Quanto de carne produz um cordeiro? Parte IV - Sistema de Terminação |
MARIA ANGELA FERNANDES
Médica Veterinária pela UFPR
Doutoranda do Programa de Ciências Veterinárias da UFPR
Integrante do LAPOC - Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos da UFPR
CARINA BARROS
Médica veterinária
Mestre em Ciências Veterinárias UFPR
Doutora em Nutrição e Produção Animal FMVZ-USP
Pós-doutorado FMVZ-USP
Atuação na avaliação econômica e modelagem
ALDA LÚCIA GOMES MONTEIRO
Coordena o Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos (LAPOC) da UFPR
TICIANY RIBEIRO
5 |
DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS |
![]() |
5000 caracteres restantes
INSERIR VÍDEO
Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado. SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe. |
|
MARIA ANGELA FERNANDESCURITIBA - PARANÁ EM 29/03/2010
Prezado Guilherme,
Existem sim frigoríficos que abatem ovinos e caprinos em Curitiba e na região metropolitana. Abaixo, alguns desses estabelecimento: FRIGORIFICO JULIATO Endereço: Rua Dr. Murici, 501, Bairro Costeira Cidade: São José dos Pinhais/PR Telefone: (41) 3283-4700 SUINOLIGHT FRIGORÍFICO DE SUÍNOS Campo Largo/PR (registro estadual) Responsável: Marlon Cristiano Fone: (41) 3392-2539 / (41) 3393-5178 FRIGORíFICO ARGUS LTDA. Br 376 KM 19,5 S/N. - Miringuava São José dos Pinhais - PR - BRASIL - Cep: 83015-000 Telefone: (041) 3382-3883 Fax: (041) 3382-3992 Sugiro que você entre em contato também com outros frigoríficos próximos ao seu estabelecimento e verifique a possibilidade do abate de seus animais. Estude o preço pago pelo frigorífico, a distância (custo, estresse dos animais, perdas durante o transporte) e o tipo de animais que eles exigem (raça, peso, idade, etc). Assim, você poderá tomar a melhor decisão para obter o menor custo e o maior lucro! Atenciosamente, Maria Angela Machado Fernandes |
![]() |
KLAUS CARLOS BERNAUERBLUMENAU - SANTA CATARINA EM 26/03/2010
Prezada Ms. Maria Angela M. Fernandes,
Quero parabenizá-la pelo belíssimo trabalho e pela clareza e objetividade no tratamento desse assunto tão importante, pois o que adianta produzir com toda dedicação e esmero se não atendo aos padrões e cortes além das raças mais desejadas pelo mercado. Por isso quero perguntar-lhe: 1 - como posso acessar seus 3 trabalhos anteriores? 2 - a senhora dispõe de uma relação de frigoríficos que se interessam por ovinos no Paraná, Santa Catarina e RS? 3 - qual seria uma distância boa para não sofrer perdas ou stresse no transporte dos cordeiros para o frigirifico, ou se fizer o transporte a noite isto seria mais conveniente? Eo custo de transporte? Muito obrigado , Klaus Carlos Bernauer |
|
MARIA ANGELA FERNANDESCURITIBA - PARANÁ EM 18/03/2010
Prezado Carlos,
A forma que o frigorífico paga ao produtor pode variar muito. Existem frigoríficos que pagam pelo peso do animal vivo e os que pagam pelo peso de carcaça fria. Alguns frigoríficos pré-estabelecem o peso mínimo e máximo (de carcaça e/ou animal vivo), a idade máxima abate e até a raça dos animais. Há também aqueles que pagam bonificações aos produtores que atendem seus padrões de qualidade. Assim, como discutimos no artigo "Quanto de carne produz um cordeiro? Parte I", o rendimento de carcaça é uma ferramenta que auxilia o produtor a determinar o peso de abate de seus animais e a avaliar a eficiência do seu sistema de produção. Observe no exemplo abaixo como é importante para o produtor conhecer quanto do animal vivo será convertido em "carne" (carcaça) para determinar o peso de abate. EXEMPLO: "Dois produtores (A e B) levaram 100 cordeiros cada um para serem abatidos. Os animais eram machos, mestiços e com peso vivo médio de 30 kg. O preço pago aos produtores é de R$ 8 por quilo de carcaça fria. Além disso, o frigorífico paga uma bonificação de 6% aos produtores que entregam animais com carcaças entre 15 a 16 kg." PRODUTOR A: cordeiros desmamados terminados em pasto com RCF= 44% Peso de carcaça Fria = (PV X RCF)/ 100 PCF = (30 X 44)/ 100 PCF = 13,2 kg Como são 100 animais = 13200 kg de carcaça X R$ 8 O produtor A irá receber R$ 10.560. Não será bonificado porque as carcaças estão abaixo da faixa de preferência do frigorífico. PRODUTOR B: Animais terminados com suas mães em pastagem cultivada com suplementação em creep feeding e RCF = 50% Peso de carcaça Fria = (PV X RCF)/ 100 PCF = (30 X 50)/ 100 PCF = 15 kg Como são 100 animais = 1500 kg de carcaça X R$ 8 O produtor irá receber R$ 12.000 mais R$ 720 de bonificação (6%) = R$ 12.720 Portanto, o produtor B recebeu R$ 2.160 a mais que o produtor A. Ou seja, R$ 21,60 a mais por cordeiro. No entanto, isso não significa que o sistema de produção do produtor B teve maior lucro que o de A. Para sabermos qual dos dois obteve o maior lucro precisamos considerar além da receita; o custo com alimentação, instalações, mão-de-obra, medicações, manutenção, etc. Observe que se o produtor A conhecesse seu RCF, ele poderia ter entregue os animais com PV maior (entre 34 e 36,5 kg) para receber a bonificação. No entanto, é preciso avaliar se esse aumento no peso de abate não irá gerar custos (alimentação, medicamentos, mão-de-obra, etc) mais altos que a receita obtida. Mais uma vez ressaltamos que nem sempre os maiores rendimentos de carcaça terão maiores lucros devido aos custos de produção. No entanto, algumas medidas básicas e de baixo custo, quando adotadas, podem promover mudanças significativas nos rendimentos dos animais e aumentar a receita. Cabe ao produtor avaliar o impacto da adoção de novas técnicas e do aumento no RCF sobre os custos e a lucratividade do sistema. Muito obrigada! Maria Angela Machado Ferna |
MILKPOINT É UM PRODUTO DA REDE AGRIPOINT
Copyright © 2021 AgriPoint - Todos os direitos reservados
AgriPoint Serviços de Informação Ltda. - CNPJ 08.885.666/0001-86
R. Tiradentes, 848 - 12º andar | Centro