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Perfil dos países importadores de carne ovina - Parte IV de V

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/12/2010

4 MIN DE LEITURA

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Este artigo faz parte do Estudo de Mercado Externo de Produtos e Derivados da Ovinocaprinocultura da editora Méritos. Este trabalho foi viabilizado pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Sistema Agroindustrial, cuja gestão cabe ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC.

Sua execução foi possível graças à celebração de convênio entre a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) e o MDIC. Elaborado a partir de proposta da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) - representa sinergia entre as ações das Câmaras Setoriais do MAPA e a PDP do Sistema Agroindustrial do MDIC.

O FarmPoint publicará trechos do capítulo Perfil dos Países Importadores e a quarta análise publicada é sobre os Emirados Árabes Unidos.

Introdução

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) é uma federação de sete emirados na costa do Golfo Pérsico. O território do país é muito pequeno, quase todo desértico, e seus quase cinco milhões de habitantes dependem da importação de alimentos para o abastecimento interno. É um dos países com mais alto crescimento e renda per capita do mundo. Este aumento recente de renda e o aumento de população provocado pelas migrações, transformou o país num dos grandes importadores de carne ovina e de animais vivos para abate.

Setor primário

A atividade de criação de ovinos e caprinos é tradicional e considerada como não-comercial, pois atende principalmente ao cultivo de subsistência da população rural. O rebanho ocupa 300 mil hectares de pastagens chamadas de áreas comunitárias. De certa maneira, a maneira de criação se assemelha bastante ao encontrado na vizinha Arábia Saudita. O rebanho é pequeno, tem predominância de caprinos, e vem apresentando crescimento lento e constante desde o ano 2000.

Tabela 1 - Rebanho de ovinos e caprinos (milhões de cabeças).



Indústria

Os abates são em grande parte compostos de animais importados, principalmente da Austrália. Cerca de dois terços das necessidades de carne do país são obtidas através de importações. Devido às facilidades logísticas, os EAU são importantes exportadores e re-exportadores de carne ovina e de ovinos e caprinos vivos para os demais países do Golfo Pérsico. Os EAU possuem um dos maiores portos do Oriente Médio, chamado Jebel Ali. Em Dubai, maior cidade dos EAU, estão três abatedouros, que pertencem à prefeitura. Estas plantas são principalmente prestadoras de serviço para marchantes, supermercados, restaurantes e para o consumidor final.

Juntas, têm capacidade de abate de 2.100 ovinos e caprinos por dia. Todas são plantas modernas e que oferecem qualidade sanitária e conveniência para os consumidores, evitando o abate clandestino e os problemas de saúde pública relacionados. Em Abu Dhabi, capital do país, funciona um grande abatedouro nos mesmos moldes dos abatedouros de Dubai. Neste frigorifico é possível encomendar um serviço de abate para casamentos, de forma que a municipalidade se encarrega de entregar o ovino ou caprino no local da festa, mediante o pagamento de uma taxa.

Aspectos institucionais e organizacionais

O consumo de carne ovina pela população local responde por cerca de um terço da ingestão de proteínas animais. Os habitantes dos EAU preferem animais pequenos, possivelmente influenciados pela tradição de consumo dos ovinos de uma raça local, escura e de pequena estatura.

A questão do abate Halal é fundamental para o mercado dos EAU, pois quase a totalidade da população é muçulmana. Da mesma forma que na Arábia Saudita, os consumidores dos Emirados preferem consumir a carne
fresca, o que torna importante o abate dos ovinos e caprinos logo antes de serem consumidos. Um dos argumentos é de que esta carne é mais barata do que a congelada ou resfriada.

O Ministério de Agricultura e Pesca toma todas as decisões em relação à produção pecuária e as respectivas normas, assim como as autorizações de importação. Em conjunto com o Ministério da Saúde, também é o responsável pelas questões vinculadas à segurança sanitária dos alimentos.

Já o Ministério de Desenvolvimento Econômico é o responsável pela licença de construção e operação de frigoríficos.

Importações

A importação de carne ovina aumentou em 2008 em relação à média histórica, tornando os Emirados Árabes Unidos o sexto maior importador de carne ovina do mundo. As compras internacionais são em sua maioria carnes refrigeradas, concentrado em carcaças. O preço médio pago pela carne refrigerada em 2008 foi de US$ 4.698 por tonelada, enquanto a carne congelada entrou no país a US$ 2.949 por tonelada.

Gráfico 1 - Origem das importações de carne ovina dos Emirados Árabes Unidos (mil t) - 2008. Fonte: Comtrade, 2009.



Austrália e Nova Zelândia fornecem mais de 95% da carne congelada. Já para a carne refrigerada, além dos países da Oceania (que entregam mais de 70% deste tipo de carne importada pelos Emirados Árabes), aparece a Índia como fornecedora importante.

O país também importa quantidades significativas de animais vivos para abate. A importação de ovinos vivos alcançou 169 mil cabeças em 2008, mais da metade vindos da Austrália. O preço médio pago pelo país foi de US$ 78 por animal importado.

Gráfico 2 - Origem das importações de ovinos vivos dos Emirados Árabes Unidos (mil cabeças) - 2008. Fonte: Comtrade, 2009.



O estudo está disponível para download no site da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) www.arcoovinos.com.br

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