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Leite: Por que olhar para o Brasil?

POR GLAUCO RODRIGUES CARVALHO

ESPAÇO ABERTO

EM 19/12/2007

6 MIN DE LEITURA

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A produção mundial de leite de vaca foi de 549,7 milhões de toneladas em 2006. Entre 2000 e 2006 a produção cresceu 2% ao ano e houve alteração na oferta, com alguns produtores perdendo participação de mercado, sobretudo membros da União Européia. Por outro lado, tem ocorrido incremento da oferta nos Estados Unidos, Índia, Nova Zelândia, Brasil e especialmente a China.

E como suportar a expansão da produção? Para os próximos anos espera-se crescimento na demanda por alimentos na esteira do crescimento populacional, melhorias de renda e urbanização. Estudo da OCDE-FAO indicou que em 2006 havia no mundo cerca de 6,53 bilhões de habitantes, sendo esperados 7,27 bilhões de habitantes para 2016. No caso da renda, o crescimento anual médio projetado entre 2007 e 2016 é de 3,05%, o que supera o crescimento verificado nos últimos dez anos, de 2,86% ao ano. As maiores taxas de crescimento da renda devem ocorrer nas regiões mais populosas, como África, Ásia, América Latina e Caribe. Além disso, sabe-se que os países de renda mais baixa apresentam consumo de proteína animal relativamente menor que os desenvolvidos, ou seja, o crescimento de renda deverá impulsionar o consumo de produtos de origem animal nos países em desenvolvimento, justamente os mais populosos.

Um exemplo desse movimento refere-se ao caso da China. Em 2000 o consumo per capita de grãos naquele país era de 82 kg, recuando para 77 kg em 2005. Por outro lado, o consumo de carne suína passou de 16,7 kg para 20,2 kg. O de carne bovina de 3,3 kg para 3,7 kg. No caso do leite, o consumo per capita saltou de 9,9 kg para 17,9 kg no mesmo período.

E quem tem possibilidade de expandir a oferta? Ao nível atual de preços internacionais, vários países. No entanto, no patamar histórico de preços o Brasil certamente é um importante player.

Um dos fatores mais importantes e que influencia na capacidade de produção de alimentos de um país é o potencial de terra arável (terra com possibilidade de cultivo, excluindo áreas de florestas e reservas). A tecnologia também faz diferença, ou seja, à medida que a tecnologia se torna mais avançada, pode-se obter maior volume de produção por meio de um determinado conjunto de insumos. No entanto, conforme a teoria econômica quando um fator de produção vai ficando mais escasso seu preço tende a subir. A competição pelo uso da terra por diferentes atividades, em especial a expansão da agroenergia, tende a incrementar seu valor afetando os custos de produção de leite. Isso, por sua vez leva a um processo de intensificação da atividade. Países com maior abundância de terras disponíveis, menor custo de produção total ou custo de suplementação alimentar tendem a ser mais competitivos.

Disponibilidade de terra

A Terra tem uma superfície de 13.041 milhões de hectares (ha) dos quais 5.017 milhões são áreas agrícolas. A superfície agrícola possui 69,5% em pastagens e 30,5% em agricultura. Os quatorze países de maior produção de leite em 2006 (EUA, Índia, China, Rússia, Alemanha, Brasil, França, Reino Unido, Nova Zelândia, Ucrânia, Polônia, Itália, Holanda e Austrália), que responderam por 64% da oferta de leite, detêm aproximadamente 5.900 milhões de ha em área total de terra, sendo 1/4 considerado área potencial arável. Todavia, alguns países com grandes extensões de terra, como Austrália e Rússia, enfrentam problemas de degradação e contaminação do solo. Já países como Polônia, Ucrânia, Alemanha, França e Reino Unido apresentam mais da metade de seus territórios aptos a agricultura. No Brasil, cerca de 46% do território tem potencial arável. Em termos absolutos o Brasil é o detentor de maior área de terras potenciais aráveis, quase quatrocentos milhões de ha conforme Figura 1.

No que tange as áreas com pastagens e áreas não utilizadas o Brasil possui cerca de 330 milhões de ha, ou seja, três vezes superior à existente nos Estados Unidos e Rússia, nove vezes superior a da Austrália e muito superior à dos demais países. Portanto, o Brasil possui boas vantagens comparativas para a expansão da agricultura e da pecuária de leite sem provocar grandes pressões em preços de terras e de alimentos/ração. Além disso, alguns dos países produtores de leite enfrentam dificuldades quanto a incorporação de tecnologias, clima e aumento progressivo da população. Os Estados Unidos, por exemplo, encontra dificuldade em ampliar sua produção via produtividade, pois a tecnologia existente já foi incorporada. A Índia e a Rússia, com grandes extensões, enfrentam limitações climáticas e geográficas. A China precisa alimentar um grande contingente de população, além da necessidade de investimentos em preparação de solos. Isso sem falar nas limitações quanto ao uso sustentável de água. Por fim, o preço da terra no Brasil é bem inferior ao de outros países. Na Nova Zelândia o hectare custa mais de 15 mil dólares e na Alemanha mais de 11 mil dólares.


Figura 1 - Área agrícola, pastagens e áreas não utilizadas em países selecionados

Custo de produção

O Brasil se destaca entre os países com menor custo de produção no mundo, ao lado da Índia, China e Ucrânia. Com custos ligeiramente acima aparecem Estados Unidos, Austrália, Polônia e Nova Zelândia. Por fim, no grupo de países com custos mais elevados, acima de US$ 0,35/litro, encontram-se vários países Europeus. Em alguns casos, a produção de leite chega a ser a atividade secundária, sendo mais importante ter a vaca no campo, segurar a família no meio rural, usar o animal como atração em turismo rural, etc.

Um outro fator competitivo para o Brasil esta relacionado ao baixo custo de suplementação alimentar do rebanho. Isso ocorre, entre outros motivos, porque o país pratica um sistema de exploração à base de pastagens. Assim, o custo marginal de expansão da produção de leite no Brasil é relativamente menor que o de outros produtores mundiais como a Austrália, Nova Zelândia e França, que possuem sistemas mais otimizados e ração mais cara. A Figura 2 ilustra a competitividade no custo de suplementação além da disponibilidade de terras. Países como França, Nova Zelândia e China já não possuem tanta área disponível e incorrem em altos custos de suplementação do rebanho.


Figura 2 - Disponibilidade de terras e custo de suplementação (2005) em países selecionados (2005)

Produtividade

O aumento de produção de leite no Brasil ocorreu principalmente devido ao aumento da produtividade média. Entre 1990 e 2006 enquanto o número de vacas ordenhadas subiu 11,5%, a produção de leite aumentou nada menos que 77%. Ainda assim, o país ocupa uma posição mundial ruim no âmbito da produtividade, que é quase três vezes inferior a da Nova Zelândia e sete vezes menor que a dos Estados Unidos conforme Figura 3. Entre os maiores produtores mundiais o Brasil está à frente somente da Índia, em produtividade por vaca. Tal situação ilustra também o potencial de expansão da produtividade no Brasil, na esteira de melhoramento genético do rebanho, maior profissionalização na gestão das fazendas, melhorias no manejo e na nutrição das vacas.


Figura 3 - Produtividade média em países selecionados (ton/vaca)

Portanto, verifica-se que o Brasil possui vantagens competitivas na disponibilidade de terras para expansão da agricultura e pastagens, baixo custo de suplementação do rebanho e possibilidade de incorporação de tecnologias para incremento da produtividade. Por isso, o mundo olha para o Brasil agro e muitos investidores estão migrando para as terras tupiniquins.

Todavia, apesar da disponibilidade de terras para se arar futuramente exige-se grandes investimentos em infra-estrutura, especialmente estradas, além de energia elétrica. Estive visitando o Estado do Pará, cuja produção de leite cresceu próximo de 8% ao ano nos últimos 16 anos. As condições climáticas são muito favoráveis à pecuária leiteira, mas existem sérias dificuldades na captação, o que penaliza toda a cadeia produtiva. A qualidade também é um grande desafio, sobretudo com a entrada em vigor da IN-51, já que em várias bacias leiteiras ainda inexiste energia elétrica. Por fim, trabalhar em prol do desenvolvimento da pecuária leiteira e do desenvolvimento regional é obrigação de todos mas com responsabilidade socio-ambiental. Esse é o maior desafio. Quem sabe em breve citaremos o Brasil como a terra do Samba, Futebol, Leite e Florestas. Num próximo artigo abordaremos também a questão da disponibilidade de água.

GLAUCO RODRIGUES CARVALHO

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GLAUCO RODRIGUES CARVALHO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 16/01/2008

Prezado Sr. Marcelo Ormelas Valadares, obrigado pelas observações.

Realmente o Brasil tem um potencial muito grande em várias áreas, sobretudo ligadas ao agronegócio. Não é a toa que dizem ser o país do futuro... mas esse futuro precisa chegar mais rápido. Nesse caso seus comentários sobre gestão, uso de tecnologias, cuidados ambientais e condução política são muito bem vindos. Precisamos ter mais seriedade nas ações, investir em educação para melhorar a produtividade dos fatores e criar condições ou regras claras para que os investimentos produtivos venham em maior magnitude para nosso país. Aí certamente poderems crescer mais, melhorar a renda das famílias e consumir mais leite.

Um abraço
Glauco Carvalho
MARCELO ORMELAS VALADARES

UNAÍ - MINAS GERAIS

EM 16/01/2008

Excelente artigo, o Brasil, como pode ser analisado neste artigo, tem a grande possibilidade de se tornar um Pais subdesenvolvido e uma potência, pois apesar da conjutura que se passa hoje, devemos pensar no amanhã em um Brasil como um dos melhores lugares para se investir. E como diz o autor, citaremos como a terra do futebol, do samba, etc.

Portanto, o que falta na verdade é melhorar a gestão e saber utilizar da melhor forma possível a tecnlogia sem degradar o meio ambiente, não esquecendo do Governo, que deve adotar melhores politicas de apoio ao investidores.
GLAUCO RODRIGUES CARVALHO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 15/01/2008

Prezado Iron Gomes Arantes, obrigado pelo comentário.

Vejo que captou bem a idéia central do artigo. Realmente temos grandes potencialidades na pecuária nacional como em outros segmentos do agronegócio. O resultado disso é que muitos investidores estrangeiros estão de olho no Brasil.

Todavia, da mesma forma que temos potencialidades precisamos superar inúmeros desafios. Apenas alguns foram comentados no artigo como o caso da infra-estrutura. Mas certamente precisamos continuar investindo em pesquisa, fortalecer a extensão, iniciar programas de marketing, avançar em estruturas de contrato, criar maior convergência na cadeia produtiva, pensar constantemente a qualidade etc..

Um abraço
Glauco Carvalho
IRON GOMES ARANTES

ABADIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/01/2008

Dr. Glauco, parabéns pelo artigo, que mostra a evolução da produção de leite no Brasil e em outros países. Evidenciando os seus problemas e perspectivas, com uma visão otimista para o produção brasileira, que vem melhorando a qualidade do leite, para suprir o mercado interno e aumentar as exportações, com preços que possam remunerar o sofrido produtor de leite do Brasil.
ROGÉRIO DE ABREU TORRES

BARRA MANSA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/01/2008

Cautela e Canja de Galinha não fazem mal a ninguém. Já que a exportação está crescendo e tanta gente melhorando de renda, como se explica este momento que ainda estamos passando, em que as empresas foram obrigadas a dispensar leite dos fornecedores(spot)? E que tanto o mercado de longa vida está ruim, como o pó está caindo de preço, e o queijo também não fica atrás. Tem hora que o otimismo leva os produtores a fazer investimentos altos e mal planejados. O mercado é uma informação constante, dia a dia, não dá para acertar a prazo longos, porque se fosse assim não estaria acontecendo o momento atual e que ninguém esperava.

<b>Resposta do autor:</b>

Caro Rogério, obrigado por seu comentário.

Como você percebeu tentei colocar uma visão particular de mais longo prazo, o que não elimina ajustes e períodos de aperto de margem, excedente de produção e outras adversidades. Portanto, qualquer investimento no setor precisa ser feito com responsabilidade e pés no chão. No âmbito das
exportações, como você sabe, ainda enviamos um volume muito pequeno e insuficiente para eliminar grandes excedentes. Mas como comentei, existem
boas perspectivas. Fazendo um paralelo com o mercado de boi, por exemplo, há 10 anos atrás o Brasil não exportava quase nada e hoje é o maior
exportador mundial. Nem por isso o setor está fora de períodos de crise. Como você mencionou: é a dinâmica do mercado.

Um abraço.

Glauco
HELDER DE ARRUDA CÓRDOVA

CASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 03/01/2008

Além dos entraves levantados pelo autor e leitores, quanto ao desenvolvimento da pecuária leiteira nacional, existem outros problemas estruturais como a ausência de uma política sólida para o setor e a própria classe política com seu fisiologismo clássico.
NIVALDO SILVA

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/12/2007

Parabéns é pouco diante do artigo.

Obrigado pelo trabalho, Glauco. Esse artigo retrata bem o que estamos vivendo hoje e o futuro da cadeia, pois tivemos fraudes, e temos muitos problemas de infra estrutura. Isto é real, mas mesmo asim a sua visao do futuro está muito próxima, pois as grandes empresas de outras atividades estão investido alto no leite, e isso é verdade, pois aqui em Governador Valadares a cooperativa Vale do Rio Doce pode ser vendida pra um grupo de lácteos com a sigla de Laep.

Mais uma vez obrigado.

<b>Resposta do autor:</b>

Caro Sr. Nivaldo, obrigado pelo comentário.

O Grupo Laep é um fundo que realiza investimentos em participações e atualmente está focando o setor lácteo. A Parmalat e a Integralat são companhias que compoem esse fundo.

Um abraço.

Glauco
LUCIANO HERCÍLIO QUITO

PASSO FUNDO - RIO GRANDE DO SUL

EM 27/12/2007

Parabéns Glauco,

É de fundamental importância para a pecuária nacional pessoas com essa visão, pois para produzirmos mais e melhor precisamos de tecnologia no campo, e antes de mais nada precisamos levar ao produtor informações reais como as que são relatadas pelo senhor neste artigo.

Venho desde 2001 trabalhando essa idéia no RS e ainda há muito por fazer, já que temos produtores que querem ver e produtores que não fazem questão de mudar.

No norte do RS onde atuo, há previsão de instalação de mais 4 plantas, o que implicará simplesmente em dobrar a produção diária. Partindo do princípio que não há area para isso precisaremos aumentar a produtividade por área investindo em pastagens, sanidade e genética.

Fico muito satisfeito de poder ler em artigo que retrata bem a visão que tenho a respeito.

Obrigado e mais uma vez parabéns.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Sr. Luciano, obrigado por seus comentários.
Espero que consiga implementar suas idéias em sua região de atuação.

Realmente temos muito trabalho pela frente e distribuído por todo o território nacional. O desafio é conseguir associar desenvolvimento com meio ambiente. O aumento de produtividade, conforme comentou, é um passo muito importante para reduzir a pressão por área. E isso serve para a agropecuária em geral e não apenas para a pecuária leiteira.

Um abraço e feliz 2008.

Glauco
JOSÉ MARQUES

RIO MARIA - PARÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 27/12/2007

Dr. Glauco,

Gostaria de parabeniza-lo pelo artigo, mas não somente, pois tive a honra de prensenciar vossa palestra, no evento de pecuária leiteira do Pará em Marabá, onde além da vossa brilhante palestra como as demais, tivemos a oportunidade de discutir e levar todas as dificuldades enfretadas em nossa região.

Onde temos, como citado pelo Sr. Antônio Carlos, uma dificuldade muito grande com infra-estrutura de estradas, energia, e sobretudo muita falta de informação não só por parte dos produtores, mas sim de toda cadeia produtiva, inclusive nós, que estamos ligados diretamente com os produtores.

Gostaria também de parabenizar a câmara setorial do leite do Pará pela iniciativa, e que torne eventos como esse em Marabá mais acessiveis para todas as regiões, e que com certeza levará o Pará ao espaço que ele pode ter no cenário nacional como produtor de leite.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Sr. José Marques, obrigado pelos comentários.
O setor no Pará está de parabéns pela iniciativa. O importante agora é aproveitar o momento e trabalhar as oportunidades. No comentário do Sr. Antônio Carlos temos uma série de tarefas que certamente vão contribuir para o desenvolvimento setorial. Precisamos pensar grande, mas com responsabilidade... e começar a agir.

Um abraço e feliz 2008

Glauco
ALFREDO BECHER PAES

VÁRZEA GRANDE - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/12/2007

Obrigado Dr. Glauco pelas esperançosas informações deste artigo, são impulsos motivadores e necessários dentro de um setor que já viveu e ainda vive muito sofrimento e dificuldades dentro de sua cadeia.
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/12/2007

Caro Dr. Glauco,

Parabéns pelo artigo! Precisamos aproveitar esta perspectiva animadora para o setor leiteiro brasileiro, muito bem demonstrada em seu artigo.

Os produtores devem, para tanto, se aliar a uma boa parceria técnica e intensificar sua produção, através de maior produtividade das pastagens, descarte técnico das vacas pouco produtivas, melhor suplementação de volumosos no período seco. Com pouca ação, a produtividade das vacas de 1.200 litros por vaca/ano pode atingir 2.000 litros, ou até dobrar, o que vai representar redução de custos fixos, transporte e ganharemos ainda mais competitividade.

No que diz respeito ao Pará, onde temos atuado bastante, a situação da infraestrutura é realmente grave. Falta energia, estrada e apoio técnico para todo os segmentos da cadeia produtiva.

Antônio Carlos de Souza Lima Júnior
Gerente de qualidade da Leitbom, membro do Comitê Assssor Externo da Embrapa-GL, conselheiro da FUNAPE-UFG e professor da UEG.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Sr. Antônio Carlos, obrigado por seus comentários sempre objetivos e enriquecedores. Em seus dizeres podemos tirar a receita, agora é trabalhar o prato.

Um abraço e feliz 2008.

Glauco
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 21/12/2007

Excelete explanação sobre a tendência do leite. Quero parabenizar o Dr Glauco Rodrigues Carvalho pela abordagem simples, porém esclarecedora, quanto à perspectiva do setor lácteo no futuro para o Brasil.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezados Srs. Alfredo Paes e Roberto Freire, obrigado por seus comentários.

Conforme destacaram, o setor já passou e passa por dificuldades grandes e muitos produtores acabam se machucando. Certamente muitos desafios virão... precisamos trabalhar com planejamento e dedicação.

Um abraço e feliz 2008.

Glauco
EDUARDO AGUIAR DE ALMEIDA

SALVADOR - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/12/2007

Números ilustrativos. Obrigado ao articulista pelas informações importantes. Como se vê, Brasil e India são estrelas tropicais ascendentes. Produtividade por vaca, já está mais que demonstrado, não é o que mais importa. Aliás, nós estamos crescendo no leite e vamos continuar crescente, cada vez mais nas regiôes mais quentes do país, com vacas rústicas medianas na capacidade individual, mas altamente econômicas, competitivas. Nosso trunfo (e o da Índia, claro) é o zebu leiteiro. Algumas pessoas ainda tentam esconder essa realidade, mas não adianta tapar o sol com a peneira.
PAULO FERNANDES

BELÉM - PARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 20/12/2007

A carta do Dr. Glauco Carvalho retrata uma realidade otimista para o Estado do Pará, com riquezas naturais, clima favorável e crescimento da produção. A responsabilidade sócio-ambiental passa pela mudança de estratégia da cadeia produtiva do leite, que precisa se associar a outros segmentos da economia local. Existe no Estado a Serra de Carajá, importante jazida mineral explorada pela Vale e outras empresas do setor siderúrgico e a sinergia entre a exploração mineral e leiteira está a caminho por meio dos sistemas agrosilvipastoris.
Existe a demanda imediata para produção de carvão vegetal oriundo de florestas plantadas. O suprimento deste mercado passa pelo plantio de árvores nas pastagens, que gera conforto térmico ao animais, protege o solo e, principalmente, proporciona renda adicional ao produtor de leite.

A experiência é um sucesso no Estado de Minas Gerais, também farto em riquezas minerais, e agora está se difundindo na região Norte do País. A integração lavoura-pecuária-silvicultura é a nova fronteira da atividade pecuária paraense e tem todos os elementos para o sucesso.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezados Paulo, Helvécio e Leonardo. Obrigado pelos comentários.

Caro Dr. Paulo, a tecnologia de integração lavoura-pecuária-floresta é muito interessante e também vejo grandes potencialidades. Além dos benefícios já citados essa tecnologia possibilita maior produtividade da terra e como consequência menor pressão por novas áreas. A integração com a pecuária de leite também cria mais oportunidades de emprego. Portanto, uma ótima combinação.

Enfim, sucesso nos trabalhos em andamento no Estado do Pará e um 2008 de muitas realizações.

Um abraço

Glauco
LEONARDO FREITAS MACIEL

MÉDICO VETERINÁRIO

EM 19/12/2007

São visões amplas do potencial brasileiro em se manter como um país de relevância mundial na produção de alimentos de origem animal, como esta feita por Carvalho, que fazem com que nós estudantes das ciências agrárias se dediquem cada vez mais para que previsões neste sentido se tornem realidade. Parabéns pelo artigo!
HELVECIO OLIVEIRA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 19/12/2007

Glauco, parabéns pelo artigo!

Conforme conversamos estes dois últimos dias seu trabalho está munido de lógica, muito esclarecedor. Isto contribui, sobretudo, para a perspectiva de projetos. Tudo indica que investimentos em leite tenderão a ser bem sucedidos, o que é ótimo para todos nós, que compomos esta cadeia.

Forte abraço, Helvécio.

PS: Aos leitores. recomendo a leitura dos demais trabalhos do autor na página da Embrapa.

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