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Utilização de uréia como fonte de nitrogênio não proteico

POR CLAYTON QUIRINO MENDES

E RAFAEL CAMARGO DO AMARAL

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/09/2006

2 MIN DE LEITURA

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Os microorganismos ruminais são capazes de sintetizar proteína microbiana a partir de amônia e esqueleto carbônico, sendo o nitrogênio não protéico (NNP) uma das fontes de amônia para os microrganismos. Dentre as fontes de NNP disponíveis, encontra-se a uréia, o sulfato de amônio e o biureto.

A utilização de uréia na dieta de ruminantes torna-se uma alternativa para redução do custo na formulação de suplementos e rações, além de substituir parte da proteína verdadeira. Assim que atinge o rúmen a uréia é desdobrada em amônia e dióxido de carbono, pela ação da enzima urease presente no líquido ruminal, sendo a amônia utilizada pelos microrganismos ruminais para a sua multiplicação.

A suplementação com NNP, além de fornecer amônia para a síntese microbiana e reduzir os custos com a suplementação protéica, apresenta outras vantagens, como: cria uma ação tamponante no rúmen, de modo a manter o pH em uma faixa mais adequada para a digestão da celulose; altera o hábito alimentar no sentido de refeições mais freqüentes, resultando em um possível incremento na eficiência energética da dieta (Huber, 1984).

Devant et al. (2001) citam que em animais alimentados com dietas ricas em carboidratos não fibrosos é esperado que a síntese de proteína microbiana aumente quando há suplementação com fontes de proteína verdadeira. Entretanto, uma fonte de proteína verdadeira de baixa degradabilidade diminui a disponibilidade de aminoácidos e peptídeos para os microrganismos. A uréia, ao contrário da fonte de proteína verdadeira, proporciona rápida disponibilidade de N, aumentando a síntese e eficiência da proteína microbiana.

A utilização da uréia requer atenção no que diz respeito à adaptação dos animais. Animais adaptados podem receber quantidades duas vezes maiores do que animais não adaptados (Stiles, 1970). Em animais adaptados a taxa de hidrólise da uréia é reduzida devido à mudanças na fauna ruminal, pois ocorre um predomínio da população de microrganismos capazes de utilizar mais eficientemente o NNP, aumentando sua fixação (Caffrey et al.,1967).

Outra explicação para a resposta de adaptação é o ajuste dos tecidos do organismo ao tipo de nitrogênio disponível, o que está de acordo com McLuren et al. (1965), que observaram um aumento considerável de amônia nos tecidos de cordeiros alimentados com uréia como única fonte de nitrogênio.

Esse é um dos assuntos que será abordado mais detalhadamente no curso Princípios da Nutrição em Ovinos e Caprinos de Corte. Clique aqui para ver a programação detalhada e realizar sua inscrição.
 

CLAYTON QUIRINO MENDES

É colaborador do Agripoint como instrutor do curso Princípios da Nutrição de Caprinos e Ovinos de Corte e escreve artigos técnicos para seções Nutrição e Pastagem.

RAFAEL CAMARGO DO AMARAL

Zootecnista pela Unesp/Jaboticabal.
Mestre e Doutor em Ciência Animal e Pastagens pela ESALQ/USP.
Gerente de Nutrição na DeLaval.
www.facebook.com.br/doctorsilage

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LUIZ GONZAGA NETO

PETROLINA - PERNAMBUCO - PESQUISA/ENSINO

EM 12/07/2007

Sou pesquisador da Embrapa e criador de caprinos e ovinos das raças Boer, Dorper e Santa Inês. Confesso que estou tendo uma impressão muito positiva do site FarmPoint. Espero que continue fornecendo matérias científicas e experiências de cridores renomados e de interesse destes setores. Parabéns pela iniciativa. A atividade caprina e ovina merece iniciativas desta magnitude.

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