ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Múltipla ovulação e transferência de embriões em pequenos ruminantes

POR MARIA EMILIA FRANCO OLIVEIRA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/01/2011

2 MIN DE LEITURA

0
2
A biotecnologia de múltipla ovulação e transferência de embriões (MOTE) tem contribuído para a multiplicação dos pequenos ruminantes em todo o mundo. O impacto é evidente nos programas de melhoramento genético, zootécnicos e sanitários, bem como, no resgate e conservação de raças ameaçadas de extinção e no apoio a outras biotécnicas relacionadas. A simplificação da técnica, assim como, o aumento no número de técnicos capacitados, pode acelerar ainda mais este desenvolvimento. Atualmente, a MOTE nos pequenos ruminantes é uma realidade.

Essa técnica engloba o conjunto de atividades necessárias para induzir crescimento e ovulação de vários folículos, formação e retirada de embriões do útero de uma fêmea doadora e a posterior deposição desses no útero de fêmeas receptoras com a finalidade de completarem o período gestacional. Dessa forma, possibilita que uma fêmea produza um número de descendentes muito superior ao que seria possível obter fisiologicamente durante sua vida reprodutiva.

A seleção de fêmeas geneticamente superiores como doadoras, garante a multiplicação desse potencial genético, conferindo aceleração e maior precisão no processo de seleção e melhoramento animal.

No aspecto sanitário, a MOTE garante a introdução nos rebanhos de material genético de alto valor zootécnico e comercial, sem oferecer risco de transmissão de doenças infecto-contagiosas. Rigorosas medidas preventivas de higiene e desinfecção de equipamentos, meios e soluções utilizadas no manuseio dos embriões, bem como, técnicas específicas são implementadas para evitar a disseminação de doenças entre rebanhos, regiões ou países.

O sucesso dos programas de MOTE é dependente de diversos fatores intrínsecos e extrínsecos aos animais. Inclui-se a estacionalidade, raça, idade, nutrição, manejo de ordem geral, sanidade das doadoras e receptoras, estresse, qualidade dos produtos farmacológicos e protocolos utilizados. Mesmo que a maioria destes fatores tenha sido minimizada ou eliminada, a resposta ao tratamento gonadotrófico é ainda muito variável entre indivíduos, principalmente devido à variabilidade na resposta folicular, indução de regressão prematura de corpos lúteos e falhas de fecundação dos oócitos.

Em todo programa de MOTE existe fêmeas que não respondem aos estímulos superovulatórios ou apresentam resposta considerada moderada. A explicação para estes acontecimentos tem sido intensamente estudada por diversos grupos de pesquisa do Brasil e do mundo, entretanto, as razões não são claras. Acredita-se que exista uma inter-relação de fatores.

Informações atuais indicam que essa variabilidade na resposta superovulatório seja relacionada, mais precisamente, a dinâmica folicular. Tradicionais tratamentos para estimulação ovariana em pequenos ruminantes foram delineados há vários anos e não se basearam no conhecimento do comportamento do crescimento dos folículos. Contudo, as pesquisas têm apresentado novas estratégias para melhorar a produção de embriões em programas de MOTE nos pequenos ruminantes.

Ainda assim, a indústria da múltipla ovulação e transferência de embrião tem se tornado um negócio de escala internacional, visto as inúmeras vantagens relacionadas e a crescente exigência mundial por produção de alimentos seguros de forma sustentável, buscando o aumento da eficiência reprodutiva e produtiva dos animais em áreas cada vez menores.

Referência bibliográfica:


Gonçalves, P. B. D.; Figueiredo, J. R.; Freitas, V. J. F. Biotécnicas aplicadas à reprodução animal. 1ª Edição, Varela editora, São Paulo, 340p., 2002.

González, R. S.; Hernández, J. A. M. Reproducción de ovejas y cabras. UNAM Cuautitlán. 1ª Edição, México, 335p., 2008.

Menchaca, A.; Vilariño, M. Crispo, M, de Castro, T.; Rubianes, E. New approaches to superovulation and embryo transfer in small ruminants. Reproduction, Fertility and Development, 22:113-118, 2010.

Rubianes, E. & Menchaca A. Dinâmica folicular, sincronização do estro e superovulação em ovinos. Acta Scientiae Veterinariae. 34 (Supl 1): 251-261, 2006.

MARIA EMILIA FRANCO OLIVEIRA

www.mariaemilia.vet.br

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures