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Agropecuária cresce, Brasil se fortalece

POR EDIVALDO DEL GRANDE

ESPAÇO ABERTO

EM 18/01/2008

3 MIN DE LEITURA

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Quando os imigrantes europeus aportaram no Brasil no século XIX, não trouxeram apenas sonhos e esperança de uma vida nova. Muitos carregavam na bagagem os ideais do cooperativismo. Só que não imaginaram a força e importância que estes empreendimentos alcançariam no campo. Tampouco, o modelo de sucesso que se transformaria - uma referência mundial que já chama a atenção de outros países.

Se a economia brasileira cresceu 5,7% no último trimestre, este recorde se deve, sem dúvida, ao desempenho da agropecuária. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram um aumento de 9,2% do setor no período. Um resultado, em grande parte, fruto do trabalho das mais de 1,5 mil cooperativas agropecuárias do País. Os bons números mostram que, apesar dos reveses, o campo tem reagido e dado conta do recado. Mas qual é a mágica? Preferimos falar em muito trabalho, determinação e crença de quase 1 milhão de produtores associados nas cooperativas, que geram negócios bilionários.

O Produto Interno Bruto (PIB) do setor deve ficar em R$ 569,9 bilhões em 2007, segundo projeção da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). É bom deixar claro que 35% do PIB Agrícola de 2006, da ordem de R$ 540 bilhões, foram movimentados pelas cooperativas agropecuárias.

São elas que amparam o pequeno agricultor nos momentos de dificuldade. E não foram poucos nas últimas safras, provocados pela desvalorização do dólar, intempéries climáticas e falta de uma política agrícola clara e séria. Nos momentos de crise, a cooperativa usa seu capital de giro e faz um "colchão" que protege o associado. Graças às cooperativas os produtores rurais conseguiram superar dificuldades, obter empréstimos, manter sua terra e sustentar a família.

No Brasil, há mais de um século, a cooperativa é a principal forma de organização do homem do campo, quando não é a única. Imagine um produtor de ovos, leite ou soja isolado em sua propriedade. Como escoar a produção? Onde comprar sementes e máquinas? Como conseguir assistência técnica? Apenas "trocar" a safra por insumos para o próximo plantio, com ganho mínimo, empatando o investimento? Não, definitivamente, não é disso que estamos falando ao defender as cooperativas.

Falamos de força conjunta. Em 2006, as cooperativas agropecuárias exportaram US$ 2,8 bilhões. Em 2007, os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio até setembro mostram crescimento de 22,8% no valor exportado pelas cooperativas em relação ao mesmo período do ano passado.

O grande diferencial vem da organização de pessoas em torno de um objetivo comum, sem visar a concentração de riquezas. Pelo contrário, a busca constante é pela distribuição mais equilibrada dos ganhos. O cooperativismo tornou-se uma maneira de fazer o socialismo moderno. Isto porque o sistema permite sociabilizar o ganho em contraposição ao capitalismo selvagem.

Não sejamos ingênuos de pensar que as cooperativas não se preocupam em aumentar os ganhos. Como qualquer empresa, elas também têm foco comercial. Mas faz negócios de forma diferente, mais justa. Para melhorar a produtividade, uma cooperativa de grãos, por exemplo, vende calcário a preço de custo para seus cooperados. Ao regular o PH da terra, o produtor produz mais. Neste caso, a cooperativa não ganha no insumo, mas compensa no recebimento de maior volume de grãos, o que se reverte em melhores resultados para todos.

E assim, a cooperativa ajuda a introduzir tecnologia nas propriedades e aumenta a produtividade. Isso vale para todas as áreas. O avanço da cana-de-açúcar fez uma tradicional cooperativa de leite de Ribeirão Preto dar suporte aos interessados em migrar de atividade. São ações que fazem toda a diferença.

E é assim que as cooperativas agropecuárias conseguem impactar positivamente a economia do País. Este modelo vencedor será objeto de uma palestra que iremos apresentar em Moçambique, em fevereiro. A convite da organização americana de cooperativas, falaremos aos agricultores de um país destruído pela guerra de que forma a organização das pessoas como cooperados pode ajudar nesta difícil reconstrução. Porque, se não tivemos guerra civil no Brasil, nossa luta contra a falta de atenção do governo é diária. Temos experiência e uma crença inabalável de que o cooperativismo é o caminho para o desenvolvimento de qualquer país.

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MARIA SELMA P. DE ANDRADE HAGE

NOVO REPARTIMENTO - PARÁ - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE

EM 23/10/2009

O cooperativismo e associativismo´são a única forma de crescimento e sustentabilidade para este país! precisamos nos organizar , assim seremos competitivos. parabéns pela matéria! um grande abraço, maria selma!
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 29/01/2008

Engraçado, aqui em Leopoldina acontece justamente o contrário, a maioria dos produtores rurais de leite, dentre eles me incluo, não fornece a sua produção para a Cooperativa Local, por vários motivos: é a que menos paga pelo litro de leite, os produtos que disponibilizam em seu armazém normalmente são mais caros que o do comércio local.

Eu acho que a função de cooperativa é primeiramente nos proteger, ou seja, nos remunerando com dignidade, pois ela é a indutora do progresso sócio-econômico de uma região, de abrangência além do social, proporcionando e promovendo a qualidade de vida de seus associados.

Muitos de nós, produtores, tivemos que procurar outras alternativas no sentido de melhor remuneração para o nosso leite, e a maioria dos produtores de Leopoldina, com produção média de 50 a 2000 litros de leite, vendem hoje para empresas particulares. Creio que se o nosso setor, a partir das cooperativas e por intermédio das Fedrações da Agriculturas dos Estados, criassem um indexador para corrigir o preço do litro de leite que recebemos, a situação do produtor rural de leite no Brasil seria outra e não massa de manobra como existe atualmente.

Não quero aqui generalizar, pois no caso específico de cooperativas de leite deve ter algumas exceções, é claro, mas hoje, para equilibrar essa defasagem entre o ganho das cooperativas, indústris e laticínios, já não é sem tempo a criação e implantação de um idexador.

Isso não é nenhuma miragem, conforme já existe em outros segmentos da nossa economia, como a construção civil, estrutura metálicas, obras de arte correntes e especiais, consultoria etc.
LAUDIZIO MARQUESI

SÃO PAULO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 25/01/2008

Ficamos impressionados com o volume de informações, que a partir de agora temos à nossa disposição. Continuem assim e sucesso!
PEDRO ABADIO DE OLIVEIRA

GOIÂNIA - GOIÁS

EM 24/01/2008

Nós vivemos hoje em plena era da informação. Portanto, o cooperativismo, além de possibilitar a integração entre as pessoas de uma comunidade, esta também dando a elas a oportunidade de estarem trocando idéias.

E isso proporciona, além de enriquecimento de conhecimento, uma motivação em colocar em prática um projeto de uma pessoa que muitas vezes está incubado a anos, por falta de alguém que possa levar adiante essa idéia de uma forma mais clara, e quem sabe, colocá-la em prática.

O Brasil tem tudo para se tornar uma grande potência mundial, sobretudo na área do agronegócio.
NEI ANTONIO KUKLA

UNIÃO DA VITÓRIA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/01/2008

Excelente matéria. Sem dúvida o sistema cooperativista é o que melhor funciona graças aos seus princípios.

Em regiões onde estas organizações são administradas com seriedade e transparência e onde há o compromisso do cooperado com sua organização vemos o desenvolvimento de todos.

Tomo a liberdade e dou alguns exemplos: a região de Castro e Palmeira - Pr onde as cooperativas Castrolanda e Witmarsun trabalham com atividades como o leite e grãos e seus cooperados promovem uma verdadeira revolução em suas propriedades com uso de tecnologias de ponta e onde as cooperativas fornecem o insumo principal para sua produção, que é a assistência técnica.

Outros exemplos, a Cooperalfa do oeste e planalto norte de SC e por aí vai, COAMO, COOPAVEL...
PAULO CESAR BASTOS

FEIRA DE SANTANA - BAHIA

EM 21/01/2008

Capacitação, comunicação e cooperação. Esse é o moderno caminho do sucesso. É a nova estrada da boiada. O inovador caminho da roça.

Precisamos compreender, divulgar e difundir o espírito associativista. Não se constrói nada sozinho. Vamos compartilhar e integrar as nossas ações, potencializando esse importante setor produtivo que é o campo brasileiro.

O alicerce para o desenvolvimento sustentável do nosso país é uma agropecuária capacitada e com um forte poder de comunicação de modo a despertar a necessidade das organizações de cooperativas.

Serão esse valores fortes que ajudarão o Brasil a deixar de ser o eterno País do Futuro para começar a ser o País do Presente, democrático, socialmente justo, tecnologicamente desenvolvido e com sustentabilidade ambiental. Precisamos conscientizar a grande maioria de produtores deste nosso país para todos juntos enfrentarmos e vencermos esse desafio.

O cenário atual é extremamente favorável para implementarmos esses conceitos
a fim de sermos competitivos e a partir disso, nos tornarmos líderes permanentes e inabaláveis do mercado mundial de alimentos, gerando trabalho e renda no campo e, assim, restringindo o exôdo rural que leva ao inchamento urbano causador de tragédias e violências.

A hora é essa. Vamos começar agora. Não podemos atrasar para não perder o trem da história.
JAERDIL OLIVEIRA DUTRA

MANTENA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 21/01/2008

Prezado Edivaldo,

Concordo em gênero, número e grau!

Os ideais cooperativistas fazem mesmo a diferença e as cooperativas têm contribuído para amenizar as dificuldades que nós, produtores rurais, enfrentamos.

As compras e as vendas centralizadas otimizam resultados e a assistência técnica é fundamental para melhorar a produtividade do setor.

Parabéns pelo artigo e sucesso além mar.

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