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A volatilidade do mercado de lácteos e os produtores de leite

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/06/2014

3 MIN DE LEITURA

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 A volatilidade do mercado de lácteos e os produtores de leite.

De janeiro a maio de 2014 o preço médio dos lácteos nos leilões GTD caiu de cerca de US$ 5.000,00/T para algo em torno de US$ 3.759,00, ou seja caiu em torno de 26%.

No final de maio a FONTERRA anunciou uma redução na previsão do preço ao produtor de 17% para o período 2014/2015, ou seja o preço por litro de leite ao produtor passaria de US$ 0,59 para US$ 0,49.

Na Nova Zelândia em maio o preço da terra caiu em função da queda dos preços ao produtor e aumento das taxas de juros.

Contrastando com isso, relatório do Robobank de maio prevê que os preços globais dos lácteos dos lácteos devem subir até o final de 2014 e início de 2015, em função do aperto dos estoques da China e consequente aumento das importações. O Robobank salienta que os preços dos laticínios caíram entre 10% e 20% no segundo trimestre de 2014 e ficaram abaixo dos níveis considerados sustentáveis a médio prazo.

Na China as importações de leite em pó desnatado dobraram no primeiro trimestre de 2014!

Esses fatos mostram que o mercado de lácteos não só tem se caracterizado como extremamente volátil, mas com previsões pouco confiáveis com alterações profundas num prazo de 6 meses. Pura areia movediça.

E o produtor de leite?

Para responder a essa pergunta precisamos diferenciar o produtor especializado, produtividade elevada do produtor extrativista de baixa produtividade.

O produtor extrativista se ajusta bem a esse mercado volátil. Se o preço está bom, chega um farelinho e a vaca que produzia 5 litros/dia passa a produzir 7 litros/dia ( 40 % aumento de produção ). Se o preço está ruim. Quando o preço cai, ele corta o farelinho e a vaca volta a produzir 4 litros/dia.

Para um produtor especializado com produtividade elevada, temos que considerar que uma vaca num rebanho bem manejado não pode variar muito sua produção.
Mas para um produtor produção grande, que mantenha 400 vacas em lactação e uma produção ajustada para 10.000 litros dia, embora a variação de produção por vaca possa ser pequena, contando com um bom suporte técnico e administrativo, ele pode passar sua produção para 9.000 litros/dia se os preços estão baixos e para 11.000 litros/dia se os preços estão altos, à volatilidade do mercado.

Já um produtor especializado com produtividade elevada, que mantenha 40 vacas em lactação e uma produção ajustada para 1.000 l/dia poderá variar sua produção para 900 litros/dia se os preços estão baixos e 1.100 litros/dia se os preços forem altos, pois a variação possível por vaca é pequena. Mas a dificuldade para se ajustar à volatilidade do mercado é muito grande, pela limitação da escala de produção e pela limitação de suporte técnico e administrativo.

Para esse produtor reduções e aumentos significativos de produção implicam em diminuir ou aumentar o número de vacas em lactação. Diminuir o rebanho quando os preços ao produtor estão baixos é problemático pois de forma geral não há procura por vaca de leite, restando a alternativa de vende-las para gancho. Para comprar fêmeas quando o preço do leite está alto implica em pagar preço alto por ela e existe o risco de em alguns meses o preço cair. Se optar por ampliar o número de vacas em lactação com animais de sua criação. Uma fêmea muito bem manejada do nascimento até produzir leite leva cerca de 20 meses e como estará o preço do leite nessa ocasião?

No meu modo de ver, enquanto o mercado não conseguir fazer previsões confiáveis para médio prazo e persistir uma extrema volatilidade de preços, com os preços ao produtor subindo e abaixando como numa gangorra, no meu modo de ver o produtor com mais dificuldade de se ajustar a essa situação é o produtor especializado com boa produtividade e produções entre 1.000 e 3.000 litros dia.

Os produtores e a indústria deveriam refletir sobre essa situação.

Marcello de Moura Campos Filho

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