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Efeitos da concentração e digestibilidade da proteína dietética na produção de leite e eficiência de uso do Nitrogênio

POR JUNIO CESAR MARTINEZ

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/08/2009

3 MIN DE LEITURA

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Adequada determinação dos requerimentos do animal em proteína é de fundamental importância para maximização da produção, e minimização do uso de nitrogênio nos sistemas de produção de leite. É sabido que o aumento na oferta de nitrogênio pode promover aumento na produção de leite, mas a eficiência de conversão do nitrogênio dietético em proteína do leite previsivelmente irá diminuir. Nos estudos científicos onde a produção de leite aumentou, geralmente foi observado que se deveu a um aumento na quantidade de alimento ingerida pela vaca, e não necessariamente no aumento da concentração de proteína na dieta.

A metodologia de meta-analise é uma ferramenta utilizada por pesquisadores para tirar conclusões, tendo como base de dados, um conjunto muito grande de experimentos de uma mesma linha de pesquisa. Assim, meta-análises anteriores indicaram que existe uma forte relação entre composição da dieta, ingestão de nutrientes específicos e produção de leite.

Com o passar dos tempos, a pesquisa evoluiu e constatou que as diferentes formas de apresentação da fração protéica dos alimentos são boas preditoras da eficiência de utilização de nitrogênio pela vaca, uma vez que boas correlações foram detectadas para Proteína bruta, Proteína Metabolizável, Proteína Não degradável no Rúmen e Proteína Degradável no Rúmen.

Nos últimos tempos tem aumentado a pressão pública na busca de produção animal sustentável e isto tem acarretado na re-examinação dos fatores que são essenciais para a otimização da eficiência de conversão do nitrogênio dietético para o nitrogênio protéico do leite. Neste sentido, como a exploração de ruminantes é grandemente dependente dos eventos que acontecem dentro do rúmen, os efeitos da ingestão de proteína bruta e da degradabilidade ruminal são de grande importância para o entendimento da nutrição protéica de vacas leiteiras.

Neste sentido, foi feita uma meta-análise utilizando uma base de dados de 739 dietas de experimentos Norte Americano e 998 dietas de experimentos europeus. As dietas eram a base de silagem de milho, silagem de alfafa, feno, milho, grãos de cevada, farelo de soja e farelo de colza. O objetivo foi identificar e validar variáveis de fácil aplicação na pratica, capazes de estimar de maneira coerente o desempenho dos animais.

O estudo apontou que o NDT (Nutrientes Digestíveis Totais) estimou muito bem a produção de leite, fato interessante, pois é um tipo de análise de rotina em praticamente todos os laboratórios de bromatologia.

Identificou-se ainda que se reduzir a degradabilidade ruminal da proteína bruta, a produção de leite cai. Isso provavelmente acontece porque, pelo menos em parte, o fornecimento de uma proteína de pior qualidade terá uma menor digestibilidade intestinal e fluxo de proteína microbiana para o intestino também será menor.

O estudo mostrou ainda claramente que existe uma correlação negativa entre o aumento da concentração de proteína bruta na dieta e a eficiência de uso do nitrogênio pelas vacas. A partir de certo patamar, a medida que se aumenta a concentração de proteína na dieta, aumenta-se a produção de leite, mas as respostas são geralmente pequenas, sendo a eficiência de uso do nitrogênio cada vez menor e a concentração de nitrogênio na urina cada vez maior, uma clara evidência de desperdício.

Considerações finais

Fica evidente que para aumentar a produção de leite, a qualidade da proteína é o fator mais importante, e não necessariamente a quantidade de proteína oferecida ao animal. Um aumento na produção de leite poderia aumentar a eficiência de uso do nitrogênio, desde que a concentração de proteína bruta não fosse aumentada, embora esse efeito seja consideravelmente menor que o efeito da redução na ingestão de proteína.

O NDT se mostrou como uma ferramenta interessante para servir de ponto de partida para balanceamento de ração. Embora ele não seja capaz de sozinho servir de argumento para definir uma dieta como sendo balanceada, valores de NDT entre 65 e 67% são bons indicativos de dieta adequadamente balanceada.

Fonte: Adaptado de HUHTANEN, P.; HRISTOV, A. N. A meta-analysis of the effects of dietary protein concentration and degradability on milk protein yield and milk n efficiency in dairy cows. J. Dairy Sci. 92:3222-3232, 2009.

JUNIO CESAR MARTINEZ

Doutor em Ciência Animal e Pastagens (ESALQ), Pós-Doutor pela UNESP e Universidade da California-EUA. Professor da UNEMAT.

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