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Monta Natural

POR RICARDA MARIA DOS SANTOS

E JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 08/01/2008

3 MIN DE LEITURA

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Com a chegada do verão aumenta o uso de touros para monta natural nas fazendas leiteiras, mesmo em áreas onde já foi provado que a inseminação artificial é mais eficiente. Muitos fazendeiros acreditam que a taxa de prenhez é mais alta quando a monta natural é usada, em comparação com a inseminação artificial. Porém, quando a detecção de cio e a inseminação são feitas corretamente o resultado da taxa de prenhez é igual ao da monta natural.

Continuar usando a monta natural pode ser um atraso para o rebanho, considerando os avanços genéticos que se consegue com o uso da inseminação artificial e sêmen de touro provado. Porém, em algumas situações a monta natural pode ser indicada:

• Quando a fazenda não dispõe no momento de pessoas treinadas para fazer a detecção de cio e a inseminação artificial, o que pode levar a uma redução acentuada da taxa de prenhez (falha na detecção de cio e baixa concepção).

• Quando o ganho genético não é importante.

• Quando a fazenda não dispõe de infra-estrutura básica para a implantação da inseminação artificial (acesso ao sêmen, ao nitrogênio...).

Fazendas que mantêm touros nunca devem esquecer que estes podem se tornar extremamente agressivos e causarem sérios acidente, até mesmo fatais. Os touros representam um perigo real, principalmente quando se pensa que eles são mansos, por isso devem ser manejados com extrema cautela.

O uso de touros pode ser um risco para o controle sanitário do rebanho, o touro pode transmitir doenças por via sexual, a vaca infectada pode se tornar infértil por vários meses até se recuperar ou conceber e depois ter perda embrionária precoce. Por isso os touros devem ser examinados frequentemente.

Outro problema relacionado com o uso intensivo da monta natural no verão é que o touro também sofre os efeitos deletérios do estresse térmico, esse assunto foi discutido no radar publicado em 19/12/2005 "O uso de touros para esconder os problemas do Manejo Reprodutivo".

Não devemos nunca esquecer de que para ter sucesso na monta natural a detecção do cio também dever ser bem feita, pois nas fazendas leiteiras não é recomendado deixar o touro junto com o lote de vacas em lactação, na maioria das fazendas é feito a monta controlada. A vaca detectada em cio é colocada junto com o touro.

Qual o melhor momento para colocar a vaca com o touro?

A inseminação artificial ou a monta natural só resulta em prenhez se "o espermatozóide estiver no local certo na hora certa". O ovócito é liberado entre 10 e 15 horas após o final do cio e pode sobreviver por 12 a 18 horas até a fertilização. São necessárias aproximadamente 8 horas após a cobertura para o espermatozóide alcançar a junção istmo/ampola na tuba uterina, local da fertilização.

Para a fertilização, o espermatozóide tem que passar pelo processo chamado capacitação, caracterizada pela hipermotilidade do espermatozóide e completa reação do acrossoma (estrutura que reveste a cabeça do espermatozóide). O espermatozóide também tem vida útil limitada, se a IA ocorre muito cedo o mesmo morrerá antes da fertilização. Ao contrário, se a IA ocorrer muito tarde o óvulo perderá a capacidade de ser fertilizado.

Por isso existe a recomendação de um esquema prático, para a inseminação artificial, que há muito tempo vem sendo utilizado com bons resultados.

• Vacas observadas em cio pela manhã devem ser inseminadas à tarde no mesmo dia.

• Vacas observadas em cio à tarde devem ser inseminadas na manhã do dia seguinte, bem cedo.

Devemos lembrar que esse esquema não funciona para a monta natural, pois devemos colocar a vaca com o touro quando ela ainda está aceitando monta. No caso da monta natural a vaca e o touro devem ser colocados juntos no início do cio da vaca. O ideal seria que a vaca pudesse ficar com o touro até que ela não aceitasse mais ser montada, mas para evitar o desgaste desnecessário do touro, ele deve realizar uma monta efetiva e depois ser separado da vaca, pois outras vacas podem precisar ser cobertas.

RICARDA MARIA DOS SANTOS

Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.
Médica veterinária formada pela FMVZ-UNESP de Botucatu em 1995, com doutorado em Medicina Veterinária pela FCAV-UNESP de Jaboticabal em 2005.

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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