Dados inválidos!
Verifique suas credenciais e tente novamente: atente-se aos caracteres em
maiúsculo e minúsculo.
Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.
ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
O ótimo é inimigo do bom |
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO
Membro da Aplec (Associação dos Produtores de Leite do Centro Sul Paulista )
Presidente da Associação dos Técnicos e Produtores de Leite do Estado de São Paulo - Leite São Paulo
3 |
DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS |
5000 caracteres restantes
INSERIR VÍDEO
Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado. SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe. |
SEDENIR ROSOLENVESPASIANO CORREA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 17/06/2007
Prezado Marcello de Moura Campos Filho,
Muito apropriado este artigo. Realmente percebe-se que os elos da cadeia produtiva do leite não assimilaram os conceitos da IN 51. E, o que é pior, há claramente um desestimulo por parte do produtor de credenciar sua propriedade para prodição de leite tipo B. Creio que um dos gargalos esteja na capacidade da industria leiteira em coletar e industrializar diferentes tipos de leite. <b>Resposta do autor:</b> Caro Sedenir Obrigado pelo comentário. Se o desestímulo para a produção de leite B for a capacidade da indústria leiteira em coletar e processar diferentes tipos de leite, e a opção for desestimular a produção do leite de melhor qualidade e trabalhar com um leite de menor qualidade por ser encontrado em maior volume no momento, então realmente estaríamos frontalmente contra o espírito da IN 51 que é melhorar a qualidade do leite. Acredito que possa até haver dificuldade de algumas indústrias em coletar e industrializar dois tipos de leite (leite pasteurizado e leite pasteurizado tipo B), mas acredito também que essas dificuldades são equacionáveis e passíveis de serem resolvidas, permitindo que com o leite tipo B venha a se tornar o maior volume e acabando por permitir elevar de forma geral a qualidade do leite pasteurizado, que é o espírito da IN 51. Um abraço Marcello |
ALUÍZIO LINDENBERG THOMÉFARIA LEMOS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 17/06/2007
Prezado Marcello,
Na Região de confluência Estados RJ, MG e ES, que é a área onde tenho melhor conhecimento, realmente a indústria de laticínios não tem feito o menor esforço visando a melhoria da qualidade do produto de seus fornecedores. No máximo, recolhem amostras eventuais que são enviadas à Embrapa JF, mas o retorno disso ao produtor é praticamente nulo. São algumas associações de produtores, a exemplo da Associação de Produtores de Faria Lemos, que têm feito a diferença. Por iniciativa própria, os associados são cobrados e multados por falta de qualidade, e as negociações da Associação com os fornecedores passam obrigatoriamente pelo controle e pela melhor remuneração por qualidade, ainda que em uma versão mais generalista, com menos parâmetros. E na atual carência de matéria prima, está todo mundo preocupado mesmo é com volume. Mas aqui praticamente não existe mais produção de leite ensacolado especialmente "B e A". Entretanto, embora não tenha muito conhecimento dessa questão, que com o aprimoramento lento mas inexorável do leite industrial (esse deveria ser o destino de todo o leite apenas "pasteurizado" - antigo "C"), as denominações para o "leite in natura para consumo diário" também deveriam ser modificadas, pois a percepção do mercado consumidor, uma vez que não haverá mais um leite "C", poderá ser de que o leite "B" é um leite inferior mesmo ao leite "pasteurizado". Do ponto de vista da indústria o pagamento por qualidade realmente não tem porque distinguir o leite B, uma vez que as normas de qualidade a serem exigidas no longo prazo passarão a ser até mais restritivas do que as presentemente exigidas ao leite "B". Do ponto de vista comercial, no presente pode ser até justificável e louvável que governos pretendam fornecer leite "B" em seus programas sociais, mas com a crescente implantação da IN 51, essa postura poderá ser confundida com reserva de mercado, uma vez que, cumpridas e fiscalizadas integralmente, as normas da IN 51 deverão resultar na produção de um leite "pasteurizado" com a mesma qualidade do leite "B". Pelo menos na visão do leigo. Então, porque continuar com o leite "B"? Cabe aos produtores responder essa pergunta com clareza, esclarecendo ao mercado e a opinião pública no longo prazo, enaltecendo qualidades que futuramente não serão mais são facilmente percebidas. Pois se o leite "pasteurizado" cumpre todas as normas internacionais de qualidade e a fiscalização sanitária é eficiente, qual a diferença? Nós sabemos que isso é quase uma utopia, mas saberá o consumidor? Abraços, Aluízio. <b>Resposta do autor:</b> Prezado Aluízio Agradeço suas considerações, que me permitem complementar o que coloquei no artigo. Você diz em seu comentário que do ponto de vista da indústria o pagamento por qualidade realmente não tem porque distinguir o leite B, uma vez que as normas de qualidade a serem exigidas no longo prazo passarão a ser até mais restritivas do que as presentemente exigidas ao leite "B". Diz também que na região de confluência dos estados RJ, MG e ES, que é a que você conhece bem, realmente a indústria de laticínios não tem feito o menor esforço visando a melhoria da qualidade do produto de seus fornecedores, e que estão mais interessadas em volume. Ora, nessas duas colocações fica evidenciado o alerta de que realmente o ótimo é o inimigo do bom. Como disse, seria ótimo se tivéssemos um único tipo de leite pasteurizado, atendendo a todas as normas internacionais e que assegurasse a máxima qualidade. Mas infelizmente não temos, e o Leite Pasteurizado definido na IN 51 (e que eliminou o leite tipo C) é apenas o padrão mínimo exigido. Para que cheguemos a que todo leite pasteurizado produzido tenha essa máxima qualidade, o bom seria que os governos e indústria incentivassem o leite pasteurizado tipo B, que realmente tem um padrão superior ao mínimo exigido. Para produzir leite tipo B a IN 51 faz exigências específicas para garantir a maior qualidade do produto, relativas à indústria, ao produtor e à ao leite cru refrigerado. Os estabelecimentos industriais e rurais para, respectivamente, poder beneficiar e produzir leite tipo B, que tem qualidade superior ao Leite Pasteurizado tem que estar devidamente autorizados pela inspeção federal para tal fim. No caso do produtor, a IN 51 faz exigências específicas com relação às instalações do estábulo e da dependência para ordenha, à sanidade do rebanho e mesmo com relação à higiene da produção, que não são feitas para o Leite Pasteurizado. E exigir leite tipo B em programas de governo não pode de forma nenhuma considerada como reserva de mercado, pois é livre o credenciamento de indústrias e produtores para produzirem leite tipo B. Naturalmente como até o momento a realidade é que efetivamente houve pouco interesse em promover a qualidade do leite, a indústria, e principalmente os produtores rurais deixaram de ter interesse em produzirem esse leite de melhor qualidade. Por isso no momento a oferta de leite tipo B é limitada e por isso sugeri que os governos, ao exigir o leite tipo B, para assegurar a melhor qualidade do leite nos seus programas, permitam inicialmente por um prazo limitado o uso do Leite Pasteurizado Integral por um prazo definido, findo o qual todo o leite fornecido deveria ser tipo B. Esse prazo de carência permitiria a indústria e seu os produtores se ajustarem e fazer os credenciamentos exigidos pela inspeção federal. No meu ponto de vista não cabe ao produtor esclarecer ao consumidor por que continuar tomando o leite pasteurizado tipo B. Esses esclarecimentos, e que passam pelo nível de qualidade superior do produto, cabem aos governos esclarecendo aos beneficiários dos programas e à opinião pública e às indústrias que colocam o leite tipo B à disposição do consumidor. Se governos e indústria não tiverem interesse em promover leite pasteurizado de melhor qualidade, por que os produtores rurais deverão fazê-lo? Utopia para mim é esperar que o leite no Brasil possa atingir padrões máximos de qualidade, se colocando ao nível das normas e padrões internacionais exigidos pelos países desenvolvidos, se os nossos governos e as nossas indústrias não mostrarem efetivamente de forma concreta o seu interesse em promover o leite de melhor qualidade. E digo mais, se esse interesse não for claramente demonstrado, o percentual do leite que atingirá os padrões da IN 51 poderá ficar bem abaixo das expectativas e não se pode esquecer que mais de 30% do leite produzido no Brasil é informal, ou seja, não atende nenhuma norma. No meu entender o leite pasteurizado tipo B só deveria ser extinto quando o Leite Pasteurizado (que eliminou o leite tipo C) tiver sua especificação acima do tipo B. Face a extinção do leite tipo C, para que o consumidor perceba a diferença de qualidade o marketing nos oferece muitas possibilidades para essa distinção. Por exemplo, poderíamos usar para os leites de qualidade superior a designação Premium associado à classificação leite pasteurizado tipo A e leite pasteurizado tipo B. Como você, muitos produtores sentem que há muito tempo se vem falando em melhorara a qualidade do leite mas a ação é diferente do discurso, e só há interesse por volume. Se realmente os governos e indústria não começarem a agir para que efetivamente se melhore a qualidade do leite, até o discurso ficará desacreditado. Um abraço, Marcello de Moura Campos Filho |
CLEBER MEDEIROS BARRETOUMIRIM - CEARÁ EM 16/06/2007
Sr. Marcello,
Parabéns pelo artigo, que além de esclarecedor, procura preservar acima de tudo a imparcialidade, virtude esta escassa nos nossos dias, principalmente numa cadeia produtiva que leva vários elos a praticar o comportamento oportunista em nome do "lucro" fácil, abusandoda boa fé da maioria de nós que vivemos no campo. Gostaria de aproveitar o momento para comentar sobre a carência de informação aqui pelo Ceará. A vigoração da IN 51 no NE tem levado muitos técnicos contratados por empresas de insumos e equipamentos a se utilizar de um simples e importante instrumento, muitas vezes de forma distorcida em nome da venda fácil de seus produtos. Não somos contra o mercado, o lucro é sagrado. Entretanto, esse tipo de comportamento em nada ajuda um setor que vem a duras penas tentando a sua profisionalização. O recado também serve para os poucos laticínios aqui existentes, os quais nos geram dúvidas sobre a real vontade de profissionalização do setor, pois como já vimos num passado recente em outras regiões do país com pecuária de leite mais avançada, é patente o oportunismo por eles praticados quando da aquisição da matéria-prima leite. Entendemos que não precisamos incorrer nas mesmas falhas que como já demonstrado só trazem atrasos para o proceso como um todo. Atenciosamente, Cleber Medeiros Barreto Zootecnista/Produtor de leite de vaca <b>Resposta do autor:</b> Caro Cleber Obrigado pelos comentários. Se a indústria teve comportamento oportunista se apropriando de "lucro fácil" não foi apenas por causa da boa fé dos prodututores, mas principalmente por omissão e desumião da categoria, que não tem cobrado as informações e atitudes de suas lideranças e dirigentes. A implantação da IN 51 é importante para todo o setor leiteiro e não é admissível que seja usada indevidamente por empresas para vender insumos e produtos. Realmente para que rompamos o atraso do setor leiteiro é realmente importante que, todos os elos, principalmente a indústria e produtores, se entendam, cada lado procurando ver os problemas da outro, pois para o setor não interessa achar "bodes expiatórios", mas sim resolver problemas para que os mesmos não se repitam no futuro. Um abraço Marcello |
Assine nossa newsletter
E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail
|
|
Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.
Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.
MILKPOINT É UM PRODUTO DA REDE MILKPOINT VENTURES
Copyright © 2024 MilkPoint Ventures - Todos os direitos reservados
MilkPoint Ventures Serviços de Inteligência de Mercado LTDA. - CNPJ 08.885.666/0001-86
R. Tiradentes, 848 - 12º andar | Centro
design salvego.com - MilkPoint Ventures + desenvolvimento d-nex