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EUA: grandes fazendas são rentáveis? |
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CARLOS EDUARDO PULLIS VENTURINI
Economista formado pela ESALQ/USP; Coordenador de Conteúdo do MilkPoint Mercado
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SÍDNEY OLIVEIRARONDÔNIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 06/06/2016
Muito importante todos os comentários sobre os variáveis sistemas, mas a cada dia fica bem claro amigos, na atual situação da cadeia produtiva do leite no Brasil, tende a permanecer sistemas que adotem tecnificação em todo o processo de produção. Assim sendo os pequenos produtores mais desprovidos de conhecimentos e de assistência técnica especializada e com políticas públicas ineficazes para o setor, estão desaparecendo automaticamente por não suportar a pressão por exigências em qualidades do produto(leite) pelos consumidores finais. Este é o momento oportuno para o Brasil repensar as políticas adotada em favor da cadeia produtiva, capacitar e organizar os produtores rurais, para um novo modelo produtivo, buscando eficiência, aproveitando as oportunidades que facilitam o sucesso dos empreendimentos no setor lácteo, entidades de pesquisas e extensão, solo, pastagens, mão de obra familiar, clima, infraestrutura, comércio. etc...
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PAULO F. STACCHINISÃO CARLOS - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 26/06/2015
Adilson, ter conhecimento sobre o negócio que você atua é fundamental, eu diria que é básico em qualquer tipo de negócio, tanto pra produzir leite, quanto para produzir aviões. Aliás, garanto que leite é mais complexo e exigirá mais conhecimento. É realmente já vi empresários de sucesso em outros segmentos, banqueiros, indústrias de grande porte fracassarem no leite, mesmo com boa escala. Você está certo no seu comentário! Mas isso não invalida a conclusão de que ter escala é importante pra garantir maiores margens. E o que pode ser uma margem boa pra um, pode não ser pra outro em relação ao capital e trabalho envolvido na atividade leiteira. Com o custo das terras aumentando e o custo de oportunidade de trabalho também, maiores tem que ser às margens para justificar, do ponto de vista econômico, a permanência (entenda-se capital e trabalho) na atividade. A rentabilidade também deve ser analisada num período de avaliação correto, evitando-se análises errôneas, pois ainda pode ser que uma propriedade esteja crescendo para atingir certa escala. Tanta a pasto quanto confinado, é mais fácil ter melhores margens quanto maior for a escala. Isso é o que geralmente se espera, não é regra, mas é o que se observa na maioria dos casos. Outros fatores devem determinar antes a opção por um ou outro sistema de alimentação.
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ADAILTON M SILVAJI-PARANÁ - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 25/06/2015
Saudações à todos. Quero com todo respeito, descordar da maioria dos comentários anteriores, pois apesar de ter recebido inúmeras informações dizendo que para produzir leite de forma eficiente e gerar lucro precisa ter escala de produção, acredito que o sucesso de qualquer empreendimento está muito mais atrelado ao tamanho do conhecimento que o empreendedor tem da atividade que ele desenvolve, do que simplesmente ter "escala de produção". Afirmo isso porque na minha região quase a totalidade da produção é de leite a pasto. Sendo assim, mesmo pequenos empreendimentos familiares na minha região tem conseguido resultados positivos. O que tem feito o diferencial mesmo tem sido a experiência de cada produtor e a capacidade de buscar informações e novas tecnologias.
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DARLANI PORCAROMURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 23/06/2015
Grande , pequena, mega, não importa o tamanho, agora se minha propriedade é de fácil localização, e passa caminhões leiteiros, porque eu não posso receber o mesmo prêço por litro de leite daquele mega produtor , aí que está o problema, estão acabando com o produtor familiar, o de 100, ou até 200 litros dia., e é esse a maioria no Brasil, onde não temos empregado, e o pior estamos sendo roubados, seja gado, materiais usados no curral , como balde, latões de leite e outros , e´a verdade.
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LUIS OLIVEIRABRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 23/06/2015
Parabéns pelo Artigo.
Mesmo não sendo foco do artigo, vejo frequentemente alguns colegas comparar a produção leiteira americana com a brasileira. Sempre discordo. Embora tenhamos várias similaridades entre as condições de produção nacional e americana, é importante destacar que no Brasil a maior parte do volume de leite produzido vem de pequenos estabelecimentos, que via de regra, estão dispersos geograficamente dos principais pontos de consumo. Ou seja, um arranjo produtivo desconcentrado. A concentração produtiva de leite no Brasil, sem dúvida, poderia reduzir os custos de produção absoluta, porém há de avaliar as externalidades possivelmente advindas a partir dessa estratégia, especialmente a social. Outro ponto a se pensar é que na concentração (ou intensificação) produtiva se diminui (ou perdesse) a condição que atribui maior competitividade ao produção nacional, que é a baixa dependência com insumos (principalmente na produção a base de pastagem). Portanto, podemos dizer que as vantagens de se aderir ao modelo de produção americana são relativizadas no contexto brasileiro. |
PAULO F. STACCHINISÃO CARLOS - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 22/06/2015
Já era esperado esse resultado...um pouco óbvia essa conclusão. Não é à toa que a produção cresceu em estados como a Califórnia com grandes empreendimentos e reduziu em estados onde predominavam operações menores. Ter escala é fundamental no leite pois ajuda a diluir custos fixos. Embora muitos considerem que os investimentos em instalações e maquinários possam gerar alta gasto com depreciações futuras, o impacto disso dificilmente ultrapassa 5-10% do custo total. Já os custos com mão de obra giram em torno de 12-17% em fazendas médias aqui no Brasil, quase o dobro, às vezes o triplo. Operações maiores permitem que investimentos em mecanização e automação sejam amortecidos mais facilmente. Como a mecanizacao/automacao é inversamente relacionada à demanda de mão de obra, e o custo dessa é cada vez mais alto, dificilmente se espararia outro resultado. Só num cenário de alto desemprego (oferta abundante de mao de obra e alto custo de investimentos (tx de juros de financiamentos mto altas) poderia reduzir esse fenômeno. Mesmo num cenário de alta do desemprego (normalmente medido apenas nas grandes regiões metropolitanas) não seria esperado o mesmo impacto em aumento da oferta de trabalhadores no campo, já que poucas pessoas estão dispostas a sair dos centros urbanos pra trabalhar no leite no campo. De outro lado, há decadas as taxas de juros nos EUA é menor de 1-2% aa. Portanto, parece-me um processo irreversível e universal, que tende se intensificar também com aumento no custo da terra (outro fenômeno irreversivel enquanto a população mundial continuar a crescer e demandar mais alimentos).
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MARCELO BRANQUINHO PEREIRATRÊS CORAÇÕES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 22/06/2015
Ótimo artigo! Muitas pessoas pensam que no Brasil é diferente mas não é. Apenas grandes projetos são viáveis economicamente. Quem não gostaria de ter uma fazendinha com pouco investimento e pouco trabalho e ainda ganhar dinheiro ,é um sonho impossível. Quem não tem disposição para grandes investimentos e jornadas exaustivas de trabalho melhor dedicar a outra atividade. Este é o mundo do leite.
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