ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Elevando a produtividade - eficiência reprodutiva

POR DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/02/2010

3 MIN DE LEITURA

2
0
A produtividade ou rendimento das culturas e criações é um fator que exerce grande influência na renda da empresa rural, de forma que a rentabilidade final da propriedade depende, não apenas do volume produzido e de seu preço de venda, mas também das produtividades obtidas.

Considerando que produção se refere à quantidade física total de produto produzido e produtividade, a relação entre a quantidade produzida e a unidade de área na pecuária ovina de corte e os incrementos em produtividade estão diretamente relacionados ao número de cordeiros disponíveis para venda ou abate, assim como, à quantidade de animais com potencial para serem descartados em boas condições corporais.

Dessa forma, a receita final da empresa pecuária está intimamente associada à quantidade de unidades de produto disponível para comercialização.

O rendimento das criações pode ser medido de acordo com as explorações da propriedade e de acordo com os padrões adotados, sendo que para as propriedades de pecuária de corte, a taxa de desfrute compõe um dos mais importantes índices a serem considerados, uma vez que é o resultado final de diversos processos produtivos envolvendo parâmetros de cria, recria e terminação, cujas respectivas eficiências determinarão a produção do rebanho ou a quantidade de animais disponíveis para venda, conforme Figura 1.

Figura 1 - Esquematização da taxa de desfrute como resultado final de diversos eventos produtivos.



Por meio da Figura 1, fica evidente que a taxa de desfrute depende diretamente de diversos fatores e de suas respectivas eficiências, dentre os quais:

a) a interação entre o grupo genético e o ecossistema de produção;

b) a utilização dos recursos naturais (solo, água, clima) para a produção de forragem, determinando a taxa de lotação das pastagens e a capacidade de suporte da propriedade;

c) o manejo e status sanitário do rebanho, determinando a taxa de mortalidade de animais adultos e de animais no pré-desmame;

d) o ganho de peso diário como uma função da taxa de crescimento, determinando a idade ao abate;

e) o peso vivo a ser atingido pelo animal em terminação para atender as exigências do mercado comprador;

f) as diversas variáveis reprodutivas que determinarão a eficiência reprodutiva do rebanho.

Assim, a eficiência reprodutiva de um rebanho é um ponto de elevada importância na pecuária de corte, uma vez que rebanhos detentores de elevada precocidade sexual e fertilidade apresentam maior disponibilidade de animais para venda.

Como ilustrado na Figura 1, o resultado final a nível de eficiência reprodutiva depende de alguns parâmetros como taxa de concepção (TC), idade ao primeiro parto (IPP), prolificidade (PL) e intervalo de partos (IP), além da taxa de mortalidade geral do rebanho.

Considerando modelos de sistema de produção com diferentes níveis de eficiência reprodutiva é possível visualizar claramente o impacto que a mesma apresenta sobre a taxa de desfrute de um rebanho, de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1 - Produtividade de rebanhos conforme o nível de eficiência reprodutiva.



A Tabela 1 simula a produtividade (em termos de número de animais abatidos por ano) de 3 sistemas de produção com:

1 - Baixa eficiência reprodutiva - IPP = 24 meses, PL = 100% e IP = 12 meses;

2 - Média eficiência reprodutiva - IPP = 24 meses, PL = 120% e IP = 8 meses;

3 - Alta eficiência reprodutiva - IPP = 16 meses, PL = 145% e IP = 8 meses.

Como é possível observar, a aplicação razoável de tecnologia associada a algumas práticas de manejo, pode proporcionar um incremento de 20% na PL e a redução em 4 meses no IP, o que é suficiente para aumentar a quantidade de animais disponíveis para abate em quase 80% em relação a um sistema extensivo de produção a campo.

Por outro lado, com um nível ainda maior de intensificação do sistema, é possível reduzir a IPP em 8 meses, elevar a PL 45% e manter o IP em no máximo 8 meses, dobrando a disponibilidade de animais para abate em relação ao sistema base, sem a necessidade de área e animais extra.

Dessa forma, o incremento nos níveis de eficiência reprodutiva de um rebanho ovino é essencial para se atingir taxas de desfrute mais favoráveis, tendo impacto significante no aumento da escala de produção do sistema, mas sobretudo, na sua produtividade, o que determina diretamente a rentabilidade (lucro operacional/capital médio investido) do empreendimento, e logo, o sucesso econômico e a saúde financeira da empresa pecuária.

DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

Médico Veterinário, MBA, D.Sc., especializado no sistema agroindustrial da carne ovina. Consultor da Prime ASC - Advanced Sheep Consulting.

Facebook.com/prime.asc

Twitter.com/prime_asc

2

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

TARCISIO AZEVEDO

UBERABA - MINAS GERAIS

EM 12/06/2013

A taxa de desfrute média do rebanho ovino brasileiro é de apenas 1,35%...



Isso se levarmos em conta os dados do MAPA e IBGE de 2012. Onde fechamos o ano com um rebanho de 17,6 milhões de cabeças e abatemos formalmente cerca de 237,7 mil cabeças.



APARECIDO MANOEL DOS SANTOS

SANTA MARIANA - PARANÁ

EM 11/05/2012

No meu entender a explicação está clara. Apenas a tabela 1, ficou um pouco confusa.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures