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Uma guinada para a realidade

POR DUARTE VILELA

ESPAÇO ABERTO

EM 27/01/2012

5 MIN DE LEITURA

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Seria ótimo se bastassem leis para criar uma realidade ideal. Não haveria crimes, exploração ou corrupção. Todos os conflitos da sociedade se resolveriam com a redação de portarias, instruções normativas, decretos... e o leite brasileiro passaria a ter qualidade de primeiro mundo a partir de janeiro deste ano. Ou ainda: pela IN 51 já teríamos leite com qualidade de primeiro mundo desde julho do ano passado, quando a Normativa foi adiada para o ano seguinte.

A substituição da IN 51 pela Instrução Normativa 62, publicada em 29 de dezembro de 2011 traz a cadeia produtiva do leite de volta à realidade e mostra o quão distante do ideal o setor se encontrava. Pela nova Normativa, o Brasil precisará de mais quatro anos para ter sua pecuária de leite respeitando os limites de 100 mil/ml para Contagem Total Bacteriana (CTB) e 400 mil/ml para Contagem de Células Somáticas. É lógico que estou generalizando. Há muitos produtores que já possuem tais índices e parece ter sido esse o gancho para a polêmica que nasceu do adiamento das exigências: quem trabalhou para se adequar à antiga IN 51 não desejava o retrocesso.

Algo que se esforça para traduzir a realidade são os números. Segundo dados do Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa - que analisa mensalmente amostras de aproximadamente 20 mil rebanhos - se a IN 51 entrasse de fato em vigor a partir de primeiro de janeiro deste ano, poucos rebanhos estariam de acordo com a Normativa. Próximos de 95% das análises realizadas no Laboratório para CTB estão acima de 100 mil/ml e 45% delas ficam acima de 400 mil/ml para CCS. Chamada à Câmara Setorial do Leite e Derivados para emitir seu parecer, a Embrapa Gado de Leite apenas ratificou o que qualquer jurista faria. Nenhuma lei pode se confrontar com números tão expressivos.

O parecer da Embrapa, que embasou a IN 62, propôs que as exigências se dessem progressivamente, ao longo dos próximos quatro anos, num processo permanente e sistêmico de avaliação de resultados, ajustes e revisão de metas. Entendemos os leitores que emitiram suas opiniões contrárias na mídia, mas ressalto que a melhoria do produto deve ser uma bandeira do setor. Não se trata aqui de uma competição onde os que alcançaram os índices se mantêm no jogo enquanto os demais são eliminados. A cadeia produtiva do leite deve utilizar os produtores que trabalharam para se adequar à antiga norma como referência para os demais, reconhecendo que estes se encontram quatro anos (ou mais) a frente do seu tempo (e a maioria sendo bonificado por esta vanguarda).

Às instituições do setor cabe garantir que o prazo estabelecido pela nova Normativa seja cumprido. A todos nós, deve ficar patente a lição de que obter leite com baixa CTB e CCS não é uma mera questão de tempo. Exige muito trabalho para capacitar o produtor. O salto qualitativo do setor só se dará com a capacitação. Esta é uma posição histórica defendida pela Embrapa Gado de Leite, mas que muito pouco tem avançado.

Ao final da década de 90, o Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite (que teve a participação da Embrapa) contemplava a ´capacitação do produtor´, além da criação da RBQL (IN 37) e da própria IN 51. Enquanto as duas últimas caminharam, até hoje aguardamos ações concretas de capacitação. O que levou ao não desenvolvimento de tais ações? O custo financeiro de atender próximo de dois milhões de estabelecimentos leiteiros em todo o país, naquela época, talvez tenha desencorajado as instituições públicas e privadas ligadas ao setor. Ora, mas não se obtém qualidade sem investimento... O resultado desta inércia foi a publicação da nova Normativa.

Não somos a única instituição a tocar na tecla da capacitação dos produtores de leite. Várias instituições têm programas próprios: o SEBRAE em Minas, com o Educampo, o Senar - com um programa de treinamento de produtores - além de outras iniciativas da assistência técnica pública e privada como, o Minas Leite (MG), o Tanque Cheio (GO) e o Balde Cheio (Nacional), etc. Tais iniciativas contribuem para reverberar a filosofia de que a mudança de cultura do trabalhador rural se faz por meio da educação e do treinamento. No entanto, precisamos de mais energianesta luta, buscando recursos e apoio. Acreditamos que o mais lógico é a união dos esforços em prol da mesma causa. Neste sentido, uma parceria do Sebrae, Senai e Embrapa Gado de Leite, com o apoio do MAPA, foi implantado recentemente o Programa Alimentos Seguros para a cadeia produtiva do leite (PAS Leite), que tenta mudar esta realidade, elevando a segurança e a melhoria da qualidade do leite em todos os elos da cadeia produtiva,através de Boas Práticas das Produção.

Mas enquanto isso não acontece com todos os produtores e em toda a cadeia, a Embrapa Gado de Leite e a Câmara Setorial do Leite compreenderam a necessidade de se repensar a cronologia da busca pela qualidade do leite no Brasil, permitindo que os elos da cadeia produtiva possam se articular, definir prioridades e estratégias e finalmente agir. No entanto, registro que a contribuição da Embrapa levada à Câmara (unanimemente acatada como uma decisão do colegiado e encaminhada ao SDA/MAPA, que a transformou na IN 62/2011) não se limitou apenas a obter mais prazos. Sugere ainda:

- Criar no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/MAPA), um Programa Nacional de Controle e Prevenção da Mastite, elaborado por um grupo de trabalho envolvendo instituições de pesquisa e ensino, empresas de lácteos, serviços de extensão e demais participantes da cadeia do leite. A Embrapa e parceiros têm um projeto pronto que pode atender a esta demanda.


- Garantir investimentos em infraestrutura de energia elétrica e estradas, condições básicas e prioritárias para que o leite, produzido com a qualidade higiênico-sanitária desejada, seja mantido durante o transporte para a indústria, e dentro da mesma.


- Propor programas de qualificação e capacitação dos técnicos da extensão rural e autônomos que atendem os produtores de leite. O PAS-Leite pode atender a esta demanda.


- Propor programas de capacitação para os produtores e transportadores de leite com foco em educação sanitária e qualidade do leite. O PAS-Leite pode atender a esta demanda.


- Incentivar as empresas de lácteos a adotar programas de pagamento de leite baseado em indicadores de qualidade pode ser uma das principais estratégias para melhoria da qualidade do leite.


- Melhorar o acesso ao crédito para financiamento da produção de leite.


- Realizar ações para sensibilizar o consumidor da importância da qualidade do leite. O consumidor pode ser um importante agente no processo de transformação da cadeia do leite. A Láctea Brasil tem um projeto que pode atender a esta demanda.

Não é demais lembrar que sem a adoção destas, entre outras medidas; sem um foco constante na capacitação do produtor; sem o comprometimento de toda a cadeia produtiva em unir esforços, corre-se o risco de em 2016 estarmos aqui discutindo a redação de uma nova Normativa, com toda a polêmica, constrangimento e fadiga que isso provoca e que desde hoje pode ser evitada.

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ANTONIO CARLOS LIEVORE JÚNIOR

CARLOS CHAGAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/02/2012

Parabéns ao  Dr. Duarte Vilela e a todos que emitiram suas opiniões, todas bem consistentes. Observei que pessoas ligadas a entidades públicas tendem a "colocar a culpa" do insucesso da IN 51, na falta de fiscalização nas indústrias, por ficarem prostituindo o mercado, jogando com o produtor. O que é uma realidade. Existem os tanqueiros e até pequenas indústrias de laticínios, que captam esse leite "problemático", e no final acabam até o fornecendo para a dita indústria que era tão "exigente". Ou seja, os gargalos estão em toda cadeia. As coisas só são levadas a sério quando o bolso de qualquer um que seja (produtor ou indústria) for afetado. Se não se adequar no prazo determinado será, por exemplo, pago metade do valor pelo litro de leite. E por sua vez o governo agir simultaneamente e em conjunto com a indústria, na propriedade rural. Normas na minha modesta opinião são para serem cumpridas, seja no prazo de 10 ou 4 anos, não interessa. Um país onde o governo cria normativas e ele mesmo não as cumpre....Na verdade os interesses vão muito além, e daí não sabem como resolver o problema, que realmente do jeito que está, encontra-se bem longe de ser resolvido.

Abraço e obrigado.
GILSON GONÇALVES COSTA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/02/2012

Embora esse assunto ja seja fato consumado, vou acrecentar mais alguma coisa para pensarmos mais. Enquanto tiver quem compra leite sem qualidade (laticinios) teremos quem vende, (produtores espertalhões), sobretudo se não tem fiscalização e o produto é barato. Fico estarrecido em saber que 95% das amostras analisadas a UFC é maior que 100 mil/ml, pois como ja disse é só usar BUCHA E SABÃO. Lembrando que o frio só conserva o leite ele não melhora sua qualidade. Se o leite foi obtido em más condições, vai simplesmente gelar produto ruim. O pior é que esse leite é comercializado sem nenhum incomodo no mercado.

Querem resolver o problema em 2016, e se chegarmos la com 90% das amostras acima de 100 mil/ml? Tornaremos a ter dó do coitadinho e a não ter dó do restante da população?

Gostaria de lembrar que a mistura de leite de qualidade com leite sem qualidade temos como resultado leite de má qualidade, é um produto dificil de ter meio termo. Quem fiscaliza as recepções desses leites, seja na fazenda seja nos laticinios?

Fazer qualidade realmente é uma obrigação quando isso é valorizado, pois como ficou, com adiações das INs, o atestado de burrice foi passado para quem se esmera e a mão  passada na cabeça de quem vive no país do oba-oba.

Quero deixar claro que a pancada em quem vem trabalhando com seriedade foi grande  e isso sem duvida no curto prazo gerou uma desmotivação muito grande, os idealizadores precisam saberem disso.

Obrigado

Gilson G Costa
ROMY FARAGE BATISTA

CORONEL FABRICIANO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 06/02/2012

Como sempre, brilhante as posições do Dr. Duarte Vilela, sobre a qualidade do leite em nosso país.

Porém, concordo "ipsis literi" com o comentário do leitor Eli Cândido da Silveira. É exatamente meu ponto de vista, principalmente quando o assunto são os "tanqueiros".

    Abraços.
MARIA BEATRIZ TASSINARI ORTOLANI

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/02/2012

Prezados,

Em nome do Duarte Vilela, posto sua resposta aos leitores:



"Agradeço as manifestações suscitadas pelo artigo.



Os comentários postados aqui são um prova de que a cadeia produtiva do leite possui massa crítica para enfrentar os problemas do setor.



Chegar a 2016 produzindo leite conforme determina a IN 62 é uma meta factível de ser alcançada, desde que todo o setor esteja comprometido com este propósito.



No que se refere à Embrapa Gado de Leite, não mediremos esforços para atingir esta meta.



Cordialmente,



Duarte Vilela



Chefe geral da Embrapa Gado de Leite"
JOSE GETULIO WINGERT

RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/01/2012

Muito bem. Claro e sensato.


A diversão fica por conta dos comentários, pois a passionalidade com que tratamos o assunto é a grande marca do evento.


Todos queremos ter razão, mas a realidade é a mais gritante das verdades. Mas ainda subentender em alguns comentários que quem não produz com qualidade tem que ser alijado do mercado ou que não dá para mudar os sistemas dos produtores menos assistidos é um pouco de fascismo. Ou puro reacionarismo? Me enrolo nas definições.


Nosso Berço Esplêndido é muito diversificado, e, no mínimo, devemos praticar um pouco da compreensão humana com nossos semelhantes, pois tem lugar ao sol para todos. Falta é trabalho e vontade política.


Como diz um gaúcho, "não é possível continuar com planos, planejamentos e teorizações para um atendimento massal de centenas de milhares de "tiradores de leite". Hein????


Estamos trabalhando intensamente com +- 1500 famílias cooperativadas (com melhorias bem detectáveis na qualidade do leite), mas não somente neste aspecto, mas visando mudar radicalmente o sistema produtivo familiar. Se o mundo está discutindo o sistema capitalista moribundo, uma das soluções pode estar na agricultura socialmente responsável.


Apenas começamos, mas ACREDITAMOS!.


sds, Getúlio.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/01/2012

Prezado Duarte Vilela: Parabéns pela visão clara do mercado. Entendo que a solução está na fala do companheiro espanhol,  Juan Carlos, (a quién encaminamos nuestros saludos) quando afirma que, na Espanha, aquele produtor que ultrapassa aos limites, é descontado no valor que é pago pelo leite. Se continua, por dois meses seguidos, avisam que não mais vão adquirir seu leite. Aí, sim, quem conserta continua produzindo, quem se mantêm, sai do mercado.


Este, infelizmente, é o caminho a ser seguido em nosso País, pois somente sob ameaça é que veremos muitos produtores acertarem seus passo. Qualidade de leite é coisa séria e, assim, deve ser tratada.


Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
CLÁUDIO VIEIRA TAVARES

CRISTIANO OTONI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/01/2012

Se estipular um patamar a ser atingido a cada ano, não seria mais fácil? Assim não fica tudo para 2016. E, se os compradores de leite não passarem a pagar por qualidade, é claro que a maioria dos produtores não produzirão com qualidade. Se fizerem uma IN para a indústria, os produtores terão que se ajustar e não é difícil produzir com qualidade. Basta ter uma compensação financeira!
ANDRÉ GONÇALVES ANDRADE

ROLIM DE MOURA - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/01/2012

Parabéns pelo artigo...

Mas a realidade é mesmo cruel. Feia de se ver. É só dar uma volta pelo Brasil e visitar a origem de nossa produção leiteira.

Enquanto existir comércio para o que é ruim, existirá quem o produz. Enquanto não tivermos a coragem de excluir o que é ruim por força da lei, ele existirá. Em tudo e todos os lugares...

Bla, bla, blá de pagamento por qualidade. Se produtos de qualidade inferior são oferecidos a preços menores e na atual circunstâncias é isso que importa ao consumidor e ou a rede de distribuição.

Há empresas que querem pagar por qualidade. Mas alguma se arrisca? Conta-se nos dedos da mão e sobram dedos para as que o fazem. As que pagam concorrem com quem colocam produtos a preços inferiores e nivelam por baixo o mercado. Fazendo com que voltem atrás ou simplesmente quebrem.

Aposto que em 2016 teremos nova prorrogação. Ou melhor, se não prorrogar, não vai haver punição pra quem não se enquadrar. Então o leite de baixa qualidade continuará no mercado.

Duvida?

Espere pra ver.

Infelizmente. Sou otimista, mas não posso deixar de ser realista, afinal é o tema do artigo: a realidade.

As perguntas que me levam a isso são muito simples:

- Há políticas públicas de controle de produção de leite em nosso país?

- Quanto de leite estaremos demandando daqui há 10 anos? E quanto estaremos produzindo?

- Vamos manter acordos com o mecosul, com cotas estabelecidas?

- Como vai ser a oferta de mão de obra com as escolas que temos e a educação de hoje?

- Quanto estaremos produzindo daqui a 5, 10 ou 20 anos? Que mercados ocuparemos?

Hoje temos varios analistas no setor. Mas não temos projetistas.

Se quisermos um setor punjante de verdade, é preciso um projeto arrojado. Alguém se habilita?

Enquanto isso vamos a deriva, pra onde a maré nos levar. Mas vamos todos juntos.
CAROLINA CASTELLO BRANCO BARROS

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/01/2012

Parabéns pelo artigo !!!! Excelente !!!
Alguns produtores estão criticando a nova Normativa, mas só estão pensando neles que conseguiram atingir a meta anterior, alíás estão tentando atingir.
Temos que trabalhar em função da nossa realidade, dos produtores pequenos que passam dificuldades enormes e não por culpa deles, não conseguem atingir a meta, devido a problemas de infraestrutura, como mencionado por Duarte Vilela. Acredito que em 4 anos consigamos com a Capacitação dos Produtores, através dos Programas do SENAR, SEBRAE e outros, atingir a tão esperada meta.
E que os Laticínios e Cooperativas paguem corretamente por essa Qualidade e não somente pelo VOLUME, como é o que a gente vê por aí ....
"Não precisamos de lei para produzir leite de qualidade".
Ontem li uma reportagem de técnicos da Nova Zelândia que visitaram algumas propriedades brasileiras através da DPA, em que um deles técnicos disse "a realidade brasileira não é muito diferente das propriedades neozelandesas no início da concentração de esforços no país para a melhoria da qualidade de leite. E que alguns produtores de lá tb não aceitaram bem as recomendações dadas, mas é normal, pois aconselhamos o abandono de procedimentos que vem sendo ensinados há gerações".  
   " A Nova Zelândia levou anos para alcançar os níveis tuais ". Por que no Brasil tem que ser diferente ?????
Agora temos que arregaçar as mangas, com  capacitação a esses produtores, para que o Brasil tenha um futuro brilhante na Cadeia Produtiva do Leite !!!!!
LINCOLN SANTIAGO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/01/2012

o produtor de leite nao tem remuneracao digna em nenhum pais do globo

o produtor de leite eh explorado em todos os paises do mundo
MARCO ANTONIO COSTA

CAMPO BELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/01/2012

Ótimo artigo, Duarte

Produzimos leite de qualidade e acreditamos que este é o caminho da atividade. Entretanto nos deparamos com preços que remetem nosso produto a vala comum da maioria dos produtores. Essa realidade realmente desestimula nossa crença, pois nossos custos são maiores e nossa qualidade torna-se desprestigiada pela indústria.


JOAQUIM ESTANISLAU SOARES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/01/2012

Boa reflexão.

Das sugestões apontadas 2 parecem-me decisivas:

- garantia de frio e de existência de vias de escoamento

- priveligiar o leite com qualidade através de pagamentos mais céleres e/ou valorizá-lo com melhor preço.

A iniciativa privada contribuirá para a elevação do nível de conhecimentos dos tratadores e produtores.

ODECIO ANTONIO LARA

GUAPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/01/2012

E outro nivel, comentario sensato e de bom senso, meus parabens
JUAN CARLOS

LUGO - LUGO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/01/2012

Ese problema en españa resolveuse gracias as compañias que recollian la leche, foron quen puxeron o ganadero a camiñar. Puñeron tanques de frío q o ganadero foi pagando aplazado durante un ano ou dos, repartian detergentes, y etc

El problema das celulas es muy complicado, pero sencillo el mismo tiempo cando compañia que recolle ta no mismo barco. Las compañias informam el caso e luego o que non obedece descontos no pago.

El estado fue apretar las compañias, un sistema que ainda funciona hoy

se te pasas das 400.000 celulas dos meses avisante que non che van recoller o leite.

Pronto van superar  eses atrancos. Suerte a todos os ganaderos do Brasil

Juan Mendez
PEDRO CARLOS CANI

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 28/01/2012

Prezado Dr Duarte

De longa data, sempre respeitei, muito, suas opiniões.

Mais uma vez concordo com ela.

Entretanto vou fazer apenas um questionamento.

Produzir com qualidade é uma obrigação. Qualidade significa também baixa CBT e baixa CCS.

O negócio não seria  pagar por qualidade, mas sim penalizar quem não a tem?!

Ocorre que quando uma cooperativa ou não cooperativa exige qualidade e penaliza quem não a tem, o produtor vai para a primeira esquina e encontra uma empresa grande, enorme, média, pequena, de qualquer tamanho que compra seu leite sem se importar com qualidade. E  ai? Uma lei só é validade quando todos a cumprem. Se todos os compradores cumprissem a lei a qualidade buscada seria alcançada, ou seja, o produtor teria que se enquadrar.

Vale frisar que ninguém defende mais o pequeno produtor do que eu.  Nenhum outro negócio agrícola fixa mais o homem à terra do que a produção de leite. Café, cana, eucalipto  podem trabalhar com "boia fria", leite não. E tem muitos pequenos produtores conseguindo uma bela renda produzindo leite.

Por que as empresas compradoras não adotam a mesma postura?

Pedro Carlos Cani, Gerente Estadual de Pecuária SEAG/ES

Vitória ES

ARLETE ROMEIRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 28/01/2012

O grande problema é a mão de obra , o produtor se vê refem de funcionarios  sem preparo , em todos os niveis .

Como mobilizar os sindicatos pra  fazerem cursos com uma pedagogia  voltada pra educação desses peões que muitas vezes mal sabem escrever , muito rudes na questão fitosanitaria, etc

Cursos nas propridades com periodos  mais longos de duração ,que contassem com veterinario, agronomo , gestor em administraçao rural  e o produtor , acho que ai em bem menos tempo teriamos leite com qualidade que se deseja .

LUIZ FERNANDO VILELA DE ANDRADE

JOAQUIM TÁVORA - PARANÁ - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 28/01/2012

Dado o exposto vamos então pensar no número da proxima normativa que sera lançada talvez no dia 1º de abril de 2016, pois se ninguem levar a sério nada do que foi dito acontecerá.
MÁRCIO BARBOSA LIMA DE OLIVEIRA MACÊDO

ITABUNA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/01/2012


Caro Duarte Vilela.


Parabéns pelo artigo e pelo tema abordado.


Na minha humilde opinião essa IN51 é uma farsa. Ela faz todo tipo de exigência ao produtor e deixa de fora o grande vilão da história que é a indústria.No dia que o produtor de leite for respeitado ele fará sua parte sem dúvida nenhuma.


O governo precisa ter uma política específica do setor para que o elo mais fraco da cadeia que é o produtor não fique a mercê desses inescrupulosos industriais que só querem massacrar o coitado.

É muito fácil empurrar a culpa para cima do produtor, ele não tem voz.


A atividade leiteira é uma das que mais gera emprego no país, o seu pontencial é estúpido só o Brasil tem condições de crescer e abastecer o mundo de leite.Mas dessa forma fica difícil.


Saudações,



Márcio Macêdo
REGIS LUIS STURM LENZ

SÃO PAULO DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/01/2012

Muito bom o artigo do Dr Vilela, esclarecendo um pouco mais sobre a N51 e a N62, pois penso  que deveria ser feito uma separação do leite de qualidade, pois na hora em que esse produto esta sendo recolhido na propriedade, este será misturado no tanque com outros que nao possuem qualidade.

Outra forma seria de fazer a separacao das propriedades que possui leite de qualidade recolhendo separado e levado até a industria que tambem deverá ter um tanque pra este leite, com certeza dará um aumento de custo, mas tendo leite de qualidade.

JOÃO MARCOS GUIMARÃES

CARRANCAS - MINAS GERAIS

EM 27/01/2012

Sabedoria de quem é do ramo. Só um filho de fazendeiro com tradição mineira poderia escrever com tal clareza. Parabéns ao Dr.Duarte Vilela.

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