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Efeito da fonte de proteína degradável no rúmen na produção e metabolismo ruminal de vacas em lactação |
Atualizado em 27/10/2022
JUNIO CESAR MARTINEZ
Doutor em Ciência Animal e Pastagens (ESALQ), Pós-Doutor pela UNESP e Universidade da California-EUA. Professor da UNEMAT.
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JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 16/09/2009
Prezado Renato,
Quando li seu questionamento, embora tenha uma opinião a respeito, resolvi consultar o artigo que usei do Dr. Broderick, o qual conheço pessoalmente e sei que não cometeria um equivoco assim, dada a experiência que ele tem. Na verdade, voltei ao artigo para pegar o e-mail do Broderick e te responder com as considerações do autor. Mas, antes de fazer isso, claro que teria que verificar as informações que passei aos meus leitores. Assim, devo desculpas a você e aos demais leitores. Eu copiei o artigo da internet com o famoso "control C/control V" e joguei no bloco de notas, e possivelmente algumas vírgulas devem ter sido suprimidas, pois quando escrevi esse artigo estava sem o meu computador e usava o PC de uma lanhouse que não tinha como visualizar o arquivo em word ou PDF. Portanto, os dados corretos são: 12 vacas multíparas com 2,8 partos em média, 66 dias de lactação (+/- 9), 46 kg de leite/dia e 634 kg de Peso vivo. E, 16 vacas primíparas, com 119 dias de lactação (+/- 25), 39 kg de leite/dia e 589 kg de Peso vivo. Os animais foram blocados em quadralo latino e em cada lote tinha um quadrado latino de vacas canuladas no rúmen. Deram efeito estatístico para: Consumo de matéria seca, produção de leite e produção de leite corrigida, produção de proteína verdadeira no leite, produção de lactose, de sólidos não gordurosos, concentrações de amônia no leite, no sangue e na urina, matéria seca fecal e N nas fezes, digestibilidade aparente da FDN e do Nitrogênio, concentração de amônia, isovalerato e ácidos graxos de cadeira ramificada no rúmen, no fluxo omasal de matéria seca, FDN e FDA, no fluxo omasal de N-verdadeiro, PNDR e proteína microbiana. |
RENATO PALMA NOGUEIRACASA BRANCA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 02/09/2009
Prezado Junio Cesar, gostaria de fazer um comentário sobre o trabalho.Para mim ele tem um erro fundamental para um estudo de utilizacao de NNP.As vacas utilizadas no experimento se encontravam em balanço energetico negativo(Del = 46 dias para o estubo de metabolismo e 39 dias para o estudo de desempenho) .A mobilizacao de gordura(NEFA), gliconeogenese hepática de aminoaciodos(+ amônia), déficit de metionina podem estar de alguma maneira afetando a interpretacao isolada do experimento. Como rotineiramente lançamos mão de NNP ou maiores niveis de NNP em vacas de DEL maior que 100 dias( no pico de consumo e não no pico de produção) o trabalho se tivesse um DEL medio de 100 dias ou mais talvez fosse diferente. O que acha? Concordo com o que foi escrito pelo senhor(1,3% de ureia é realmente um exagero) mais acho o nível de 0,8% de ureia na MS baixo e muito seguro e acho que dificilmente ele afetaria negativamente a produção de leite corrigida para 3,5% de gordura em 1,6 kg de leite em vacas depois do pico de produção na nossa realidade.Gostaria de saber tambem quais dos parâmetros apresentaram diferenças significativas.Vale outra observação, 15% da dieta do experimento é silagem de alfafa, que possui 54% do N na forma de NNP, na nossa realidade onde a base do volumoso na seca é silagem de milho ou cana-de-açucar podemos esperar melhores resultados com o NNP nos níveis trabalhados pelo Dr. Broderick pois nossa participação de proteína verdadeira na dieta é bem maior para fecharmos os mesmos níveis de proteína bruta(não raro, me deparo com dietas que pedem 5 kg de farelo de soja para fechar a proteína metabolizavel pelo NRC 2001). Confesso que fico desconfortável de ter de colocar para um ruminante 5 kg de farelo de soja em sua dieta,mesmo que sejam vacas de altíssimas produções e ciente do resultado positivo financeiro desta dieta. Infelizmente acho qu o maior diferencial de fazer dieta no Brasil e nos USA para o nutricionista é que quase não temos opções de ingredientes para trabalhar.Tirando farelo de soja e uréia no campo o que é fácil de achar e de maneira consistente ao longo dos meses no Brasil?
Grande abraço e parabéns pelo tema att Renato Nogueira |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 29/07/2009
Prezado Ivar.
O mais tradicional, usado a muito tempo pelos pecuaristas, é o sulfato de amônio. Também, a recomendação mais simples é que deverá ser usado na proporção de 9:1, ou seja, nove partes de uréia e 1 parte de sulfato de amônio. |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 29/07/2009
Prezado Marco.
O estudo com uréia de liberação controlada, ou liberação lenta, na pecuária nacional, ainda é um pouco incipiente. Eu gostaria de esperar mais algumas semanas para te responder essa pergunta, pois está em fase de conclusão um estudo de mestrado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, exatamente estutando essa questão. Em breve teremos mais informações a respeito deste tema. |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 29/07/2009
Prezado Felipe.
Infelizmente a resposta para a sua pergunta é, depende. Por exemplo, em uma dieta onde a fonte de proteína verdadeira é farelo de soja, a quantidade de uréia será uma. se mudarmos a fonte de proteína verdadeira para farelo de algodão, isso incorrerá na necessidade de diminuir a quantidade de uréia. Outro exemplo, se trocarmos milho da ração por refinasil ou farelo de trigo, a quantidade de uréia deverá ser diminuída consideravelmente. Assim, a conclusão que chegamos é que, para cada dieta, com seus ingredientes em particular, haverá uma proporção específica entre fonte de proteína verdadeira e quantidade de uréia máxima aceitável. |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 29/07/2009
Prezado Sr. José Coutinho.
A utilização de 1% de uréia na cana não deprecia a produção de leite, com a vantagem de baratear custos. A quantidade de farelo de soja que o Sr. oferece é suficiente para fornecer esqueleto carbônico para a síntese microbiana. Fique tranquilo que sua dieta está muito boa. |
MARCO ANTONIO MACHADO VIEIRAITUVERAVA - SÃO PAULO EM 22/07/2009
Professor, qual seria o efeito do uso de uma ureia de liberação lenta nesse processo, já que, nesse caso, utilizamos uma quantidade muito pequena de uréia (MN) para obtermos as mesmas quantidades de N na dieta, tendo assim menores teores de amônia na dieta?
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JOSÉ COUTINHO NETOMACAÉ - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 17/07/2009
Prezado Junio Cesar,
Obrigado por ter nos brindado com este artigo, acrescentando um pouco de luz em nossa ignorância. Gostaria de solicitar esclarecimento sobre se continuam verdadeiros estes números para o caso de girolandas com produção média de 17 litros/dia e uso de cana como volumoso com 1Kg de úreia para cada 100 Kg de cana mais fonte de enxofre; e como concentrado (23% farelo de soja + 74% fubazão + 3% sal mineralizado lactação) 1 Kg para cada 3 litros de leite acima de 6 litros. Obrigado pela sua atenção. Coutinho. |
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