ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Diarreia viral bovina (BVD): qual o verdadeiro impacto?

POR VIVIANI GOMES

E RAQUEL MARQUES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/02/2016

12 MIN DE LEITURA

7
11

Atualizado em 28/05/2021

A diarreia viral bovina (BVD) é uma doença causada por vírus e recebeu este nome porque foram inicialmente isolados em bovinos com diarreia. A BVD possui importância mundial devido ao impacto econômico.

Dentre os prejuízos econômicos causados pela BVD, estão custos com o tratamento de animais doentes, morte de animais, diminuição de produção e qualidade de leite, além de custos operacionais. Vacas positivas para BVD produzem, em média, 1,7 kg/leite/dia a menos em relação a vacas negativas, isso representa 510 kg de leite a menos em uma lactação de aproximadamente 300 dias.

Além disso, a incidência de mastite clínica é de 7% a 13% maior em animais positivos, devido à imunossupressão gerada pelo vírus e consequentemente a contagem de células somáticas (CCS) é mais elevada (238x103 células/mL) em tanque de leite de fazendas positivas, em relação a tanques de rebanhos negativos e vacinados para BVD (223x103 células/mL). Já o tratamento de bezerras doentes é 30% maior em rebanhos positivos com o aumento da mortalidade em 20%.

A BVD é considerada uma das principais viroses dos bovinos, especialmente nos países que erradicaram a febre aftosa. Testes sorológicos e pesquisas de anticorpos demonstram prevalência entre 60 a 85% de animais soropositivos no Brasil.

 

Como ocorre a transmissão da BVD?

A transmissão do vírus ocorre antes ou após o nascimento. No primeiro caso, infecta a vaca prenhe, atravessa a placenta e atinge o feto. Já no segundo, é transmitido pelo contato direto entre doente e sadio, por meio de secreção nasal, lágrima, saliva, urina, fezes, leite e sêmen de animais infectados.

Figura 1 - Transmissão do vírus da BVD.

transmissão da BVD em bovinos

1. Fonte: BVD Virus control & Eradication Recommendations for Cow-Calf Production, Academy of veterinary Consultants

O vírus eliminado por estas vias sobrevive no meio ambiente por muitos dias e contamina equipamentos e materiais usados no manejo do rebanho, tais como cabrestos, mamadeiras, formigas, agulhas, dentre outros.

Procedimentos vinculados ao manejo reprodutivo como a transferência de embriões (TE), inseminação artificial (IA) e palpação retal também são formas de transmissão.

Figura 2 - Vetores de transmissão da BVD.

vetores de transmissão da BVD

2. Fonte: The Center for Food Security and Public Health, Iowa State University

 

Quais os sinais clínicos da BVD?

O quadro clínico provocado pela BVD é diversificado, vai de inaparente a fatal, dependendo do momento da infecção, status imune dos animais e virulência das cepas do vírus presentes no rebanho.

A infecção em animais imunocompetentes induz a formação de anticorpos, responsáveis pela eliminação do vírus antes que ele alcance o sistema reprodutivo, pulmões e intestino. Neste caso, os bovinos apresentam doença branda e transitória associada com depressão, febre e diarreia leve.

Vacas infectadas durante o ciclo reprodutivo, com sistema imune enfraquecido, apresentam sérias consequências para si e seus conceptos. O vírus da BVD instala-se no sistema reprodutivo das fêmeas, sendo responsável por quadros de infertilidade, diminuição da taxa de concepção, baixa viabilidade do embrião e reabsorção embrionária da concepção aos 40 dias de gestação. Abortos podem ocorrer em qualquer período.

Bezerras com elevados níveis de anticorpos maternos, quando infectadas, também apresentam manifestações clínicas brandas da BVD. O problema é que entre dois a quatro meses de idade ocorre a queda dos anticorpos recebidos via colostro, o que torna as bezerras susceptíveis aos vírus da doença.

O agente da BVD é imunossupressor, pois infecta todas as células de defesa do organismo, o que torna os animais susceptíveis a outros vírus e bactérias, como os envolvidos na doença respiratória bovina – Herpesvírus Bovino tipo 1, Vírus Respiratório Sincicial Bovino, Parainfluenza tipo 3, Micoplasma spp., Pasteurella multocida e Mannheimia haemolytica.

O vírus da BVD também pode ser um agente primário da doença respiratória bovina, pois sua inoculação experimental no trato respiratório de bezerros resulta em febre, descarga nasal e pneumonia intersticial.

Alguns tipos do vírus da BVD também causam quadros hemorrágicos, pois infectam a medula óssea dos animais e destroem as células fundamentais para o sistema de coagulação sanguíneo.

 

Animais persistentemente infectados (PI) pela BVD

O ponto chave da BVD é sua capacidade de ultrapassar a placenta da vaca em qualquer momento do período gestacional, afetando assim o embrião ou feto.

A infecção ocorrida entre 40 até 120 dias da gestação, momento no qual o feto não consegue produzir anticorpos para combater o vírus (porque seu sistema imune ainda está em formação), faz com que o sistema imune reconheça o vírus como próprio, o que resulta em um animal persistentemente infectado (PI).

Os animais PI’s nascem soronegativos (sem anticorpos) e clinicamente normais. Porém, eliminam grande quantidade de partículas virais em suas secreções e excreções que se mantem elevadas ao longo de toda a vida do animal. O animal PI é o principal agente epidemiológico responsável pela disseminação e persistência da doença em uma fazenda.

O destino do PI no rebanho é variável, podendo manifestar o quadro crônico da BVD, chamado de Doença das Mucosas (diarreia) ou passar a vida toda despercebido até chegar à idade reprodutiva. A prevalência de animais PI nos rebanhos é de 1 a 2%, mas apesar de baixa, é suficiente para espalhar o vírus.

Estudos relatam que novilhas PI’s iniciam tardiamente a reprodução com 1,28 meses de diferença e com baixas taxas de concepção sendo necessárias 4 vezes mais tentativas de inseminação para uma prenhez bem-sucedida, além de terem 3 vezes mais chances de desenvolver doenças pós-parto em comparação com novilhas negativas.

Durante a lactação, a CCS de novilhas PI’s foi 43,5 vezes maior (104,52x106 células/mL) durante o mesmo período da lactação (167–195 dias em lactação) em comparação com novilhas negativas para BVDV (2,4x106 células/mL).

Além de possuírem 1,615 mais chances de desenvolver BRD (soma dos escores> 4,0) do que as novilhas negativas e 1,29 mais chances para o desenvolvimento de diarreia (escore fecal ≥ 2,0) do que as novilhas controle.

 

Infecções após 125 dias de gestação e após o nascimento

Entre 125 e 175 dias de gestação podem ocorrer malformações fetais, defeitos congênitos ou natimortos, com destaque para os quadros de Hipoplasia Cerebelar nos recém-nascidos, que causa tremor, incoordenação, andar trôpego, membros abertos e ausência de sucção para a mamada do colostro. Os defeitos são severos e, geralmente, as bezerras morrem.

Os fetos tornam-se imunocompetentes após 175 dias de gestação. A partir deste momento, apresentam infecção transitória, desenvolvem resposta imune, produzem anticorpos e eliminam o vírus antes ou após o nascimento.

A presença de anticorpos específicos para o vírus da BVD no sangue das bezerras antes da mamada de colostro, é um sinal de infecção fetal no final da gestação. Estes animais são mais susceptíveis às doenças durante os primeiros dez meses de vida que aqueles não expostos ao vírus enquanto fetos.

Após o nascimento, os animais são infectados por via horizontal, pelo contato com doentes e PI’s. Neste caso, podem manifestar a forma crônica (Doença das Mucosas) ou aguda da BVD, apresentando febre, descarga nasal e ocular, lesões na cavidade oral (aftas - bolhas), diarreia e queda na produção de leite.

É importante ressaltar que, após o nascimento, a infecção é transitória. Porém, sua duração e a intensidade do quadro clínico dependem do status imune do bovino doente.

 

Diagnóstico da BVD

Identificar os animais PI’s envolve o uso de testes laboratoriais. Os métodos mais usados são isolamento viral, imuno-histoquímica, reação da cadeia em polimerase (PCR) e testes sorológicos (mostra que o animal apresenta anticorpo para o vírus).

O uso dos testes sorológicos (soroneutralização e imunoenzimático indireto – ELISA indireto) é limitado, pois os resultados sofrem influência dos anticorpos maternos adquiridos pela mamada de colostro e vacinação. O teste imuno-histoquímico, PCR e teste imunoenzimático direto (ELISA direto) são métodos indicados para a triagem das bezerras infectadas. A coleta das amostras é feita pela biópsia de orelha e o resultado não é influenciado pelos anticorpos do colostro ou vacinais.

 

Controle e prevenção da BVD 

O principal objetivo do programa de controle é a prevenção da infecção fetal, que deveria eliminar as perdas reprodutivas e infecções transitórias nas vacas e fetos. O controle pode ocorrer com uma combinação de medidas que envolvem a identificação dos PI’s, vacinação e biosseguridade do rebanho.

Eliminação dos animais PI’s

A eliminação dos animais PI’s pode parecer uma medida extrema, porém eles são a principal fonte de infeção dentro da fazenda devido a sua capacidade de eliminar altas cargas virais ao longo de toda sua vida, tornando a sua permanência na propriedade inviável uma vez que são um “reservatório” da doença.

Para a identificação dos animais PI’s deve ser realizado o exame de ELISA antígeno através do fragmento de cartilagem da orelha de todos os animais da última geração (bezerras e novilhas que ainda não pariram), vacas que tenham parido machos ou vacas que tenham parido animais natimortos.

Se o resultado for positivo, é necessário realizar um segundo teste após 21 a 30 dias, o segundo teste é necessário porque existe a possibilidade desse animal possuir uma infecção transitória em que no momento do teste esteja infectado, mas seu sistema foi capaz de eliminar a infecção, assim se o resultado do segundo teste vier negativo ele não é um animal PI. Porém, se no segundo teste for novamente positivo, ele é um animal PI.

Após a identificação dos animais PI’s na propriedade, deve ser realizado o teste de ELISA antígeno de fragmento da orelha nas mães e avós, caso estejam vivas, dos animais PI’s seguindo o mesmo protocolo de testagem e retestagem, após 21 a 30 dias, naqueles animais que forem positivos no primeiro teste. As mães e avós que forem positivas nos dois testes são animais PI’s que conseguiram atingir a idade reprodutiva e devem ser descartadas do rebanho.

Mesmo após eliminar todos os animais PI’s do rebanho, deve ser realizado um monitoramento de todos os animais nascidos na propriedade por 9 meses após o descarte do último animal PI. Em todos os animais que nascerem na propriedade deve ser coletado o fragmento de cartilagem da orelha e analisados com o teste de ELISA antígeno com o mesmo protocolo de testagem e retestagem, após 21 a 30 dias, naqueles animais que forem positivos no primeiro teste.

Para considerarmos que todos os animais PI’s foram eliminados da propriedade, é necessário um período de 9 meses sem que nenhum animal PI tenha sido identificado.

Devemos ressaltar que a vacinação não “trata” os animais infectados pelo vírus da BVD, uma vez que não existe tratamento para animais PI’s. A vacinação tem a finalidade de reduzir a transmissão entre os animais e não possuem efeito “curativo”. Um animal PI disseminará o vírus durante toda a sua vida produtiva, por esse motivo temos a necessidade de eliminá-lo do rebanho.

 

Vacinas contra BVD

Existem no mundo duas categorias de vacinas para BVD, uma contendo vírus vivo modificado e a outra com vírus morto (inativado). No Brasil, os dois tipos de vacinas são comercializadas, o que traz vantagens e desvantagens.

No caso das vacinas inativadas, o benefício é a biossegurança pois vacinas com vírus morto não causam doença. Entretanto, a intensidade e a resposta imune induzida pela vacinação podem ser inferiores, ainda com a possibilidade de reações adversas exageradas devido à formulação das vacinas com potentes adjuvantes.

Em geral, as vacinas vivas possuem maior intensidade de resposta imune induzida pela vacinação. Porém, por ser composta por antígenos vivos, a forma de conservação deve ser muito bem controlada, além de um potencial risco biológico, especialmente em animais jovens, imunossuprimidos, doentes ou fêmeas gestantes.

A maioria das vacinas comercializadas em território brasileiro possuem cepas de BVD estrangeiras originárias, principalmente, do Uruguai, Argentina e Estados Unidos. Ou seja, a introdução destas, por meio da vacina, em nosso país representa um grande risco biológico, pois nosso rebanho pode ser sensível a estas cepas, aparentemente inócua em seu país de origem.

O BVD possui 3 genótipos distintos conhecidos, sendo eles o BVD tipo 1, BVD tipo 2 e Hobi-like Pestivírus (HoBiPev), além de seus subgenótipos. Um levantamento epidemiológico realizado em 2018 identificou que a frequência geral do BVD tipo 2 é de 25,7% podendo variar de acordo com a região, sendo 48% no sul brasileiro. Porém, a maioria das vacinas comercializadas no Brasil possuem somente o genótipo BVD tipo 1 em sua formulação, interferindo diretamente na eficácia da vacinação uma vez que a cepa circulante não é a mesma cepa contida na vacina.

Protocolos de vacinação na criação de bezerras e antes dos protocolos reprodutivos são essenciais para garantir a proteção dos animais contra a BVD. Há um grande desafio na elaboração de protocolos estratégicos para uma melhor resposta vacinal que combine com o manejo dos animais e protocolos de reprodução, uma vez que os momentos ideais para ambos são diversificados.

A adoção de um programa de vacinação contra doenças reprodutivas merece boa avaliação da sua relação custo-benefício. Em relação a BVD, as despesas com a vacinação correspondem apenas a 1,65% dos custos gerados em uma criação, porém as perdas ocasionadas pelo tratamento de animais doentes, morte de animais, diminuição de produção e qualidade de leite, além de custos operacionais podem chegar até R$ 1.193,28 por animal ao ano.

Vacinas inativadas ou vacinas vivas podem ser utilizadas de forma estratégica em diferentes grupos etários dependendo dos objetivos que desejamos alcanças. Os principais objetivos na vacinação dos animais jovens são a prevenção de novas infecções e mortes causadas direta ou indiretamente pelo BVDV.

O início da vacinação, na criação de bezerras, é um assunto controverso. A imunização é uma estratégia para diminuir os índices de problemas respiratórios e outras doenças infecciosas. Recomenda-se realizar uma excelente colostragem para garantir imunidade nos primeiros meses de vida, iniciando-se programas e vacinação a partir dos 2 ou 3 meses de idade. Vacinar as bezerras aos seis meses é muito tarde, pois o vírus da BVD é uma das causas de doença respiratória bovina em bezerras leiteiras.

A duração da imunidade vacinal é uma incógnita. Pesquisas internacionais demonstram que varia de 140 dias a 18 meses, o que depende da vacina empregada. No caso das imunizações com vírus morto, recomenda-se a revacinação a cada seis meses.

Para prevenir a infecção fetal, é recomendado vacinar as fêmeas seis semanas antes da inseminarão artificial. Isto estimula a produção de anticorpos capazes de eliminar o vírus antes que ele atravesse a barreira placentária e provoque infecção fetal.

A vacinação reprodutiva é indicada para prevenção de morte embrionária precoce, aborto e geração de animais PI. Neste caso, é recomendado que o protocolo de vacinação seja realizado 30 dias antes do protocolo de inseminação artificial ou estação de monta. No caso das vacinas inativadas, com a primeira dose 60 dias antes do protocolo e a segunda dose 30 dias depois. Porém este período pode variar de uma vacina para outra de acordo com as recomendações do fabricante.

O protocolo de vacinação durante o pré-parto também pode ser utilizado para a formação de anticorpos do colostro. Sempre vacinar vacas prenhas com vacinas inativadas.

O Brasil ainda não dispõe de programa oficial para controle ou erradicação desta doença, porém a adesão a vacinação vem crescendo nos últimos anos.

 

Biosseguridade

A biosseguridade é um conjunto de normas e procedimentos utilizados para prevenir a introdução, disseminação e saída de agentes causadores de doenças infecciosas em qualquer sistema de produção animal.

As práticas de biosseguridade devem contemplar a saúde dos animais, a movimentação dos animais (dentro e fora da propriedade), a limpeza e desinfecção das instalações, veículos e equipamentos, além do controle de visitantes e treinamento dos funcionários.

VIVIANI GOMES

Professora Clínica Médica de Ruminantes da FMVZ-USP. Coordenadora GeCria - Grupo Especializado em Medicina da Produção aplicada ao período de transição e criação de bezerras. Tel: (11) 3091-1331

7

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

FELICIO MANOEL ARAUJO

LAJINHA - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 16/07/2022

NOTA 10 DOTORA VIVIAN,UMA EXELENTE MATERIA QUE 80% DOS PRODUTORES ESTAO SEM NENHUM CONHECIMENTO SOBRE ESTA DOENÇA DA BVD .
MARCUS VINICIUS CASTRO MOREIRA

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/02/2021

Parabéns pelo artigo! Onde consigo fazer esse teste da orelha para identificar PI?
JUAREZ GONÇALVES MOREIRA

BANDEIRA DO SUL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/02/2021

Reportagem excelente. Pena q poucos produtores ,se interessem,pois acham q é desnecessário.
JORDAN DE FREITAS VIANA

CARATINGA - MINAS GERAIS

EM 19/10/2020

adorei seu artigo ,eu sou leigo no assunto e entendi muito bem.tenho suspeita que meu curral esteja com este problema .
VIVIANI GOMES

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 10/04/2016

Helena Nogueira Frota

Inicialmente gostaria de agradecer pelo seu interesse. Recomendamos o seguinte esquema de profilaxia:

1- Colostrar as bezerras com colostro oriundo de vacas previamente vacinadas. Vacas sem contato prévio com o vírus da Diarreia Viral Bovina não tem anticorpos específicos para este agente no seu colostro;

2- Vacinar as bezerras com 2 e 3 meses de idade. Re-vacinar aos seis meses de idade. Bezerras recém-nascidas (menos de 30 dias de vida) não respondem às vacinas porque os anticorpos das mães, adquiridos pela ingestão do colostro, bloqueiam a resposta das bezerras às vacinas injetáveis. Este bloqueio não acontece quando as vacinas intranasais são usadas. Em Agosto será lançada uma vacina intranasal para a Doença Respiratória Bovina no Brasil;

3- Vacinar novilhas aos 60 e 30 dias da inseminação artificial para estimular a produção de anticorpos, fundamentais para a prevenção da infecção fetal;

4- Vacas devem ser vacinadas aos 30 dias da inseminação artificial. Necessárias re-vacinações semestrais.



Estou à disposição para maiores dúvidas



Abraços e obrigada


HELENA NOGUEIRA FROTA

VARGINHA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/02/2016

Qual esquema de vacinação para bvd é o mais indicado?
GUSTAVO TEIXEIRA ROCHA

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - ESPÍRITO SANTO

EM 14/02/2016

Muito bom artigo...

Países desenvolvidos com programa de erradicação BVD e agente engatinhando ainda no PNCEBT ...

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures