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Atuando sobre o estresse térmico

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/12/2004

3 MIN DE LEITURA

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O manejo das vacas leiteiras nesta época do ano torna-se um grande desafio para o produtor de leite. A combinação de altas temperaturas, elevada umidade relativa do ar, radiação solar intensa e lama cria uma condição crítica para trabalhar com os bovinos leiteiros. Já se sabe que o desempenho das vacas decresce rapidamente à medida que a temperatura sobe acima dos 25oC, sendo que a zona de conforto térmico varia entre os 5 e 25oC.

O organismo dos bovinos procura manter a temperatura corporal constante no intuito de garantir a normalidade das reações bioquímicas e processos fisiológicos do metabolismo. Algumas das respostas mais comuns da termoregulação nas vacas leiteiras submetidas ao estresse térmico são:

- redução da ingestão de alimentos
- redução da atividade motora
- aumento da taxa respiratória
- aumento do fluxo sanguíneo periférico
- busca por áreas com sombra e água

As vacas submetidas ao estresse térmico apresentam um maior consumo de energia para mantença, já que estes animais possuem maior temperatura corporal, maior taxa de respiração e maior perda de eletrólitos; a somatória desses fatores que afetam a vaca leiteira nas épocas de calor leva à redução da produção de leite e do desempenho reprodutivo.

Elevadas temperaturas e alta umidade relativa do ar acarretam também maior predisposição aos problemas de saúde, exigindo maiores cuidados de manejo e, conseqüentemente, maiores despesas econômicas. Dentre os problemas mais freqüentes que as vacas submetidas ao estresse térmico podem apresentar, destacam-se: parto distócico, distúrbios metabólicos no pós-parto, mastite, acidose e problemas de casco.

O manejo para prevenção do desconforto causado pelas altas temperaturas deve considerar prioritariamente as vacas em lactação. Quando o produtor de leite decide fazer um investimento para controlar o estresse térmico, mas não tem recursos para grandes modificações, a melhor opção é investir em cochos d'água. O consumo de água nos dias mais quentes do ano aumenta cerca de 50%. Por isso, para permitir que as vacas possam consumir o volume de água necessário, avalie:

- se há água disponível imediatamente após a saída da ordenha;
- se os cochos de água têm espaço suficiente para a acomodação das vacas;
- se existem, pelo menos, dois cochos de água para cada lote de vacas em lactação;
- se os cochos de água estão na sombra;
- se a vazão dos cochos é de, pelo menos, 10 a 18 litros de água por minuto (cada vaca pode consumir até 22 litros / hora);
- se os cochos são mantidos limpos (lavar uma vez por semana com solução clorada).

Nos casos em que a condição dos cochos de água está adequada, deve-se atuar nos outros pontos de controle. A lista de prioridades para a redução do estresse térmico em um rebanho leiteiro deverá seguir a seguinte ordem:

1. Melhorar a oferta de água às vacas em lactação O
2. Disponibilizar áreas de sombra nas instalações das vacas em lactação
3. Reduzir a locomoção (distâncias percorridas) das vacas em lactação
4. Reduzir o tempo de manejo com a vaca em estação (sala de espera na ordenha, manejo reprodutivo, vacinação, etc.)
5. Melhorar a ventilação na sala de espera da ordenha
6. Melhorar a ventilação nas áreas de descanso das vacas em lactação
7. Melhorar a ventilação, as áreas de sombra e a oferta de água para as vacas no pré-parto (3 semanas antes do parto)

O conforto térmico é um tema de grande influência sobre a sanidade e o desempenho produtivo do rebanho leiteiro. Os investimentos para reduzir o desconforto causado pelo verão são altos e devem ser feitos de acordo com um planejamento cauteloso que avalie o benefício e o cronograma para a utilização da melhoria. A redução do estresse térmico refletirá nos índices do rebanho durante o verão e também durante o restante do ano.

Fonte:

West, J. W. Effects of heat-stress on production in dairy cattle. J. Dairy Sci., v.86, n.6 p.2131-2144, 2003.

Dairy Herd Staff. Invest in water first. Dairy Herd Management., January 14, 2004.

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

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GUSTAVO ROGERIO DE REZENDE

OUTRO - BAHIA - ESTUDANTE

EM 13/12/2004

Gostei do artigo, pois trata de um tema muito importante e que deveria ser abordado mais vezes.

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