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Journal of Dairy Science: Velactis® na secagem de vacas

POR CEVA SAÚDE ANIMAL

CEVA: JUNTOS, ALÉM DA SAÚDE ANIMAL

EM 04/08/2016

5 MIN DE LEITURA

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Um estudo recentemente publicado na revista científica Journal of Dairy Science [1] avaliou os efeitos do uso do Velactis (Cabergolina, CEVA Saúde Animal), um facilitador do processo de secagem, em alguns parâmetros fisiológicos relacionados à involução e imunidade da glândula mamária de vacas Holandesas logo após a secagem. Existem muitas evidências de que vacas com maior produção no momento da secagem estão mais susceptíveis a novas infecções da glândula (mastite) nos primeiros dias após a secagem [2]. Essa maior susceptibilidade de animais com maior produção próximo à secagem ocorre devido ao excessivo acúmulo de leite no úbere, causando maior frequência de vazamento do leite nos primeiros dias do período seco – via de acesso para patógenos causadores da mastite. Além disso, esse maior acúmulo de leite no úbere parece diminuir significativamente a capacidade funcional leucocitária de defesa da glândula mamária [3, 4]. Como consequência, vacas com maior produção têm um processo de involução do úbere mais lento que animais de menor produção, sem mencionar o impacto que o maior acúmulo do leite após a secagem tem em relação ao bem estar da vaca (presença de dor e desconforto) [5].

Algumas mudanças do tecido mamário após a secagem incluem a infiltração rápida de leucócitos para remoção de debris celulares, diminuição de atividade secretora de leite, diminuição de caseína e lactose, assim como aumento de lactoferrina na composição do leite residual. O processo de secagem acontece mais ativamente na primeira semana após a última ordenha, mas o processo total de involução da glândula dura cerca de 3 a 4 semanas. A prolactina é um hormônio chave na manutenção da lactação e na viabilidade de células secretoras de leite nos bovinos. Portanto, a inibição da prolactina causa uma queda brusca na produção de leite em questão de poucas horas – esse efeito de inibição da liberação da prolactina acontece após a aplicação intramuscular de Velactis nas vacas; pois a Cabergolina é um agonista dopaminérgico, que por retroalimentação negativa, inibe rapidamente a liberação de prolactina devido sua ação direta no sistema nervoso central da vaca. Como consequência, vacas tratadas com Velactis têm uma queda brusca de produção de leite. Estudos prévios com Velactis demonstraram que vacas que recebem a cabergolina no momento da secagem têm menos problemas com excesso de ingurgitamento do úbere após a secagem, menos incidência de gotejamento, e maior tempo de descanso (tempo deitada) no dia seguinte à secagem [5].

No artigo publicado por Boutinaud et al. 2016, vacas Holandesas que produziam aproximadamente 16 kg/dia receberam tratamentos convencionais de terapia de vaca seca com antibióticos intramamários no momento da secagem. Além do tratamento com antibióticos intramamários, os animais foram aleatorizados entre 2 grupos experimentais da seguinte forma: A) Metade das vacas foram tratadas no momento da secagem com dose única de 5 ml intramuscular de Velactis (Cabergolina 5.6 mg/vaca – dose única); B) a outra metade das vacas foram aleatorizadas como grupo Controle e receberam um tratamento placebo com 5 ml de salina também aplicado intramuscularmente no momento da secagem.

Boutinaud et al. 2016 observaram uma modificação evidente na composição do leite de vacas tratadas com Velactis comparado ao grupo placebo, induzida pela diminuição de prolactina circulante nos animais tratados com Velactis. Como esperado, a concentração de prolactina no sangue das vacas tratadas com Cabergolina foi aproximadamente reduzida em 50% já no primeiro dia após aplicação e se manteve significativamente menor por pelo menos 8 dias após tratamento.

Em termos de composição do leite, por exemplo, a lactose no leite de vacas tratadas com Velactis foi diminuída em 34% comparado ao grupo controle. Além disso, a diminuição de lactose no leite aconteceu de forma bastante rápida em menos de 24h após o tratamento. A concentração de lactose no leite residual da glândula após a secagem é normalmente utilizada como parâmetro para monitorar a velocidade do processo de secagem, pois a lactose é responsável por regular o volume de fluido na constituição do leite. Ou seja, durante o processo de secagem, quanto menor a quantidade de lactose no leite residual, menor será o volume de leite que se acumula na glândula mamária. Portanto, os autores deste estudo concluíram que o uso de Velactis acelera significativamente o processo de involução do úbere após a secagem quando comparado ao grupo controle. Mais impressionante ainda foi o aumento em mais de 50% na quantidade de lactoferrina e aumento na contagem de células somáticas (CCS) no leite residual que ocorreu dentro de 24h após o uso de Velactis. Normalmente, após a secagem, é esperado que ambos constituintes do leite (lactoferrina e CCS) devem aumentar para proteger a glândula contra agentes infecciosos e ajudar na involução do tecido mamário. Por exemplo, a lactoferrina comprovadamente tem efeitos antimicrobianos além de auxiliar as células de defesa da glândula mamária o contra infecções por agentes externos (ex: bactérias). Animais tratados com Velactis tiveram um aumento muito mais evidente na lactoferrina e CCS após a secagem se comparado ao grupo placebo. Desta forma, ficou claro para os autores do estudo que os maiores níveis de lactoferrina e de CCS no leite após secagem em vacas no grupo Velactis comprovam a melhor capacidade imune da glândula em vacas tratadas com Velactis contra agentes causadores de mastite.

Portanto, além de vantagens relacionadas ao bem estar da vaca e menor incidência de vazamento de leite (fator de risco para agentes causadores de mastite na secagem) devido ao menor ingurgitamento da glândula mamária pós secagem, o uso de Velactis no manejo de secagem melhora o sistema inato e celular de proteção da glândula mamária durante o período mais crítico para ocorrência de contaminação por agentes causadores de mastite, que ocorre principalmente nos primeiros dias após o processo de secagem da vaca.




Referências:

1. Boutinaud, M., et al., Cabergoline inhibits prolactin secretion and accelerates involution in dairy cows after dry-off. Journal of dairy science, 2016.
2. STEFANON, B., et al., Mammary apoptosis and lactation persistency in dairy animals. Journal of Dairy Research, 2002. 69(01): p. 37-52.
3. Zobel, G., et al., Invited review: Cessation of lactation: Effects on animal welfare. Journal of dairy science, 2015. 98(12): p. 8263-8277.
4. Oliver, S. and L. Sordillo, Approaches to the manipulation of mammary involution. Journal of Dairy Science, 1989. 72(6): p. 1647-1664.
5. Bach, A., A. De-Prado, and A. Aris, Short communication: The effects of cabergoline administration at dry-off of lactating cows on
udder engorgement, milk leakages, and lying behavior. Journal of dairy science, 2015. 98(10): p. 7097-7101.

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