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À espera do dia que nunca vem

POR GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ESPAÇO ABERTO

EM 13/04/2010

3 MIN DE LEITURA

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Desde os tempos de criança, nos bancos de escola, ouvimos dizer que "o Brasil é um País em desenvolvimento". O mais impressionante é que, nossos pais e nossos avós, também já tinham ouvido, em suas épocas, a mesma assertiva. Envelhecemos sem ver o progresso chegar, o que, certamente, se dará com nossos filhos e netos.

Quando deixaremos de ser o País do Futuro? Nenhum de nós, infelizmente, sabe a resposta, que é tão incerta quanto aquela frase de botequim: "fiado só amanhã". Com a pecuária de leite, o que se sucede é a mesma coisa: amanhã será um dia melhor. Quando?

O mais impressionante é que nós temos todas as condições de reverter o quadro que hoje se nos é anunciado, com medidas muito simples, mas, nos falta apoio político, apoio social, apoio de classe, apoio governamental...

Diversas vozes têm se levantado para propalar as mais variadas soluções para a crise do mercado de leite no Brasil, mas, tal como na lenda dos ratos, ninguém se propôs, até agora, "a colocar o guiso no gato". Aliás, nem certeza temos de quem é o gato, se o Governo, se o Laticínio, se o Supermercado, ou se o Consumidor. Só uma segura e terrível constatação nos abate, cotidianamente: a vítima somos nós, os produtores.

Se a nossa cultura não nos prende ao associativismo, não podemos pretender que viremos, nem a longo prazo, seguidores da Nova Zelândia, com a sua poderosa Fonterra. Se ao Governo Federal, nocivo que o preço do leite ao consumidor final seja majorado, porque faria despencar seus fins eleitoreiros, já que o pobre não poderia consumir o necessário, imprescindível, insubstituível alimento, e, ainda, nos coloca como os vilões da alta da inflação e da destruição do meio ambiente, com ele não poderemos contar.

Se o mesmo Governo Federal não se interessa em promover uma fiscalização rígida nos Laticínios, para entender a política de preços praticados pelos mesmos, que pagam R$ 0,70 (setenta centavos de real) ou menos, aos que fornecem o leite in natura e o vende por mais do dobro do preço, desfigurado e empobrecido, o que faremos nós? Se não interessa aos que comandam o País saber quem é este atravessador que retira o leite de nossas fazendas a preço módico e o vende a um absurdo nas gôndolas dos supermercados, o que faremos nós?

Se a política agrícola brasileira tem pavor da palavra subsídio e, mesmo assim, nos despeja as obrigações da Instrução Normativa 51, a que santo nós vamos invocar para solucionar nossas contas de final de mês? Se os nossos governantes não sentem vergonha de ver o mercado de insumos ampliar seus preços pela simples mudança climática, esmagando a produção e avermelhando as melhores contabilidades, o que faremos nós, os endividados?

Se nossos deputados e senadores, que foram eleitos, pelo menos, teoricamente, para nos defender, ficam mais preocupados com suas cuecas e meias, a quem endereçar nosso grito? Se os responsáveis pelas políticas externas permitem a importação de leite, ao invés de incentivar o aumento da produção doméstica, que oração devemos sussurrar para que nos entendam e aceitem?

Se o Governo Federal não mede despesas para anunciar as obras do PAC, que nunca saíram do papel ou que, se deixaram as pranchetas, foram superfaturadas, mas se nega a fazer um minuto sequer de propaganda do leite como alimento necessário, que estrada tomar? Se, nem estrada temos para escoar nossa produção, evitando sua perda, que futuro ainda teremos que almejar?

Se ao estrangeiro é destinado todo o incentivo possível para que produza em nossas terras e, a nós, cidadãos, só os impostos, o que fazer para prosseguir produzindo? Só nos resta, infelizmente, apenas e tão somente, esperar, esperar, esperar pelo dia que nunca vem e que nós nem sabemos se virá.

Conheça mais sobre a participação do Guilherme A. de Mello Franco no MilkPoint, visitando sua página no MyPoint.

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/04/2010

Prezado Roberto Trigo Pires de Mesquita: Obrigado por sua nova participação. Seria muito simples e rentável, se todos tivéssemos condições de ter, ao menos, uma ordenhadeira de mais de dois conjuntos. Ocorre que, na maioria dos casos, o produtor de leite não tem saúde financenria nem para o básico, o que se dirá de um "sistema de ordenha de última geração". Tenho certeza que temos amplas condições de reverter o quadro atual, mas temos vontade coletiva para isto?
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/04/2010

Prezado Elizario Pedrozo: Obrigado por sua participação. Cada vez que uma luz se apaga, no universo da produção de leite, o mundo fica um tanto mais pobre, mais sem sentido, mais longe do dia que nunca vem. É uma pena que você tenha chegado à esta conclusão de desistência. Mais uma voz se cala e o silêncio da indiferença aumenta uma vez mais.
Um abraço e o sentimento,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
RAMON BENICIO LIMA DA SILVA

NITERÓI - RIO DE JANEIRO

EM 23/04/2010

Prezado Daniel Carrara, Guilherme e demais participantes,

O intuito dos recortes apresentados foi mostrar que a relação entre a indústria e o produtor tem que mudar. A concentração de poder não só financeiro como também estratégico da indústria, que pode com maior motilidade mudar sua forma de atuação no mercado, é que quase sempre dita as regras de relacionamento dentro da cadeia produtiva. A BRF já tem planificada sua estratégia de crescimento e não vai abrir mão desta eu só espero que desta vez os produtores não fiquem a espera do dia que nunca chega.

Espero que testemunhos como o acima apresentado pelo amigo Elizario Pedrozo sejam cada vez mais raros. Se a BRF realmente quer despontar como uma empresa socialmente correta, e acredito que o seja, não pode ter o mesmo comportamento de tantas outras que já passaram pelo mercado e deixaram o produtor a vislumbrar o dia que nunca chega sempre no horizonte distante.

Um grande abraço
Ramon Benicio
ROBERTO TRIGO PIRES DE MESQUITA

ITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 20/04/2010

Prezado Guilherme,

Diferentemente do que voce imagina o investimento em uma planta de equipamentos para processamento do leite pasteurizado tipo A por exemplo para 1000 litros / hora, com envasadora automática em garrafas plásticas e câmara fria para estocagem até a entrega própria ou terceirizada ao consumidor final, é inferior ao custo de implantação de um sistema de ordenha de última geração que ainda será onerado com o custo dos equipamentos para resfriamento e estocagem do leite cru.

Se ao invés do processamento do leite pasteurizado o projeto for estruturado para a produção de derivados, queijos, iogurtes, sorvetes, etc, como o SIF aprova plantas com pasteurização lenta, o custo cai pela metade.

Então, meu amigo, na verdade o superherói é o produtor que percentualmente responde por no mínimo 50 % do investimento total na cadeia láctea e fica com no máximo 30 % dos preços pagos no varejo.

Terei muito prazer em demonstrar a voce que "o mais impressionante é que nós temos todas as condições de reverter o quadro que hoje se nos é anunciado, com medidas muito simples" sem que dependamos "de apoio político, apoio social, apoio da classe, apoio governamental..." bastando para tanto irmos ao mercado.

Abraços

Roberto




RAMON BENICIO LIMA DA SILVA

NITERÓI - RIO DE JANEIRO

EM 20/04/2010

Prezados amigos,

Apresento abaixo trechos recortados da recente matéria sob o título "BRF firma parceiria para ampliação do Clube do Produtor" no Giro Lácteo.

"Ao fidelizar os pecuaristas, a BRF busca desenvolver uma base sólida e sustentável no volume captado de leite, que suporte o crescimento da companhia no segmento. No ano de 2009 o setor de lácteos, da então Perdigão, foi responsável pelo faturamento de R$ 3,3 bilhões de reais, ou 20% do faturamento da empresa."

Este primeiro trecho apresentado mostra que a BRF (Sadia + Perdigão) coloca bem clara a inversão da visão de fidelização, que normalmente se aplica ao consumidor ou ao cliente. Neste caso o produtor é que está sendo fidelizado e não o cliente (comprador) que no caso seria a BRF. Além disto mostra o enorme valor percentual que representa o sector lácteo dentro da BRF.

"Referente a programas de integração vertical, como ocorre no caso de aves e suínos, Daniel respondeu: "O custo da integração é muito alto, o sistema de integração no leite imobilizaria capital".

Este segundo trecho só reafirma tudo que os produtores tem dito: Produzir leite custa caro!

"A empresa, por três anos, tem trabalhado no desenvolvimento do produtor viabilizando a cadeia do leite de forma sustentável, econômica e com preocupação ambiental. Um dos diretores resumiu o Clube do Produtor de Leite na seguinte frase: "preço não fideliza um produtor, relacionamento sim".

Este terceiro trecho deixa claro que a BRF não acredita num relacionamento Ganha-Ganha entre indústria e produtor. O produtor precisa ser bem remunerado, ou será que precisa dar "desconto" prá vender o seu produto.

E por último, o trecho abaixo:

"Pagamento por qualidade

Durante o anúncio da parceria, os membros presentes da BRF foram questionados se haveria um programa de pagamento por qualidade. Wlademir Paravisi respondeu: "um programa de pagamento por qualidade antes de um programa de melhoria de qualidade não é factível. Esse será um dos atributos do nosso programa de fidelização". Wlademir explicou que a remuneração por qualidade dependerá de características do leite adequadas para cada planta de beneficiamento. E que o programa de pagamento por qualidade deverá vigorar a partir do segundo semestre."

Se o programa visa elevar a qualidade do leite produzido, é condição "sine qua non" que viesse já atrelado a uma proposta de pagamento por qualidade.

Não existe forma de tornar a relação Indústria-Produtor uma relação Ganha-Ganha, por que a cadeia de valores: Custo de produção - Preço para a indústria - Custo da indústria - Preço ao mercado, faz parte da estratégia de cada elo envolvido na cadeia. Na hora que um destes elos abrir sua planilha o outro ou os outros vão se aproveitar.

Um abraço
Ramon Benicio

<b>Resposta da BRF:</b>

"Prezado Ramon Benicio Lima da Silva,

Em primeiro lugar, quero agradecer sua manifestação, encaminhada ao MilkPoint, porque o debate é democrático e sempre produtivo.

Com relação às questões levantadas, gostaria de reforçar que a BRF Brasil Foods entende por fidelização o estabelecimento de uma relação de confiança entre indústria e produtor, de troca, de interação em que ambos possam ser beneficiados.

Para viabilizar esse relacionamento e buscar a excelência da matéria prima, o Clube do Produtor de Leite BRF disponibiliza ao produtor de leite parceiro assistência técnica acompanhada de uma cesta de insumos composta de ração, medicamentos veterinários e detergentes, sêmen e sal mineral que representam juntos, em qualquer planilha, entre 50% e 60% do custo de produção de leite. Além disso, o Clube atuará como facilitador para obtenção de créditos/financiamentos e para a aquisição de equipamentos de ordenha e tanques de expansão.

Gostaria de informar que o crescimento na área de lácteos está entre as principais estratégias da Brasil Foods que, por meio do Clube do Produtor, quer alavancar a produção e a produtividade no campo. A companhia entende, no entanto, que alcançar essa meta não é uma tarefa que possa desenvolver sozinha sem, paralelamente, apoiar o fortalecimento de seus parceiros. Assim, fomentar a potencialidade no campo e dos produtores nacionais é uma proposta factível e que já está sendo colocada em prática. Embora com percentual ainda modesto na atividade de lácteos em seu faturamento, a empresa já é a segunda maior do setor no Brasil e trabalha para abrir novos mercados e ganhar espaço no cenário internacional.

Finalmente, o preço de leite é importante, porém, é o mercado que dita. Sucesso no negócio só é obtido quando o produtor pode manipular fatores que interferem na eficiência do processo de produção e que estão ao seu alcance. Por exemplo: quantidade de animais, volume de produção, venda de animais, de esterco, etc., são questões que dependem do produtor e ele pode interferir para ser mais ou menos eficiente. Mais importante que preço do leite é a receita, é a margem da atividade, é o que sobra e que vai para o bolso do produtor. E o Clube do Produtor pode ajudar o produtor a atingir esses resultados.

Com relação ao pagamento do leite por qualidade, a tabela da BRF já está pronta, mas antes de aplicá-la é preciso preparar, educar e informar o parceiro para produzir com qualidade e usufruir dos benefícios do programa. A proposta é acolher o produtor e não aleija-lo do processo. O Clube do Produtor de Leite BRF, com apoio do programa Balde Cheio, repassará aos parceiros tecnologia que lhes permitirá alcançar produtividade acima de 20 mil litros/hectare/ ano. As fazendas assistidas pelo Balde Cheio no Brasil exibem índices de produtividade acima de 35 mil litros/hectare/ano. Se comparamos esses índices com outras atividades agroindustriais, verificamos que poucas poderão superar a lucratividade por hectare/ano da produção de leite, em que o potencial teórico é de 60 mil litros/hectare ano.

Atenciosamente,

Daniel Carrara
Gerente Nacional de Originação de Leite
BRF Brasil Foods"







GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/04/2010

Prezado Roberto Trigo Pires de Mesquita: Obrigado por sua sempre precisa participação. Você mesmo reconhece que a tecnologia citada não é para todos, aliás, para quase nenhum. O ideal, com certeza, é que cada um de nós pudesse ter seu próprio laticínio e comercializar seu produto diretamente ao consumidor final. Mas, tal como na Ilha da Utopia, de Thomas Morus, o ideal nem sempre é o possível. Os investimentos em um laticínio, por mais simples que seja, são muito altos e você bem o sabe, as liberações de financiamento para tais projetos são muito complicadas, em face do elevado volume de dinheiro que arregimentam. Daí, neste caso, não servirem de exemplo os amigos Olavo Barbosa, Roberto Jank Jr, Elder Marcelo Duarte, Lair Antônio de Souza, Waldir Junqueira de Andrade e alguns outros, como o Horácio Moreira Dias (Laticínios Flórida) - verifique, não enchem nem as duas mãos em sua contagem. Estamos, realmente, a falar sobre os mortais comuns, não sobre os superheróis (rsrsrs!!!). Quanto ao mercado de leite de búfulas, quantos produtores existem e quantos têm realmente lucro com a atividade leiteira? Isto me lembra um mercado um pouco mais desenvolvido, o do leite de cabra. Fora a venda de genética, quem realmente pode dizer que vive às custas dele?
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
ROBERTO TRIGO PIRES DE MESQUITA

ITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 20/04/2010

Prezado Guilherme,

Entre os seus vários "se" que coloca a maioria dos produtores no destino atávico de poder apenas continuar amaldiçoando a escuridão, destaco

"Se o mesmo Governo Federal não se interessa em promover uma fiscalização rígida nos Laticínios, para entender a política de preços praticados pelos mesmos, que pagam R$ 0,70 (setenta centavos de real) ou menos, aos que fornecem o leite in natura e o vende por mais do dobro do preço, desfigurado e empobrecido, o que faremos nós? Se não interessa aos que comandam o País saber quem é este atravessador que retira o leite de nossas fazendas a preço módico e o vende a um absurdo nas gôndolas dos supermercados...?" para lembrar alguns produtores que encontraram no acesso direto ao mercado a resposta para "...o que faremos nós?"

Olavo Barbosa, Roberto Jank Jr e Elder Marcelo Duarte, Lair Antonio de Souza e Waldir Junqueira de Andrade, dentre muitos outros espalhados pelo mercados lácteo nacional.

Particularmente acho muito interessante os modelos de gestão comercial da Fazenda Bela Vista (Leite A) , Agrindus / Salute (Leite A e derivados) e o da Milklins (Leite B e derivados) que além de agregarem valor aos seus produtos, abrem um canal direto com os consumidores que são conscientizados sobre a mais valia da qualidade do leite e derivados processados na própria fazenda.

Imaginando que voce vá dizer que essa estratégia de mercado é acessível apenas à elite dos produtores nacionais, sugiro o acompanhamento do mercado nacional do leite de búfalas cuja grande maioria dos produtores já trilha com lucro o caminho da venda direta ao consumidor.


ELIZARIO PEDROZO

ENÉAS MARQUES - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/04/2010

Prezado Guilherme concordo na totalidade de seu artigo.
Só que cancei de produzir alimento no presente, sonhando com o futuro, gastando minha saúde e paz no presente e me individando no futuro.
produzir alimento neste pais é castigo, não se tem respeito por esta atividade.
Estou abandonando meu sonho, meu grande projeto de vida o de produzir leite,após 10 anos de atividade, minha contribuição ja foi dado esse milhão de litros de leite que eu venho produzindo a cada 3 anos, vai aparecer um outro sonhador no meu lugar...
abraço
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/04/2010

Prezado Sávio Santiago: Obrigado por sua participação. A unificação é sempre prejudicial na cadeia produtiva, seja ela do leite ou outra qualquer. Toda vez que se reduz a concorrência perdemos todos nós. Não generalizo a atuação da indústria, mas, em regra, o quadro que pinto é o que resuma da ação desta no mercado. A fartura de indústrias não é geral: o que existe, em diversas regiões, é quase um monopólio, um acordo de preços que vitima, sim, o produtor. Por isso, entendo que ainda existe, sim, o jogo entre vilões e vítimas. Espero mesmo que o dia que nunca vem chegue logo, pelo menos para nossos netos.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/04/2010

Prezado Ramon Benício Lima da Silva: Obrigado por sua nova participação. Disponha deste espaço, caro amigo.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/04/2010

Prezado Paulo Roberto Viana Franco: Obrigado por sua participação, conterrâneo. Ocorre que, ainda que tenhamos todas as técnicas, que sigamos todos os métodos necessários e úteis à produção, que tenhamos alta produtividade, o estigma do preço do leite remanesce em nosso caminho. Portanto, não há como não lamentar sua ação sobre a cadeia produtiva. Ignorá-lo é o mesmo que "tapar o sol com a peneira", o que, certamente, nos manterá no mesmo lugar que, atualmente, ocupamos. Os que me conhecem sabem que não concordo com qualquer índice de produtividade por área, eis que entendo ser o mesmo impreciso. Quanto à lactação de minhas matrizes, gira em torno de quatorze mil litros (305 dias). O litro de leite custa R$ 0,36 (trinta e seis centavos).
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 16/04/2010

Boa noite Guilherme;

Concordo que mazelas históricas existem e devem ser efetivamente combatidas. Dessa forma avalio que o nosso governo não tem contribuido em nada com o nosso setor assim como em muitos outros. Como exemplo, recetemente discute-se nas esferas superiores a cooperação quase que fusora dos mercados do Brasil, Argentina e Uruguai de lácteos. Plano tal desenvolvido pelo governo brasileiro ao meu ver com dois únicos objetivos: Desvalorizar o produto nacional mantendo níveis convenientes da inflação e usar o leite como moeda de troca à exportação de frango à esses países, beneficiando assim gigantes da avicultura nacional em detrimento de milhões de pessoas atreladas ao seguimento produtivo do leite.
Apesar do seu claro objetivo na confecção da matéria e da razão quase inquestinável de seu ponto de vista, a forma como você generaliza a atuação nociva da indústria me faz achar necessários alguns comentários. Não são todas as indústrias que usam de manipulação do mercado, e as que usam desse artifício estão na contra mão da história, perdendo etspaço no mercado, muitas saindo da atividade.
A farta oferta de indústrias compradoras em muitas regiões do país, torna um pouco ultrapassado esse discurso de "vítimas e vilões". Acredito que os problemas do mercado estão muito mais ligados às conjunturas competitivas do nosso produto no âmbito nacional e internacional, e às nossas deficiências técnicas em diversas etapas do setor produtivo, além de deficiências de mercado, marketing, consumo, legislação, política etc.
Dessa forma, te parabenizo por você ter chegado aonde importa: Mobilização.
Estamos participando de diversos fóruns desse site: Produtores, industriais, técnicos, agentes públicos, representantes comerciais, estudantes e pesquisadores. Essas pessoas são capazes de pontuar os problemas e resolve-los um a um. Senão resolve-los, ameniza-los.

Talvez o dia que nunca vem pode estar mais próximo que imaginamos.

Mais uma vez, parabéns pela visão;

Sávio Santiago
RAMON BENICIO LIMA DA SILVA

NITERÓI - RIO DE JANEIRO

EM 16/04/2010

Prezados amigos, Paulo Mauricio, Paulo Roberto e Guilherme.

Em especial ao Guilherme peço desculpas por responder a estes comentários dentro do fórum por ele iniciado.

A ideia de uma associação virtual me pareceu, diante das dificuldades hoje existentes dentro da atividade leiteira, em especial a dispersão geográfica, uma boa alternativa. Hoje com as ferramentas disponíveis de informática, Cloud Computing, teleconferencia, Voip, processamento remoto e etc, pareceu-me lógico que o setor agropecuario faça uso destas, da mesma forma que a industria e o setor terciário já o fazem. Temos que estudar um pouco mais a questão jurídica.

Ao amigo Paulo Roberto devo dizer que VACA reclama e muito dos maus tratos, diminuindo a produção de leite, dando crias mal nutridas que, se conseguirem nascer, terão um desenvolvimento prejudicado, perdem peso, tem ciclos de cio prejudicados, fora uma outra dezena de problemas advindos da má alimentação.

Se a VACA pudesse falar não saíria da janela do produtor que lhe maltrata, berrando que estava faminta e por ultimo, caso o produtor não lhe desse ouvidos, falaria ´já que você não me dá comida, vou me suicidar deitando na terra e não vou levantar mais`.

A questão preço é fundamental na pecuaria de leite. Em outro fórum aberto pelo Guilherme fiz uma analise do preço médio pago em MG, já deflacionado, nos últimos 11 anos. O aumento médio em 11 anos foi de 2 décimos de milésimos de real equivalente a 0,7412% em 11 anos (menos de um por cento), então me responda qual o insumo básico usado na pecuária de leite que teve este aumento irrisório? Falar em índices zootécnicos para o micro e pequeno produtor, quando a energia elétrica que ele usa para acender, de madrugada, uma mísera lampada no curral quando vai ordenhar aumentou mais de 102% no mesmo período de 11 anos.

Um produtor de 50 litros diários que tenha uma margem de lucro de R$ 0,30 (uma boa margem) consegue no fim do mês R$ 450,00 para dar de comer a sua família. Essa estória do preço do leite é mais ou menos como a da galinha dos ovos de ouro com um outro enredo. Um belo dia o dono da galinha virou pra ela e falou: Galinha, o ouro tá tão desvalorizado que o que eu ganho vendendo seus ovos de ouro já não dá prá comprar comida prá você, então antes que eu morra de fome você vai pra panela, e eu vou plantar pinhão prá fazer biodiesel, que tá na moda.

O produtor de leite luta a anos para colocar a pecuária de leite no lugar que merece, o problema é que não deixam.

Um grande abraço a todos
Ramon Benicio







PAULO ROBERTO VIANA FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/04/2010

Todo produtor de leite deveria entrar num programa de avaliacao da atividade leiteira, ter acompanhamento tecnico. Deveria parar de colocar a culpa no preco e preocupar com acoes zootecnicas dentro da porteira, adquirindo conhecimento da atividade leiteira e da principal figura da atividade que a VACA, que nunca reclamou dos maus tratos recebidos, principalmente alimentacao volumosa, pois nao devemos esquecer de que e um ruminante comedor de forragem de boa qualidade os 365 dias do ano. Sao ações que o produtor deve preocupar se realmente colocasse a atividade leiteira no lugar devido.
Na sua avaliacao o produtor pode responder por quantos litros produz por hectare?
Qual a producao por lactacao de suas matrizes?
Quanto custo um litro de leite?
PAULO MAURÍCIO FURTADO DE OLIVEIRA DANTAS

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 15/04/2010

"A LUTA DE UM HOMEM SÓ TEM MENOS FORÇA DO QUE A DE UM GRUPO SOCIAL ORGANIZADO"
Companheiro Ramon, o pensamento de que devemos criar uma associação virtual deverá não apenas constar em nossos pensamentos, e sim integrar ao nosso cotidiano. Já escrevi aqui em alguns artigos nesse espaço aberto, comentando sobre a criação da Associação em Rio das Flores/RJ. Hoje invertemos a pirâmide, onde nós produtores ficávamos na parte de baixo e aguardando o preço do leite somente no dia do pagamento, e hoje estamos no topo (virtualmente de cabeça para baixo estamos no topo) informando antecipadamente o preço ao produtor. Veja que apontei meu recado iniciando com a frase citada acima, no presente momento achamos e temos a certeza que dias melhores virão, mas nós temos que nos mexer e mexer com os que estão aguardando nas fazendas, vamos colocar o bloco na rua!
Abraços a todos da cadeia produtiva.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/04/2010

Prezado Carlos Eduardo Costa Maria: Obrigado por sua participação.

Parece que você não entendeu meu ponto de vista. Nada tenho contra o povo brasileiro, também o sou e, nunca desisto. Ocorre que chegou a hora de abandonarmos nosso marasmo e começarmos a caminhar para o desenvolvimento, de uma vez por todas.

Gerações aguardam, sem sucesso, que o dia em que poderemos nos orgulhar de pertencermos ao primeiro mundo (temos plena condição para isto) chegue, sem, contudo, nada fazer para que este estado de coisas se concretize. Agora, temos que arregaçar as mangas e lutar para que este futuro deixe de ser futuro, para ser presente. Vamos dar as mãos e nos unir por este ideal.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/04/2010

Prezado Richard James Walter Robertson: Obrigado por sua participação. Infelizmente, a pecuária leiteira brasileira sempre foi tratada como filha proscrita. Nunca tivemos sequer uma voz ativa no cenário nacional, sempre tratados como pobres coitados que, idealistas, pagávamos para dizer que éramos produtores.

Mas, este cenário de escravidão, de navio negreiro, de desespero, está deixando de ter as nuvens cinzentas sobre nossas cabeças e anunciando um sol brilhante. Mas, para termos o famoso "céu de brigadeiro" e não sofrer com os constantes "el niños",temos que nos unir, brigar, protestar, anunciar, fazer e acontecer. Este debate e o que se formou em torno do meu outro artigo, sobre confinamento, já me deixam bastante animado. Espero que a nau não se perca no caminho e atinja seu destino: o desenvolvimento.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA -OLARIA - MG
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/04/2010

Prezado Ramon Benício Lima da Silva: Obrigado por sua nova participação. Também gostaria de escrever "Brasil País do Primeiro Mundo". Vamos começar a mudar esta história.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/04/2010

Prezado Moura, Geraldp:

Obrigado por sua participação. Discordo de você: a expressão foi utilizada para deixar sempre para depois o que poderíamos fazer hoje.

Com isso, estamos sempre a esperar as coisas caírem dos céus, sem nada fazer. Do céu, só nos vem chuva, aviões e desmoronamentos. Então,como disse o amigo Ramon Benício Lima da Silva, está na hora de fazermos alguma coisa, muito além da teoria, na prática. Definitivamente, não quero continuar a ver o Brasil ser o País do Futuro: quero vê-lo ser o País do presente, do agora, do hoje.

O futuro, com certeza, é uma construção contínua, mas, se não lançarmos a primeira pedra, se não dermos o passo primevo, a lugar nenhum chegaremos. Espero que nos encontremos no agora e, não, no dia em que sequer sabemos Se virá.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/04/2010

Prezado Ramon Benício: Obrigado por sua participação. Você demonstra, com seu depoimento, que a dificuldade por mim colocada à lume em meu artigo é real, rígida e, até certo ponto, intransponível a curto prazo. Quantos aderiram à sua ideia de construção de um meio perene de discussões sobre a pecuária de leite e seus inúmeros problemas?
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

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