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O mundo vem mudando a uma velocidade exorbitante nas últimas décadas. Quando entrei na faculdade no final da década de 90 tive o meu primeiro contato com uma máquina fotográfica digital. Ao invés de usar cartão de memória ela usava disquetes. Alguém ainda se lembra deles? Na metade do curso começaram a aparecer os telefones celulares (até então restritos aos executivos e endinheirados). Estes aparelhos “pré-históricos” somente faziam ligações e mandavam mensagens, recursos como calculadora e despertador eram hipervalorizados. Hoje estou escrevendo este texto no meu tablet enquanto ouço uma entrevista no meu smartphone, ao vivo, e que está sendo transmitida via Youtube. São indiscutíveis os benefícios que os avanços tecnológicos trouxeram para o nosso dia-a-dia, mas o que falar das novas tecnologias aplicadas à produção animal, principalmente no setor da nutrição animal.
Antenada com as mudanças globais, principalmente com a crescente restrição aos antibióticos promotores de crescimento, que começou na União Europeia em 2006 e que começa a tomar corpo nos Estados Unidos, a Oligo Basics começou a pesquisar novas possibilidades, novas moléculas que estivessem à altura ou que fosses melhores que os produtos atuais disponíveis no mercado. A ideia foi desenvolver algo que fosse muito além das tecnologias “naturais” já existentes e que cientificamente não tinham bons resultados zootécnicos, não havia consistência de resultados experimentais nem de campo e que hoje em dia reaparecem no mercado devido a tendências, foram os pilares da Oligo Basics na época. Os estudos feitos pelo departamento de pesquisa e desenvolvimento da empresa apontavam para os óleos funcionais, mais especificamente os óleos extraídos da casca da castanha de caju e da mamona (cardol, cardanol e ácido ricinoléico), produto hoje patenteado pela Oligo Basics no Brasil e em diversos outros países do globo. Desde a sua invenção, a tecnologia desenvolvida pela Oligo Basics já possui mais de U$ 4.000.000,00 de investimento em pesquisas. Essas 3 moléculas têm atividade antimicrobiana de baixo espectro, atuando única e exclusivamente nas bactérias Gram positivas. As bactérias Gram positivas são as bactérias mais ineficientes que habitam o rúmen, pois ao quebrar os alimentos e produzir os ácidos acético, propiônico e butírico elas também produzem gás metano e dióxido de carbono, 2 moléculas altamente energéticas e que contribuem para o agravamento do efeito estufa.
Em 2008, após quase 10 anos de atuação e inúmeras pesquisas no rigoroso mercado de aves pelo mundo, foi publicada a primeira pesquisa com ruminantes, na Universidade Estadual de Maringá. Os resultados foram surpreendentes, o Essential®, nome comercial do produto que contém cardol, cardanol e ácido ricinoléico em sua fórmula, modulou a fermentação ruminal tão bem quanto a monsensina sódica, principal antibiótico ionóforo usado para tal fim. Desde então mais de uma dezena de pesquisas já foram publicadas e várias outras estão em andamento para comprovar a capacidade do Essential® em se tornar a nova “estrela” do mercado de aditivos, bem como descobrir novos benefícios.
No ano de 2015 começaram as pesquisas com bovinos leiteiros. Os excelentes resultados vistos nas pesquisas com bovinos de corte mais uma vez apareceram. Em uma tese de dissertação de Doutorado, Maurício Furlan Martins, Arlindo Saran Netto e Paulo Roberto Leme submeteram um grupo de novilhas holandesas a 4 tratamentos (controle, monsensina, Essential® e Essential®/Monensina) durante o verão (stress térmico). Em suma, os animais que receberam a dieta com Essential® produziram mais leite que os outros 3 grupos enquanto que o grupo Monensina, apesar de ter produzido mais leite que o controle, teve a produção de gordura deprimida (Tabela 1). O tratamento com Essential® elevou em 3,6 l/dia a produção de leite corrigido para 3,5% de gordura quando comparado ao tratamento monensina.
Tabela 1: Efeito da inclusão do Essential® e (óleo funcional, OF) e monensina (Mon.) sobre os parâmetros de produção e composição de leite de vacas holandesas lactantes adaptadas à dieta.
MARTINS, M. F.; NETTO A. S.; LEME, P. R.; PINHEIRO, M. G.; TORRENT, J.; WELTER, K. C.; ARRUDA, I. Effects of functional oils and monensin supplementation on ruminal fermentation and milk production and composition in Holstein cows under heat stress. Journal of Dairy Science, v. 98, Suppl. 2, 2015. (* = P<0,05; ** = P<0,001)
No ano seguinte, 2016, foi a vez de ser publicada uma pesquisa focando a realidade do sul do Brasil. Para esta pesquisa, feita na USP Campus Pirassununga e capitaneada pelo professor pesquisador Francisco Palma Rennó, foram usadas 40 bolas de pré-secado de azevém que foram levados de Castro e esta pesquisa foi conduzida durante o inverno paulista. Os grupos Monensina e Essential® produziram mais leite que o grupo controle, porém mais uma vez o grupo Essential® produziu mais gordura que o grupo Monensina (Tabela 2). Outro ponto interessante e que vale a pena ser ressaltado é a diminuição da uréia plasmática. É possível fazer duas inferências: a melhor modulação da fermentação ruminal ajudou a melhorar a digestão da proteína e níveis mais baixos de uréia plasmática podem ser benéficas para a reprodução.Tabela 2: Aumento da produção de leite. Significativo em leite líquido. Ao contrário da monensina, a porcentagem de gordura não diminuiu.
E. Ferreira de Jesusb, T.A. Del Vallea, G.D. Calomenia, T.H. Silvaa, C.S. Takiyaa,T.H.A. Vendraminia, P.G. Paivaa, G.G. Silvaa, A.S. Nettoc, F.P. Rennó,∗. Influence of a blend of functional oils or monensin on nutrient intake and digestibility, ruminal fermentation and milk production of dairy cows. Animal Feed Science and Technology.
Neste ano de 2017 foi apresentado durante o Congresso do Animal Dairy Science Association (ADSA) mais uma pesquisa avaliando a capacidade de modulação ruminal do Essential® contra um grupo controle e contra um grupo tratado com monensina. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar os parâmetros ruminais, produção de leite e sólidos do leite em condições de stress térmico. O THI (índice temperatura-umidade) médio durante todo o período experimental de 6 semanas foi de 74,6 e a temperatura retal média durante este período ficou acima de 39,2°C. Nestas condições de stress térmico severo não se verificou diferenças em produção de leite, mas mais uma vez ficou evidente a depressão de gordura dos animais que receberam monensina e a capacidade dos animais que receberam Essential® em produzir mais gordura até mesmo que o grupo controle, obtendo uma produção de leite corrigida de 1,6l/dia a mais que o grupo monensina (tabela 3).Tabela 3: Consumo, produção e composição do leite
Rennó, F. P., Silva, G. G., Takiva, C. S., Valle, T. A. D., Óleos Funcionais na Alimentação de Vacas Leiteiras Durante o Verão. 2017 ADSA Annual Meeting.
Além dos excelentes resultados obtidos nas pesquisas, os dados provenientes do campo, do uso real, no dia a dia das fazendas seguem a mesma linha de resultados das pesquisas. Em junho de 2016 a Fazenda Rhoelandt, localizada em Castro-PR, 350 vacas em lactação e com média/vaca/dia de 36 litros, solicitou a substituição da monensina sódica que vinha no núcleo mineral-vitamínico pelo Essential®, com o objetivo de aumentar a produção de sólidos e manter a produção de leite. Este resultado foi obtido e ainda se observou outros pontos muito interessantes: estabilidade na produção de gordura e aumento na produção de proteína (Gráfico 1). Outros 2 pontos importantes foram citados pelo médico veterinário Mário Zoni, consultor da fazenda: “foi surpreendente ver o lote de alta produção, com mais de 50 l/vaca/dia de média aumentar em torno de 0,4 pontos percentuais a gordura e mesmo quando desafiamos o Essential® com uma dieta mais “quente” (mais amido e mais carboidrato não fibroso na dieta) os resultados de gordura e proteína se mantiveram inalterados”. Este ganho em gordura e proteína traduz-se em maior rentabilidade para a fazenda. No gráfico 2 está descrito a bonificação por sólidos recebida pela fazenda. Nos 17 meses usando monensina a bonificação média foi de R$0,08/litro de leite e nos 7 meses usando Essential® foi de R$0,11/litro de leite.Gráfico 1: produção de gordura mensal de 2015 e 2016. O Essential® foi introduzido na Fazenda Rhoelandt em junho de 2016.
Dados cedidos pela Fazenda Rhoelandt.
Gráfico 2: bonificação por sólidos produzidos (gordura e proteína).
Dados cedidos pela Fazenda Rhoelandt.
O Essential® surgiu no mercado brasileiro em 2006 e desde então vem surpreendendo com resultados expressivos e consistentes. As pesquisas com gado leiteiro comprovam o que diversos produtores espalhados pelo Brasil já constataram: o Essential® é a mais moderna tecnologia em aditivos da atualidade. Através de nossos clientes, atualmente mais de 100.000 vacas são suplementadas com o aditivo e sempre que os dados são escrutinados, os efeitos da adição do Essential® são os mesmos, mais leite e mais sólidos.Para saber mais entre em contato pelo box abaixo:
