A raça criada desde o início foi a Suffolk (a 15 anos), por que é a mais usada nos principais países produtores de carne ovina, que representa aproximadamente 70% daquelas tipo carne usadas para terminação a nível internacional, além de estar adaptada em nossas condições climáticas.
Na Cabanha Unimar foram desenvolvidos vários trabalhos científicos e publicados na Revista Brasileira de Zootecnia, Unimar Ciências e entre outras revistas de renome, com resultados interessantes no ponto de vista produtivo e econômico, conseguindo peso de abate com aproximadamente 65 dias, ainda no desmame, isso conseguido com o uso do comedouro privativo (creep feeding), aliando genética e nutrição.
A partir de 2007 foi iniciado um trabalho com animais elite, que hoje possui 250 animais, com objetivo de comercializar reprodutores para os criadores de Marília e região, colaborando com a melhoria da genética do rebanho regional, inclusive com troca dos mesmos por cordeiros para abate, em kg de peso vivo. Nesse ano de 2009 já ocorreu um investimento de sêmen Neozelandês, para incrementar ainda mais o melhoramento genético.
Além do Suffolk elite (como terminador), a Universidade conta com 1.500 animais comerciais usando reprodutores puros da raça Highlander (raça Neozelandesa sintética - linhagem materna), em parceria com a Rissington Brasil e Grupo Marfrig, em fase de cruzamento absorvente, com o objetivo de aumentar a prolificidade do rebanho (partos gemelares), além da produção de leite, aliado a boa nutrição para conseguir bons resultados.
Constantemente estagiários da Unimar têm colaborado com o manejo geral do rebanho, num Programa de Práticas de Manejo, além do desenvolvimento de pesquisas das mais variadas áreas da ovinocultura. Os técnicos envolvidos são os que fazem parte do corpo docente da Unimar, além das parcerias com várias empresas, como o SEBRAE-SP, IBS (Instituto Biositêmico, Real H (Saúde e Nutrição Animal), ASPACO, Special Dog, entre outras.
A meta principal é a produção de carne, mas não desprezando a lã, pois futuramente à intenção é de juntamente com os órgãos SEBRAE e SENAR, iniciar o trabalho de cursos de artesãs, com participação de entidades municipais (asilos, casa do pequeno cidadão, etc.) e criadores de Marília e região, como também curtimento de peles, entre outras. Desta maneira, a Cabanha Unimar estará incentivando o fomento da ovinocultura regional, com os criadores agregando valor no seu produto final.
O projeto da Cabanha Unimar inaugurou em outubro de 2008 um confinamento com capacidade para 1.000 cordeiros por ciclo, ou seja, totalizando 4.000 cordeiros anualmente, com possibilidade de ampliação, caso haja a necessidade. Pois a meta é que seja um confinamento coletivo, atendendo ovinocultores de Marília e região, que poderão simplesmente pagar uma diária pelo seu lote, isso irá contribuir com a padronização da qualidade da carcaça e carne oferecida ao mercado comprador e consumidor, inclusive melhorando a logística de distribuição.
Desde 2008, tem sido adotado o uso de cães de pastoreio para facilitar o manejo com os ovinos, pois em países com tradição na ovinocultura é constante a adoção desta prática. De modo que um pastor, com 2 a 4 cães consegue conduzir um rebanho de aproximadamente 3.000 ovinos, inclusive a Universidade já iniciou um trabalho, usando os cães dentro do curral de manejo, modelo Australiano (ante estresse) recém inaugurado, estando numa fase de condicionamento dos ovinos.
À medida que completa as vagas são realizados Cursos de Adestramento de cães de pastoreio, com aulas práticas pelo funcionário Josuel Célio Gomes (Zuza) e teórica pelo Prof. Cledson A. Garcia.
A Unimar está montando uma estrutura num Sítio Modelo, próximo a Universidade (6 km), com área de 13 ha e irá trabalhar com pastejo rotacionado, adubado e irrigado, explorando o máximo da produtividade por área, para visitas técnicas e dia de campo periodicamente pelos pequenos e médios criadores, demonstrando a possibilidade da rentabilidade numa área menor.
Atualmente o rebanho da Cabanha Unimar totaliza 1.750 animais, que a partir de julho iniciam as parições, sendo a meta ampliar o rebanho para 3.000 ovelhas comerciais e 300 registradas (Suffolk elite).
O objetivo do projeto é fomentar a ovinocultura no município de Marília e região, dando suporte tecnológico aos ovinocultores e futuros criadores, que é a área de extensão rural da Universidade; além de formar profissionais habilitados para atuar na área de ovinos, seja na pesquisa ou ensino, inclusive com a possibilidade de serem novos criadores e empreendedores do segmento.