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Criador precisa reconquistar orgulho de produzir leite

POR GUUS LAEVEN

ESPAÇO ABERTO

EM 17/12/2002

2 MIN DE LEITURA

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Os últimos anos têm sido particularmente difíceis para os produtores de leite do Brasil. A equação preços baixos e custos em alta tem representado a saída de muitos da atividade e a deterioração do patrimônio de outros a ponto de se perder o orgulho de produzir um alimento de primeira necessidade, essencial à saúde da população.

Os produtores de leite do Brasil devem confiar no espetacular potencial da atividade. Sim, falta apoio do governo, as importações atrapalham e a informalidade é um entrave gravíssimo, mas esses obstáculos podem ser superados. Como? Com o fortalecimento das cooperativas, a melhor distribuição de renda, contratos de fornecimento e a modernização no relacionamento entre indústria e produtor, estabelecendo como moeda o próprio leite. Para tanto, são fundamentais a união dos produtores e a oferta de leite de qualidade.

A Lagoa da Serra, a maior empresa de genética bovina do País, confia muito na produção de leite. Pessoalmente, acredito que o novo governo tem o máximo interesse em tirar a atividade dessa crise que já dura anos. O Programa de Combate à Fome, por exemplo, é muito bem visto pelos produtores. Afinal, não se imagina um programa dessa magnitude sem o aumento da oferta de leite à população carente. Aliás, segundo dados da FAO, organismo da ONU que cuida da alimentação, o brasileiro consome, em média, menos de 140 kg de leite/ano, metade do que necessita para suprir suas necessidades básicas.

Mas isso não significa que os produtores tenham de ficar parados, esperando o Programa de Combate à Fome chegar até o leite. Muito pelo contrário. O profissionalismo e a busca pela qualidade do leite são fundamentais nesse processo. Como exemplo, analiso os produtores da Holanda, onde a média anual de produção por vaca ultrapassa os 9 mil quilos, com 4,5% de proteína e 3,5% de gordura. Tudo lá é pensado, respeitando aspectos sanitários, produtivos e de gestão. Atualmente, o país conta hoje com 30 mil produtores, responsáveis por 11 bilhões de litros de leite/ano - a título de comparação, o Brasil produz 21 bilhões de litros com mais de um milhão de produtores. Os holandeses foram responsáveis pelo mais bem-sucedido processo de profissionalização da pecuária leiteira no mundo. Saíram da atividade os que não acompanharam essa tendência e ficaram os eficientes. E veja que a produção continua fantástica.

Claro que lá como cá há dificuldades e temos produtores que abandonam a atividade devido ao alto custo. Mas quem fica é extremamente profissional e consciente da sua importância para a economia do país. Aliás, essa deve ser a motivação para a superação das dificuldades aqui no Brasil: o resgate da importância econômica e, principalmente, cultural da pecuária de leite. Investir em marketing, como tem feito, e muito bem, a pecuária de corte, também é uma das prioridades.

Passar a fórmula para a reestruturação da atividade no Brasil, porém, não é das tarefas mais fáceis. Mas deixar recados de estímulo é o mínimo que os elos da cadeia produtiva devem fazer. Veja que o Brasil possui variações climáticas e geográficas e onde quer que você vá há uma vaca leiteira em produção, seja da raça Holandesa, Girolanda, Gir Leiteiro ou cruzada. Isso significa que em todo o País há produtores acreditando na força do leite. Se esses ainda têm fé e esperança, porque as empresas também não dão seu voto de confiança? Nós, da Lagoa da Serra, acreditamos na pecuária de leite do Brasil!

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NEVIO PRIMON DE SIQUEIRA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/12/2002

É muito complicado quando se fala em orgulho de se fazer alguma coisa. Eu pessoalmente me orgulho de produzir leite e trabalhar para outras pessoas que se orgulham de produzir leite. É lindo quando falamos que produzimos um alimento nobre, de primeira necessidade, com rebanhos sadios, monitorados, com técnicas de higiene que nos dá uma redutase de 7 a 9 horas e contagem global de unidades formadoras de colonias de 10.000. Realmente me orgulho muito disso. Pena que os gerentes de Bancos e fornecedores não dão a mínima para meu orgulho. Se não pagar as contas no vencimento serei um orgulhoso inadimplente.

Há alguns dias atrás peguei algumas notas fiscais da Cooperativa da qual somos cooperados e comparei alguns preços de insumos que usamos no mês de março de 2002 com os valores de outubro de 2002, ou seja 7 meses depois. Querem alguns exemplos??

- Farelo de trigo - R$ 6.50/40 kg
outubro R$14.56/40 Kg

- Ração leite 22% de PB
março - R$ 14.56/ 40 Kg
outubro - R$ 23.60/40 Kg(20% PB)

- Ração para bezerros 18% de PB
março - R$18,00/ 40 Kg
outubro - R$26,00/ 40 Kg

- Leite B março - R$0,44/l
outubro - R$ 0,43/l

Acho melhor para por aqui, para não deixar os colegas produtores mais orgulhosos ainda, pois se colocar preços de arames, fertilizantes, farelo de soja, farelo de algodão, óleo diesel, energia elétrica, peças para maquinário, enfim todo o resto de produtos que temos que utilizar para produzirmos o nosso e o VOSSO leite de cada dia, tenho certeza que todos os que labutam com esse nobre alimento e que tanto se orgulham, ficariam ainda mais orgulhosos. O problema é que talvez eles (nós) se lembrem dos gerentes dos Bancos, dos fornecedores de insumos, das duplicatas que teimam em vencer antes que possamos juntar o numerário para quitá-las, e geralmente recorremos a fontes alternativas como a loja, o comércio, a indústria, a poupança, e UFA, pagamos as contas certos de que no mês que vêm será diferente... mas sempre muito orgulhosos. Todos amam suas vacas, suas bezerras, suas máquinas, tudo funcionando muito bem, com eficiência, e no final do mês só sobra ORGULHO e contas a pagar.

O que todos dizem, inclusive eu, é que precisamos ser eficientes em nossa atividade, usar as tecnologias disponíveis, ter rebanhos controlados, sadios, mão de obra de qualidade, etc. Mas na prática, parece que quanto mais fazemos "direito" mais negativa fica a conta, pois não somos remunerados pelos aumentos de eficiência em valores compatíveis para cobrir os custos adicionais de cada item que melhoramos na nossa atividade. Parece que o leite só da lucro quando é sub-produto de gado de corte.

Realmente não adianta esperar nada do Governo além de importações de lácteos quando os mesmos faltarem nas prateleiras dos supermercados ou quando os preços subirem e o povão reclamar que VACAS COMEM DÓLARES, como outro dia em um jornal televisivo.

Realmente tenho muito orgulho em produzir e trabalhar com leite, mas tenho orgulho também em ser bom pagador e ter crédito na praça, mas já estou achando essas duas coisas imcompatíveis.

Espero de coração que muita coisa que eu falei aqui esteja errada, mas cada dia que passa fico mais preocupado. Tomara que em 2003 haja uma virada em nossa atividade e que realmente eu me orgulhe de produzir leite e de pagar as contas com o leite. Ai sim acho que serei orgulhoso e feliz.

Feliz 2003 a todos aqueles que se orgulham de produzir leite
e também aqueles que trabalham com o leite, com seriedade e respeito a todos os elos da cadeia, desde o curral até a mesa. Lembremos que toda corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco.

Um grande 2003 a todos, em especial aos idealizadores e frequentadores do MilkPoint.
RODRIGO COSTA DUTRA

OUTRO - MINAS GERAIS

EM 23/12/2002

Sr. Guus - Lagoa da Serra, o caminho é este !!!
O leite é basico no Brasil.........
Só precisamos acreditar!!!

Obrigado Lagoa da Serra,
Obrigado Milkpoint, por mais este ano de apoio!!

Que o ano 2003 seja repleto de vitórias, sejam elas pequenas ou grandes para o setor.

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