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Como o excesso de chuvas afeta a vida dos produtores de leite

POR ANTONIO NOVAES DA SILVA

ESPAÇO ABERTO

EM 18/01/2010

2 MIN DE LEITURA

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Nestes últimos dias, em todos os lugares que freqüentamos, o assunto é um só: como as chuvas têm causado transtornos, desde pequenos prejuízos até enormes catástrofes.

Quando assistimos os telejornais, surge uma sensação de fraqueza, pois quase diariamente outra nova tragédia se apresenta. Por outro lado, o esforço conjunto dos voluntários, bem como a boa vontade da sociedade nas campanhas, nos dá uma dose de ânimo e de esperança. No final das contas, temos que agradecer a Deus, pois quase sempre existem pessoas passando por dificuldades muito maiores que as nossas.

Na minha opinião, os meteorologistas deveriam rever seus métodos. Alguém previu que a chuvarada do final do ano, nas Regiões Sul e Sudeste, seria tão devastadora? Quem previu o terremoto no Haiti? Deveriam assumir que são incapazes de prever até mesmo o que vai acontecer no dia seguinte. Como querem que eu confie em projeções para daqui cinquenta anos.

Os produtores de leite do Vale do Paraíba têm sofrido com problemas de enchentes, deslizamentos, estradas que ficaram intransponíveis - impedindo que os caminhões transportem a produção -, redes elétricas danificadas e frequentes faltas de energia que dificultam a ordenha mecânica, o funcionamento dos tanques de resfriamento, além de outras complicações óbvias.

Quando analisamos de que forma os animais leiteiros são afetados por estas condições climáticas, surgem algumas situações interessantes.

Dependendo do sistema de produção: pasto ou confinamento, os impactos poderão ser muito diferentes. Como na nossa região são raros os rebanhos confinados, vamos comentar algumas situações observadas em vacas mantidas em piquetes.

As vacas mais produtivas são sempre as que mais sofrem, correm para a sombra, deitam no barro, passam sede, ficam cansadas e, principalmente, mais feias, apesar de continuarem tentando produzir. Reproduzir passa a ser um desafio.

As vacas de baixa produção tendem a ser elogiadas pela sua rusticidade, pois continuam com aspecto saudável e reproduzindo quase normalmente. Muitos produtores na sequência concluem: parece que é muito melhor ter vacas rústicas mesmo que produzam menos.

Quando o calor diminuir e as chuvas forem menos frequentes, as vacas mais produtivas continuarão produzindo, aumentando sua produção e prontas para se reproduzir. Enquanto isso, as tais vacas rústicas e bonitas estarão prenhes e secas curtindo no pasto o friozinho do outono e inverno, período em que o preço do leite melhora e os produtores precisarão formar cotas para o próximo verão.

Como esta discussão não tem fim e cada um de nós tem suas preferências, o grande juiz será o tão famoso e atual "Leite com Qualidade". A provável conclusão será: "Como é difícil produzir leite com qualidade durante um verão tão chuvoso e vacas mantidas em sombras barrentas e contaminadas".

Finalizando, gostaria de reconhecer os esforços dos produtores que durante estes dias tão complicados de se produzir leite continuam firmes e fortes, ajudando uns aos outros e acreditando que dias melhores virão, queiram ou não os sábios meteorologistas.

ANTONIO NOVAES DA SILVA

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WILSON MENDES RUAS

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 25/01/2010

Caro Antônio Novaes, você foi muito feliz em seu artigo. E como é desafiante enfrentar todos esses problemas, com um segmento que é sempre cobrado por tudo e por todos e, nunca lembrado. Somos taxados degradadores do meio ambiente. Nossas vacas não podem ter acesso aos rios para beberem água, o que aprovo, porem nossos rios recebem milhões de toneladas de produtos polientes do meio urbano. Precisamos de uma política urgente que salve o produtor rural. Governo e consumidores, devem lembrar de que o leite é um alimento nobre, sendo o principal alimento do ser humano, já a partir dos primeiros dias de sua vida e que, além disso, está associado na composição de grande parte dos demais alimentos.

Um abraço Antônio
Wilson Mendes Ruas
MARCO LOPES

TAUBATÉ - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/01/2010

Caro Toninho,

Você apresentou um excelente ponto de vista para esse inesgotável assunto. O Vale do Paraíba é uma região abençoada e que já foi uma das principais bacias leiteiras do Brasil. Minha sensação é que o leite está voltando aos poucos para cá, devido principalmente à proximidade aos grandes centros consumidores e também pelo fato do produtor daqui ter um pouco de leite correndo em suas veias.

O que nós, como profissionais da área, temos que fazer é exatamente o que você tem feito com muito esmero: orientar corretamente os produtores com conceitos sólidos e sustentáveis! Um artigo como esse acima, o famoso grupo de de estudos com um grande evento realizado a cada 3 meses nestes últimos anos, um trabalho sério de consultoria nas fazendas, entre outras ações que nem ficamos sabendo devem servir de exemplo para todos.

Parabéns Toninho, e te desejo muita força para continuar esta sua jornada. E conte comigo no que precisar.

Sds,

Marco Lopes
PROFISSIONAIS DO LEITE CONSULTORIA LTDA

LIMOEIRO DO NORTE - CEARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/01/2010

Caro colega Antonio Novaes da Silva, isso é mais uma das centenas de obstáculos que o produtor de leite tem que transpor. Com toda essa umidade (muita água), é de esperar ter que almentar os gastos com medicamentos e redobrar a vigilância para não sair perdendo (-R$) nessa gangorra de problemas. Mas, a nossa coragem para enfrentar os problemas decorrentes das intempéries é maior, pois quem gosta do que faz, não abandona fácil um empreendimento.
Aqui no Ceará não temos, até agora, nenhuma tempestade, é mais fácil uma seca, e isso não é problema pois temos um vale rico em água para irrigação. Esse é o velho Ceará que chove pouco!
DIOGO

MARAVILHA - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/01/2010

Prezado Antonio Novaes da Silva parabéns pelo artigo...de fato parabéns aos nobres produtores pelo desafio constante que vem sendo submetidos ao clima...afinal atividade de leite nao importa se e chuva ou sol tem que estar ativo na hora da ordenha....
e Infelizmente a chuva traz sérios problemas de manejo e principal sobre a qualidade de leite..principalmente quando se fala em mastite...

parabens pelo artgo

Att..
Diogo
Méd. Vet.

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