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Milho hidropônico para ruminantes - Parte 1

POR JOSÉ ROBERTO PERES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/08/2001

3 MIN DE LEITURA

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José Roberto Peres

A produção de forragens pelo sistema de hidroponia com frequência é tema de reportagens em revistas do nosso setor. Este sistema, permite o cultivo praticamente o ano todo, sem depender das condições edafo-climáticas. Em função disso, muitos defendem este sistema como alternativa para a alimentação em propriedades de pequeno porte.

Uma série de experimentos realizados na Faculdade de Agronomia e Veterinária da UNESP, em Jaboticabal, avaliou a produtividade e qualidade do milho para forragem, produzido através de sistema hidropônico. Poucos são os testes controlados sobre o assunto e portanto vale a pena observar os resultados.

Foram testados 32 tratamentos em esquema fatorial, sendo 4 tipos de substratos: bagaço de cana (BC), bagaço de cana hidrolisado (BH), grama (GR) e cama de frango (CF); duas densidades de semeadura (1 e 2 kg/m2) e quatro idades de corte (14, 21, 28 e 35 dias).

Inicialmente foi avaliada a produção da parte aérea e raiz do milho para as diferentes idades de corte. A produção aos 14 e 21 dias foi muito baixa, quase não disponibilizando material para análise. Próximo aos 35 dias ocorreu infestação por lagarta do milho e optou-se por não tratar com defensivos já que o material destinava-se à alimentação animal. Sendo assim, somente o corte aos 28 dias foi avaliado posteriormente quanto à sua qualidade.

A cama de frango foi o substrato que propiciou maior produção (P<0,05) de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) na parte aérea: respectivamente 189,2 e 33,2 g/m2 (tabela 1). Este mesmo substrato foi o que apresentou a menor produção de raízes, mostrando-se bastante compactada, o que dificultou a colheita das raízes. Os autores argumentam que uma provável fermentação da cama deve ter dificultado o crescimento da raíz.

No caso da raíz, o BC foi o substrato que proporcionou maiores produções (P<0,05), com médias de 297,4 de MS e 32,2 g de PB por m2.

A densidade de 2 kg de sementes por m2 proporcionou maior produções (P<0,05) de MS e PB tanto na parte aérea quanto na raíz.

Tabela 1: Produção de MS e PB da parte aérea e raiz de milho hidropônico

Tabela 1

Fonte: Amorim et al. (2000)

Os autores não encontraram na literatura outras referências sobre produtividade do milho produzido por hidroponia. Para efeito de comparação eles cita Vieira et al. (1980), que estudando a produção de duas variedades de milho obtiveram valores médios de 14,3 e 13,3 toneladas de MS por hectare. Eles traçam um paralelo, considerando que, no sistema convencional, o milho precisa de 100 a 112 dias para atingir o ponto de ensilagem enquanto que por hidroponia, no presente trabalho, ele foi cortado aos 28 dias de idade, com produção média da parte aérea por corte de 177,5 g de MS/m2, a capacidade de produção estimada seria de 7,1 t/ha. Levando-se em conta a possibilidade de uso das raízes produzidas por hidroponia como ração para ruminantes, o potencial de produção passaria a ser de 14,4 toneladas de matéria seca por hectare, semelhante ao milho "convencional".

Os autores concluem que a produção de forragem por hidroponia não foi eficiente, no sistema avaliado, e que maiores estudos são necessários para se buscar sistemas que permitam maior produtividade, recuperação das sementes não germinadas e melhor forma de fixação das plantas. Além disso, a avaliação do custo deste sistema é fundamental para que as comparações possam ser estabelecidas.

No próximo artigo apresentaremos os dados da qualidade da forragem produzida.

Comentário MilkPoint: embora esta seção trate de nutrição, e este tema fosse mais apropriado para a seção de produção de forragens, estes dados foram apresentados para que possam ser associados à qualidade do material produzido como alimento para ruminantes, a ser apresentado no(s) próximo(s) artigo(s).

Com relação a estes dados, não se pode esquecer que a produção por hidroponia também exige técnica e requer mão de obra intensiva. Considerando-se somente os níveis de produção apresentados, qualquer capim tropical, ou mesmo a cana-de-açúcar bem manejados e corretamente adubados, poderiam facilmente ultrapassar (dobrar) estes níveis de produtividade, certamente com muito menor exigência de mão de obra. Se o problema portanto é encontrar soluções para a produção animal em pequenas áreas, esta possivelmente não seria a melhor opção.


Fonte: Amorim, A. C., Resende, K.T., Medeiros, A. N. et al., 2000. Produção de Milho (Zea mays) para forragem, através de sistema hidropônico. In: Anais da XXXVII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Viçosa, MG.

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RODRIGO ANDRADE

RANCHARIA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/02/2024

Meus caros, eu tenho muito interesse nesse tenha, pois pode ser a uma virada na produção de leite dos trópicos, mas ficou muito ponta solta. Como os pesquisadores colocam 2kg de semente por m2 e produzem somente 0.5kg/m2... alguém comeu o milho? A relação econômica está em kg semente/m2 x kg matéria seca. O resto a gente sabe que proteína é excelente, basta ter uma relação boa que pode ser economicamente viável. Na produção em escala, precisa viabilizar pelo menos 50 vacas por dia, ou seja, pelo menos 10kg de MS por dia com mecanização da retirada do material. Quem tiver dados ou fontes de sistemas de produção e puder postar nos ajudaria muito.
ARLINDO BOEMER

GOIÂNIA - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO

EM 06/03/2023

Se o processo fosse ruim como dizem, a FAO, órgão da ONU, não estaria recomendando o uso da forragem verde. Isso sem contar inúmeras instituições de pesquisa mundo afora. Quem estudou o processo, fez inúmeros testes e análises bromatológicas, não é um esperto, é um pesquisador. Coloco em discussão o fato de o milho em grão ter fatores de inibição enzimática que dificultam a absorção de nutrientes e o de que as raízes armazenam um valor elevado de aminoácidos que são o "tijolinho" da construção de proteínas. A proteína ingerida é primeiro convertida em aminoácidos para que o organismo produza o tipo de proteína que necessita. Existe perda considerável nesse processo, de forma que a ingesta de aminoácidos é mais eficaz que a de proteína bruta. Não vou entrar na disputa por números, pois é só "achismo". Conta de padeiro. Poucos, muito poucos, que comentam o assunto realizaram estudos ou experimentos. Só acham isso ou aquilo. É um erro grave atacar uma tecnologia sem ter o conhecimento necessário sobre o assunto
FERNANDO A AFONSO GARCIA

MARÍLIA - SÃO PAULO

EM 23/08/2021

Breno tem como enriquecer substrato e nutrir o milho hidropônico com material com certificação orgânica e de baixo custo entre em contato 14 998901617 .
Fernando Afonso.
DUDA

RIO CLARO - SÃO PAULO

EM 27/04/2020

Calma Leovegildooo! A gente sabe que você é inteligente! Mas tudo isso é novidade e nem sempre os estudos acadêmicos suprem a necessidade do homem na roça! Vai trabalhar um dia no campo que você coloca tudo em prática e manda os vídeos pra gente ver o resultado!
ANDRE LEITAO

SALVADOR - BAHIA - ESTUDANTE

EM 26/08/2019

Bom dia.
Pelos dados que tenho visto, é claro o balanço negativo energético e de MS.
Agora gostaria de ouvir análises diante das seguintes situações adversas.

1- Quando não temos acesso a oferta de volumosos de qualidade e quando temos é muito caro e temos que comprar em grandes quantidades para compensar o custo logístico

2- Em situação de seca onde não temos material verde para oferecer aos animais.

3- No caso se houver melhoria do funcionamento do aparelho disgestivel dos animais.

4-Satisfação das vacas ao ingerir matéria fresca.
OZIEL

ALTO MUTUM PRETO - ESPÍRITO SANTO

EM 28/11/2018

Eu entendi que a relação de materia seca é inferior a do início do processo de milho hidropônico, mas e quando a nutrição? Por ex: se é usado 2kg de milho por m2 e é colhido 1,5kh de materia seca a perda foi 0,5 kg do milho, mas o milho triturado tem aproveitamento superior a esse perda de 25% do método hidropônico? Outra forma da questão; o aproveitamento nutritivo do milho triturado e superior em quanto% ao do aproveitamento da planta de 20dias? Penso que o foco para se comparar a viabilidade dos usos do milho deve ser na conversão do alimento pelo organismo que o consumirá.
EDY CARLOS VIEIRA DE OLIVEIRA

CAMPINAS - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 08/10/2018

Me chama para podermos conversar sobre o assunto 19 989485559
EDY CARLOS VIEIRA DE OLIVEIRA

CAMPINAS - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 08/10/2018

Boa noite Breno,
Estou trabalhando em um projeto cientifico que cuida justamente de forragem de milho através de hidroponia,gostaria de trocar algumas informações contigo, meu nome é Edy meu Whatss é (19) 989485559, me chama para conversarmos
WILLIAN

VALPARAÍSO DE GOIÁS - GOIÁS

EM 28/02/2018

Reacendendo a discussão, creio que o grande valor da fvh seria a possibilidade de produzir forragem onde não seria possível por métodos tradicionais como pasto ou se a silagem for impagável.
LEOVEGILDO LOPES DE MATOS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 08/10/2018

Willian: Por favor entenda de uma vez por todas que a planta armazena energia na semente (grão) para sua própria reprodução (no processo de germinação). Qual o sentido de gastar essa energia germinando, e fornecer menos energia para o animal do que a energia inicial. Veja vc, esses espertos (não são experts) ficam fazendo currículo publicando essas bobagens e os desavisados ficam seguindo e vislumbrando vantagens. dizem eles: produzimos assim 25 kg de fvh por m2, portando por ha produziremos um mundo de forragem. Faça a contabilidade correta: tudo se incia com 2 kg de sementes de milho por m2, o que equivale a 20 toneladas de grãos por ha. Qual a vantagem? Um grão com 87% de NDT, gasto de mão de obra, energia, água, solução nutritiva e tempo para, se tudo correr bem, produzir 250 ton/ha de uma forragem com 94-96% de umidade (água) e 60-65% de digestibilidade (o que rende 15 ton de matéria seca/ha, quando vc partiu de 20 toneladas de grãos, ou seja, cerca de 18 toneladas de matéria seca/ha).
EM RESPOSTA A LEOVEGILDO LOPES DE MATOS
ANDRE LEITAO

SALVADOR - BAHIA - ESTUDANTE

EM 26/08/2019

Bom dia.
Com certeza com este dados o balanço energético e de MS é negativo .
Agora gostaria q dizesse análises diante das seguintes situações adversas
-
1- Em lugares onde não temos acesso a volumosos e quando temos são muito caros devido .
2- Em situação de seca. (Porém com acessos a água porém limitada para produção agrícola)
4- Existe melhoria no funcionamento digestivo do animal?
5- Satisfação dos animais.
JOSE

ITAPACI - GOIÁS - OVINOS/CAPRINOS

EM 04/12/2017

De fato, um enorme equivoco, me perdoe nessa parte.

Quanto a forragem hidroponica, o mesmo artigo diz na introduçao sobre uma maior eficiencia alimentar dos animais que consomem a forragem. Vi alguns sites tambem que relatam produtores no mexico que conseguiram reduzir 30% da raçao concentrada e metade do volumoso fornecido aos animais com a utilizaçao da forragem verde hidroponica, e um forum de uma universidade da california em que um dos usuarios comentou que desde que começou utilizar forragem hidroponica para seu cavalo o consumo de calorias dele caiu de 28000 diarias para apenas 21000. Na sua opiniao ao que se da isso? Seria realmente efeitos obtidos pelo uso da forragem hidroponica ou apenas propaganda de quem esta interessado em vender sistemas para esse tipo de cultivo?

Muito obrigado
LEOVEGILDO LOPES DE MATOS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 04/12/2017

Prezado Alefe:



Não se trata de trabalho da Embrapa, simplesmente está arquivado eletronicamente numa base de dados da Embrapa. Os autores são da Universidade Estadual do Norte Fluminense.

Vc só comete um grande equívoco na interpretação dos resultados. Em todos os trabalhos publicados, como já mencionei nas discussões acima, o balanço de carbono é negativo, isto é, vc colhe menos matéria seca do que a quantidade inicial. Nesse caso não foi diferente. Temos que contabilizar tudo com base na matéria seca: então os 34 kg de forragem tem 11% de proteína bruta na Matéria Seca, e o material tem pouco mais de 10% de matéria seca, então não serão produzidos 3,4% de proteína, mas sim 34 X 11% MS X 11% de PB o que daria cercaq de 350 g de proteína e não 3,4 kg.
JOSE

ITAPACI - GOIÁS - OVINOS/CAPRINOS

EM 02/12/2017

Leoveogildo, apos ler um artigo da embrapa de 2008 sobre milho hidrponico em bagaço de cana, pude perceber que o foco maior da produçao e na proteina, q segundo os dados do artigo 1,5kg de milho geram 34kg de forragem em 20 dias, com 11,4%PB, ou seja, 11% de 34 da algo em torno de 3,4kg de proteina pura, o que nem se compara aos 12 ou 13% de proteina que tem em 1,5kg de milho (algo em torno de umas 120g de proteina)
CARLOS SAMPAIO

SERRITA - PERNAMBUCO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/11/2017

Posso guardar

como silagem.
LEOVEGILDO MATOS

GOIÂNIA - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO

EM 21/11/2017

É Breno você não quer entender. Então fica muito difícil. Estás sempre puxando a discussão para detalhes sem importância e que não tem muito a ver com a questão aqui.

Primeiro a questão do teor de matéria seca da FHM em comparação com o teor de MS de pastagens bem manejadas, que também contem muita umidade. Depois que várias pesquisas mostram isto ou aquilo. Existem realmente muitas, e todas mostram a mesma coisa, mas os autores não querem que entendamos o verdadeiro problema. Agora você conhece uma fazenda trabalhando em fase experimental com o sistema. O que você espera que venha a acontecer? Repetindo milhares de vezes o mesmo processo o resultado será o mesmo. Inversão de valores: produtor fazendo testes na fazenda, sem ter o treinamento para tal, sem ser uma estação experimental. Produtor é para utilizar os resultados de pesquisas sérias. Você quer puxar o assunto para a apostila que está na fazenda. Qual o problema de estar na fazenda e a fazenda a 10 ou 300 km? Qual o problema dela estar na estante ou no guarda-roupa? Você quer desviar sempre o assunto. Me referi a tal apostila, para dizer que se tratava de um trabalho que tenho em mãos e lhe descrevi os resultados.

Para encurtar a conversa, vou repetir: todos os trabalhos mostram que a quantidade de matéria seca e a quantidade de energia colocada para germinar, contabilizando o milho e o substrato de péssima qualidade, ainda assim é maior do que a quantidade colhida. Diga-me como isso pode fazer sentido? Repetir mil vezes o mesmo processo vai mudar o que?

Não se esqueça que esses indivíduos que ficam recomendando isso ou sabem que não faz sentido ou ignoram. Isto é, ou são desonestos ou burros.

Não se esqueça que essa contabilidade maluca que eles ficam apregoando, de 2 m2 produzindo isso, logo 1 ha irá produzir aquilo. Para seu governo esses trabalhos mostram que iniciaram com 20 toneladas de sementes de milho por hectare e terminam colhendo 14-15 toneladas de matéria seca de "VOLUMOSO". Matéria seca, energia, trabalho e dinheiro jogados fora.

Prometo que esta será minha última intervenção sobre esse assunto, pois ou você não quer entender ou está tentando me fazer de bobo.

..
BRENO

VAZANTE - MINAS GERAIS

EM 21/11/2017

Leovegildo, acabo de conhecer uma fazenda aqui onde moro que está trabalhando com o sistema em fase experimental, utilizando milho úmido e hidropônico, para engorda de bois, por enquanto não de nada negativo, vou continuar acompanhando, e sim, um dos trabalhos é do picolo, quanto a estar  a apostila na fazenda em algum lugar, pra seu gorveno estou em Uuberlandia-MG e a fazenda é em Vazante, 300km de distância, Há ela está dentro de casa, não está perdida, so não está aqui, e vou continuar com a busca e vou testar, veja matéria no canal alagoas rural, tem um colega seu que está usando e pensa totalmente diferente ok. veja lá.
LEOVEGILDO MATOS

GOIÂNIA - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO

EM 20/11/2017

Prezado Breno:



Vejo que você não entendeu mesmo. Não se trata de fornecer às vacas e esperar algum milagre. Trata-se de balanço negativo de carbono e energia. Para ver se desta vez você entende o que está sendo discutido aqui vou lhe mostrar os tais resultados positivos que você imprimiu e está guardado em algum lugar na sua fazenda. Eu já avaliei todos os trabalhos publicados no Brasil e no exterior sobre essa embromação chamada "Forragem Verde Hidroponica". Vamos a ese que você citou e acredita que mostrou resultados positivos. Trata-se de uma tese de doutorado, cujo autor e banca examinadora deveriam voltar ao curso primário, como castigo pela "esperteza" em publicar um absurdo desses. O trabalho é de autoria de Marco Antonio Piccolo; F. C. Coelho; G. A. Gravina; C. R. Marciano; O. J. P. Rangel. 2013. Produção de forragem hidropônica de milho, utilizando substratos orgânicos e água residiria de bovinos. Revista Ceres, 60(4):544-551. As conclusões deles não tem nada a ver com os resultados obtidos. Omitem toda a parque quantitativa e ficam nas especulações subjetivas. Vamos aos dados: incubaram 2,5 kg de milho por metro quadrado, com 2,56 kg de bagaço de cana; 4,34 kg de casca de café e 2,35 kg de capim-elefante "passado"Isto totaliza de matéria seca por metro quadrado: 5,06; 6,84 e 4,85 kg para o BC; CC e CE, respectivamente. Entretanto as quantidades máximas colhidas foram: 4,30; 4,85 e 4,0 kg por m2, de algo que tem menos energia que os 2,5 kg de milho colocados inicialmente para germinar. O balanço de carbono é negativo, isto é, a quantidade de matéria seca inicial é maior do que a quantidade de matéria seca final. A quantidade de energia nem se fala, milho em grão com 87% de NDT, contra um volumoso misturado com bagaço e casca de café, de valor nutritivo muito baixo, bagaço ou zero de NDT, como é o caso da casca de café. Os resultados desses trabalhos são todos iguais: veja o relatado nesse artigo acima. A quantidade inicial maior do que a quantidade final. O que falta para você perceber que se trata de um engodo?
BRENO

VAZANTE - MINAS GERAIS

EM 18/11/2017

Bom dia desculpe Leovegildo, essa ai é uma pesquisa que mostrou esse resultado e vc acredita piamente nela, é igual teorias né, cada um foi convencido por uma e segue essa que o convenceu, eu não vou fazer experimento sem uma fonte segura que aponta resultado positivo, vou trabalhar da mesma forme do outro experimento que é uma TESE DE MESTRADO de um engenheiro agrônomo que apontou resultados positivos e animadores, na tese ele demonstrou por analises e resultados cientificos e a campo, que experimento e foi positivo, vou simplesmente reproduzir, aqui onde estou não tenho o nome do autor da tese e da experiência, tenho uma apostila que imprimi está na fazenda, mas é assim, se eu acredito quero que outros acreditem se sou incrédulo quero que os outros sejam incrédulos, se minha experiencia deu errado quero que a do outro dê errado, mas pra mim essa sua pesquisa não me convence, por isso vou trabalhar com aquela que me mostrou resultado positivo, e como eu disse naõ vou apostar todas as minhas fichas, trabalhamos com 35 vacas em lactação, vou fazer o experimento com apenas duas, que terão as demais como testemunhas, se der certo passo a utilizar com as outras, e é assim né, cada um tem suas teses e querem que sejam verdade absolutas, se outra tese a contrapõe está errada, mesmo que as análises tragam resultados diferentes do que eu consegui eu nao acredito que seja verdadeiro, se é sua profissão, vc tem sua convicção e não sou eu um simples mortal e leigo na área que vou fazer crer ser diferente, um exemplo simples é a casca de arroz, todos dizem que é muito pobre( eu sei que é), mas já salvei vacas com adição de palha de arroz na alimentação do volumoso que assustou todos os vizinhos e inclusive veterinário e agrônomo que acompanhava meu trato com as vacas, a adição no volumoso trouxe aumento de produção leiteira, aumento em gordura do leite, aumento no escore corporal dos animais e etc. se apresento a qualquer um, vai me dizer que sou maluco, mas eu tive a experiêcia e foi positiva, reduzi custo, aumentei produção e melhorou a sanidade dos animais, sou meio são tomé acredito vendo e fazendo e por isso vou testar e ver o resultado, e uma outra experiencia que tive e vi, comprei por orientaçao tubulação de tubos PN80 75 E 50 mm, para irrigar 3 h, foi um dinheirão, engenheiro, veterinário, revendedoras, todos diziam que somente com essa tubulaçaõ vc conseguiria irrigar pastagens, era crença absoluta, hoje se irriga pastagem com mangueira preta risca azul e quem começou foram os produtores, depois que os profissionais perceberam que estavam errados, e o custo é inferior em 70%, aproposito acabei de pegar uma saca de casca de arroz e semana que vem compro 10 kg de milho para iniciar os trabalhos, ainda não vou fornecer aos animais, vou doar aos carroceiros por que estou longe da fazenda, mas sei que o resultado nao será o mesmo, não tenho água residuária e não vou usar solução nutritiva. quero ir aprendendo para implantar ano que vem
LEOVEGILDO LOPES DE MATOS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 17/11/2017

Prezado Breno:



Parece que vc não entendeu o que acontece com essa "tecnologia", que é um grande contrassenso. Veja o quadro 1 acima no texto. Com dois kg de milho por m2 mostrou um rendimento de 471 g de matéria seca (raiz e parte aérea somadas). Assim são todos os trabalhos com forragem hidropônica. Infelizmente são teses das nossas universidades, cujos professores orientadores são uma negação. Deveriam devolver os recursos mal aplicados ao CNPq. Só servem para aumentar o currículo desses incompetentes. Esse da água residuária é um deles. Não tem diferença meu amigo. A planta acumulou energia no grão de milho (semente) para ser gasta na germinação. Vc poe a germinar, gasta a energia acumulada e depois fornece para as vacas. Não faz sentido. Quanto ao teor de água, nunca foi problema para ruminantes, mas para qualquer alimento, os nutrientes a serem contabilizados estão contidos por unidade de matéria seca. Leia os outros comentários que deixei aqui e leia o comentário ao final do texto acima, feito pelos editores do Milk Point. Vamos começar a raciocinar e não ir experimentando, como vc está querendo fazer. Produtor que qquer experimentar na sua propriedade está pondo em risco seu negócio. Nós da pesquisa é que temos que experimentar e o produtor aplicar para obter seus resultados positivos. Estouàs ordens para maiores esclarecimentos.

Obs.: Nâo preciso fazer um experimento com o mesmo protocolo de tantos que já foram publicados, pois já sei que os resultados serão os mesmos. Não adianta insistir com a natureza, pois com ela não tem matemágica.
LEOVEGILDO LOPES DE MATOS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 17/11/2017

Não existe a menor possibilidade de vc incubar substrato de baixa qualidade e faze-lo melhorar de qualidade. Impossível. Ao se incluir um substrato de baixa qualidade estaremos sim baixando ainda mais o valor nutritivo da massa final, por diluição. Não espere milagre de onde não vem. O exemplo acima, desculpe-me a sinceridade, quem tem uma terra imprestável para produção de alimentos para vacas, nunca poderá sequer pensar em produzir leite. Esse é um mercado muito competitivo. Não existe mágica nem matemágica.
LEOVEGILDO LOPES DE MATOS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 17/11/2017

Prezado WILLIAN:



Parece que vc não entendeu: o milho em grão já existe. Trata-se de 2 kg de milho a ser colocado para germinar em um metro quadrado. Desses 2 kg, com 87% de NDT, serão colhidos 25 kg de massa hidropônica. Acontece que esses 25 kg de massa, contém uma quantidade muito alta de umidade (água). Então vc começa com dois kg de grãos, com alto teor de energia e termina com 1,4 a 1,6 kg de matéria seca de volumoso, mesmo sendo de boa qualidade é de valor nutritivo inferior ao milho. No processo de germinação a semente e a plântula originária gasta parte dessa energia. Não tem o menor sentido.

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