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Escassez de mão de obra nas fazendas leiteiras

ESPAÇO ABERTO

EM 27/01/2014

3 MIN DE LEITURA

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Por Alberto Figueiredo - Engenheiro Agrônomo e Diretor da Sociedade Nacional de agricultura (SNA)

Escassez de mão de obra nas fazendas leiteiras

A atividade primária de produção de leite de vaca tem passado por mudanças de estrutura produtiva no decorrer dos anos. Famílias se constituíam nas fazendas e nelas criavam seus filhos, muitos dos quais ali permaneciam, em muitos casos, durante toda a existência, e não são raros os exemplos de remanescentes na zona rural fluminense.

As fazendas tradicionais de pecuária mista com diversificações para lavouras e pequenos animais estão dando vez a empreendimentos especializados, com níveis diversos de padrões tecnológicos, ou, em outro extremo, a pequenas estruturas familiares.

Paralelamente, talvez por consequência da interiorização de parques industriais ou pela atração da construção civil, há uma tendência forte no sentido da migração da mão de obra tradicional rural para os centros urbanos. Contribuem nessa direção os planos sociais de apoio à renda, que, de certa forma, provocam distorções relativas à acomodação entre muitos dos que estão aptos para atividades laborativas.

Consequência fortemente sentida na atualidade é a absoluta escassez de pessoas interessadas em atuar nas tarefas relativas à produção rural, especialmente, a de produção leiteira. Se, por um lado, temos que reconhecer que as condições de trabalho e compromisso com horários podem ser fatores negativos, por outro, os salários pagos têm experimentado aumentos reais, o que, somado à oferta gratuita de moradia e leite para o consumo familiar, oferece oportunidade de qualidade de vida aos que nela atuam.

No entanto, com maior intensidade em passado recente, parece que um eficiente processo de comunicação entre os envolvidos está provocando uma verdadeira debandada de homens e mulheres originários da zona rural para uma aventura, sem retorno, rumo às luzes dos centros urbanos - assim como os insetos.

O que é aparentemente incoerente é que, na maioria das vezes, em função principalmente da baixa escolaridade, as condições de trabalho nessas regiões urbanas acabam submetendo essas famílias a condições de vida inferiores às que experimentavam na roça.

As casas, agora sob condição de aluguel, oferecem aparentemente menos conforto do que as da roça e o salário, ao redor do mínimo, acaba comprometido com o próprio aluguel, conduções, leite, etc..

O estranho é que, uma vez nessa nova condição urbana, ao serem consultados sobre o interesse em eventual retorno, parecem estar sendo ofendidos pela consulta.

O mesmo acontece com os jovens, que ficam contando nos dedos os dias que faltam para completarem dezoito anos, para que possam se livrar do “pesadelo” que parece representar para eles o trabalho na roça.

Diante dessa realidade, fácil de ser comprovada, ou fechamos as fazendas e damos um jeito de produzir leite em laboratórios ou analisamos o assunto sob os mais diversos pontos de vista e nos antecipamos com soluções que atendam os interesses dos envolvidos.

Será que é o momento de pensarmos em um novo modelo de relacionamento entre proprietários e colaboradores, evoluindo mais para as parcerias do que para as relações empregatícias tradicionais?

Será que, nessa direção, as escolas de ensino médio especializadas não devem ser orientadas a alterar seus currículos, tornando-os mais práticos, no sentido de formarem profissionais capazes de “fazer” mais do que serem somente intermediários de conhecimentos?

Será que não poderíamos unir forças entre instituições como, por exemplo, o SEBRAE, que funcionaria como organizador do processo e ofertante de consultorias especializadas; a FAERJ, pela liderança formal natural que exerce junto ao setor produtivo; e a SNA, enquanto centro de referência do agronegócio, no sentido de formatar um “ESTUDO ESPECÍFICO DE CASO”, que teria início pela indicação de consultor(es) com perfil adequado para percorrer(em) o interior, talvez com apoio institucional da EMATER, formulando hipóteses e, através de entrevistas, preferencialmente gravadas, relacionarem os diversos fatores que estão provocando essa preocupante evasão?

Será que, em fase seguinte, se poderia organizar um seminário sobre o tema e, à luz dos depoimentos obtidos, que poderiam ser projetados, somados à experiência dos convidados, complementados por assessoria jurídica devidamente habilitada, teríamos a possibilidade de indicar alternativas de curto, médio e longo prazos, capazes de promover o equacionamento da carência desse fator de produção tão fundamental para o processo produtivo?

Ficam as sugestões para os interessados, considerando que a constatação aqui exposta, longe de ser um problema individual e localizado, parece ser geral e alarmante.

Sabemos que as lideranças responsáveis estão atentas e são capazes de tomar iniciativas.

O futuro incerto, nos impinge a tomada de decisões eficazes e urgentes.

As informações são da SNA.

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ALEXANDER GOMES FRANCO

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/02/2014

Prezado Alberto Figueiredo,



Concordo com sua preocupação relacionada à escassez de mão de obra para a atividade leiteira. E essa preocupação deve ser de todos nós envolvidos no agronegócio brasileiro, a medida em que sabemos não tratar-se de problema isolado. Em diversos ramos de atividade empresarial temos observado tal ocorrência, seja no setor de produção primária, indústria, comércio e serviços relacionados às propriedades rurais.



>> O PROBLEMA ESTÁ NA GESTÃO<<



Empresas com conceitos e práticas sustentáveis, prezam pelo equilíbrio econômico, social e ambiental e asseguram o crescimento profissional e pessoal de seus colaboradores, não restringindo aos proprietários os benefícios recebidos pelo aumento da produtividade.



>> RECEITA DE BOLO?



Não, não é receita de bolo, mas sim gestão!

Pois a empresa rural que prezar pelos equipamentos e insumos eficientes, aproveitar os resíduos da produção (afinal tudo é energia!!!), coletar os dados e os transformar em informações úteis ao processo produtivo e finalmente valorizar de verdade o capital humano, certamente terá resultados diferentes desse cenário atual.



>>VOLTANDO PARA O CAMPO<<



Exemplos não faltam, mais para ilustrar, posso mencionar o que tem ocorrido no Circuito das Frutas Paulista, onde têm se observado um contra fluxo dessa migração CampoXCidade. Basta verificar que várias famílias tem se desfeito dos negócios na cidade, para retomar a produção agrícola, visto os expressivos resultados da produção local.



Alexander Gomes Franco - Uberlândia

Gestor do Agronegócio - FATEC-SP

ag.franco@ig.com.br
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 03/02/2014

A conta da mão de obra é simples. Se pegarmos inúmeros exemplos de fazendas onde trabalham um casal mais o filho ou um ajudante em tempo integral teremos uma remuneração que pode variar de 3 a 5.000,00/mês + encargos. O que isso significa? NADA! Não é nem caro nem barato, tudo depende de como é usada esta força de trabalho.



Uma fazenda que produz 300 litros por dia com este custo compromete cerca de 76% da sua receita com salário e encargos. É completamente inviável.

Por outro lado fazendas com tecnologia, organização e gestão alcançam produção superior a 1000 litros/operador dia. Em um caso de uma fazenda com 3 funcionários como o relatado é facilmente possível alcançar 700 litros/operador/dia. Isso dá uma produção média diária de 2100 litros. O custo desta fazenda com funcionários fica cerca de 10% da receita do leite.



Tudo é uma questão de uso eficiente do trabalho tal qual qualquer insumo usado na produção, como fertilizante, doses de sêmen, terra, água...

Se um casal custa 3712,00 por mês (salário + 13 + férias + gratificação de natal + FGTS e INSS / 12) para uma carga horária de 275 horas mensais (55 horas/semanais) teremos um honorário de R$6,75/hora para cada um do casal.

Se a sua ordenha é feita duas vezes ao dia em duas horas com dois funcionários significa que seu custo de trabalho para ordenhar é de R$ 27,00/dia ou R$9.855,00 por ano. Se com investimento em instalações e equipamentos você reduzir para uma hora a ordenha e reduzir para um operador apenas você terá uma economia anual de R$7.391,25 somente com a mão de obra. Isso dá para pagar tranquilamente o financiamento de uma sala de ordenha para 100 vacas.

O mesmo exemplo serve para inúmeros outros trabalhos realizados na fazenda como: uso de desensiladeira ou vagão versus retirar do silo com garfo e carrinho e misturar no cocho; compra de ração comercial versus produção própria na fazenda; terceirização da recria de bezerras e novilhas; entre tantas outras mais.

O resultado de tudo isso é que tem fazendas trabalhando com mais de 3.000 litros/operador/dia onde o custo da mão de obra é relativamente insignificante.



Abraço a todos
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/02/2014

Caro Irauto,



Não é assim que devemos fazer, o caminho é ter vacas mais produtivas e mais máquinas, temos que produzir mais com a mesma mão de obra.
IRAUTO GOMES DE MELO

GARANHUNS - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/02/2014

Gostei da matéria , do jeito que vai a atividade , vai ficando mas dificil vc  ñ pode nem pensar em futuro ou seja se vc tiver ganhando dinheiro cm 200 litros ñ pode e em aumentar para 400 pq , vai precisar de mas vacas aumentar um pouco o trabalho , vc precisa de mas uma mão de obra e ai? Onde vamos encontrar essa mão de obra , tem que acabar com  essa bolsa familia , ajuda muito mas, as pessoas se acomoda muito. Não querem mas trabalhar daqui uns dia o Brasil vai deixar de produzir por falta de mão de obra ai vamos que importar alimento ai é uma vergonha .
ARNO BAUERMEISTER

TOLEDO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/02/2014

Aqui no Oeste do Paraná,importante região produtora de leite,tem propriedades que produzem 35mil litros de leite por mês e tem a coragem de oferecer um salário mínimo mensal,para trabalhar 14 h/dia e 1 folga a cada 2 semanas,coisas do tempo da escravidão.Mas as propriedades que melhor remuneram,o salário gira em torno de  R$1700,00/mêspara cada funcionário.Nos 2 casos,salários pagos á profissionais qualificados.È um absurdo.SUGESTÃO  aos fazendeiros:pagar salários mais dignos,condizentes com a carga horária,que deve ser ao redor de R$3000,00/mês para cada funcionário,e não para o casal.
FLAVIO BRITO ANDRADE

TOBIAS BARRETO - SERGIPE - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/02/2014

todos esses comentarios merecem atençao pois vivemos uma realidade em que o homem do campo, é tratado com total abandono,nascendo o problema no prncipio da legalidade,se um filho de um campones nao pode acompanhar seus pais em suas atividades laborais como formará um adulto capaz de substitui-lo ?
THIAGO BAUMGRATZ

SANTANA DO GARAMBÉU - MINAS GERAIS

EM 01/02/2014

Na minha região não está diferente dos colegas acima.

Por mais que façamos oferta de beneficios, como casa, com agua, luz e telefone, maquinário ampliado para facilitar o trabalho, e premiações por produtividade e metas, não temos mão de obra qualificada e interessada em trabalhar na zona rural.

Hoje a opção passa a ser a troca da cultura da fazenda, para algo menos dependente de mão de obra.
WAGNER OLIVEIRA SOUZA

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/02/2014

Prezado Alberto,

Muito oportuno o seu artigo. Tenho observado e lido muito sobre o assunto. A falta de mão de obra rural hoje, não é mais pelo baixo salário. Muito pelo contrário, estão ganhando muito acima da média urbana. Muitos fatores contribuem para esta realidade. Não temos estradas, energia e nem telefone. Internet e celular nem pensar. Na minha região ( Noroeste Fluminense) que você bem conhece  é só armar um temporal em "São Paulo" para pifar tudo por aqui. Como um jovem vai ficar na roça se ele não pode sair com sua moto ou carrinho para passear, ver sua namorada  não tendo estrada?. Como ele vai se comunicar com os amigos sem internet ou telefone fixo ou móvel? O que está ocorrendo é que os programas sociais desenvolvidos pelos poderes públicos são dirigidos prioritariamente para o meio urbano e quando chegam a zona rural a vaca já foi para o brejo. Citando um exemplo veja como é complicado um produtor ou trabalhador rural conseguir uma moradia no programa "Minha Casa Minha Vida Rural". Citando outra realidade é a descontinuidade da assistência técnica. Quando parece que   uma janela está se abrindo e consolidando um projeto de assistência, transfere-se três funcionários de uma só vez de um Escritório que já carecia de mais técnicos, como ocorreu recentemente com uma unidade da Emater em nossa região. E assim existem muitos outros motivos e fatores que estão contribuindo com o êxodo rural a velocidade da luz.

Como você bem disse, é preciso discutir o assunto com urgência.

Um forte abraço do amigo  Wagner Oliveira Souza
JOAO BTISTA JESUS DE ABREU

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/01/2014

  NOS AQUI NAO E DIFERENTE 3OOO.00 CASA LUZ AGUA LEITE
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/01/2014

Caro Flavio,



Um casal por aqui não sai por menos de R$ 3000,00 por mês mais leite para despesa, água, energia e casa.  
RODRIGO

DIVINÓPOLIS - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 29/01/2014

Flavio, moro na mesma região em Minas que o Ronaldo





Pra vc ter uma noção daqui, funcionario da fazenda de uma tia que foi do meu avô, tira somente em uma única ordenha na parte da manhã, 30 litros ou 40 litros por dia, limpa barracão, vai olhar um gado solteiro, cura, coloca sal,, as vezes bate pasto, arruma cerca..........isso por 1 500, 00 por mês fichado e com todos direitos.

Ela ainda deixa ele tirar leite de algumas vacas da propiedade da familia dele que é vizinha.



Tá certo que a fazenda dela não tem finalidade "leite", mas se tem uma noção da falta de mão de obra.



Aqui na região já tem funcionario de fazenda de leite que trabalha em ordenha ganhando mais de 3 mil reais por mês, com direito rodizio e tudo mais.



Diarista?  por menos de 80 reais o dia, não tiram a bunda do chão


ROCCO ANSANTE

CAMPINAS - SÃO PAULO

EM 28/01/2014

Dr.Alberto

Concordo com sua exposiçaõ de valores esses que seduzem o homem do campo,atraindo-o para a cidade,não só pelo horario de trabalho,como a facilidade com veiculos de comunicação como celular,computador,salario,etc.

Quem sabe se o governo instituir um salario para fixar o homem no campo,já que temos auxilio reclusão,por que não um salario fixação do jovem no campo,sucedendo os pais e avós,tios etc? As escolas agricolas poderiam ser formadoras de mão de obra formando tecnicos agricolas,capacitando-os para trabalhar com tratores computadorizados,salas de ordenha,gerenciamento de propriedades,com salario compativel.
FLAVIO SUGUIMOTO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/01/2014

Caro Tarcisio,



Existem esse tipo de fazenda que não oferece nada, pagam pouco e exigem muito, porém o problemas esta longe de ser localizado nesse tipo de questão. Como te disse a nossa propriedade e outras que conheço e tem essa mesma dificuldade de mão de obra, são estruturadas, dão suporte para o funcionário desempenhar bem o trabalho, a carga de trabalho e horária é condizente com as leis trabalhistas, folgas e férias garantidas.

Como eu já disse no meu outro post, esse retrato que você pintou são de fazendas do passado ou que continuam no passado. Como um tio que nasceu, viveu e trabalhou em fazenda dos outros quase a vida inteira, disse hoje morar na fazenda é fácil, tem acesso a tudo (TV, internet), carro, energia, eletrodomésticos, folga, férias e tudo mecanizado.



Por exemplo, no nosso caso exigimos, já dispensamos funcionários com 30 dias pois não apresentavam carteira de trabalho. As ordenhadeiras trabalham 6h por dia. Os demais trabalhadores trabalham 8 a 10h por dia. O final da ordenha da tarde (realizamos apenas 2 ordenhas) por volta das 17:30h brigamos para que todos tenham terminado suas atividades e que terminem o expediente.



Luiz Felipe,



Por incrivel que pareça o automóvel na entrevista de emprego é fator importante, se o candidato aparece com um carro caindo aos pedaços e já tem uma certa idade já é descartado, pois isso mostra uma falta de estrutura pessoal para crescimento profissional.



Caro Ronaldo,



Eu não acho pouco para um casal, sendo que os mesmos não precisam de qualificação profissional nenhuma para receber esse salário, apenas vontade de aprender, responsabilidade e bom convívio, já que para esse é o salário base. Qual é a média de salarios ai na sua região?
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/01/2014

Caro Flavio Suguimoto,



A mão de obra aí na sua região ainda está muito barata.
LUIZ FELIPE SILVA PEREIRA

CARMO DO RIO CLARO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/01/2014

O que tenho percebido é que falta um maior incentivo por parte dos produtores rurais que deixam de lado a necessidade e ambições que seu funcionário tem de ter uma melhor qualidade de vida, um automovél l por exemplo....  tudo isso são condições que o trabalho no campo deve oferecer ao trabalhador rural que, assim como o empregador tem objetivos e procura com o trabalho realiza-los.

Outro fato interessante que acontece em nosso pais é, de que tradicionalmente a agricultura familiar não se prese tanto, havendo a necessidade de se ter funcionários para exercer o cargo.  Abraço a todos.
TARCÍSIO ALVES TEIXEIRA

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO

EM 27/01/2014

O tempo de mão-de-obra abundante e semi-escrava acabou.



Ninguém mais se sujeita a trabalhar de segunda a segunda, de 4:30h a 20h, por um salário de fome.



É só se colocar no lugar de um jovem que nasceu na roça. Esqueçam a paixão de vocês pela pecuária leiteira e se coloquem no lugar dele:



Ter um emprego que você trabalha de sol a sol, salário mínimo, todo sujo de bosta, com risco real de acidentes, muitas vezes sem folgas e férias respeitadas, trabalhando fins-de-semana e feriados, isolado numa fazenda, longe das opções de lazer e estudo da vida urbana, onde é difícil achar uma mulher que queira morar junto ou pra sair pra "noitada";



ou ter um emprego "normal", trabalhando relativamente limpo, de segunda a sexta, de 8h as 17h, ganhando o mesmo ou muitas vezes mais do que ganharia na roça, e tendo ao seu alcance opção de lazer e estudo para ele e sua família.



A saída é:



- O produtor cada vez mais vai ter que botar a mão na massa. Como acontece em países civilizados, o dono da propriedade é quem vai tocar a propriedade; quem não for do ramo, trabalhar num emprego/negócio urbano "convencional" vai tomar cada vez mais prejuízo, com uma mão-de-obra cada vez pior e escassa. Ou seja, está fadado a sair do mercado.



- Valorização do colaborador. O básico, respeito às leis trabalhista, o que muitas vezes sabemos que não acontece.



- Remuneração por metas. Fazer o colaborador trabalhar "pra ele", fazer com que ele se interesse e seja beneficiado pelo progresso da atividade.



- Automação.



O futuro é esse aí, tem nada de "agricultor tem que fazer mais filhos" não, hehehe
FLAVIO SUGUIMOTO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/01/2014

Na nossa região um casal, para a mulher trabalhar na ordenha e o homem, trabalhar no manejo, trato ou outras atividades, o casal recebe em torno de 3 salários mínimos, somado a isso as bonificações por metas, benefícios (água, luz, aluguel, leite), o salário da familia passa de R$3.000,00, isso os colocam entre as 18% familias com melhores rendas do país.



Morar em muitas fazendas de produção de leite não é como antigamente, muitas possuem maquinários e ordenhas modernas o que facilita a mão de obra.



As condições de vida são tão boas quanto na cidade, no nosso caso são só 1.800m de estrada de terra, o transporte escolar pega as crianças na porta de casa, alguns funcionários assinam TV por assinatura, internet 3.5G. Estão a 13km da cidade e demoram menos tempo do que eu andando dentro de Goiânia para o escritório todos os dias.



O que vejo é que mão de obra desqualificada tem, quando se coloca mais procedimentos e tecnifica a produção eles não possuem condições acham muito complicado, preferem ganhar 1 salario e morar na cidade trabalhando em um emprego menos qualificado. Os profissionais capazes de aprender e desempenhar o que é exigido estão empregados.
HELDER DE ARRUDA CÓRDOVA

CASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 27/01/2014

Uma alternativa é a automação de várias tarefas na atividade leiteira, como ocorreu e vem aumentando em outras atividades como avicultura, suinocultura e agricultura (precisão) no Brasil. Nos países da comunidade europeia a alternativa encontrada foi a automação da ordenha (robôs) e consequentemente o controle e registro eletrônico de várias ações que ocorrem com a vaca. Com isso a intervenção humana na atividade foi reduzida com maior precisão sobre as atividades diárias que ocorrem com cada vaca e com todo grupo de animais.
VALDECIR DE AZEVEDO

RIO BONITO DO IGUAÇU - PARANÁ

EM 27/01/2014

Parabéns Alberto por suas colocações!

Devemos fazer algo, pois esta ocorrendo uma verdadeira extinção da Mão de obra Rural.

Aqui em meu Município, 70% da população estão no meio Rural, devido termos o maior Assentamento do Brasil (1660 Famílias),mesmo assim observamos que nas propriedades estão ficando apenas os Pais. Além disso, observamos a redução drástica na quantidade de filhos por família. Podemos comprovar através das Escolas Municipais onde o número de alunos reduziu em 9 anos para 50% da quantidade anterior.

Como sugestão, devemos acrescentar um estimulo governamental aos agricultores para terem um número maior de Filhos!.....................



Um Abraço a todos!

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