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Dez estratégias básicas para o controle da mastite - Parte 2

POR MARCOS VEIGA SANTOS

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 15/06/2005

2 MIN DE LEITURA

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Manutenção de coleta de dados da saúde da glândula mamária

Para o monitoramento do progresso e dos problemas de mastite de um rebanho é necessária uma constante coleta de dados, como a contagem de células somáticas (CCS) e a incidência de mastite clínica do rebanho. Além disso, recomenda-se coletar informações sobre os casos clínicos de mastite: número da vaca, dia, duração do caso, medicamento utilizado e quarto afetado. A CCS é uma importante ferramenta para monitoramento da saúde da glândula mamária e já se encontra disponível para muitos rebanhos leiteiros, no entanto, não fornece informações sobre quais os agentes causadores de mastite são mais importantes em cada caso e a sua relação com a ocorrência de mastite clínica. A identificação definitiva dos agentes causadores de mastite somente pode ser feita pela cultura microbiológica do leite.

Manejo da mastite clínica durante a lactação

Os casos clínicos durante a lactação devem ser avaliados economicamente quanto a viabilidade do tratamento. Para tanto é fundamental ter informações sobre os agentes causadores mais prevalentes, o que é feito pela cultura microbiológica das amostras de leite dos casos clínicos, coletadas antes do tratamento. A escolha dos medicamentos a serem usados deve ser feita juntamente com o veterinário responsável, levando-se em consideração o histórico do rebanho e as informações sobre os agentes causadores.

A utilização de antibióticos com apresentação descartável é preferida aos de múltiplas doses, para evitar os riscos de contaminação durante o tratamento intramamário. Após o tratamento, as vacas devem ser cuidadosamente identificadas e o seu leite descartado até o final do período de carência.

Manejo de vacas secas
Ao final da lactação, todas as vacas devem ser submetidas à terapia da vaca seca e monitoradas visualmente durante as duas próximas semanas após a secagem. É recomendável que todos os quartos sejam tratados, pois a terapia da vaca seca atua tanto na prevenção de casos novos, quanto da eliminação de casos de mastite subclínica que ocorreram durante a lactação. Rebanhos com alta incidência de mastite ambiental causada por coliformes devem considerar o uso da vacina J5 como estratégia de reduzir a ocorrência e a gravidade dos casos de mastite ambiental.

Medidas de bio-seguranca contra a mastite contagiosa
A aquisição de vacas de outros rebanhos deve ser seguida de medidas de bio-segurança para evitar a introdução de agentes contagiosos causadores de mastite no rebanho. É recomendável obter informações sobre a saúde da glândula mamária da vaca a ser comprada, como a CCS ou CMT. Antes da introdução da vaca no rebanho, é interessante coletar amostra de leite para cultura e identificação de agentes causadores de mastite, caso a vaca apresente alta CCS.

As vacas com alta CCS ou com histórico de mastite causada por agentes contagiosos devem ser segregadas do restante do rebanho.

Monitoramento da saúde da glândula mamária

Recomenda-se que todas as vacas estejam em programas de monitoramento de CCS para avaliar a incidência de mastite subclínica. As vacas com alta CCS devem ser amostradas para a identificação dos agentes causadores de mastite. As informações sobre a CCS e mastite clínica podem ser utilizadas para avaliar a eficácia dos tratamentos e dos protocolos usados.

Revisão periódica do programa de controle de mastite

Um programa de controle de mastite deve ter revisões periódicas para saber se as metas para a saúde da glândula mamária foram atingidas e se necessitam de ajustes. Muitas das metas de saúde da glândula mamária dependem dos programas de pagamento por qualidade e desta forma devem ser reavaliados constantemente.

Fonte: National Mastitis Council - Recommended Mastitis Control Program.

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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MARCIO SANTOS DE FARIAS

FEIRA DE SANTANA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/07/2005

Artigo simples, mas direto, parabéns.



Gostaria de um esclarecimento, o uso na rotina de substancias antibióticas nas vacas secas, mesmo que não apresentam ou tenham apresentado problemas de infecção na glândula não concorreria para a ocorrência de resistência por parte dos agentes contaminastes, trazendo assim, um problema futuro maior?



O ideal não seria tratarmos no período seco as vacas que tenham apresentado algum problema de infecção, clinico ou subclinico, durante a lactação?



E manter-mos um monitoramento em todos os animais como forma de dectarmos os problemáticos e ai sim tratam-los, seja durante a lactação, ou, seja durante a secagem?



Mais uma vez parabéns pelo artigo.



Marcio,



<b>Resposta do autor</b>



A sua preocupação com o uso de antibiótico é muito oportuna e temos defendido sempre o uso responsável dos antibióticos.



Em minha opinião e com base nos estudos científicos disponíveis, este problema não ocorre com o tratamento de vaca seca, pois até hoje não foi comprovado esta relação entre uso do tratamento de vaca seca e a ocorrência de resistência bacteriana. Veja o radar de qualidade, <a href=https://www.milkpoint.com.br/mn/radarestecnicos/artigo.asp?nv=1&area=16&area_desc=Qualidade+do+leite&id_artigo=22193&perM=7&perA=2005>O uso prolongado de drogas antimicrobianas pode aumentar a resistência bacteriana?</a>, que traz maiores informações sobre o assunto.



Atenciosamente,

Marcos Veiga



Marcio Farias
TURÍBIO MENDES BARBOSA

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 26/06/2005

A mastite é a grande vilão na vida dos produtores de leite. Para derrotá-la é preciso estar muito afinado com as técnicas de produção de leite, principalmente no manejo do gado.



Para os produtores que se profissionalizaram na atividade, seja grande ou pequeno, que utilizam de todos os recursos existentes, conseguiram dominar o problema.



Aqueles que são carentes de informações técnicas, ou estão abandonados a própria sorte sem assistência técnica, porém, sofrem com o problema.



Não basta criar a IN 51 e exigir que seja cumprida, precisa sim orientar os produtores com técnicas e estratégias de combate à mastite. Pois, a maioria são pequenos e têm pouca instrução, sendo muitos analfabetos.



Há muitos municípios que não têm assistência técnica rural. A Assistência Técnica Rural tem que ser obrigatória em todos os municípios do país e gratuito para todos que dela utilizar.



Quantos aos produtores, estes precisam ser conscientizados do perigo à saúde humana causada por esta doença.



Quanto a população, os consumidores deste produto, precisam ter conhecimento deste mau e saber adquirir um produto saudável para seu consumo.



Assim, ficará padronizado no mercado um produto perfeito para o consumo humano.



Quanto ao leite de canequinha, cujo vendedor ou atravessador leva até à porta das residências e nem ele mesmo sabe o que está oferecendo, deverá cair em descrédito e desaparecerá, ou, deverá substituir seu produto por outro que esteja obedecendo as leis da saúde pública.

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