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Interessa ao setor lácteo brasileiro uma integração com o setor lácteo argentino?

POR MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

ESPAÇO ABERTO

EM 26/04/2010

3 MIN DE LEITURA

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Desde que tivemos conhecimento de que existiam tratativas no sentido de integração dos setores lácteos do Brasil e da Argentina, ficamos preocupados e nos posicionamos que deveria haver uma discussão do MAPA com o MDCI, que comandava negociações com a Argentina nessa direção, no sentido de se assegurar que as discussões externas só deveriam prosseguir depois de ampla discussão interna, e sugerimos uma Reunião Extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do MAPA para começar a discussão dessa questão.

Os motivos da nossa preocupação fundamentam-se na diferença das realidades dos setores lácteos dos dois países, principalmente com relação à pecuária de leite, e os expusemos no artigo "Câmara do MAPA discutirá integração dos setores lácteos do Brasil e Argentina", publicado em 31/03/2010, no Espaço Aberto do MilkPoint.

Esse posicionamento foi aceito, tendo sido realizada reunião com o MDCI no dia 17 de março passado e a Reunião Extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do MAPA, para discutir a integração dos setores lácteos dos dois países foi realizada no dia 22 de abril passado.

Nessa reunião, inicialmente o senhor Roberto dos Reis Alvarez, da ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, explicou que a questão nasceu em decorrência de reunião dos presidentes dos dois países, e com objetivo de uma ação conjunta, envolvendo o setor privado, para atuação em terceiros mercados. Explicou que a integração prevê ações com relação a investimentos e cooperação técnica, e que não tem por objetivo interferência em relações comerciais de curto prazo, e que o setor leiteiro é extremamente sensível. E disse que a discussão com a Argentina relativa à integração de setores produtivos terá continuidade dia 06 de maio próximo numa reunião a ser realizada em Buenos Aires, e que o objetivo dessa reunião será discutir o interesse do setor lácteo brasileiro numa integração com o setor lácteo argentino.

Aberta a discussão, colocamos a posição da Leite São Paulo:

A integração entre os setores lácteos do Brasil e da Argentina, embora importante, não é urgente e deve ser tratada com todo o cuidado, principalmente para não prejudicar os produtores de leite dos dois países, especialmente os brasileiros que estão numa situação muito mais frágil do que os argentinos.

Nesse sentido entendemos que uma integração dos setores lácteos brasileiro e argentino deveria estar voltada para aumentar a competitividade da indústria e da pecuária leiteira nos dois países, bem como para colaboração mútua para aumento e diversificação de exportações para outros países.

Uma integração dos setores lácteos não deve ter por objetivo solução de relações comerciais entre os dois países existentes atualmente, mas sim a complementariedade visando o crescimento desses setores para terceiros mercados no futuro próximo, bem como assegurar que essa integração seja sustentável a longo prazo.

Várias entidades presentes se manifestaram, evidenciando possíveis vantagens mas também salientando muitos problemas para a integração, entre os quais destacamos a questão de realidades cambiais diferentes e o fato da Argentina constantemente mudar sua posição em acordos devido a pressões internas decorrentes da situação econômica.

O senhor Roberto da ABDI disse que, independentemente dos problemas que possa haver no Mercosul, o que temos que fazer é responder a seguinte pergunta: interessa ao setor lácteo brasileiro uma integração com o setor lácteo argentino?

Foi feita então a proposta de agendar um Workshop com os argentinos para discutir essa questão. A Leite São Paulo sugeriu que antes do Workshop com os argentinos fosse feito um Workshop interno para discutir o assunto. A sugestão foi aceita, e a ABDI em conjunto com o MAPA e com apoio da CNA, CNA, SINDILAT e FIESP, organizarão esse Workshop interno. E na reunião do dia 06 em Buenos Aires será levada essa posição.

É preciso agora que as entidades que representam setores dentro do nosso setor leiteiro promovam a discussão dessa questão com seus associados, para que esse Workshop interno produtivo e o que vier a ser decidido seja o melhor para a nossa pecuária leiteira. Face à fragilidade da pecuária leiteira brasileira, esperamos que a CNA, OCB, cooperativas e associações de produtores promovam esse trabalho preparatório para que possam levar ao Workshop os anseios e preocupações dos produtores que representam.

A Leite São Paulo, além da discussão com seus associados, está também aberta aos leitores desse artigo, que queiram enviar cartas com sugestões e considerações sobre a integração dos setores lácteos do Brasil e da Argentina, para discussão da questão, colaborando dessa forma com a posição que levaremos ao Workshop interno.

MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

Membro da Aplec (Associação dos Produtores de Leite do Centro Sul Paulista )
Presidente da Associação dos Técnicos e Produtores de Leite do Estado de São Paulo - Leite São Paulo

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MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/05/2010

Lucas Antonuio do Amaral Spadano

Agradeço os comentários.

Todas as suas colocações e perguntas fazem sentido, e por isso é que ações a nivel de Governo para integração de setores produtivos ou acordos comerciais com outros paises precisam primeiro ser amplamente discutido com as cadeias produtivas internamente, para depois serem discutidos com os paisez vizinhos.

O que termos visto aqui no Brasil é por a carroça na frente dos bois.

No caso da integração dos setores lácteos do Brasil e da Argentina detetamos o processo a tempo e conseguimos que a discussão co a Argentina não prossiga antes de uma ampla discussão com a cadeia produtiva a ser realizado num workshop a ser agendado.

No caso do acordo comercial com o Uruguai, feito pelos presidentes Lula e Mojica no final de março, abrindo a entrada de leite e lácteos do Uruguai em troca de abertujra para a entrada de frando brasileiro, só tomamos conhecimento depois do fato consumado.

No Uruguai. depois do acordo, os produtores já presionaram o Mojica, que garantiu que a indústria "será protegida" da entrada do frango brasileiro. Vamos em breve sentir os estragos desse acordo e ter que pressionar o Governo brasileiro para que esse garanta também que a indústria e principalmente a nossa pecuária de leite "seja também protegida" da entrada de leite e lácteos uruguaios.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/05/2010

Preazdo Roberto Trigo Pires de Mesquita

Agradeço os comentários.

O setor primário não pode, e nem tem como, se envolver na integração entre indústrias do Brasil e da Argentina, a menos que possa assumir o controle acionário dessas indústrias.

Mas penso que o setor primário deve se envolver, e de forma profunda, nas tratativas de integração dos setores lácteos da Argentina e do Brasil ou de acordos entre esses setores quando a iniciativa parte do Governo, e exigir que nenhuma proposta de integração ou de caordo comercial seja feita a nivel de Governo sem que a mesma tenha sido amplamente discutida com a cadeia produtiva nacional quanto ao interesse e a forma da integração ou acordo comercial.

Veja o caso do acordo feito entre o Lula e o Mojica, abrindo o setor lacteo brasileiro ao Uruguai em troca do Uruguai abrir o setor de carne de frango ao Brasil se que isso tenha sido discutido com o setor leiteiro nacional. É correto isso?
O Mojica, depois do acordo, pressionado pelos produtores uruguaios já declarou que a indústria nacional "será protegida da entrada de frango brasileiro. Como o Lula não foi pressionado, teremos consequências para a indústria e principalmente para os produtores de leite brasileiros que, apesar de um breve retardo por causa da greve dos funcionários dos lacticínios uruguaios, logo estaremos sentindo. E fatalmente teremos que nos envolver para evitar os prejuizos causados por esse acordo.

Acho muito bom concientizar o consumidor das vantagens de consumir o produto nacional, o que contribui para a sua segurança alimentar e para a geração de empregos e renda, e por consequência para sua segurança. Mas isso é trabalho dificil e resultados a longo prazo, tal como a concientização para aumentar o consumo de leite para padrões recomendados pela organizações de saúde. Devemos trabalhar em ações como essas de resultados, mas precisamos trabalhar urgentemente nas questões que podem nos prejudicar no curto prazo, como iniciativas de governo para integração de setores ou acordos comerciais sem que a cadeia produtiva desses setores tenham sido consultadas.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho


MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/05/2010

Prezado Lucas Antonio ndo Amaral Spadano

Agradeço os comentários.

Concordo de forma geral com suas colocações, e acho um desrespeito ações do Governo para integração de setores produtivos com os de outros paises sem antes discutir internamente estes com esses setores o interesse e de que forma poderia ser interessante a integração.

Mas pior que o caso com Argentina foi o caso com Uruguai, onde o Lula acertou com o Mojica liberação para entrada de lácteos como contrapartida da liberação de carne de ave brasileira no Uruguai. O presidente Mojuca diante das criticas dos produtores com esse acordo comercial já afirmou que a indústria nacional "será protegida" da entrada de frangos brasileiros! Não é oportuno que os produtores de kleite brasileiros critiquem esse acordo e o presidente Lula declare que a industria e a pecuásria leiteira brasileiras também "serão protegidas" da entrada de leite e lácteos do Uruguai? A greve dos funcionários dos lacticínios uruguaios pode retardar o efeito, mas logo estaremos vendo as consequências desse acordo em que o setor leiteiro nacional não foi consultado.

Só não devemos pensar que apenas o Governo Lula tem mostrado total desconsideração com o setor leiteiro brasileiro, e que governos passados mostraram o mesmo desinteresse e pouco caso, apesar da importância do setor para geração dwe trabalho e renda no País.

Seria muito bom que os candidatos à presidência explicitassem seus compromissos com o setor leiteiro para que os produtores possam escolher em quem votar e depois cobrar os compromissos de quem for eleito. Será que a CNA e OCB não conseguiriam isso?

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
LUCAS ANTONIO DO AMARAL SPADANO

GOUVÊA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/05/2010

De janeiro a julho de 2009, o Brasil teve um déficit de US$41,1 milhões na balança comercial de produtos lácteos.Exportamos US$109,9 milhões e importamos US$151 milhões. Desde 2004 tal fato não ocorria. 70% do volume importado vieram da Argentina e Uruguai. No ano passado entraram no país 39.900 e 16.000 toneladas de lácteos oriundaos da Argentina e do Uruguai, respectivamente, o dobro do volume médio vedidopelos dois países para o Brasil nos últimos cinco anos. (matéria publicada no caderno de economia do Hoje em Dia, em 2/9/09). Não sei do resultado do 2º semestre, mas sei que 2009 foi um dos piores anos para os produtores brasileiros. Há que se notar os dados do mesmo período de 2008, importamos no total 46,3 mil toneladas de lácteos, portanto no mesmo período de 2009 houve um aumento de 71%, sendo que somente Argentina e Uruguai juntos exportaram para o Brasil 55,9 mil ton. este ano, superando em 25% o total de lácteos importados no 1º semestre de 2008.
Este assunto, para o qual poucas pessoas estão dando atenção, é de extrema importância, precisamos importar lácteos? a quem interessa isto? porque? quem sai perdendo com tais importações? O Brasil, a indústria ou os produtores, ou todo mundo? Será que esta integração nos será benéfica e porque tanta pressa?
Naõ tenho nada contra nossos vizinhos, mas com a crise Européia batendo às nossas portas, porque a bolha da nossa fantasia econômica qualquer hora estoura, e nós como ficaremos? A iniciativa da Leite São Paulo, por intermédio de seu Presidente Marcello Moura Campos merece aplausos, pelo artigo e pela atitude do mesmo, sou vice-presidente da nossa associação de produtores e sei perfeitamente o significado danoso deste tipo de integração para nossos produtores, na verdade o Brasil, o governo(sic) brasileiro, precisam olhar mais para dentro de nosso país, criando políticas públicas mais eficazes de forma que possamos aumentar o consumo interno, possamos exportar mais e não importar, não precisamos disto, porduzimos o suficiente para suprir o mercado interno e ainda sobra para exportar, é questão de competência política, onde o fácil se torna difícil como nunca antes neste país, dá para entender! Não é aceitável, de forma alguma, o salto percentual absurdo de tais importações dos nossos vizinhos e pior ainda, integração do que? Citando um ex. a nossa produçaõ de alho, de excepcioanl qualidade está definhando, porque importamos uma coisa que mais parece isopor, que vem da China e da Argentina, pela metade do preço. Não podemos aceitar passivamente o que está acontecendo com a importação de lácteos, precisamos aumentar é o nosso mercado, e não o dos outros, melhorar as condições dos nossos produtores, remunera-los melhor, aumentar o número de empregos no campo, fixar o produtor na sua terra etc., não há de ser com este tipo de abertura que vamos conseguir, estamos na contramão, gerando emprego para os de fora, quando aqui dentro precisamos aumentar em muito ainda.

Um abraço a todos.
Lucas.
ROBERTO TRIGO PIRES DE MESQUITA

ITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 30/04/2010

Acredito que o setor primário da produção leiteira no Brasil não deva se envolver nas tratativas sobre a integração dos setores lácteos do Brasil e da Argentina, pois a mesma é inexorável e se não for comandada pelas ações públicas, fatalmente será implementada através de alianças estratégicas e, ou, fusões entre os agentes privados, cooperativas, indústrias e players do mercado internacional que já determinam as regras e o modus operandi das relações de troca na comercialização dos lácteos entre os dois países.

As associações, as cooperativas e os produtores de leite nacionais devem juntar forças para promover campanhas institucionais e promocionais que valorizem as marcas dos produtos lácteos genuinamente brasileiras, pois somente a força do nosso varejo devidamente incrementada por uma grande massa de consumidores esclarecidos poderá gerar royalties através dessa inevitável integração de mercados.

Abraços,

Roberto
LUCAS ANTONIO DO AMARAL SPADANO

GOUVÊA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/04/2010

Não pretendo menosprezar o país vizinho, mas a atitude do governo mais parece brincadeira de mau gosto. Já tivemos prejuízos com a importação de leite argentino e uruguaio. agora se renovam os convênios. Para quê? Para ajudar quem? Acho que no fundo todos saem prejudicados, especialmente o produtor brasileiro que não recebe estímulo algum do governo. Como já citado, temos excepcionais orgãos de fomento que deveriam ser incentivados pelo governo a aperfeiçoar nossa produção e capacitar tecnologicamente nossos produtores.

Concordo que a troca de informções técnicas é saudável, independentemente de qual país seja, mas, sem a comercialização. temos que levar em conta que produzimos o suficiente para o mercado, precisamos de incentivos para aumentar o consumo per capita no mercado interno e de políticas adequadas para atingirmos o mercado externo e não há de ser a Argentina que nos ajudará nisto. O atual governo fez muito pouco pela pecuária leiteira, para não dizer nada fez. Ainda bem, porque quando faz...Estudos, troca de informações, discussões técnicas são aceitáveis de todo mundo, mas abrir mercado?

Realidades diferentes, economias diferentes, pensamentos diferentes, temos pouco a ganhar com isto, mas, nossos vizinhos têm muito a ganhar, afinal de contas o nosso mercado é muito maior e é na verdade o que interessa a eles, já, já, teremos emprendimentos de lá aqui, vide o exemplo da Nova Zelândia. Quem fica no prejuízo? claro, o produtor de leite brasileiro, que não ganha quase nada para produzir o volume que produzimos, especialmente em Minas. É, nunca antes neste país...
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/04/2010

Prezado Ramon Benício

Só depois de responder seu e-mail vi sua carta.

Você tem razão, não basta tremos vontade política para defender os interesses dos produtores com relação à integração do setor lacteo brasileiro com o argentino. Precisamos estar preparado para argumentar e demonstrar nossas razões.

Por isso peço aos técnicos, produtores e representantes da indústria, como o Sávio Santiago, que mandem cartas colocando suas considerações sobre riscos/dificuldades ou perspectivas/vantagens dessa integração, que subsidiarão as discussões dos técnicos e produtores associados da Leite São Paulo para caracterizar a posição que iremos defender nesse workshop.

Sua analise e sugestões sobre essa questão serão muito oportunas

Grande Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
RAMON BENICIO LIMA DA SILVA

NITERÓI - RIO DE JANEIRO

EM 28/04/2010

Prezados amigos Marcello e Sávio

Devemos lembrar de um chavão muito utilizado, até por nós mesmos, quando queremos um atitude do governo: "Basta ter vontade política".

Podemos fazer uma releitura deste chavão como sendo a predominância da vontade política sobre todas as outras considerações.

Então quem for ao Workshop interno deve ir preparado para contra-argumentar com bases muito sólidas a proposta de integração leiteira entre Brasil e Argentina em todos os seus aspectos.

Muito bem lembrado pelo Sávio a questão de cooperação técnica, esta pode se dar a nível de instituições, sejam de pesquisa, sejam universidades, sejam orgãos governamentais, sem que haja a necessidade de integração comercial.

Vamos esperar para ver até onde vai a "vontade política" neste assunto.

Um grande abraço
Ramon Benicio
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/04/2010

Prezado Sávio Santiago

Agradeço o comentário.

Realmente foi madura e importante a decisão de realizar um workshop interno para discutir se haveria interesse de uma integração do setor lácteo brasileiro com o argentino, e só depois partir para discussão externa.

Você diz que não acredita que seja de grande valia nem mesmo a cooperação técnica, face a realidades tão diferentes tanto na produção primária como na indústria.

É importante que as pessoas ligadas à produção primária e à indústria manifestem sua opinião, mostrando os riscos e dificuldades ou as perspectivas e vantagens com relação a uma integração do setor lácteo brasileiro e argentino.

É importante que associações de produtores ou de indústrias, cooperativas, entidades que representam segmentos da cadeia produtiva discutam com seus associados essa questão, para que possamos ter um workshop interno produtivo que permita caracterizar com transparência o interesse do setor leiteiro nacional.

Nós da Leite São Paulo estaremos fazendo isso, e todas as cartas relativas a esse artigo, com considerações sobre a integração, sejam de representantes da indústria ou técnicos e produtores ( mesmo que não associados a Leite São Paulo ) que recebermos serão consideradas na nossa discusão sobre a integração.

É preciso ter em mente que mesmo que uma integração do setor lácteo nacional com o setor lácteo argentino se mostre importante, com certeza não é urgente. É importante que as discussões internas no setor leiteiro brasileiro não sejam açodadas, pois as consequências de decisões precipitadas podem ter consequências graves para o País e seu setor leiteiro.

Por isso é preciso que a data para a realização desse workshpo possibilte a discussão prévia nos varios segmentos da cadeia produtiva. Penso que isso não deveria ocorrer antes de 15 de junho próximo. E se no workshop ainda restarem dúvidas, que se realize uma segunda rodada de discussão. Precisamos estar muito certos do que o que for proposto em termos de integração com o setor leiteiro argentino será bom para o setor leiteiro nacional. Só depois é que deveremos discutir com os argentinos a possibilidades de integração.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho



SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 27/04/2010

Boa tarde Marcello;

Parabéns pela iniciativa;

Lamento não ter comparecido, fiz o possível mas compromissos anteriores impossibilitaram a minha presença na reunião.
Diante do exposto pelo presidente da ABDI a integração teria mais atividade na cooperação técnica sem objetivo de interferência comercial.
Porém acredito que não seria de grande valia nem mesmo a cooperação técnica. As realidades são muito diferentes tanto na produção primária quanto na indústria. Acredito que não é o momento de interferência do governo no setor lácteo com aproximações à Argentina e ao Uruguai.
Temos a Embrapa, técnicos de indústrias, privados, empresas de assistência técnica estaduais. Basta ao governo investir nessas fontes de fomento para melhorarmos os nossos padrões de produção.
Estive em 2006 na Argentina e, em visitas, visualizei o quanto estamos longe em diversos quesitos da realidade deles. Sinceramente, a única coisa que pode atrair os Argentinos em relação ao Brasil é o nosso mercado interno.

Um abraço;

Sávio Santiago

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