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Sinal de alerta: Brasil e Argentina com política industrial comum no setor de lácteos

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/02/2010

3 MIN DE LEITURA

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Sinal de alerta: Brasil e Argentina com política industrial comum no setor de lácteos
Vejam a mátéria com esse título publicada no Espaço Aberto do Milkpoint sobre assunto que acho preocupante e que revela a pouca ( para não dizer nenhuma ) preocupação do Governo com os produtores de leite brasileiros.

Sem dúvida nós, técnicos e produtores somos responsáveis pela lamentável situação a que chegamos. Mas não adianta chorar. O que temos a fazer é trabalhar para mudar essa situação, para que técnicos e produtores sejam respeitados e ouvidos. Na Leite São Paulo temos trabalhado para dar nossa contribuição para que essas mudanças ocorram.

Acrescento que havia uma reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados marcada para 25 de fevereiro próximo, para a qual foi silicitada sugestões para a pauta.

Transcrevo a seguir o que enviamos para a Secretaria da Câmara como sugestão para a pauta da reunião:

"O Brasil durante décadas não produziu leite suficiente para atender ao mercado interno, caracterizando-se como importador de leite. Praticamente só no período 2004/2008 conseguimos atingir a auto-suficiência para abastecer o consumo interno e ter algum excedente para exportação. No segundo semestre de 2008 sob alegação que a oferta de leite era muito grande e que a indústria tinha grandes estoques, foi reduzido substancialmente o preço pago ao produtor. Todavia já em janeiro de 2009 começaram a ser feitas grandes importações de leite em pó da Argentina e do Uruguai, e apesar do cancelamento de licença automática para importação, o volume de importação foi tanto que em 2009 o equivalente em leite fluido das importações superou a 0,5 bilhão de litros. No final de 2009 os preços ao produtor nacional cairam na contramão do que acontecia internacionalmente. Em audiência pública a Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara se comprometeu a verificar a relação de preços entre o que o consumidor paga e o que o produtor recebe para verificar se não estaria havendo abuso de poder econômico e comercial no varejo e na indústria.

Penso que se estes aspectos não forem discutidos com transparência e tomadas as providências cabiveis, corremos o risco de voltarmos a importar grandes quantidades de leite em 2010 e corremos o risco de voltarmos a ser por muitos anos, tal como aconteceu poe décadas, ser grande importador de leite.

Por isso minha sugestão é que a pauta da reunião de 25 de fevereiro próxima se concentre na discussão no que aconteceu no mercado em 2008/2009 em termos de produção, consumo interno, exportações e importações, e com a distribuição das margens entre produtores, indústria e varejo e na perspectiva de equacionar os problemas constatados para o período de 2010/2011.

Seria importante nessa reunião a presença de representantes da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara, para relatar sa providências que se seguiram depois da audiência pública de 2009 e participar das discussões."

Mas hoje, depois de ler a matéria no Correio Popular, sobre negociações com a Argentina sobre uma política comum para o setor lácteo,  e que me motivou a escrever o artigo publicado no Espaço Aberto, acabo de receber e-mail cancelando a reunião, em função da pouca evolução dos assuntos da pauta desde a última reunião, e informando que assim que a nova data seja definida os participantes da câmara serão informados.

A existência dessas negociações com a Argentina sem conhecimento dos produtores, além de ser um sinal de alerta, reforçam que a pauta da próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados deve se concentrear na discussão no que aconteceu no mercado em 2008/2009 em termos de produção, consumo interno, exportações e importações, e com a distribuição das margens entre produtores, indústria e varejo e na perspectiva de equacionar os problemas constatados para o período de 2010/2011, incluindo a discussão do que estaria sendo tratado com a Argentina nas  negociações que estariam sendo conduzidas pelo pelo presidente da Agência brasileira de Desenvolvimento Industrial e pelo secretário de Comércio Exterior, em sequência  a uma negociação política que teria havido entre o ministro Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, com a ministra argentina da Produção, Debora Giorgi.

Achamos que  a pecuária leiteira nacional merce uma reunião da Cadeia Produtiva de leite e Derivados só para tratar desses assuntos, que podem ser determinantes do futuro da atividade no País. E quanto antes essa reunião for realizada, melhor.
 


Marcello de Moura Campos Filho
 Presidente da Leite São Paulo





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MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/02/2010

Prezado Osmar U. Carvalho

Agradeço o comentário;
Se o próprio produtor não defender seus interesses seus interesses, como pode esperar que outros o defendam?
Além da ação de produção, feita da porteira para dentro, o produtor preciça de ação da porteira para fora.
Uma sugestão: você e outros produtores da região poderiam procurat o sindicato rural e pedir que este pleiteie à FAEMG e CNA ação de forma a impedir que qualquer integração do nosso setor lácteo seja efetivada sem antes uma amla discussão com as entidades que representam os produtores sobre como seria essa integração e se inso é de interesse para a pecuária leiteira nacional.

Abraço
Marcello de Moura Campos Filho
OSMAR U. CARVALHO

TEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/02/2010


Enquanto o produtor se esconder no curral ou pastoranda as vacas

seremos menosprezados e meros joguetes nas mãos da industria.

Que falta de conhecimento de um um ministerio com os outros no que se refere ações unilaterais que destroem o ânimo de uma classe que sempre
respondeu e responde : PRESENTE com a sua parcela de produção neste país?
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/02/2010

Prezado Wilson Mendes Ruas

Obrigado pelo comentário. É precisso que os produtores realmente se mobilizem para defender os seus legítimos interesses. A melhor forma de você contribuir é, se possível com mais alguns produtores, procurar o sindicato rural aí em Belo Horizonte peiteando que a FAEMG e a CNA liderem um movimento junto ao Governo, no sentido de que não se tome nenhuma decisão de integração do setor lácteo do Brasil com o da Argentina, sem que sejam ouvidos os produtores e o assunto seja amplamente discutido internamente com a cadei produtiva.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
WILSON MENDES RUAS

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 20/02/2010

Prezado Marcelo,

Nós produtores de leite temos muito a agradecer-lhe por este alerta. Quero dizer-lhe que estou a sua disposição para comparecer aonde for para precionar o governo, para deixar de atrapalhar uma classe, que muito emprega neste País, a despeito de tantos contratempos, a exemplo deste. Espero que cada produtor de leite deste Brasil, venda pelo menos uma vaquinha e vá à luta em defesa do leite brasileiro, antes que todo o rebanho vá para o açougue. Precisamos acreditar e apoiar todos os movimentos em favor desta sofrida classe. NÃO À IMPORTAÇÃO DE LEITE QUE SIGNIFICA MORTE DO PRODUTOR NACIONAL.

Wilson Mendes Ruas
Produtor de Leite em Curvelo-MG
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/02/2010

Prezado Thomas

Agradeço o comentário. Mas o fato de hoje o Governo ignora o produtor é devido o produtor se manter amórfo, se preocupando só com o trabalho da porteira para dentro. Há trabalho para fazer da porteira para fora, e é mais do que hora dos produtores e suas lideranças trabalharem para mudar esse estado de coisas. A minha proposta nesse caso é uma reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados para discutir o caso e verificar as providências cabíveis, inclusive fortalecendo a posição do Ministro da Agricultura na defesa de nossa pecuária de leite que, através dos empregos diretos e indiretos que proporciona, é grande geradora de emprego e renda no interior do País.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
THOMAS STRAUSSS

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 19/02/2010

Prezado Marcelo,
Aparentemente alertas bem baseadas como o seu não mereçem mais atenção das nossas autoridades. A situação descrita me lembra muito da negociação de compra do caça RAFALE com a diferença que da pecuária leitera dependem muito mais famílias.

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