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Recessão: reflexos no consumo

POR MARIA JULIA MAGIONI MARIOTTO

ESPAÇO ABERTO

EM 22/04/2004

2 MIN DE LEITURA

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A situação não está fácil. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o poder aquisitivo da população caiu 14% nos últimos dois anos, alterando os hábitos de consumo do brasileiro.

Peso dos alimentos

Na última pesquisa sobre orçamentos familiares realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), que traz informações sobre os gastos e rendimentos das famílias, o peso do grupo Alimentação aumentou em relação à pesquisa anterior. O recuo na renda das famílias e a alta nos preços dos alimentos foram os principais fatores que contribuíram para este resultado.

Na tabela 1, as variações de alguns itens do grupo Alimentação nas duas últimas Pesquisas de Orçamento Familiar (POF).

Tabela 1. Peso de alguns itens do grupo Alimentação na Pesquisa de Orçamento Familiar


Os resultados mostram que o brasileiro atualmente prioriza gastos básicos e deixa de lado setores como saúde, educação, leitura e recreação. Este comportamento é característico de países em crise, e geralmente muda logo que a situação financeira volta à normalidade.

Inflação

O aumento da inflação teve muita influência na queda do poder aquisitivo da população. Durante 1999/2000, a inflação registrada para os produtos do grupo Alimentação pesquisados foi de 8,52%, enquanto que para o segundo período, 2002/2003, foi de 22,03%.

Apesar do brasileiro destinar maior parte do seu rendimento à alimentação, o consumo diminuiu. Deste modo, conclui-se que os preços dos alimentos aumentaram durante o período.

Preços

Recentemente, mesmo com o preço da cesta básica em São Paulo sofrendo uma retração de 2,36% de janeiro para fevereiro, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) aponta que o brasileiro ainda destina aproximadamente 70% do salário mínimo para compra de alimentos de primeira necessidade.

Na figura 1, observa-se a evolução dos preços da cesta básica e do salário mínimo para São Paulo em dois anos em reais nominais. No período, a cesta básica ficou 29,25% mais cara.


De acordo com o IBGE, o desempenho (vendas) do setor de produtos alimentícios apresentou queda de 2,7% em 2003. Em épocas de crise as pessoas tendem a reduzir a compra de alimentos, pois são mais facilmente produzidos de forma "artesanal" quando comparados à produtos de outros setores.

Redução das compras e aumento dos gastos

De fato, segundo pesquisa divulgada pelo IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), o volume de compras de alimentos caiu 4% de outubro de 2002 para outubro de 2003 e ainda assim, os gastos familiares com alimentação durante o período aumentaram 26%.

Juros elevados, retração de 0,2% do PIB em 2003, rendimento em baixa e taxa de desemprego próxima a 13% influenciam na queda do consumo de alimentos.

O consumo per capita de carne bovina, por exemplo, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) caiu de 35,8 kg em 2002 para 34,5 kg em 2003.

Expectativa

Para 2004 existe a expectativa de aquecimento da economia. Segundo o Dieese algumas capitais apresentaram recuos na taxas de desemprego. O Dieese também registrou uma melhora nos índices de formalização do mercado. Algumas regiões até apresentaram aumento do rendimento médio.

Economistas acreditam em um crescimento aproximado de 3% para o PIB. Além da redução das taxas de juros e do avanço das exportações, é preciso investir principalmente em logística e estimular o crescimento do setor de serviços. Assim, o dinheiro volta a circular, e dá-se um fim na recessão.

MARIA JULIA MAGIONI MARIOTTO

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