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Agronegócio e segurança alimentar, inimigos? |
ANDRE MELONI NASSAR
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RONALDO CARVALHO SANTOSCURITIBA - PARANÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA EM 12/12/2011
Gostaria que este assunto continuasse a ser debatido, agora sim dentro da ótica qual deveria ser enfocada desde o início. Vejam que estamos, abrindo discussão e contraditório. Que boa participação do pesquisador Cesar Giordano. Que venham mais.
Assim poderemos de fato descobrir equações que permitam Gerenciar Conflitos se for necessário e, permitir solução Técnico-social não excludente, tendo em mira um modelo que atenda à demanda de alimentos e respeite sementes indígenas e o meio ambiente. O Brasil pelo seu crescimento irá liderar (terá que) um novo modelo de sistema. Sistema produtivo solidário para um comércio justo, sem aportes ideólogicos. Ronaldo Carvalho Santos Médico Veterinário - Assessoria Independente |
CÉSAR GIORDANO GÊMEROARARAQUARA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 10/12/2011
O agronegócio é o maior inimigo da segurança alimentar. E não apenas no aspecto do produto final, mas também de todas as outras formas, como social e ambientalmente, considerado predador e excludente. Alimentos transgênicos além de serem ``mutantes`` modificados geneticamente sem nenhuma comprovação cientifica do real impacto no organismo humano, tiraram a hegemonia dos agricultores tradicionais que realizavam seu próprio melhoramento genético, através da seleção dos melhores pés de feijão como exemplo, para semear no ano agrícola seguinte.
Desde a revolução verde que começou na década de 60 -70, com o advento da mecanização do campo, uso intensivo de produtos químicos, pesticidas, inseticidas, não conseguimos resolver o problema da fome no mundo, que só aumenta ano a ano. Mas porque? Vamos pegar como exemplo o interior de São Paulo, região centro paulista, a maciça monocultura da cana-de-açucar, o verdadeiro MAR DE CANA, é retirado para virar etanol que alimenta nossos carros! é assim que vamos resolver o problema da fome? retirando da terra e alimentando carros? a terra não deve ser encarada como apenas um produto de extração de dinheiro, como uma indústria, existe toda uma questão social que envolve a agricultura. A forte relação do homem com a terra. Os agricultores familiares são os maiores responsáveis pela produção de alimentos que vão a mesa do brasileiro todos os dias. Devemos repensar o modelo de fazer agricultura, a discussão é muito mais complexa. Desde a colonização do Brasil a estrutura agrária é praticamente a mesma. A reforma agrária se faz necessária para diversificarmos a produção e alimentar a população. |
ROBERTO TRIGO PIRES DE MESQUITAITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE EM 09/12/2011
Acho que estamos confundindo agronegócio com seus sistemas de produção orientados meramente para a busca do incremento da produtividade, estes sim, nitidamente conflitantes pelo menos em termos conceituais com a garantia de segurança alimentar absoluta aos consumidores finais de seus produtos.
Entendo que agronegócio é uma má tradução de agribusiness, que na verdade é o meio pelo qual as produções agrícolas e pecuárias são geridas das porteiras para fora, obviamente com objetivos de máxima agregação de valor aos seus produtos, tudo isso sempre melhor otimizado a partir do pleno atendimento às exigências do mercado consumidor que estão cada vez mais focadas nas boas práticas produtivas, na garantia de qualidade total e, principalmente da segurança alimentar absoluta. Tanto são entidades pró-ativas do agronegócio o pequeno produtor orgânico que comercializa seus produtos diretamente em mercados regionais quanto os grandes conglomerados das diferentes cadeias produtivas responsáveis pelo suprimento mundial de alimentos. E cada um deles é responsável pelo oferecimento de segurança alimentar aos seus clientes, independentemente das escalas de produção em que operam. |
RONALDO CARVALHO SANTOSCURITIBA - PARANÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA EM 08/12/2011
Não percamos o foco do artigo. AGRONEGÓCIO E SEGURANÇA LIMENTAR, SÃO INIMIGOS?
O espaço do Milk Point gratuíto deve ser mais bem usado pelos formadores de opinião, embora respeite todos os comentários, vamos entender a raiz do problema.e discutir a solução, já que todos sabemos que a IN 51, será prorrogada. Não quero ficar emcima do muro, também acho que não deveria se prorrogada, mais vai e daí? Continuaremos a chorar pelo leite derramado e manter as vacas no brejo com TB ,Brucelose etc..... ? Desculpem. |
WALTER JARK FLHOSANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 08/12/2011
Prezado Fernando ! Aproveito seu comentário para acrescentar a seguinte preocupação: Muitas vezes há exagero por parte da mídia . Ontem (7/12 ) assistindo a um telejornal (Bandeirantes) fiquei estupefato com as declarações de um entrevistado que foi identificado como Agrônomo. A reportagem tratava da questão de residuos de agrotóxicos, e o quando questionado pela entrevistadora , o tal agrônomo afirmou que os residuos eram de Mercúrio e Chumbo. Fiquei surpreso porque produtos a base de mercurio já estão proibidos há mais de 40 anos. Tudo bem que há exageros que devem ser contidos. Entretanto falar em mercúrio me pareceu um exagero. Espero estar certo na minha afirmação até porque nunca tinha ouvido falar em agrotóxicos a base de chumbo. Se falei besteira me corrijam.
Walter |
FERNANDO MELGAÇOGOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA EM 07/12/2011
Que o agronegócio usa defensivos, herbicidas ,desfolhantes, adubos químicos etc. em grandes escalas, não resta dúvidas.
Muito me preocupa os resíduos destes agroquímicos que ficam no solo e nas águas. Dizem os mais entendidos que eles se decompõem em produtos inativos. Não consigo acreditar que isto seja uma verdade para todos eles. Acho que num futuro não muito distante, teremos nossos cursos de água quase todos contaminados, destruindo a fauna aquática, principalmente os peixes. Quanto à contaminação dos alimentos, também me preocupa, principalmente quando vemos reportagens como as do Jornal Nacional de 06/12/2011, onde pudemos ver o descaso com que se tratam as aplicações de agrotóxicos em diversas culturas. Defensivos encontrados em diversas frutas e verduras, muito dos quais não indicados para aquela cultura. Acredito que os famosos clorados ainda continuam a ser usados, apesar da proibição do M.A., principalmente nas raízes e tubérculos. Este inseticida se acumula nos tecidos adiposos do nosso corpo e podem causar até câncer. Faz-se necessário que o M.A. fiscalize melhor a aplicação dos agrotóxicos, evitando assim que se apliquem defensivos inadequadamente e em quantidades exageradas. A sorte de todos nós consumidores são as diluições. Isso significa que, quando o agrotóxico chega até nós, através dos alimentos, eles já estão bastante diluídos, tornando as doses ingeridas muito baixas. O mesmo não acontece com aqueles que são acumulativos, como é o caso dos clorados. Acredito, no entanto, que sem os agroquímicos jamais conseguiríamos alimentar a maioria dos 7.000.000.000 de habitantes do Planeta. Mesmo assim, ainda existe uma boa parcela da população passando fome, tanto quantitativa quanto qualitativa. Esta parcela gira em torno de 2.000.000.000 de seres humanos em várias partes do mundo, principalmente nos países pobres da África Subsaariana. Atenciosamente, Fernando Melgaço |
RONALDO CARVALHO SANTOSCURITIBA - PARANÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA EM 07/12/2011
Com todo respeito aos formadores de opinião,mas nossa omissão anima os arautos oportunistas da tutela a, criar bandeiras ,como linguagem dúbia, entre outras..
Assim nem sempre nos apercebemos das verdadeiras intenções. Se aproveitam das vertentes ideológicas e, ao mesmo tempo que parecem estimular uma determinada corrente,incutem em outras o sentimento de contronto. Na verdade , aguardam descobrir a direção dos ventos e, vão tutelar os vencedores.. Não estimulam discussão sobre modêlos,sistemas, com posição fomada, Vão aguardar momento propício para incentivar os conflitos e, deles se aproveitar. Não é difícil entender que, e a quem interessa a manutenção do confronto.. O litígio enfraquece os contendores, que serão dominados e tutelados, Deixando de pensar aceitam quaisquer modêlos que lhes sao impostos. Políticas Públicas formuladas para surtirem efeitos de clientelismo,bolsões de núcleos dos "Sem" passam a ter voz através os arautos da corrupção.Se atendidos não haveria ou se diminuiria o número de sem terra não vocacionados e as minorias. A integração dos atores se enquadraria na normalidade do processo inteligente,qual o Sistema Agropecuário Produtivo Integrado,coim espaço para uma política engajada,de sustentação do entrosamento entre, diferentees mas irmanados para bem comum.. Lógico que agricultores, são diferentes se, grandes ou pequenos.como empresas e os empresários, também suas indústrias.As tecnologias são bem vindas quando usadas sem risco, e necessárias.Finalmente, os produtos devem satisfazer as necesidades do consumidor, sem causar riscos a saúde humana,Assim fabricados seus excedentes de produção serão exportados. A união de quem produz a matéia prima,quem transforma , beneficia e elabora produto final,deve procurar sem tutelas, entendimento para que, não sejam colhidos de surpresa , por aqueles que criam dificuldades (Modêlos,Conflitos) para cobrar faciilidades. Assim nos atores da Cadeia Produtiva, não haverá excluídos e os "Sem" Os corrupotos passam a ser agora os "Sem Conflitos", e as têtas secarão. |
CÉSAR GIORDANO GÊMEROARARAQUARA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 06/12/2011
Não podemos nos equivocar nas colocações sobre estrutura fundiária Brasileira, e seu sistema produtivo, que o agronegócio é completamente diferente dos moldes da agricultura familiar isto é fato, mesmo porque em nosso país temos dois ministérios diferentes, o MDA que cuida das questões da agricultura familiar, e o MAPA que visa os interesses dos agroexportadores, os agricultores familiares não têm perna para adotar o pacote tecnológico que os grandes produtores possuem, e eles devem sim se basear em sistemas produtivos que visem diminuir a utilização de insumos extra-setoriais.
Dizer que o agronegócio é fundamental para saciar a fome no mundo é pura utopia. Se isto fosse verdade não teríamos tanta criança passando fome no mundo. Desde a revolução verde até os dias de hoje o agronegócio já deveria ter resolvido o problema. Um exemplo simples é a questão da produção da soja em nosso país, grande parte de nossa produção serve de alimentação para aves e suínos da Europa e outros países da Asia, Oriente Médio, etc. Que consequentemente servem de alimento para esses povos. Para nós Brasileiros só resta a grande quantidade de agroquímicos utilizados que contaminam nossos solos, águas subterrâneas, etc. Este modelo de produção é insustentável a longo prazo, e a reforma agrária e uma produção baseada nos conceitos da agroecologia é necessária para sustentabilidade dos nossos filhos. |
JOSEPH CRESCENZIITAIPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 06/12/2011
O assunto de Segurança Alimentar fala em "alimentação adequada e saudável: direito de todos". mas tem a ver principalmente com custo de produção. Esse custo reflete no preço em que um alimento saudável e farta chega na mesa do consumidor. Se os níveis de imposto pago pelo produtor, os custos altos com transporte e a diminuição de área devido a regulamentações ambientais aumentam esse custo de produção, o preço pago pelo consumidor tem que subir.
Nenhum modelo, sendo Capitalista ou Socialista, terá sustentabilidade se o produtor não for remunerado seus esforços. |
WALTER JARK FLHOSANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 06/12/2011 Recentemente, li no "estadão" artigo do Xico Graziano sobre a questão da segurança alimentar. O que mais me chamou atenção foi um dado da FAO segundo o qual são necessários 2,7 ha de terra agricultável,no mundo, para alimentar uma pessoa. Num primeiro momento achei que havia algum erro de digitação. Entretanto ,pelo texto ,o número parece estar correto. Como sou agrônomo comecei a fazer cálculos e não tenho a menor dúvida ,que para as condições de Brasil , é muita terra para alimentar uma só pessoa. Entretanto o número foi apresentado com a informação de que logo logo não haverá terra agricultável suficiente para alimentar a população crescente no mundo. O que tem a ver isso com o texto acima ? O agronegócio é fundamental para saciar a fome no mundo. E quem acha que agronegócio é sinônimo de monocultura ou extensas propriedades , está redondamente enganado. No Paraná mais de 70% dos produtores de soja são os chamados "Agricultores Familiares". O mesmo vale para outros produtos como leite, suinocultura ,avicultura, milho fruticultura olericultura ... Está certo que o número de grandes produtores está aumentando mas vale lembrar que no Brasil 80% dos produtores são caracterizados como agricultores familiares. E qual a diferença entre os grandes empresários e os agricultores familiares? Apenas a escala de produção. As duas categorias tem o mesmo objetivo. Produzir para vender. Vender para ganhar dinheiro. E produzir produtos agricolas para se vender ,hoje se chama de agronegócio. Portanto é uma discussão ridícula de ambientalistas que não conhecem nada , absolutamente nada de agricultura. Um fato é concreto. O número de pequenos produtores está diminuindo. Isto não significa entretanto que a agricultura familiar é incompativel com o chamado agronegócio, que por sua vez é essencial para a segurança alimentar não só do Brasil como tambem do mundo. Walter |
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