A mastite bovina é uma doença responsável por grandes prejuízos econômicos em rebanhos leiteiros. São muitos os fatores causadores de mastite e nem sempre é fácil identificá-los e controlá-los. Neste sentido, são comuns as dúvidas relacionadas ao assunto.

Um dos maiores especialistas em controle e prevenção de mastite bovina, o prof. Marcos Veiga, respondeu as dúvidas de mais de 150 alunos durante as últimas edições do Curso Online "Aumente o lucro pelo controle e prevenção da mastite bovina".

Confira abaixo algumas das dúvidas respondidas por Marcos Veiga:

Aluno- Considerando que já foi realizado CCS individual no rebanho, CMT para detecção dos quartos afetados e coletado material para cultura, é necessário a espera do resultado da cultura que pode demorar até 20 dias para iniciar o tratamento dos casos com CCS individual acima do limite?

Marcos Veiga- "Eu recomendaria aguardar o resultado da cultura, pois o investimento do tratamento é muito alto. Quando é feito o tratamento somente com base na CCS, existe um risco alto de tratar vacas que não haveria necessidade na cultura ou, o contrário, pois, a CCS apresenta uma especificidade de 70-80%."

Aluno- Na coleta de amostra para a CCS individual eu devo coletar uma maior parte do leite na ordenha da manhã e outra parte na ordenha da tarde. No próprio frasco da clínica há marcação que daria para mensurar o volume coletado. Ou apenas uma amostra do leite total da ordenha da manhã é suficiente para amostra?

Marcos Veiga- "A coleta ideal de amostras de leite de vacas individuais para análise de CCS deveria ter um volume proporcional de leite de cada ordenha/dia. Sendo assim, no caso de duas ordenhas, o ideal seria coletar aproximadamente 50% da amostra da ordenha e 50% da ordenha da tarde. O mesmo se aplicaria a rebanhos com 3 ordenhas. Este é o procedimento que usamos para fins de pesquisa.

No entanto, em fazendas leiteiras, pode-se realizar a coleta de uma ordenha (p. ex. pela manhã), no entanto, a amostra deve ser representativa de toda a ordenha. Isto pode ser obtido quando se usa um coletor próprio ou medidor de fluxo de leite. Existe uma variação de CCS durante a ordenha, sendo que no início e final da ordenha a CCS é mais elevada."

Aluno- As vacinas preventivas para a mastite (até as curativas) que existem no mercado, quando utilizadas em rebanhos, podem alterar o CMT pelo aumento esperado de resposta imunológica da vaca?

Marcos Veiga- "Os estudos sobre resultados de vacinas, não indicam que ocorre aumento da CCS. A principal forma de resposta que foi medida nestes estudos é o aumento das imunoglubulinas (anticorpos) e não de CCS. Neste caso, eu não esperaria aumento da CCS ou do CMT em função do uso de vacinas contra mastite."



E você, já teve dúvidas no controle e prevenção de mastite? Teve alguma dificuldade para determinar o melhor tratamento? Ou realizar o correto diagnóstico?

Uma nova edição do Curso Online "Aumente o lucro pelo controle e prevenção da mastite bovina" com Marcos Veiga  já começou e ainda dá tempo de participar!

Aproveite esta oportunidade de esclarecer suas dúvidas e reduzir a ocorrência de mastite em rebanhos leiteiros, reduzindo os prejuízos econômicos dos tratamentos, descarte de leite e até mesmo o descarte de vacas.

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