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O crescimento total e o agronegócio

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ESPAÇO ABERTO

EM 27/06/2008

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O IBGE divulgou no último dia 10, estimativas para o PIB brasileiro referente a março de 2008, apontando um crescimento de 5,8% se comparado os primeiros trimestres de 2008 e de 2007. Para a agropecuária, o dado novo é de 2,4% entre os primeiros trimestres de 2008 e 2007. Esse resultado, porém, não reflete bem o conjunto das atividades agropecuárias, principalmente as que se desenvolvem em outros trimestres do ano.

O Cepea, da Esalq/USP, calcula o PIB do agronegócio a preços reais, decompondo-o em vários segmentos: agropecuária (correspondente ao segmento primário considerado pelo IBGE), bem como insumos, agroindústria e distribuição. Com base em dados até março, estima-se que o crescimento em volume da produção vegetal neste ano será de 6,4% e o da produção animal, de 4,8%1.

Quanto aos preços, também com base em dados até março, estima-se elevação real de 15,7% para as lavouras e de 8% para a pecuária. A estimativa do crescimento real somente da renda dos agricultores (lavouras) feita pelo IBGE para este ano é de 17,9%2. O resultado ao final do ano dependerá de como se comportarão os preços e a produtividade até lá.

Existem, portanto, fortes evidências de um crescimento significativo da agropecuária em 2008. Quanto ao abastecimento de alimentos, na média do ano, esperam-se aumentos razoáveis para cereais e carnes; a exceção é o feijão, que poderá ter pequena queda de produção. Apesar disso, não há sinais de retração dos preços no restante do ano por causa da forte demanda interna e externa.

Quanto ao restante do agronegócio, o Cepea trabalha com estimativas para 2008 de crescimento no faturamento de 24,6% para o segmento de insumos e de 5,6% para a agroindústria. Este será, portanto, o ano dos insumos agropecuários. Isso evidentemente ocasionará efeitos distributivos não desprezíveis nas cadeias produtivas, com o segmento de insumos se beneficiando em detrimento dos demais elos das cadeias produtivas. Assim, produtores de algumas culturas agrícolas, como cana-de-açúcar e algodão, deverão ter dificuldades face ao comportamento desfavorável da relação de trocas produto/insumos. Na pecuária, merecem cuidados os casos de frangos e suínos. Quanto à agroindústria, várias ficarão espremidas pela alta das matérias-primas; são os casos de açúcar, beneficiamento de grãos, têxtil, vestuário e calçados. No geral, porém, é fundamental não confundir preços elevados com altos lucros, principalmente tendo em conta essa agressiva evolução de custos dos insumos.

Da mesma forma, não se deve confundir preços elevados com inflação. Caso a alta de preços agropecuários - assim como de petróleo e minérios - seja bem administrada do ponto de vista macroeconômico, a inflação pode ficar próxima da meta do Banco Central. Porém, até o momento, percebe-se um espalhamento da inflação por toda a economia. Não há como adiar rigor maior ainda das autoridades, mormente na área fiscal. É claro que isso poderá frustrar o crescimento do PIB total, especialmente da indústria e serviços.

1 Cálculos do Cepea com base em dados do IBGE, Conab e CNA
2 A estimativa do crescimento real somente das lavouras feita pelo IBGE é de 17,9% entre 2007 e 2008. Fonte: IBGE - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola - LSPA, maio/2008; FGV - Preços Recebidos pelos Produtores, março/2008. Elaboração: AGE/Mapa

GERALDO SANT´ANA DE CAMARGO BARROS

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