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Produtividade do rebanho leiteiro (parte 3/3)

ESPAÇO ABERTO

EM 14/02/2012

2 MIN DE LEITURA

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Por Rosangela Zoccal - Embrapa Gado de Leite

No Brasil o rebanho bovino é de 209.541.109 cabeças e desse total, 22.924.914 são vacas que foram ordenhadas em 2010, segundo a PPM do IBGE. O rebanho leiteiro produziu 30.715.460 litros de leite, que resultou numa média nacional de 1.340 litros por vaca por ano.

Com uma tabulação especial dos dados do Censo Agropecuário de 2006, foi possível avaliar alguns indicativos de desempenho ou características dos sistemas de produção de leite (Tabela 1), excluindo-se produtores com menos de 10 litros/dia e sem comercialização do leite.

Os produtores com menos de 10 litros por dia e que comercializam a produção, em média, têm um rebanho de 2,7 vacas ordenhadas, a produtividade animal de 309 litros de leite/vaca/ano e volume diário 7,3 litros/dia/propriedade. No outro extremo, têm-se estabelecimentos com média de 3.389 L/vaca/ano, volume de aproximadamente 1 mil litros/dia e rebanho composto por 107 vacas.

Tabela 1. Produtividade animal em estabelecimentos agropecuários com produção de leite segundo o estrato de produção diária.



Detalhando um pouco mais a média nacional de produtividade por vaca ordenhada, nos diferentes estratos de produção e para as cinco regiões brasileiras, com a exclusão dos estabelecimentos que não comercializam leite estão apresentados na Tabela 2.

Observa-se que em todas as regiões os pequenos produtores, até 20 litros/dia, apresentam baixa produção por vaca ordenhada. Na Região Norte, mesmo nos estratos mais altos, a produtividade é baixa, de 1.396 L/vaca/ano; no Nordeste, esse índice chega a 2.632 L/vaca/ano. A média do volume produzido por vaca, para os sistemas de produção com mais de 500 litros por dia, na Região Sudeste (3.584 litros) e Centro-Oeste (3.009 litros) são semelhantes.

A Região Sul se destaca, com produtividade que alcança, em média, 5.373 litros/vaca/ano, em propriedades especializadas, com volume superior a 500 litros por dia.


Tabela 2. Produtividade animal nos estabelecimentos agropecuários, segundo os estratos de produção nas regiões brasileiras, com exclusão dos produtores de subsistência.



A produtividade animal é reflexo de vários fatores, principalmente a alimentação do rebanho, potencial genético para produção de leite e manejo utilizado no sistema. O objetivo deste texto para discussão é mostrar dois pontos importantes: o primeiro é que em um país de dimensão continental e grandes variações climáticas e culturais, como é o Brasil, é necessário ter muito cuidado para mostrar informações que representam a média nacional. O segundo é mostrar para as pessoas envolvidas no setor leiteiro o tamanho do desafio que se tem para melhorar, principalmente os sistemas com pequena produção diária, para tornar o agronegócio do leite brasileiro em sustentável e competitivo.

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LUCAS

PRESIDENTE DUTRA - MARANHÃO - PESQUISA/ENSINO

EM 09/02/2017

Prezada Zoocal,



Parabéns pelo artigo!



De fato a pecuária leiteira nacional apresenta-se com limitações, o que não envolve somente a produtividade/vaca/dia. Essa deficiência deve (urgentemente) ser melhor trabalhada, mas ao meu ver o pequeno produtor que apresenta a maior parcela no cenário nacional não tem condições de conquistar isso sozinho. Caso a IN 62 entre em vigor e exija de fato o que , provavelmente milhares de produtores teriam que fechar suas porteiras. O material genético é importante, a alimentação é importante, a comercialização é importante. É impossível atribuir a apenas um item a "culpa" para a nossa atual produtividade.



Recentemente desenvolvi minha pesquisa de dissertação na Mesorregião Leste Maranhense, percorrendo 25 propriedades, e por unanimidade os produtores se queixavam da ausência de mão de obra (mesmo sem qualificação). A média de produção de leite das vacas durante o período das águas não atingiu nem 10 L/dia.



Portanto, a pecuária leiteira, realizada pelo pequeno produtor é carente de instruções e sobretudo, de esperança.



Forte Abraço! Sempre leio seus artigos, seria uma honra um dia poder conhecê-l pessoalmente.



Cordialmente,

Lucas Fernandes da Silva.
RUI DA SILVA VERNEQUE

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/10/2013

Caro Marcello:



Nasci na roça, em local muito atrasado, já tomei banho na bacia, luz de lamparina, sem carro, etc. A situação sempre foi a mesma: nunca vi um produtor que não reclama. Mesmo os abastados choram, choram e continuarão chorando sempre querendo mais. Minha familia se virou e hoje estão todos ainda reclamando, mas, com certeza, muito melhores do que naquela época. E isto é a realidade para a maioria. Todos temos direitos de reclamar e procurar melhorar nossa condição de vida, mas sem trabalho não tem como se desenvolver.

Eu prefiro deixar o barco remando, todos se esforçando, o governo ajudando no que lhe é possível, alguns produtores crescendo e se desenvolvendo, outros deixando a atividade etc. Tenho certeza que a atividade leiteira no Brasil irá evoluir, iremos nos tornar o terceiro maior produtor mundial de leite em pouco tempo. E assim vamos.

Que sejamos otimistas, lutadores e persistentes e vencedores.  Abraços. Rui

MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/10/2013

Prezado Rui da Silva Verneque



Não sei o que você chama de grandes produtores, mas com certeza produtores na faixa de 500 a 3.000 litros de leite, que aumentaram sua eficiência, não estão nadando de braçada.



Lutam com dificuldades para permanecer na atividade e muitos não conseguem sobreviver e abandonam a atividade. A verdade é que a atividade de produzir leite para grandes e pequenos é difícil, até mesmo porque não temos uma política leiteira definida que atenda a necessidade de uma pecuária leiteira produtiva e competitiva.



Digamos que numa pecuária leiteira produtiva e competitiva bastem 150.000 produtores para abastecer o mercado interno e exportar excedentes. Eu acredito que dos produtores que deixarem de produzir leite, uns 100.000 poderiam continuar ligados à pecuária de leite, produzindo volumosos como silagem, pré-secados, feno, prestando serviços ou fazendo recria para os produtores de leite.



Acredito que uma pecuária de leite no Brasil, com enfoque empresarial, com produtividade e competitividade poderá absorver cerca de 250.000 dos atuais produtores.



E as outras centena de milhar dos produtores atuais o que farão?



São três as alternativas:



1) Trabalhar como empregados para os produtores remanescentes ( que pode ser alternativa até melhor do que insistir em ser pequeno produtor de leite );



2) Permanecer como produtor familiar mas mudando de atividade;



3) Procurar outra atividade nas cidades.



Fora dessas alternativas só se não quisermos uma pecuária leiteira empresarial, produtiva e competitiva e assumirmos uma pecuária leiteira de caráter social onde o Governo terá que subsidiar o produtor para que ele possa sobreviver, e mesmo assim de forma miserável poi os recursos do Governo para isso são muito limitados.



A maioria dos pequenos produtores de leite que conheço são idosos e seus filhos procuraram outras atividades. Talvez seja porque os jovens pensaram na produção familiar de leite como atividade de caráter social e não viram muito futuro nisso.



Abraço



Marcello de Moura Campos Filho
RUI DA SILVA VERNEQUE

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 01/10/2013

Cara Sr. Marcelo:

A realidade é que com este número de produtores é impossivel adotar uma politica que atenda a todos interesses. Não vejo maiores problemas do leite no Brasil quando se pensa em abastecimento. Com menos de 150.000 produtores eficientes no Brasil conseguimos abastecer todo mercado, inclusive produzindo excedentes exportáveis de qualidade. A questão é: o que fazer com os demais produtores? deixá-los ir para os grandes centros, como a sua São Paulo ou Campinas, aumentando as áreas de pobreza? Esta é a grande questão social que precisa ser pensada.

Vemos claramente que os grandes produtores, os mais eficientes, cada dia ficam mais eficientes e ganham dinheiro com o leite, porque tem escala, compram insumos mais baratos, vendem o leite a um preço maior, etc. Ou seja, a distância entre os grandes e os pequenos fica, a cada dia, maior. O estado precisa atuar na transferência de tecnologias para os pequenos (este é problema de estado) para que eles possam se tornar mais eficientes e tenham melhor qualidade de vida. Os grandes já tem condição de acessar as tecnologias e até mesmo pagar por elas e até mesmo demandá-las.



Espero ter sido claro.



Abraços,



Rui da Silva Verneque
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/09/2013

Prezada Rosangela Zoccal



Penso que a competitividade depende de custos de produção baixos, e aí no meu modo de ver volume importa, pois dilui custos fixos, reduz custos de aquisição e transporte de insumos e baixa o custo da captação de leite.



Por isso não acredito que com 900.000 produtores possamos ter uma pecuária de leite produtiva e competitiva.



Concordo que enquanto não tivermos um setor forte e unido a profissionalização fica difícil. União depende de entendimento que por sua vez depende de discutir e analisar os problemas.



A Leite São Paulo propôs na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados a criação de um grupo de trabalho envolvendo representantes do Governo, da indústria, dos produtores e do varejo para caracterizar, analisar e discutir os problemas do setor, principalmente da pecuária de leite que é o elo mais frágil, e tentar encontrar estratégia para superar esses problemas. O varejo e a indústria se manifestaram contra a formação do grupo, e algumas entidades ligadas à pecuária de leite, como a Embrapa e a OCB não se manifestaram. Esses fatos me levam a crer que a profissionalização, a produtividade e competitividade da nossa pecuária de leite está ainda muito longe de se tornar realidade.



Enquanto isso vamos continuar importando leite e perdendo oportunidades de nos tornarmos um exportador importante no mercado internacional.



Abraço



Marcello de Moura Campos Filho





RUI DA SILVA VERNEQUE

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 29/09/2013

Entendo que o assunto já foi muito debatido e as estatísticas precisam ser atualizadas, ou melhor explicadas, mas não custa retomar a discussão. A atividade leiteira no Brasil é complexa, pela diversidade de clima, topografia, cultura, sistemas de produção, etc. Alguns produtores tem na atividade leiteira como uma atividade empresarial, outros como complementar e outros ainda, como atividade puramente extrativista. Cada produtor realiza aquilo que melhor lhe convêm ou lhe é possível no momento. Tecnologia não falta, temos um alto estoque de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, pelas universidades, pelas Empresas estaduais de pesquisa agropecuária, etc. Recursos financeiros são fartos, a juros competitivos (a meu ver). Todo produtor que efetivamente dedicam a um melhoramento genético, melhoria do manejo alimentar, sanitário e reprodutivo, por certo terá sucesso.

Por exemplo, iniciei na atividade (não é minha principal fonte de renda) há 20 anos. Tinha 20 vacas produzindo 100 l/dia, hoje com 70 vacas em lactação a produção total ultrapassa 900 l/dia. É claro que todo o processo não é trivial, pois precisou de dedicação, planejamento, organização etc.

Portanto, caros produtores: se quisermos aumentar  a produtividade do rebanho leiteiro nacional basta por a mão na massa que o sucesso virá.

Outro ponto que precisamos esclarecer é quanto as estatísticas. Elas incluem produtores de leite e tiradores de leite; vacas leiteiras e vacas de corte onde o produtor tira leite das mesmas, mas deixa a maior parte para os bezerros. Todo individuo que diz ter uma vaca que produz leite é incluído nas estatísticas. Conheço produtores que ordenham 150 vacas e produzem 300 a 350 litros de leite/dia (acho que temos até piores). Eles dizem que querem é um bom bezerro. Indivíduos como estes, que são muitos, contribuem para as estatísticas com produtividade média de menos de 1500 kg/vaca/ano.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/02/2012

Prezada Rosângela Zoccal: Obrigado por sua resposta. Todavia, entendo que, baseado em experiência próprias, de longa data, na produção especializada de leite, de nada adianta  (ou muito pouco representa de evolução) investir em alimentação se não nos preocuparmos com a melhoria genética do rebanho. Portanto, não é colocando alimentos de boa qualidade em em quantidades suficientes à disposição de uma vaca que esta vai passar de dez para trinta litros de leite/dia. É, de forma indene de dúvidas, destinando à mesma a carga genética necessária para tanto. Posso envidar esforços no sentido de fornecer uma abstração pequena, tendo como arquétipo meus próprios animais, que são portadores de genética avançada, filhos de touros top (Fustead Emory Blitz ET, Delta Canvas RF, Ladys-Manor Wildman ET) e de vacas de alta performance produtiva (média de 46,5 quilogramas de leite/dia). Se eu, ao invés de tê-los em meu sistema de criação, tivesse adotado os animais mestiços que pululam pelo comum das propriedades, mesmo com a excelência de manejo e alimentação que possuo, dificilmente estes últimos alcançariam tais lactações, flutuando entre os vinte e vinte e cinco quilogramas/dia, no máximo. Note que possuo alguns animais de mais de setenta quilogramas/dia: estes, então, jamais seriam atingidos por aqueles do exemplo. Como visto, alimento só não é certeza de resultado: genética é essencial.


UM abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG


=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
ROSANGELA ZOCCAL

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 20/02/2012

Guilherme e Marcello obrigada pelos comentários.



Guilherme acredito que a genética do rebanho brasileiro ainda pode melhorar muito, mas acho que se os animais tivessem comida adequada em quantidade e qualidade essa realidade seria diferente.



Marcello

Acredito que a atividade leiteira brasileira ainda tem muito que melhorar. Muitas propriedades ainda continuam a produção de leite com décadas atrás e não incorporaram nenhuma tecnologia, nem mesmo a cura do umbigo de bezerros recém nascidos é bem feita.

As importações ocorreram, principalmente nos dois ultimos anos, por aumento da demanda interna e pelo baixo preço internacional. O que temos que fazer é produzir mais e com preço mais competitivo.

A competitividade não se mede pelo volume, mas pela eficiência dos sistemas. O consumo interno de leite ainda é baixo e os 900 mil produtores atenderiam sim ao mercado interno, que tende a crescer, e as exportações, onde é necessário ter leite com qualidade, como poucos do País.

As políticas públicas ainda não são eficientes como deveriam ser. A Embrapa Gado de Leite está atuando para que o governo tenha junto com o Plano Agrícola, o Plano Pecuário específico para a leite.     

Enquanto não tivermos um setor forte e unido, mais difícil será a profissionalização.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/02/2012

Rosangela

Parabens por seu trabalho e seus artigos.

Você mostra uma realidade terrível: 1.340 l/ano por vaca em lactação; 79,7% dos produtores com menos de 25,9% da produção; 17,1% dos produtores na faixa de 50 a 200 litros respondendo por 39,3% da produção; apenas 0,7% dos produtores com mais de 500 l/dia para produzir 16% da produção; média geral da ordem de 84 l/dia por produtor!!!!!!!!!

Isso é novidade?????

Não, essa situação perdura há décadas, revela a incompetência de nossa pecuária leiteira, da nossa indústria e do Governo, e por isso somos importadores de leite há décadas, e agora subimos ao pódio, com o terceiro lugar na importação de leite em pó!!!

No meu modo de ver, apesar dos esforços, a Embrapa Gado de Leite não conseguiu ajudar a encontrarmos o caminho para mudar esse quadro.

Gostaria da sua resposta para as seguintes perguntas:

1) É possível sermos competitivos para atender ao mercado interno e exportar com cêrca de 900.000 produtores?

2) Num país com as dimensões, falta de infraestrutura e recursos limitados para o Brasil é possível ter produtores de leite se estabelecendo em qualquer lugar? Não deveríamos estabelecer zonas prioritária para produção de leite competitivo?

3) O que o Governo e a indústria deveriam fazer para dar competitividade a nossa pecuária leiteira?

Marcello de Moura Campos Filho
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/02/2012

Prezada Rosângela Zocall: Estes dados, tão bem colocados por você, nesta espetacular pesquisa, vêm de encontro ao que eu sempre afirmei - a produção nacional encontra-se em mãos de pessoas pouco profissionais e os rebanhos são constituídos por animais pouco especializados. A média pífia de produção por vaca é reflexo da pouca acuidade no trato genético dos rebanhos e do emprego de soluções pouco voltadas para a produção de leite, onde a maioria dos animais produtivos são portadores de mestiçagens, o que não lhes garante excelência na produção. Verifique que este estado de coisas ocorre, também, com produtores acima de quinhentos litros/dia, o que é um absurdo, já que, tomando a Região Sul, que apresenta as maiores médias, a produtividade individual destes não passa dos dezessete litros/dia. Certamente, ao contrário do que você afirma, não são "propriedades especializadas", eis que, se assim fosse, a realidade produtiva seria bem outra (MÉDIAS ACIMA DE QUARENTA LITROS/ANIMAL/DIA).

O que se conclui destes dados é que, se não houver uma substancial, imediata e correta evolução genética, uma firme e forte tomada de posição do produtor nacional rumo à sistemas de produção mais eficientes e profissionais, que privilegiem a produtividade em escala, ao invés da destemperança que hoje se vislumbra, em pouco tempo deixaremos de produzir leite em nosso País e passaremos a importar o que é de nossa necessidade, pois, com estas realidades descortinadas por você, dificilmente algum produtor conseguirá resistir além da sua própria subsistência.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=  

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