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Leite azeda com intervenção do governo |
OTAVIO A C FARIAS
Especialista em comercio internacional de leite e derivados.
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INSERIR VÍDEO
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FERNANDO CERÊSA NETOBRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 28/01/2013
Sr. Júnior Catanduva,
Acredito que você não é produtor de leite. Produza algum produto. Venda esse seu produto para receber com 45 dias, em média de prazo, não sabendo que preço vai receber. Depois vê se você ficaria feliz de ser chamado de ineficiente. Fernando Ceresa Neto Brasília (DF) |
ANTONIO PEROZINVALINHOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 28/01/2013
Analisando a matéria e seus comentários, vimos que o preço do leite pago ao produtor do Brasil é um dos mais caros do mundo. Eu então pergunto: como pode o preço venda ao consumidor não acompanhar a equação?.
Temos fatores internos que interferem nos nossos custos, mão de obra, luz, combustivel, (um dos mais caros e ruins do mundo), custo de medicamentos, insumos e por vai, devemos incluir aquele tirador de leite, que só produz na época de chuvas, que entra no mercado a qualquer preço. Mas, como que a industria consegue vender leite UHT, ao preço que vende?, o milagre que só seria desvendado por uma fiscalização mais eficiente. |
JUNIOR CATANDUVAGOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 27/01/2013
Otavio,
Simplesmente, brilhante seus comentários. O que precisamos aqui no Brasil é de mais eficiência dos nossos produtores, porque os maiores preços de leite do mundo eles já tem. E para a Claudia Campos Duque de Pouso Alto MG, não espere mais tempo não. Venda seu leite para outra industria e tente salvar alguma coisa. Se não o prejuizo pode ser maior. Depois não diga que não avisamos. |
CINTIA KUMAMOTOBURITIS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 25/01/2013
Sou contra qualquer tipo de intervenção protecionista mas sim a favor de medidas que podem estimular o consumo de produtos lácteos (ja que considero uma questão de saude publica), estimulo da exportação através de políticas que visam a qualidade dos produtos lácteos, assistencia técnica etc...então, acho sim que o papel do poder público é fundamental para a pecuária leiteira decolar......como pode o governo atender a meia dúzia de montadoras que ameaçam demitir 500 funcionários enquanto milhares de produtores gritam por socorro todos os dias ????
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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/01/2013
Prezado Otávio A. C. Farias: O grande problema é a falta de fidedignidade de algumas informações, como é o caso do índice CEPEA. Por exemplo, para a região da Zona da Mata de Minas Gerais, gostaria de encontrar alguém que esteja recebendo a média prevista pelo organismo ou, pior ainda, como é uma média, alguém que esteja em patamares acima daquele índice, porque, abaixo, conheço muitos. Por outro lado, o pagamento por qualidade, que pode fazer com que o preço pago seja próximo da média CEPEA, está sendo utilizado como punição, algumas vezes, inexplicáveis, já que os valores apresentados pelas análises, se acima dos padrões previstos, são descontados. Daí, verificamos vários casos em que a Fazenda tem um ano inteiro de índices perfeitos de CCS e UFC (abaixo de 100.000 u/ml) e, de repente, apresenta valores acima de 1.000.000 e tem descontados vários reais de seu pagamento (normalmente, quando sua produção se eleva e o laticínio está com excesso de leite). No mês posterior, seus índices, misteriosamente, voltam ao normal. Os animais são os mesmos, a perfeição técnica é a mesma, a sanidade do rebanho é a mesma, o responsável técnico é o mesmo, a higienização do ambiente e dos equipamentos, é a mesma. Todos os testes feitos, taxas de mastites subclínica e clínica normais, leite fora dos padrões descartado. Não há como, de uma análise para outra haver variação tão grande de resultados. Enfim, mistérios que só o mercado brasileiro apresenta.
Isto tudo, que não existe em outros países, também, eleva o custo de produção, embora não figure em nenhuma planilha. Um abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG =HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE= |
OTAVIO A C FARIASSÃO PAULO - SÃO PAULO EM 24/01/2013
Caro Sr. Vinícius Novaes Costa,
Concordo com seu ponto. Ainda em países mais liberais e abertos há controles e regulação. Falta total de regulação traria tantos malefícios ou mais que as intervenções. O Brasil é uma das economias mais fechadas do mundo, com menor relação importação / PIB entre 179 países, relatou recentemente o Banco Mundial. O que se discute aqui são os números que falam por si. Pode-se discutir políticas monetárias e outros fatores que impactam custo dos leite nas gôndola - O certo é: (1.) Paga-se no Brasil tanto quanto na Holanda e Alemanha atualmente ao produtor no campo sem a mesma produtividade e qualidade - (2.) Produtos básicos, sem muito valor agregado como leite em pó e queijos mozzarella e prato, custam aqui no atacado, até 50% mais do que preços no atacado em outros países na America do Sul ou em outros continentes. Na balança comercial, o resultado está claro. Nesta época do ano há 5 ou 8 anos, estávamos despachando para 50 países leite em pó, queijos, formulas infantis, leite condensado Hoje, a exportação está reduzida a quase nada, nada perto dos US$ 500 milhões que se atingiu. Agradeço a sua contribuição neste debate. Sds, Otavio |
GEOVANIFRANCISCO BELTRÃO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/01/2013
Sou produtor de leite e não me recordo das altas históricas dos últimos dois anos no preço do leite. Talvez esta alta ocorra somente para os negociadores de leite.
Lembro-me bem das altas históricas do farelo de soja, do milho e outros insumos nos dois últimos anos. Poderias comentar um pouco sobre a remuneração do produtor brasileiro, lembrando de detalhes como a rotina de trabalho, de sete dias semanais, sem domingos e feriados. Das mortes de animais e doenças que causam prejuízos. Do preço que recebemos nos descartes de animais. Da remuneração por litro de leite. Me parece que há uma certa falta de informação em relação ao que acontece com o produtor. A culpa acaba sempre caindo sobre ele. Diante de uma postagem como essa, normalmente a corda acaba sempre estourando para o lado mais fraco. Isso abre margem para o negociador de leite, que compra do produtor, inventar mais uma desculpa para pagar menos ao produto comprado. |
OTAVIO A C FARIASSÃO PAULO - SÃO PAULO EM 24/01/2013
Caro Sr Fernando Cerêsa Neto,
Quanto a análise de custos de produção entre diversos países e o Brasil, recomendo verificar nos estudos da IFCN - International Farm Comparison Network - que coopera no Brasil com o Milkpoint e a EMBRAPA. IFCN faz analises de alto nível e alguns dos estudos são publicadas aqui no Milkpoint. De certo, os custos levantados pelo senhor são impactantes. Talvez possamos verificar que tais insumos são também afetados pela estrutura fiscal / tributária, burocracia e outros entraves na economia Brasileira. Notar que eu comentei no artigo que " Os reflexos são claros nas DIVERSAS CADEIAS DE PRODUÇÃO, fluxos de comércio internacional e preços ao consumidor". Ou seja, o problema é mais amplo do que somente a intervenção do Estado. Sds, Otavio |
OTAVIO A C FARIASSÃO PAULO - SÃO PAULO EM 24/01/2013
Caro Sr. Denilson Bertolim,
Façamos uma rápida comparação de preços de leite no Brasil e alguns dos principais países produtores de leite no mundo. No Brasil, paga-se (CEPEA) em media R$ 90 cents/lt, cerca de US$ 45 cents/lt. Lembrando que, no Brasil), preço ao produtor esteve em alta histórica nos últimos 2 anos. Na Argentina paga-se US$ 34 cents/lt; no Chile US$ 40 cents/lt, na Nova Zelandia US$ 37,50 cents/lt, nos EUA US$ 47 cents/lt (considerar crise climática e quebra de safra), na França US$ 40,5 cents/lt, na Holanda US$ 47 cents/lt, e na Alemanha US$ 44 cents/lt. Portanto, os números mostram que o preço de leite no Brasil está entre os mais altos do mundo, comparado somente a Holanda e Alemanha, cuja produtividade e qualidade são muito superiores `as do Brasil. Há países com custo de produção ainda mais altos, como Japão e Canadá. A produtividade no Brasil e alto custo do leite no Brasil justificam as importações que estiveram em sua maior marca em 12 anos. Permaneço à disposição para mais discussões sobre o tema. Abracos, Otavio |
OTAVIO A C FARIASSÃO PAULO - SÃO PAULO EM 24/01/2013
Caro Hamilton,
Leite em Pó Integral no atacado, em sacarias de 25 kilos, foram negociados acima de R$ 10 / kilo em Dezembro, ao cambio entre R 2,00 e 2,10 , seria US$ 4,800 e US$ 5,000 ou mais por tonelada - este preço mais de 50% acima dos praticados na Nova Zelandia, que naturalmente é hoje a fonte mais competitiva do mercado internacional e nao serve de referencia para o Brasil, devido as dotacoes especificas de cada regiao, mas é referencia em termos de mercado global. Já em Janeiro houve esperada e pontual redução dos preços no atacado, hoje na faixa de US$ 4,500 até cerca de US$ 5,000 (ainda). Agradeço seus comentários e continuo a disposição para mais esclarecimentos. Otávio |
VINÍCIUS NOVAES COSTALUZ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/01/2013
Apenas não concordo que existam pontuais necessidades de intervenção do governo no mercado. O mercado é soberano, quanto mais intervenção pior, pois maiores são as distorções e maior será o impacto quando as intervenções acabarem ou diminuírem (e isto invariamelmente irá acontecer).
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SÉRGIO ANDRADE DE SÁVOLTA REDONDA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/01/2013
O lado negativo já é realidade, sou produtor de leite no sul de minas ( Andrelândia) e até hoje ( 24/01/13) estou sem receber da LBR, ligo para LBR e eles dizem que estão sofrendo uma auditoria do BNDES e que o pagamento será liberado, só que nunca cai na conta. Está difícil de se produzir leite no brasil.
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RODGER DOUGLASJABORANDI - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 23/01/2013
Otimo analise Otavio
Achei incrivel numa analise mostrando intervencao govermental apoiando o preco domestico ainda existe posts chorando do preco do leite e querendo mais apoio govermental. Fato - o preco de leite no Brasil por leite produzido em alta escala (eficiencia na logistica) e com qualidade dentro das normas internacionais esta de 20-40% mais que produtores em outros paises recebem. E o consumidor final que esta pagando por esta ineficiencia nos precos finais na prateleira. O governo existe para proteger os interesses da sociedade como um todo e nesse cenario esta claro que a maioria estao levando desvantagem para apoiar poucos (produtores de leite). |
SÉRGIOBARONEJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 23/01/2013
Caro Otávio, muito esclarecedor o seu artigo. Nossos produtores precisam se informar mais e mais sobre a conjuntura e as consequencias de atitudes intervencionistas. Recentemente realizei uma pesquisa junto a 84 produtores da Zona da Mata de Minas Gerais e o grau de ineficiência me impressionou, apenas 70%. Entretanto a grande maioria reclamou dos valores recebidos. Quando sugerimos que se olhe para dentro das propriedades e as soluções se iniciem dentro e não fora, fomos criticados por não defendermos os produtores.
Acredito que somente seremos eficientes, e consequentemente competitivos, se as ações se iniciarem dentro da fazendas. Um artigo recente sobre um novo produtor foi postado nos indicando algumas características existentes nestes produtores. Acho que o caminho passa por ai. |
RAONI BENI CRISTOVAMDRACENA - SÃO PAULO - ZOOTECNISTA EM 23/01/2013
Isso tudo nos demonstra de quão despreparado esta nosso governo, mostrando que quanto mais interfere, pior fica.
Também mostra as iniciativas não governamentais muito mais eficientes ao setor, onde o Prof Wagner Bescow já nos deu vários exemplos disso. Tentando responder ao meu conterrâneo: dê uma olhada bem nessa e nas outras notícias para ver que o valor do nosso leite esta mais alto em relação a outros países, procure também ver alguns índices de preço de leite, como o CEPEA da USP por exemplo, estamos em plena época das águas, onde o leite tende a baixar, e o que esta acontecendo é o contrário, os índices de preços estão aumentando. Presto consultoria a um Laticínio em nossa cidade, eu que estou observando por aqui é bem diferente do que era esperado pra essa época com relação a preço de leite, onde ainda temos que manter bons preços pra essa época. E outra o que disse sobre o que o governo acha, já foi mais do que provado que quanto mais o governo interfere, pior fica ao produtor. Caso queira "bater um papo" estou a disposição, meu e-mail é raonibeni@hotmail.com. Um grande abraço a todos e parabéns Otávio pela matéria. |
FERNANDO CERÊSA NETOBRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 23/01/2013
Ao considerar o leite produzido no Brasil de valor alto, gostaria que o autor fizesse uma analogia dos custos de produção entre os países citados e o Brasil, especialmente entre máquinas, fármacos e alimentação dos animais.
Fernando Ceresa Neto |
DENILSON BERTOLIMDRACENA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 22/01/2013
Alguem me responda:por que no Brasil sempre existe mil e uma explicações para o preço baixo do leite ao produtor.Obs:por acaso o governo acha que o produtor de leite vive de vento?.É esse o incentivo que o produtor tem para continuar produzindo?
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WAGNER BESKOWCRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO EM 22/01/2013
O dia que nosso produtor, nossos empresários industriais e, especialmente, nosso cidadão consumidor entenderem que toda a intervenção suprime inciativas, abafa soluções, mascara e perpetua ineficiências, ninguém mais aplaudirá políticos que se perpetuam na cena fazendo esse joguinho.
Muito bom teu artigo, ótima mensagem, e os números são isso mesmo. |
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