Ainda dá tempo de participar do Curso Online "Melhoramento Genético de Gado Leiteiro", com o instrutor Marcos Vinícius Barbosa da Silva pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

Este curso, está sendo uma excelente oportunidade para produtores e profissionais que atuam na área e desejam aprofundar os conhecimentos, aprendendo como aplicar os conceitos aprendidos em sua propriedade. Além de um material completo, com vídeo-aulas e textos, os alunos tem a oportunidade de tirar dúvidas diretamente com o instrutor.

Confira abaixo algumas das perguntas que já estão sendo esclarecidas no fórum:

Aluno - Professor, os efeitos: idade da vaca ao parto ; período de lactação; número de ordenhas; ano e mês / estação do parto e nível de manejo do rebanho são os principais? Tem algum que seja mais importante?

Marcos- Em geral, esses são os principais, mas, se estamos trabalhando, por exemplo, com raças sintéticas a composição genética torna-se bastante importante.

Aluno- Pleiotropismo é o que mais atrapalha no processo de melhoramento genético?

Marcos- Em relação à pleiotropia, não vejo que ela atrapalha o processo, na verdade, poderá até ajudar. Se você tem duas características alta e positivamente correlacionadas, como produção de leite e produção de proteína, por exemplo, significa que se você selecionar animais para maior produção de leite, terá como resultado também animais mais selecionados para produção de proteína.

Aluno- Professor, tenho várias vacas (girolando 1/2 e 3/4) de livro fechado, porém o fenótipo de algumas vacas não ajuda muito com o genótipo. Neste caso tenho que cruzar estas vacas com touros com PTA alto?

Marcos- Deve-se sempre tentar escolher/usar os touros com a PTA mais alta para a(s) característica(s) de interesse, observando-se o preço do sêmen e também alguma outra característica auxiliar e se o touro é portador de um alelo relacionado à alguma doença genética.

Aluno- Professor, o que o senhor acha de utilizar, varias raças sem fixar alguma característica específica de alguma delas, por exemplo: pai (Gir) mãe (Holandesa), na F1 realizar o cruzamento com touro Jersey. Quais as desvantagens dessa forma de cruzamento? Pode ter vantagem?

Marcos- Quando você faz um cruzamento entre três raças, o chamado cruzamento triplo ou tricross, seu objetivo principal é manter um bom nível de heterose. Normalmente, se usa uma segunda raça européia, geralmente a Pardo-suíça, a Jersey ou a Simental, nos cruzamentos com animais Holandês X Zebu. Nesse caso, você não pensa em fixar alguma característica, simplesmente quer explorar a heterose. As recomendações e comentários da Embrapa Gado de Leite a respeito desse tipo de cruzamento são: "Embora se disponha de poucos resultados de pesquisa,é tecnicamente recomendável que as fêmeas HZ sejam cruzadas com touro Jersey, para obtenção do tricross, mantendo-se o vigor híbrido. Se as fêmeas são F1, as crias serão 50% Jersey, 25% Zebu (Gir ou Guzerá) e 25% Holandês, com os machos de baixo valor como animais de corte. As fêmeas são muito valorizadas porque o Jersey transmite precocidade, alta fertilidade, docilidade, longevidade, além de que, as fêmeas são menores, possibilitando criar maior número de animais por hectare. Também, a Jersey corrige muitos problemas de teto e úbere, além de as vacas tricross produzirem leite com maior teor de sólidos totais, que é muito importante para quem faz queijos."

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