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Parasita Pulmonar em Bovinos

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/03/2005

3 MIN DE LEITURA

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O Dictyocaulus viviparus é o parasito causador da dictyocaulose, doença que acomete a traquéia, os brônquios e os bronquíolos de bezerros e também de bovinos adultos. As perdas econômicas envolvidas com este parasita englobam perda de peso, atraso no desenvolvimento do bezerro, venda involuntária de animais comprometidos e os custos envolvidos com o tratamento de broncopneumonias secundárias.

Nos casos crônicos, os animais acometidos apresentam tosse freqüente e emagrecimento lento, sem causas evidentes. Nos casos agudos, ocorre edema e enfisema pulmonar, com secreção nasal, tosse úmida e dificuldade para respirar.

O ciclo evolutivo do Dictyocaulus viviparus é iniciado com a ingestão das larvas infectantes, que contaminam os pastos. As condições ideais para a sobrevivência das larvas infectantes nos pastos são a presença de umidade e clima temperado. Destaca-se que as larvas podem permanecer por até um ano no meio ambiente. Nas pastagens, as larvas de primeiro estágio passam para o segundo e o terceiro estágio larvário (chamadas de formas infectantes).

O principal meio de disseminação das formas infectantes do Dictyocaulus viviparus são através dos pastos com alta lotação de animais, é importante salientar também, que existe um fungo nas fezes (Pilobolus sp) que contribui para a disseminação das larvas, pois têm a capacidade de lançar as larvas a 1 metro de distância, e desta forma, aumentar sua dispersão nas pastagens. Após serem ingeridas pelos bovinos, juntamente com a forragem, as larvas atingem a luz intestinal, atravessam a mucosa intestinal, perfuram os capilares e se alojam nos linfonodos mesentéricos, onde se tornam larvas de quarto estágio. Seguem dos linfonodos, pelas vias linfáticas e sanguíneas (veia cava, coração, artérias pulmonares) para os brônquios, bronquíolos e alvéolos, onde atingem a maturidade sexual e as fêmeas iniciam a ovipostura. Os ovos são transportados juntamente com o exsudato, através das vias aéreas, para a laringe e daí atingem o tubo digestivo chegando ao meio externo com as fezes (Figura 1). O período pré-patente varia de três a quatro semanas.

Para realizar o diagnóstico deve cruzar as informações clínicas do animal com o exame laboratorial. Pode-se fazer um exame com microscópio do exsudato coletado na traquéia à procura de larvas. Pode-se também, através do método de Baermann, buscar as larvas infectantes nas fezes. As larvas do Dictyocaulus viviparus se distinguem de outras larvas pela presença de um botão esférico, situado na sua extremidade anterior (Figura 3). Nos casos necropsiados os vermes adultos são facilmente detectados nos brônquios e nos bronquíolos (Figura 2). Além dos vermes, deve-se notar a presença de alterações pulmonares, tais como: edema, enfisema, áreas colabadas, áreas com muito líquido e espuma.

Para o tratamento, deve-se utilizar Ivermectina e Levamisol, podem também ser utilizadas a abamectina e o albendazol. O controle desta parasitose envolve um manejo racional dos pastos da propriedade, onde os bezerros devem ser alojados nas áreas mais altas da propriedade (evitando áreas de umidade e baixadas). Deve-se também evitar que animais de outras faixas etárias utilizem os pastos designados para a criação de animais jovens. Assim como para todos os problemas sanitários de um rebanho, as medidas de biosegurança são uma importante ferramenta para a redução dos custos com doenças e perda de animais. Por isso, atenção com o manejo de esterco, com o uso de equipamentos que têm contado com o esterco e para a higiene em todas as atividades rotineiras do rebanho.

Dictyocaulus viviparus
 


Figura 1- Ciclo evolutivo do Dictyocaulus viviparus.


 


Figura 2- Vermes adultos detectados nos brônquios e nos bronquíolos.


 


Figura 3- As larvas do Dictyocaulus viviparus se distinguem de outras larvas pela presença de um botão esférico, situado na sua extremidade anterior.



Bibliografia:

Marques, D. C. Desidratação e hidratação. In. Marques, D.C. Criação de bovinos. Belo Horizonte: Consultoria Veterinária e Publicações, 2003. p.352-355.

Freitas, M. G. Helmintologia Veterinária. Belo Horizonte: Precisa Editora Gráfica Ltda., 1982. 396p.

https://cal.vet.upenn.edu/parasitc/dictyoc/

https://cal.vet.upenn.edu/dxendopar/parasitepages/trichostrongylids/dictyocaulus_viviparus_homepage.htm

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

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JEAN MARCELO MAUL

BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/06/2014

Interessante!!!!!

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