 2009). Sendo um protocolo hormonal de IATF de 10 dias e diagnóstico de gestação aos 30 dias após, ocorre um intervalo entre duas IATF de 40 dias. Na IATF 100% dos animais são inseminados, mas este intervalo de 40 dias faz com que proporcionalmente 52,5% estão sendo inseminados a cada 21 dias. Se a taxa de concepção em vacas em condições ideais é em torno de 51,4% (SANTOS et al., 2010), com 100% de IATF se teria no máximo uma TP21 de 27%, por exemplo.

Figura 1 – Exemplo de protocolo de IATF tradicionalmente utilizado no Brasil.

A escolha do programa reprodutivo depende principalmente da taxa de detecção de estro (TDE). Em casos com TDE inferiores a 50%, o uso da IATF é indispensável, desde que os protocolos hormonais sejam aplicados corretamente (RIBEIRO et al., 2012). Em situações onde a TDE é alta, os custos com tratamentos da IATF devem ser analisados para avaliar o benefício desta técnica. De qualquer forma, associar a DE durante e após IATF proporciona melhores resultados. (GIORDANO et al., 2011; RIBEIRO et al., 2012; SARTORI, 2013a).

A IATF envolve administrações hormonais, com os objetivos de sincronizar uma nova emergência folicular (com a utilização de BE e progesterona ou com GnRH), regredir o CL com prostaglandina 2α (PGF2α) a e induzir a ovulação (com GnRH ou ECP) (PEREIRA et al., 2014). Existem vários protocolos diferentes, e os mais utilizados no Brasil para bovinos leiteiros são com a utilização de BE e progesterona (P4) para sincronizar a emergência de onda folicular, e com ECP para induzir a ovulação (FIGURA 4) (PEREIRA et al., 2014).

A maioria dos protocolos de IATF vistos durante o período de estágio foram o proposto por Pereira et al. (2014) (FIGURA 5). Esse protocolo propõe maiores taxas de concepção quando comparado aos tradicionais no Brasil e diminui falhas fisiológicas. Os autores observaram que ao adicionar GnRH no início do protocolo, reduzia-se a ocorrência de folículos persistentes na ovulação, responsáveis por dupla ovulação. Também aumentavam a dosagem de PGF2α para evitar falhas na ovulação, além de observarem maior expressão de estro nos animais submetidos a esse protocolo.

Figura 2 – Protocolo de IATF proposto por Pereira et al. (2014).

A TC deste protocolo proposto foi de 39,8%, enquanto que no protocolo tradicional foi de 31,3%. Comparando a concepção da IATF tradicional com a concepção de IA somente por DE, Nascimento et al. (2013) encontraram que a concepção por IATF é superior à de IA por DE, e em muitos casos tem superado 45% em vacas confinadas e 55% em vacas à pasto (BISINOTTO; SANTOS, 2012; WILTBANK et al., 2011). Outros estudos observaram uma TC à primeira IATF de 63,2% em primíparas e 35,2% em multíparas de alta produção (LIMA et al., 2013).

4. Biotecnologias aplicadas a embriões

As biotecnologias de embriões permitem produzir descendentes com características desejadas de forma acelerada, possibilitando pré-determinar o sexo do bezerro com a utilização de sêmen sexado (RIBEIRO et al., 2012). Com a FIV é possível produzir descendentes de um animal jovem ainda não apto a reproduzir e estocar material genético. Além disso, o uso de embriões pode auxiliar no manejo reprodutivo, visto que normalmente a concepção após implantar embrião é superior que após inseminação artificial (STEWART et al., 2011).

A implantação de embriões tem sido alternativas para aumentar o número de gestações durante períodos de estresse térmico, quando a concepção por IA são inferiores (STEWART et al., 2011; SARTORI, 2013a). A implantação evita a perda gestacional, que normalmente ocorre nos primeiros dias de desenvolvimento quando há estresse térmico (HANSEN, 2007). Além disso, algumas biotecnologias permitem obter embriões de doadoras com distúrbios reprodutivos ou infertilidade (BUENO; BELTRAN, 2008).

Apesar de TC superiores, chegando a 45% nos períodos de estresse térmico, a implantação de embriões possui um custo mais elevado do que a IA (RIBEIRO et al., 2012). Pelo que foi observado durante o estágio, deve-se considerar o custo/benefício de acordo com o objetivo de cada propriedade. O objetivo da maior parte das propriedades que utilizavam das técnicas de FIV ou TE era aumentar o rebanho com melhoramento genético acelerado, e as biotecnologias eram utilizadas como um investimento na qualidade do rebanho.

5. Doenças pós-parto

A prevenção e controle de doenças no período pós-parto também devem fazer parte do manejo reprodutivo, por essas prejudicarem o desempenho reprodutivo (SANTOS et al. 2010). Doenças no pós-parto afetam o retorno à função cíclica dos ovários, a fertilidade e a manutenção da gestação. Isso pode ser observado no estudo realizado por Santos et al. (2010), que analisou a ocorrência de enfermidades e função ovariana de 5719 vacas de alta produção. Enquanto que 16% dos animais saudáveis não apresentam condição cíclica aos 60 dias pós-parto, 30% dos animais que apresentaram doenças nesse período não estavam ciclando.

As principais doenças que afetam a função cíclica são a distocia, a hipertermia e doenças uterinas, com incidências em rebanhos leiteiros de 15, 18 e 20%, respectivamente. Animais saudáveis que não apresentam nenhuma enfermidade neste período são apenas 55% (SANTOS et al., 2010). As doenças uterinas mais observadas são a retenção de placenta (RP) e a infecção uterina (IU) (LIMA et al., 2013), e prejudicam o retorno adequado ao ciclo estral (SHELDON et al., 2009; DUBUC et al., 2011). Caracteriza-se como RP a situação em que as membranas fetais não são eliminadas nas primeiras 12 a 24 horas após o parto, pela dificuldade na separação da conexão materno-fetal dessas estruturas (SANTOS et al., 2010).

A ocorrência de RP eleva a probabilidade de ocorrer infecções no útero como metrite e endometrite. Estima-se que a RP aumenta de 2 a 4 vezes as chances do desenvolvimento dessas IU, e se não tratadas, causam perdas de até 500 kg da produção na lactação (SANTOS et al., 2010). Essas doenças uterinas são responsáveis por reduzir a concepção, aumentar a perda embrionária e atrasar a gestação (GALVÃO et al., 2009; DUBUC et al., 2011), além de prejudicar o desenvolvimento do embrião (CERRI et al., 2009)

O aumento nas concentrações sanguíneas de corpos cetônicos e de ácidos graxos não esterificados, associados a problemas metabólicos de cetose, se relacionam com IU (GALVÃO et al., 2010). A presença de hipocalcemia subclínica pode aumentar em até 11 vezes a chance de ocorrer infecções no útero (MARTINEZ et al., 2012), além da queda no consumo alimentar causada por doenças metabólicas e quedas na função imunológica que também se relacionam com doenças uterinas (LEBLANC, 2007). Problemas de casco, cetose e hipocalcemia também comprometem a fertilidade e a qualidade do embrião (SANTOS et al., 2010). Em rebanhos onde a TC é de 51% em animais saudáveis, essa taxa cai para 40% quando ocorreram distocia ou hipocalcemia, 38% em casos de cetose e 33% quando ocorreram problemas de casco (BISINOTTO; SANTOS, 2012).

Outras causas que afetam a reprodução são as doenças infecciosas, responsáveis por causar mortalidade embrionária e abortos (PEGORANO et al., 2009). As mais prevalentes no cenário brasileiro da bovinocultura leiteira são a brucelose, a leptospirose, a campilobacteriose bovina, a tricomoníase, a neosporose, a rinotraqueíte infecciosa bovina e a diarreia viral bovina. Seus impactos são variáveis de acordo com a região, clima, e controle sanitário empregado nos rebanhos, sendo de difíceis mensurações a nível epidemiológico (PEGORARO et al., 2009).

6. Falhas fisiológicas

A recente implantação da ultrassonografia aplicada à reprodução proporcionou avanços no entendimento da fisiologia do ciclo estral (WILTBANK, 2008). Durante o estágio foi observado alguns casos de falhas reprodutivas, como a aciclicidade e falhas de ovulação (anovulação). Uma das causas fisiológicas é o crescimento de folículos menores que o ideal, que se relacionam com problemas de condição corporal e balanço energético negativo, prejudicando os pulsos do hormônio luteinizante (LH) necessários para a ovulação. Folículos menores também produzem menores quantidades de estrógeno, reduzindo a expressão do estro (WILTBANK, 2008).

Outra situação que afeta a ovulação e a expressão de estro é o crescimento excessivo de folículos, tornando-se cistos (> 25 mm de diâmetro). A concentração excessiva de estradiol na circulação gera uma série de consequências no hipotálamo, tornando-o resistente aos efeitos do estradiol e impedindo-o de liberar LH (WILTBANK, 2008).

A situação mais comum em rebanhos de alta produção é a anovulação de folículos com tamanho ideal (16 a 24 mm), fazendo com que não haja ciclo reprodutivo (WILTBANK, 2008). A incidência de vacas primíparas acíclicas em rebanhos de alta produção gira em torno de 54,1% aos 50 dias após o parto, e multíparas 31,5% (CHEBEL et al., 2006). Aos 70 dias pós-parto, a incidência de aciclicidade é de 29% e 27,9% para primíparas e multíparas, respectivamente (LOPEZ et al., 2005). Essa diferença entre idades e lactações pode ser devido a competição por alimentos entre as categorias, manejo nutricional, níveis de produção, entre outros (WILTBANK, 2008).

Os protocolos hormonais de IATF são uma forma de auxiliar o desenvolvimento do folículo. Estudos demonstraram 31% de concepção após IATF em vacas cíclicas e 21% em vacas acíclicas (CHEBEL et al., 2006), e 35% e 30% em vacas cíclicas e acíclicas, respectivamente (STEVENSON et al., 2006). Essa queda na concepção também ocorre quando o animal está ciclando normalmente, mas sem um CL no início do protocolo. Isso ocorre pela influencia positiva que a P4 oriunda do CL tem na fertilidade (BISINOTTO et al., 2013) e na ovulação (WILTBANK et al., 2012).

7. Nutrição e condição corporal

A fonte de energia, gordura e proteína na dieta pode interferir na fertilidade. Isso afeta de forma variável a duração do ciclo estral, o padrão de ondas foliculares, tamanho das estruturas e consequentemente as concentrações de hormônios esteroides (SARTORI, 2013b). Um fornecimento insuficiente de energia afeta as concentrações de glicose, insulina e fatores de crescimento, e um fornecimento excessivo pode elevar a metabolização desses hormônios (SANTOS et al., 2010; SARTORI, 2013b).

A alta demanda nutricional em função dos níveis de produção do início da lactação interfere no metabolismo endócrino do controle de nutrientes e nos eventos reprodutivos desse período. Ocorre assim um balanço energético negativo (BEN) gerando uma série de mecanismos hormonais que interferem na maturação folicular e na ovulação (SANTOS et al., 2010). Isso ocorre porque o animal não consegue suprir a demanda de energia com o consumo alimentar, tornando necessário buscar estratégias de manejo que maximizem o consumo de alimentos após o parto, de forma a reduzir o BEN (MULLIGAN et al., 2007).

O escore de condição corporal (ECC) possui relação com a ciclicidade. Aos 50 dias pós-parto, 45% das vacas com ECC ≤ 2,75 (em escala de 1 a 5) estão acíclicas, enquanto vacas com ECC > 2,75, 34% estão sem ciclar (CHEBEL et al., 2006). Vacas com alto ECC retornam à função reprodutiva antes do que vacas com baixo ECC (ADRIEN et al., 2011), e o ECC adequado para as vacas no momento do parto é de 3,25 a 3,50. Um ECC > 3,00 na primeira IA aumenta a fertilidade e reduz o risco de perda gestacional (SANTOS et al., 2009; LIMA et al., 2013). Para que a reprodução não seja prejudicada, o ECC não deve reduzir para menos que 2,50 após o período de BEN, que ocorre até os 60 dias pós-parto aproximadamente (KELLOGG, 2010; ROCHE et al., 2009).

8. Estresse calórico

Apesar de recente no Brasil, questões de conforto e bem-estar animal vêm ganhando importância do ponto de vista da população na produção animal. O conforto animal também interfere na reprodução e na produção de leite, e o estresse calórico é considerado o fator que mais afeta a reprodução. Esse estresse prejudica a concepção, aumenta as perdas embrionárias, reduzem a manifestação de estro e prejudicam a ovulação (BERGAMASCHI; MACHADO; BARBOSA, 2010).

Alta temperatura e umidade são responsáveis por reduzir o consumo alimentar, a produção de leite e a fertilidade, e a utilização de métodos como sombreamento e resfriamento diminuem esse impacto negativo (FLAMENBAUM; GALON, 2010). Estima-se que a zona de conforto térmico para raças taurinas se situa entre 0 e 16ºC, porém essa zona de conforto depende também da umidade ambiente. Além disso, animais em alta produção podem ser mais susceptíveis ao calor pelo grande metabolismo basal oriundo da alta produção (PEREIRA, 2005).

Tabela 1 – Tabela indicando valores de THI para vacas de alta produção a partir de temperatura ambiente e umidade relativa do ar.

Fonte: Valores propostos por Collier e Zimbleman (2012).

A forma mais adequada de mensurar o nível de conforto térmico é através do índice de temperatura e umidade (THI), calculado a partir da combinação dos efeitos de temperatura ambiente e umidade relativa do ar (TABELA 4). Esses índices foram sugeridos para vacas produzindo acima de 35 kg de leite por dia (COLLIER; ZIMBLEMAN, 2012). De acordo com os autores, o adequado é valores de THI abaixo de 67. Quando esse se situa entre 68 e 72, existe aumento da temperatura retal (> 38,5ºC), da frequência respiratória e ocorre redução no desempenho produtivo e reprodutivo. THI entre 72 e 80 eleva a temperatura retal para 39ºC, e acima de 80 agrava ainda mais esses quadros, chegando a 40ºC de temperatura retal (COLLIER; ZIMBLEMAN, 2012).

Em diversas propriedades acompanhadas durante o estágio, foram observadas instalações como ventiladores e aspersores de água, para reduzir o estresse calórico nos períodos quentes do ano. Flamenbaum e Galon (2010) encontraram que em situações onde o THI se encontra próximo a 80 e a temperatura retal dos animais acima de 39,5ºC, ventiladores e aspersores de água foram capazes de reduzir a temperatura retal para abaixo de 39ºC.

O estresse calórico interfere durante na concepção, reduzindo a fertilidade quando se utiliza IA, IATF ou até mesmo MN (LIMA et al., 2009). Esse estresse influencia também na expressão de cio, na qualidade do sêmen e na libido dos touros (ROELOFSA et al., 2010). Lima (2013) observou uma concepção em períodos de estresse térmico de quase metade do que a concepção em períodos de conforto térmico, sendo essas 24,3 e 47,7%, respectivamente. Ao comparar protocolos de IATF durante todos os períodos do ano, Pereira et al. (2014) observaram que a concepção no verão foi drasticamente inferior do que nos outros períodos, tendo reduzido de 46% em média para 23%.

Conclusão

A eficiência reprodutiva em rebanhos leiteiros de alta produção depende de muitos fatores como manejo, saúde, ambiente, tecnologia, produtividade, entre outros. Esses fatores podem variar de acordo com cada fazenda e medidas para contorna-los devem ser vistas como prioridades, pela relação direta e indireta que possuem com a produção leiteira e lucratividade. A melhor forma para mensurar a eficiência reprodutiva de um rebanho é através dos índices zootécnicos reprodutivos, que permitem avaliar o desempenho da reprodução e trabalhar estratégias com metas e resultados.

As estratégias a serem adotadas para melhorar esse desempenho devem ser analisadas em cada situação. Fatores de manejo como a eficácia na detecção de cio permitem determinar as estratégias mais lucrativas para cada rebanho. A IATF se torna uma alternativa quando a detecção de cio é baixa, porém quando a detecção é alta essa alternativa pode não ser a mais lucrativa. O avanço genético voltado somente para o aumento da produção, reduzindo o desempenho reprodutivo faz com que o uso da IA seja imprescindível, visto que com a utilização de sêmen de touros com provas genealógicas é possível melhorar a genética das gerações futuras em características desejadas. Quando o objetivo é investir em melhoramento genético acelerado, a adoção de biotecnologias de embriões como a TE e a FIV pode ser interessante.

Além de estratégias reprodutivas é igualmente importante trabalhar no manejo nutricional, na saúde do rebanho, em instalações e conforto térmico, principalmente no período logo após o parto. Medidas que reduzam o estresse calórico, aumentando o consumo alimentar e reduzindo a ocorrência de doenças nesse período permitem melhorar o desempenho reprodutivo e produtivo.

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TONY C. BRUINJE

Médico Veterinário, mestrando em Reprodução de Bovinos Leiteiros na University of Alberta, Canada. Participou de pesquisas com saúde e reprodução de bovinos leiteiros na ESALQ e na University of Florida.

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RAMON

CASCAVEL - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/03/2015

Nelmma, boa tarde, um ponto importante a ser lembrado seria, as vazinhas IBR e BVD estão em dia? experimente fazer uma coleta de sangue dos animais e mandar para laboratorio. caso esteja em dia as vacinas, voce tera de chamar um tecnico para visitar sua propriedade, pois como dito acima são varios fatores. Silagem, ambiente, saude dos animais, condiçoes de manejo.
NELMAA KITCKI

EM 23/01/2015

Trabalho em uma propriedade com leiteria com vacas da raça Holandesa PB, e nos ultimos 30 dias 6 vacas abortaram, não teve retenção de placenta , se recuperaram logo , qual pode ser o motivo de tantos abortos ?
TONY C. BRUINJE

CURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 08/01/2015

Itaro Carvalho, a dosagem da prostaglandina recomendada é de 25 mg (no caso de dinoprost) ou 0,53 mg (no caso de cloprostenol), sendo essas dosagens por aplicação.

Já do BE é de 2 mg por aplicação e do ECP é de 1 mg.



Os dados que mostraram a melhora desse protocolo "novo" em relação ao tradicional foram obtidos em vacas de alta produção, principalmente pelas particularidades que a alta produção causa na dinâmica da fisiologia reprodutiva. Não creio que esse procolo deixaria de ser superior em animais de produção inferior, mas talvez os protocolos mais "simples" também forneçam bons resultados, talvez até semelhantes, tendo que ser avaliado o custo x benefício. O ideal seria analisar trabalhos de protocolos em animais de produção media e a pasto.



Att,

Tony
ITARO CARVALHO

ENTRE RIOS - BAHIA - ESTUDANTE

EM 16/12/2014

Você acha compensatório o uso dese protocolo em animais de media produção a pasto?
ITARO CARVALHO

ENTRE RIOS - BAHIA - ESTUDANTE

EM 16/12/2014

A dosagem de prostaglandina de 25mg é por aplicação ou em todo protocolo?

E qual a dosagem do BE e ECP ?
AGUSTÍN SILVA

PIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 10/10/2014

Parabens pela revisão Tony. Simples e claro.

Abraço
TONY C. BRUINJE

CURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 24/09/2014

Boa tarde Juber Guido Maciel Filho. A dosagem de prostaglandina comumente recomendada é de 25 mg de dinoprost trometamina ou 0,530 mg de cloprostenol. De GnRH é recomendado 10 µg de acetato de buserelina ou 250 µg de gonadorelina, conforme fabricante.

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