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Avaliação Bioeconômica da Produção de Vitelos Modificados

POR JOSE NEUMAN MIRANDA NEIVA

E JOÃO RESTLE

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/11/2013

8 MIN DE LEITURA

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Autores:
Jose Neuman Miranda Neiva – Prof. Dr. da Universidade Federal do Tocantins
Rosiane Francisco Brito - Mestranda da Universidade Federal do Tocantins
Fabrícia Rocha Chaves Miotto, Profª Dra da Universidade Federal do Tocantins
João Restle – Prof. PhD da Universidade Federal do Tocantins (PVNS – CAPES)
Denise Adelaide Gomes Elejalde – Pós Doutoranda da Universidade Federal do Tocantins
Regis Luis Míssio – Pós-Doutorando da Universidade Federal do Tocantins



No artigo anterior, intitulado “Aproveitamento de machos de origem leiteira para produção de carne: Por que o Brasil não usa essa tecnologia com eficiência?” foi abordada a possibilidade de se aproveitar os machos de origem leiteira que são normalmente descartados após o nascimento para a produção de carne. Desde a publicação, vários comentários foram postados levantando a questão da viabilidade econômica do aproveitamento desses animais no Brasil.



Um ponto importante que devemos considerar é que a viabilidade econômica do aproveitamento de machos de origem leiteira depende basicamente da sua inserção no mercado nacional. Assim, antes de pensarmos no custo de produção dos aqui denominados “vitelos modificados” temos que pensar no mercado que absorverá essa carne. É por isso que temos desenvolvido as nossas pesquisas no sentido de produzir um animal que está bastante próximo do que se denominou novilho precoce. Entendemos que o termo vitelo modificado ou mesmo Vitelo Tropical como já foi designado por um grupo de pesquisadores brasileiros poderá caracterizar e criar um nicho de mercado específico para esses animais. No entanto, pelos dados que dispomos no momento, nos faz concluir que, se nutricionalmente bem manejados, esses animais podem produzir carcaças com boa qualidade e serem classificados inclusive como novilhos precoces.

Entre fevereiro e setembro de 2012 na Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia (EMVZ) da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus de Araguaína –TO foi desenvolvida uma pesquisa onde se avaliou a viabilidade da produção de vitelos modificados com abate aos oito ou dez meses de idade e com a alimentação fornecida à vontade ou restrita a 2% do peso dos animais. Foram utilizados 28 bezerros produto do cruzamento entre as raças Holandês e Zebu, com idade e peso médio iniciaisde 100 dias e 71,6kg, respectivamente.Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e sete repetições distribuído numfatorial 2x 2, sendo dois níveis de oferta da dieta (à vontade ou restrição) e duas idades de abate (8 ou 10 meses). O período médio total de confinamento foi de 147 dias para vitelos abatidos a oito meses e 210 para os abatidos com 10 meses de idade.

A dieta utilizada foi à base de milho grão inteiro + suplemento protéico, mineral e energético (Engordin – Agrocria). O objetivo com o uso de dieta sem volumoso foi avaliar um sistema onde não houvesse competição dos vitelos com áreas para produção de alimentos, tendo em vista que em sistemas de produção de gado de leite a terra é um fator limitante. Além disso, o uso de dietas à base de grão inteiro facilita de sobremaneira a alimentação dos animais, seja em termos de mão-de-obra, seja em termos de confecção da ração. A dieta grão inteiro ofertada no período experimental era obtida pela mistura homogênea dos componentes nas seguintes proporções: 85% milho grão inteiro e 15 % de Engordin – Agrocria (Núcleo concentrado protéico, mineral e vitamínico peletizado) conforme pode ser visto naTabela 1.



Os consumos de matéria seca e proteína bruta expressos em kg/dia foram maiores para os animais com dieta à vontade como era de se esperar (Tabela 2), porém a idade de abate também influenciou esses valores, com animais abatidos aos 10 meses apresentando maiores consumos Esse fato ocorreu devido maior peso corporal e consumo de alimentos dos animais abatidos com 10 meses de idade.




Quanto ao desempenho observou-se que o maior ganho de peso diário foi obtido quando os animais receberam alimentação à vontade e foram abatidos com 10 meses de idade. O ganho de peso médio diário foi de 1,220kg, valorconsiderado muito bom uma vez que essa média considera os ganhos de peso desde 90 dias de idade. A conversão alimentar não foi alterada em função dos tratamentos avaliados.





Com relação às características de carcaça (Tabela 4) observou-se que os animais abatidos com 10 meses de idade apresentaram maiores pesos de corpo vazio e peso de carcaça quente, bem como maiores rendimentos de carcaça (51,5%). É importante lembrar que os animais mantidos com alimentação à vontade apresentaram carcaças com peso médio de 154,32kg ou 10 @, o que é considerado aceitável até para o mercado convencional de bovinos.

Outro aspecto relevante é a espessura de gordura da carcaça. Os animais abatidos aos 10 meses de idade apresentaram valores de 2,88mm de espessura de gordura no Longissimus dorsi o que, se não atende ao padrão de novilho precoce (6mm), demonstra que com um manejo alimentar adequado esse valor poderá ser atingido nos próximos trabalhos. Atente-se ainda para o fato de que, caso se trabalhe com a venda de vitelos modificados, a cobertura de gordura deixa de ser uma exigência relevante.



Na tabela 5 estão apresentados os custos com a alimentação durante o experimento descrito acima. Na avaliação foram descritos os custos com alimentação levando em consideração seis cenários de preço do kg de milho: R$0,25; R$ 0,30; R$ 0,35; R$ 0,40; R$0,45; R$ 0,50. O suplemento (ENGORDIM-AGROCRIA) foi considerado com o preço de R$ 1,80.



Se considerarmos que os melhores desempenhos foram para os animais abatidos aos 10 meses de idade recebendo alimentação à vontade, obtemos o custo com alimentação de R$482,38 quando milho custar R$ 0,25 e R$ 694,83 quando o milho custar R$ 0,50.

Na Tabela 6 estão apresentadas as receitas geradas com a venda dos animais sob o cenário de @ a R$ 100,00, preço de mercado atual, e a R$ 120,00 caso se consiga um preço diferenciado pelos animais. Para os animais abatidos aos 10 meses com alimentação à vontade teríamos uma receita bruta de R$ 1.050,47 e R$ 1.260,00 com preços de @ de R$ 100,00 e R$ 120,00 respectivamente.



Na tabela 7 estão apresentados os valores oriundos da subtração dos custos com alimentação da receita gerada quando da venda das carcaças nos dois cenários de @ a R$ 100,00 e R$ 120,00. Obviamente que não devemos considerar os valores apresentados como lucro ou margem líquida. É importante lembrar aos leitores que não foi considerado o custo do bezerro aos 90 dias de idade. Sugerimos que para uma avaliação mais criteriosa que se considere o custo desses animais R$ 250,00. Dessa forma, o lucro deve ser considerado o valor da receita da venda das carcaças menos o custo da alimentação + custo do bezerro.

Pelos resultados apresentados observa-se que se considerarmos o preço do milho a R$ 0,25/kg e @ a R$ 100,00 e abate aos 10 meses com alimentação à vontade teríamos um lucro por animal de R$ 568,09. Se considerarmos um possível ágio pela qualidade da carne e se negociar a @ a R$ 120,00, teríamos um lucro de R$ 778,18. No entanto, caso o milho seja adquirido a R$ 0,50 e as carcaças vendidas a R$ 100,00 o lucro seria de R$ 355,64 e abate aos 10 meses com alimentação à vontade.Caso o preço da @ seja de R$ 120,00 teríamos um lucro por animal de R$ 565,73.



Obviamente que os dados aqui apresentados são parciais e serão mais bem trabalhados para se obter o custo de produção real dos vitelos modificados. No entanto, os dados gerados até o momento permitem que vislumbremos com muito otimismo a possibilidade de aproveitamento dos machos de origem leiteira para produção de carne. Gostaríamos de destacar que outros pesquisadores estão se dedicando às pesquisas para melhorar a viabilidade de bioeconômica de vitelos modificados. Entre esses grupos podemos destacar alguns colegas do Campus Universitário de Dois Vizinhos-PR da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Abaixo estão algumas referencias bibliográficas de alguns trabalhos publicados pelo referido grupo.

As publicações do gupo de pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins podem ser solicitadas pelo e-mail araguaia2007@gmail.com .

No próximo artigo trataremos de alimentos alternativos para a produção de vitelos modificados.

Referencias:
NAZÁRIO, D.; MENEZES, L.F.G.; PARIS, W. et al. Características Quantitativas e Métricas de Carcaça de Bezerros Holandeses Abatidos Com Diferentes Pesos. In: XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA, 2013, Foz do Iguaçu - PR. Zootecnia do Futuro: Produção Animal Sustentável, 2013.
NAZÁRIO, D.; MENEZES, L.F.G.; SANTOS, P.V. et al. Características Qualitativas da Carcaça de Bezerros Holandeses Abatidos com Diferentes Pesos. In: XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA, 2013, Foz do Iguaçu - PR. Zootecnia do Futuro: Produção Animal Sustentável. , 2013.
SEGABINAZZI, L.R.; MENEZES, L.F.G.; VICENZI, P. et al. Qualidade da carne de bezerros da raça Holandês abatidos com diferentes pesos. In: XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA, 2013, Foz do Iguaçu - PR. Zootecnia do Futuro: Produção Animal Sustentável, 2013.
STANQUEVISKI, F.; MENEZES, L.F.G.; SEGABINAZZI, L.R. et al. Pesos e rendimentos dos cortes comerciais primários da carcaça de bezerros da raça Holandês, abatidos com diferentes pesos. In: XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA, 2013, Foz do Iguaçu - PR. Zootecnia do Futuro: Produção Animal Sustentável, 2013.
VENTURINI, T.; KUSS, F.; VINCENZI, P. et al. Qualidade da carne de bezerros holandeses para produção de vitelos terminados em confinamento ou pastagem. In: XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA, 2013, Foz do Iguaçu - PR. Zootecnia do Futuro: Produção Animal Sustentável, 2013.
VENTURINI, T.; SILVEIRA, M.F.; VINCENZI, P. et al. Rendimento e proporção dos componentes não-carcaça de bezerros holandeses para produção de vitelos terminados em confinamento ou pastagem. In: XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA, 2013, Foz do Iguaçu - PR. Zootecnia do Futuro: Produção Animal Sustentável, 2013.
 

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WANDER GOMES

PARAGOMINAS - PARÁ

EM 13/11/2017

boa noite, estou em paragominas,PA,onde consigo o produto e a que preço
OLINDO TADEU BUTEWICZ

PORTO VITÓRIA - PARANÁ

EM 19/02/2014

tenho buscado informaçoes quanto ao trabalho com vitelos e tambem busco parceiros para iniciar um trabalho desenvolvendo a criaçao de macho HPB em minha regiao conforme alguns trabalhos que li  a  pratica de produçao de vitelos em alguns paises e totalmente viavel  acredito que teriamos que iniciar um programa mais aprofundado pensando na totalidade da cadeia desde a produçao passando por beneficiamento e tambem a parte comercial minha sugestao seria para que as univesidades busquem apoio financeiro publico para desenvor tais projetos  e que tenham o apoio de produtores para iniciar inovaçao buscando retorno a todos
MÚCIO PAIXÃO DE ARAÚJO

LUZ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/11/2013

Tenho duas dúvidas:

1-Estes animais,se fossem puros,teriam que ter um bom sombreamento. E os carrapatos?

2- Vender esta carne (ótima!) para quem e à que preço?
VITOR GROSSI

PIRACANJUBA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/11/2013

Prezados professores,



sou produtor de leite em Piracanjuba e o assunto me interessou muito.Tenho pensado algumas soluções e gostaria de discuti-las com  os srs.Escrevi para o endereço araguaia2007@gmail.com solicitando a literatura técnica, mas parece haver algum erro pois não obtive resposta, os e-mails retornaram.Peço que disponibilizem algum meio  para que possamos estar em contato.Meu e-mail é vitorjosegrossi@gmail.com.



Agradeço e os parabenizo pelo excelente trabalho.
MARCOS MOLINETE

BOM SUCESSO DO SUL - PARANÁ - ZOOTECNISTA

EM 07/11/2013

Fico Feliz em saber que o nosso grupo está servindo de espelho para outros pesquisadores . Estamos realizando trabalhos cada vez melhores sem contar que o campus está se tornando uma potencia em pesquisa .

NEPRU- Núcleo De Ensino e Pesquisa em Ruminantes UTFPR-DV
JOSE NEUMAN MIRANDA NEIVA

ARAGUAÍNA - TOCANTINS - PESQUISA/ENSINO

EM 06/11/2013

Prezados Tadeu Beal e Carlos Eduardo Lima Queiroz

As pesquisas foram desenvolvidas sempre com animais confinados e alto grão. Um experimento com dietas contendo apenas 10% de cana-de-açucar e as demais contendo apenas concentrado. Para o próximo ano, caso logremos sucesso na busca por financiamento passaremos a avaliar as dietas com animais em pastagens.

Quanto ao cruzamento com Senepol não temos nenhuma experiência....
TADEU CELESTE BEAL

SANTA LÚCIA - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 05/11/2013

Quero parabenizar a toda essa equipe de pesquisa tenho certeza podemos aproveitar muito c/ esses animais tanto  como renda e também como uma carne de valor agregado maior pela sua qualidade , não sei se entendi  , as pesquisas foram sempre com animais confinados
CARLOS EDUARDO DE LIMA QUEIROZ

SILVA JARDIM - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/11/2013

amigo Neuman, gostaria de te perguntar, se em suas pesquisas e em cima de dados tecnicos que são de grande importancia, se o amigo possui al go em relação ao cruzamento com o senepol, pois eu tenho utilizado a raça em cima da minha vacada jersey de menor expresso e tem dado certo , mais eu gostaria de mais informaçoes , desde já lhe agradeço .

  
JOSE NEUMAN MIRANDA NEIVA

ARAGUAÍNA - TOCANTINS - PESQUISA/ENSINO

EM 05/11/2013

Caros Leitores

Parece que o aproveitamento dos machos puros HPB tem sido um problema para a maioria dos produtores. Pois posso afirmar com base nos dados gerados aqui na Universidade Federal do Tocantins que se alimentados com dietas adequadas esses animais atingem excelentes ganhos de peso e grau de acabamento. Entendo no entanto que a maioria dos frigoríficos olham esses animais apenas por fora e não fazem uma avaliação criteriosa das carcaças. É importante lembrar ainda que, conforme alertado no artigo anterior, temos que criar canais diferenciados  para comercialização desses animais. Penso que o ideal seria os produtores se agruparem e fazer alianças mercadológicas para criar nichos de mercado para esses animais.

Uma coisa que chama a nossa atenção nas pesquisas é o potencial elevado de ganho de peso de animais puros HPB. E, por incrível que pareça, é justamente esse elevado potencial de ganho de peso que o deprecia. Como os animais sempre recebem alimentação abaixo do potencial de ganho de peso apresentam sempre mais "descarnados e ossudos". Quando adequadamente alimentados as carcaças são de boa qualidade.

Outro aspecto levantado pelo leitor Sidney (Goiânia-GO) é com relação à necessidade de Castração. Esse assunto será estudado no próximo trabalho de pesquisa, no entanto todos os machos que avaliamos eram inteiros. Segundo o professor Fernando Kuss da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Campus de Dois Vizinhos) está em andamento naquela instituição uma pesquisa onde se avaliou a castração imunológica dos animais.

E em resposta ao leitor Silas Prímola, informo que é perfeitamente possível trabalhar com animais puros HPB para produzir os vitelos modificados ou tropicais. Os nossos melhores resultados foram com animais puros HPB oriundos da Agropecuária Palma em Luziânia-DF.

Agora é importante salientar: Tudo o que falamos até então depende de uma decisão difícil por parte do produtor que é tentar se organizar para comercializar esses animais para atender um mercado específico. Isso poderia ajudar muito na obtenção de um preço mais justo. De outra forma, sempre o comprador arranjará um defeito inexistente para pagar menos por esses bons animais...

SIDNEY

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/11/2013

Fiquei com uma dúvida. Quando se desmama o bezerro com 60 dias e o cria até os 10 meses ele deve ser castrado? Ou somente passa a ter uma alimentação diferenciada?
RONEY JOSE DA VEIGA

HONÓRIO SERPA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/11/2013

Professor José, concordo com sua colocação que o foco é a produção de leite!

Aqui em casa, tenho um plantel de 80  vacas HPB, onde faço o cruzamento com Nelore e Brahman, e seleciono as melhores  onde cruzo com HPB.

Desse modo consigo produzir novilhas para reposição, em um número suficiente, e tiro alguns bezerros para recria e engorda. Sem falar que as fêmeas resultantes do cruzamento HPB x Zebu , viram matrizes de corte de primeira qualidade, criando seus bezerros com maestria e muito leite!

O que realmente demora a devolver o investimento é a cruza HPBxHPB!

O Sr. disse acima que teve bons resultados com esse cruzamento, acredito, mas em nossa região a aceitação desse boi, ou novilho, é muito pequena! Quando algum invernista ou frigorífico compra esse novilho/boi, quer pagar sempre o menor preço, menor até que o preço da vaca, alegando que a carcaça não é boa.

O desafio é esse, produzir carcaça de HPB macho, com qualidade e economicamente viável.

Abraços

FABÍOLA FERNANDES SCHWARTZ

LAPA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/11/2013

Concordo com o comentário do Sr. Honório Serpa, gostaria de ver análises da viabilidade de F1 HPB x HPB.
JOSE NEUMAN MIRANDA NEIVA

ARAGUAÍNA - TOCANTINS - PESQUISA/ENSINO

EM 04/11/2013

Caros Nelson Saboya, Honey Veiga e Diethelm Hammer

Nas nossas pesquisas ainda não focamos diretamente no "grau de sangue" dos animais e não temos como dar uma resposta categórica sobre o tema. No entanto em maio-2013 concluímos uma pesquisa testando alternativas alimentares para vitelos modificados utilizando apenas animais puros HPB e os resultados foram os melhores que já obtivemos até então. Os ganhos de peso foram excelentes e as características de carcaça foram semelhantes aquelas obtidas com animais cruzados com zebuínos.

Acho que não devemos perder o foco da produção de leite. Penso que o aproveitamento de machos  de origem leiteira deve ser uma alternativa e não devemos colocar o potencial de produção de leite das vacas em risco visando encontrar o melhor macho para produção de carne.

Se for possível conciliar alts produções de leite e machos de qualidade como citado pelo Sr. Hammer ótimo, caso contrário vamos focar na produção de leite e pensar no macho como uma segunda opção... A busca por machos de qualidade tem sido um problema na pecuária brasileira pois alguns produtores colocam touros Nelore em seus rebanhos e depois tem que comprar fêmeas de reposição pois não as produz mais... Esse é um cuidado que temos que ter...
JOSE NEUMAN MIRANDA NEIVA

ARAGUAÍNA - TOCANTINS - PESQUISA/ENSINO

EM 04/11/2013

Caro Hernandez Ortiz

Se voce prestar atenção no texto sugrimos aos leitores que considerassem o custo dos bezerros como sendo R$250,00. Nesse custo inclui o leite. Nas nossas pesquisas estamos desaleitando os bezerros com 8 semanas (56 dias) e penso que de acordo com as condições sanitárias da propriedade podemos até reduzir esse tempo. Outro ponto relevante é o uso de sucedâneos para minimizar os custos na fase de cria (0-60 dias).
DIETHELM HAMMER

PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/11/2013

A receita mais simples para lucrar na producao de leite é o uso de uma raca de dupla aptidao! Os criadores do sul da Alemanha sobrevivem com rebanhos pequenos porque as suas vacas Fleckvieh(=Simental) produzem 10.000kg de leite/lactacao mais um bezerro com capacidade de ganhar 1.400g/dia que eles vendem com 30 dias bem pago para os confinadores. Na Agroleite 2013 da Castrolanda houve uma Simental no torneio de leite com 76 litros de leite/dia, criada pela Santa Andrea de Itararé-SP, uma das pioneiras na criacao de Simental de dupla aptidao e fornecedora traditional de reprodutores premiados para leite e para corte. A raca Pardo Suica alema consegue se manter na concorrenca com Holandes usando só as melhores vacas para a reproducao do rebanho, inseminando as outras com Belga Azul, vendendo toda cria 1/2 para os confinadores por precos muito acima do valor dos puros.
SILAS PRIMOLA GOMES

FORTALEZA - CEARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 02/11/2013

Boa tarde Prof. Neuman, gostaria de parabenizar pelo excelente trabalho.

Vocês realizaram alguma avaliação com animais puros HPB?

Na sua opinião daria para trabalhar com este animal no sistema de Vitelo Tropical?
RENATA DOS SANTOS ALVINO

ARAGUAÍNA - TOCANTINS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/11/2013

Excelente trabalho, utilizei o mesmo  como referência em minhas aulas sobre "Criação de bezerros leiteiros para produção de Carne", onde os alunos ficaram impressionados com os resultados obtidos.
HERNANDES ORTIZ

IVINHEMA - MATO GROSSO DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 01/11/2013

e onde entra os custos do leite? esse animal precisou de leite ao menos uns 90,
NELSON JESUS SABOIA RIBAS

GUARACI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/11/2013

Peço confirmarem o tipo de cruzamento dos bezerros. Imagino que fizeram a pesquisa com cruzado HPB X Gir em diferentes graus de sangue. Pois como disse o Roney de Honório Serpa-PR, cruzados HPB x Nelore, Tabapuã e Guzera, não tem problema para serem comercializados tem boa aceitação no mercado de recria, o problema são os HPB, 3/4 e 7/8.

Parabenizo pela iniciativa de dar alternativas para o produtor de de leite que em algumas regiões não tem mercado para os bezerros machos.
THALLES VEIGA

PAVÃO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/11/2013

Parabéns, alternativa interessante, seria uma atividade em segundo plano, uma nova  fonte de renda para propriedades leiteiras.

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