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Monitorar o emurchecimento é algo chave na produção de pré-secados

POR THIAGO BERNARDES

THIAGO FERNANDES BERNARDES

EM 12/03/2014

2 MIN DE LEITURA

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A produção de pré-secados no Brasil tem crescido nos últimos anos e dois fatores estão contribuindo para esse cenário: 1) esta técnica facilita a comercialização de silagens e 2) os serviços terceirizados estão abrangendo a produção de volumosos. A situação atual no nosso país segue a tendência dos demais, ou seja, cada vez mais forragens conservadas serão produzidas e comercializadas por empresas especializadas.

Por meio desta técnica é possível produzir silagens de espécies com elevado teor de umidade, o que traz diversificação às opções de volumosos (otimiza o plano alimentar do rebanho em algumas situações) e também potencializa o processo produtivo, pois é uma alternativa aos que produzem feno.

Contudo, como qualquer outra técnica, a produção de pré-secados possui as suas limitações. A primeira delas é o uso excessivo de plástico no meio agropecuário, pois são necessários 5,5 kg desse material para revestir uma tonelada de matéria seca (MS) de silagem, enquanto em silos horizontais (trincheira; superfície) utiliza-se, em média, 1,3 kg de plástico/t MS de silagem estocada.

Um estudo mostrou que ao se utilizar filmes plásticos de melhor qualidade (maior barreira ao oxigênio) é possível diminuir em 1/3 a quantidade de plástico no revestimento das silagens. Fardos revestidos com quatro estratos (dois giros completos no fardo) apresentaram poder de conservação tão bom quanto aqueles que receberam seis estratos (plástico com menor barreira ao oxigênio).

Quanto à logística dos fardos durante a produção e estocagem dos mesmos, alguns dos principais entraves seriam o peso e o número de fardos a serem manipulados. É sabido que fardos mais leves e em menor número por quantidade de forragem produzida facilitam a operacionalidade na fazenda.

Uma das maneiras para se alcançar estes objetivos seria enfardar a forragem no momento correto quando se trata de silagem emurchecida, ou seja, buscar valores de MS próximo a 50%. Percebam na tabela abaixo que um aumento de 20% na concentração de MS (de 30% para 50%) promoveu redução de 85 kg nos fardos e o número de unidades produzidas por hectare caiu de 28 para 19.

Os resultados também nos mostram que é possível diminuir a quantidade de plástico no revestimento por meio da redução do peso e do número de fardos produzidos. Percebam que estratégias simples de manejo podem trazer ganhos substanciais, sejam eles ambientais (menos plástico no ambiente) e/ou econômicos (menor aquisição de plástico, menor manipulação de fardos, menor área de estocagem e outros).

Influência do grau de desidratação das plantas de alfafa sobre a densidade, número e peso de fardos e quantidade de plástico utilizado para o revestimento.


ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.

THIAGO BERNARDES

Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA) - MG.
www.tfbernardes.com

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JOSÉ FREDERICO MODOLIN

EM 19/02/2015

Mario Rodrigues e Fabiano Celso e Jaime de Oliveira Filho a minha vivencia com o pré-secado é muito recente e acho que só estamos dominando perfeitamente o material de inverno que para cavalos tem se mostrado o azevem como melhor que a aveia, a qual vai muito bem para o gado. Mario acho que o pessoal da Embrapa de Minas pode te dar um bom suporte no que diz respeito aos tipos de  gramíneas a ser usada. Quanto ao Tifton 85 Fabiano eu não sei se você colocou na hora de fazer os fardos o inoculante;se colocou, então segundo o que diz a própria bula dos inoculantes em até 72 horas depois de passado o plástico você já tem condições de uso. Se não aplicou você poderá ter que aguardar de três a quatro semanas para poder iniciar o seu uso. E então Jaime o famoso  ponto de emurchamento parece que estamos chegando bem perto, pois como tenho três variedades de sementes de sorgo, cada uma tem um comportamento diferente da outra   e todas tem uma característica comum que é o ponto de corte, que deverá ser feito na época de melhor desempenho da planta como você citou.
HORST THIESSEN

PALMEIRA - PARANÁ

EM 18/02/2015

Caro Fabiano,

aqui na AGROESP usamos sempre um bom inoculante para pré-secado e esperamos de 21 a 30 dias antes abrir a bola de pré secado de Tifton. Mas isso depende também do tipo de capim, umidade do mesmo, qualidade de compactação e fechamento.

Abraço,
FABIANO CELSO

ÁGUA DOCE - SANTA CATARINA

EM 17/02/2015

Fabricamos pela primeira vez pre secado de Tifton 85, gostaria de saber quantos dias depois do enfardamento o produto esta com qualidade e fermentação completa pronto pra uso
JAIME DE OLIVEIRA FILHO

ANGATUBA - SÃO PAULO - OVINOS/CAPRINOS

EM 04/02/2015

Eu diria pra vc que o melhor é fazer uns experimentos na propriedade com ela embalada logo após o corte ,com um ponto de emurchamento maior enfim várias situações e vc terá o ponto ideal,inclusive pode acrescentar um % de uréia para melhorar a proteína ,isso para ruminantes,e agora o ponto de corte deve sempre ser no auge da planta onde se tem o ponto de equilíbrio entre quantidade e qualidade .

JOSÉ FREDERICO MODOLIN

EM 28/01/2015

Obrigado pelas informações. Hoje estaremos fazendo algumas bolas para ver se já está no ponto emurgecimento como você citou. Dou notícias depois.
JAIME DE OLIVEIRA FILHO

ANGATUBA - SÃO PAULO - OVINOS/CAPRINOS

EM 26/01/2015

Se vc cortar muito novo estará com matéria seca (MS) muito baixa ,tendo o risco de apodrecer pelo excesso de água,para silagem eu sei que os grãos teria que estar leitosos,para o corte.
JOSÉ FREDERICO MODOLIN

EM 25/01/2015

Estou com plantio de sorgo para pré-secado. Como procurei e não encontrei nenhuma referencia no ponto de corte, fui fazendo os primeiros fardos de pré-secado com pés na altura de 1 metro. O resultado foi o de termos bolas de até 700 kg e com muita umidade.

O que todos tem pregado de deixar de 4 a 6 horas para secar e se fazer de 4 a 6 esparramas tem resultado no desaparecimento das folhas na hora de se fazer as bolas (pois as mesmas são muito frágeis e ficam pedaços muito pequenos que não são recolhidos pela enfardadeira. Neste momento os pés estão com os colmos já formados no interior das plantas. Vou tornar a fazer mais algumas bolas para ver se este é o ponto de corte. Só que o meu pessoal tem insistido em deixar de um dia para o outro o corte e o em leiramento e enfardamento, para então colocarmos o plastico na bola.

O que o Professor Thiago Fernandes pode me ajudar.

É urgente!

José Frederico Modolin : Fazenda Paraíso

S.Miguel Arcanjo - S.P..

ANGELO POLISELLI

EM 17/07/2014

Estou me organizando para produção de presecados de gramíneas,tifton,coastcros2,vaqueiro.já produzo feno mas nas chuvas fica difícil.Quais as maquinas com melhor custo benefícios(produção/preco)?melaço,vinculantes ou tds?qual custo de produção/kg/plástico?
THIAGO BERNARDES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 31/03/2014

Paulo, vai depender da embaladora que está sendo utilizada. Modelos mais novos estão vindo com um dispositivo que promove o corte da forragem assim que ela é recolhida. Com a diminuição do tamanho de partícula, a compactação fica mais eficiente.

Caso a embaladora não tenha este dispositivo procure atingir pelo menos 40% de MS para que os fardos não tenham muita água.



Att,



Thiago
PAULO FERREIRA

MARINGÁ - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 28/03/2014

Tiago, o pré-secado com 50% de MS não dificulta a compactação?



Atenciosamente,



Paulo
THIAGO BERNARDES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 25/03/2014

Alexandre, você pode ensilar a forragem pré-secada em qualquer tipo de silo, desde que sejam obedecidos os princípios básicos da ensilagem, tais como adequada compactação e vedação.

Ocorre, que de modo geral, a forragem emurchecida é sempre armazenada em fardos, mas isso não é uma obrigação.



Att,



Thiago Bernardes
ALEXANDRE ALARCÃO GOMIERO

BURITIZEIRO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/03/2014

Thiago, vi pela internet uma reportagem da região Nordeste, onde produtores familiares ensilavam o pré-secado em tambores plásticos de 200 litros. Você tem alguma experiência com esse método? Parabéns pelo artigo!
JOSEPH H. KRAMER

ANGATUBA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/03/2014

Roni podes entrar em contato comigo se queires.
RONI KRUGER

MAMBORÊ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/03/2014

Estou pensando em fazer silagem pre-secada de milheto ,mas nao tenho nem uma experiencia no assunto quanto a epoca de corte e a quantidade de desidratacao da materia que devemos ter.
JOSEPH H. KRAMER

ANGATUBA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/03/2014

Jaime de Oliveira, bom dia eu estou morando em Angatuba e gostaria ter contato com você, meu mail   jhk.kramer@gmail.com  ou telefone 42 9973110 84. Espere seu contato.
THIAGO BERNARDES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 24/03/2014

Caro Joseph, por favor, observe que a discussão no texto é sobre a concentração de matéria seca (MS) e o uso de plástico, bem como peso e número de fardos. Não é correto enfardar com menos de 40% de MS como foi mostrado no artigo. Se a densidade do fardo não está adequada, ou seja, a compactação não foi eficiente, significa que o problema é com o equipamento ou com o manejo. Eu, como técnico, não posso recomendar fardos com 30-35% de MS, pois estarei indo contra a tudo que foi pesquisado e provado até o momento. Enfardar com esta concentração é piorar o manejo, como foi discutido acima.



Att,



Thiago Bernardes
JAIME DE OLIVEIRA FILHO

ANGATUBA - SÃO PAULO - OVINOS/CAPRINOS

EM 21/03/2014

Aqui na minha região(Itapetininga-SP) existe muita plantação de grama esmeralda  e para melhor manejo dessa cultura existe a necessidade de sempre estar roçando ,onde isso produz uma quantidade considerável de folhas no qual temos aproveitado fazendo feno e agora estamos fazendo um experimento com pré secado,como é um material que é jogado fora o custo fica bem baixo.
JOSEPH H. KRAMER

ANGATUBA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/03/2014

Prezado prof. Thiago

Tendo uma experiência já algumas nos em silagem de pre secado, toma liberdade colocar algumas conspirações.

Quando a gente fale de silagem pre- secado, a gente deve fazer uma pergunta por que pre secar. A quantidade de agua dificulta a fermentação láctica, e para baixar o pH demora mais. A quantidade de açúcar, se carbo-hidratos solúveis, que são transformados em acido láctico deve, conforme pesquisas Australianas, ser pelo menos 3% dentro de massa ensilada.  Quando menos açúcar, maior matéria seca nos silagem. Por outro lado devemos anotar quando mais tempo eu deixo o material no campo, mais perdas eu tenho por respiração e possível risco de chuvas, com suas consequências. Eu faço silagem pré secado e não feno por que dentro de menor tempo nós conseguimos um nível de 35% de matéria seca que e suficiente para uma adequada fermentação láctica na maioria de forragens.  Tenho clientes que cortem de manha, 8 horas e enfardemos 14 horas, com gramíneas de tipo Tifton. Minha experiência me ensinou que material mais seca de mais, maior que 40% d e MS, temos maiores problemas de compactação tanto fazendo silagem no qualquer silo ou fardo.

Hoje trabalha com silagem pre secado tanto de forragens de clima frio ou gramíneas tropicais. O uso de plástico deve ser aproximadamente um quilo por fardo de 1.20 por 1.23. Pelo menos quatro laminas. Menos plástico pode resultar em forme de fungos no fardo. Compactação insuficiente resulta em presença de fungo no centro e interior do fardo. Quando se formo fungo nas laterais de fardo significa de o plástico não fechou hermeticamente a bola. Quando se formo fungo no ângulo, aconteça que se têm ondas na superfície, e ficam lugares com ar abaixo do plástico e se podem formar fungos.

Em ralação de silo trincheiras existem trabalhos na Europa que provam que silagem de bolas resultam em menores perdas que silos trincheiras, desde que se compacte a forragem ensilado de tal forma que tem mais que 200 kg de matéria seca por metro cubico.
HORST THIESSEN

PALMEIRA - PARANÁ

EM 14/03/2014

Caro Sr. Leonardo, está correta a sua idéia, qto mais folhas mais qualidade,vou tentar passar os dados do CENTEIO: 5 cortes,qualidade bromatológica, ampla época de semeadura, elevado perfilhamento, ótima relação folha/colmo,rusticidade e qualidade para alta produção de leite e carne.

PRODUTIVIDADE LEITE kg/ha

Centeio; 14218              Aveia 4904

Matéria Seca kg/ha

Centeio: 7538                Aveia: 4574

Centeio porcentages:

PB 27 FDA 29 FDN 52 NDT 93 DIVMS 67

Dados de Castro-PR 2012
LEONARDO BARROS CORSO

APUCARANA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 13/03/2014

Sr. Horst, caso eu corte a aveia no ponto de "grão bem formado" eu perco a chance de rebrote e com isso não faço um segundo corte, correto?  E se optar por corte nesse ponto a planta já perdeu em proteína e digestibilidade que eu imagino que no pré-secado de gramíneas são o meu maior objetivo não é? E qual a diferença a nível nutricional considerando um pré-secado de aveia e de centeio sendo os dois cortados no mesmo ponto com mesma adubação nitrogenada. Me refiro a cortar bem antes do aparecimento dos cachos. Na maior relação folhas/talo(mais folhas). Buscando alta proteína e alta digestibilidade? Grato.

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