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Estratégias de alimentação de novilhas de reposição em sistemas de produção de leite de pequena escala

CARLA BITTAR

EM 14/02/2006

14 MIN DE LEITURA

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Por Carla Maris Bittar 1 e Lucas Silveira Ferreira 2

Introdução

Sistemas de produção de leite de pequena escala tem sido identificados como uma opção viável para melhorar a qualidade de vida de famílias no ambiente rural. A produção de leite é uma atividade acessível e oferece benefícios a estas famílias e comunidades, uma vez que ocorrem ganhos diários e oportunidades de emprego são geradas.

Análises econômicas demonstraram que a produção de leite em pequena escala pode gerar ganhos tão bons ou melhores que aqueles que podem ser conseguidos por essas famílias como mão-de-obra desqualificada nas cidades.

Apesar da importância dessas famílias no sistema de produção de leite, tanto em termos de sua contribuição para a produção de leite nacional quanto em seu potencial para melhorar a qualidade de vida rural, poucas pesquisas têm sido realizadas para o melhor entendimento desses sistemas e o aumento de sua capacidade produtiva.

Um dos aspectos de maior importância em sistemas de produção de leite é a criação de novilhas de reposição, o que tem sido reconhecido como um dos gargalos em sistemas de pequena, média ou larga escala. O objetivo na criação de novilhas de reposição é conseguir crescimento adequado, de forma que esses animais tenham idade ao primeiro parto ideal, a baixo custo, e que possam substituir prontamente vacas descartadas do rebanho em lactação retornando o investimento em alimentação, mão-de-obra, entre outras.

O sucesso da criação de novilhas de reposição é de grande importância para a viabilidade e lucratividade da indústria leiteira. Vários estudos demonstraram que a idade ao primeiro parto por volta de 24 meses de idade é mandatória para alcançar esses objetivos (Heinrichs & Hargrove, 1987).

Para alcançar o peso vivo de 500-550 kg para o primeiro parto aos 24 meses de idade, novilhas holandesas devem apresentar uma taxa de crescimento médio entre 680-750 g por dia do nascimento até o parto, alcançando seu peso para inseminação por volta dos 15 meses de idade.

O milho é a cultura mais importante no México Central, estando fortemente associada à produção animal em sistemas que associam agricultura e pecuária. O fornecimento principalmente de palhada de milho para bovinos leiteiros é resultante do tradicional papel complementar que estes animais têm nos sistemas de produção familiares.

Uma vez que a venda de leite se tornou a principal fonte de renda dessas famílias, a alimentação dos animais tem requerido suplementação com alimentos concentrados de forma a atender as exigências de vacas em lactação. Esta prática tem resultado em maiores custos com alimentação, quando comparados àqueles observados em rações baseadas em forragem de alta qualidade (Arriaga-Jordán et al., 1999).

Rações baseadas em forragem de baixa qualidade, como palha de milho, não atendem as exigências de bovinos em crescimento. Além disso, embora a criação de novilhas seja um investimento para o futuro do rebanho, devido às restrições econômicas sob as quais geralmente trabalham sistemas de produção familiares, novilhas de reposição são encaradas como animais improdutivos, já que não trazem retorno econômico antes do primeiro parto.

Com o objetivo de avaliar três estratégias de alimentação de novilhas em sistemas de produção de leite familiar, Arriaga-Jordán et al. (2003) conduziram estudo utilizando 11 propriedades localizadas em vilarejo próximo a capital do estado do México.

Caracterização da região

O vilarejo San Cristóbal, localizado a 35 km de Toluca, capital do estado do México, apresenta clima temperado sub-úmido, apresentando chuvas no verão. O vilarejo conta com 54 propriedades de pequeno porte (0,5 a 11 ha), com pequenos rebanhos leiteiros (1-22 animais holandês-friesian). A ordenha é realizada manualmente, duas vezes ao dia, sendo o leite vendido para compradores locais que revendem este produto sem pasteurização.

Propriedades participantes

Onze propriedades com desejo de participar do projeto e com estratégias de alimentação de novilhas claramente definidas, foram convidadas a participar do estudo. A Tabela 1 apresenta as características dessas propriedades, as quais apresentam tamanho médio de 4,8±2,9 ha.

Dez propriedades tinham pastagens cultivadas de azevém e trevo branco destinadas ao rebanho leiteiro (entre 0,25 e 3,6 ha/propriedade), e três destas propriedades ensilavam entre 1 e 3 ha de milho para a alimentação destes animais durante a seca. As propriedades participantes apresentavam entre 2 e 15 vacas, e entre 1 e 11 animais em crescimento. Pastagens cultivadas, silagem de milho e alimentos concentrados foram fornecidos principalmente para vacas em lactação.

Estratégias de alimentação

O manejo alimentar de animais de reposição se iniciava com o consumo de colostro, permitido que os bezerros mamassem diretamente de suas mães durante o primeiro dia de vida, sendo então separados. Os bezerros e novilhas foram mantidos em abrigos fechados e com piso de concreto durante a noite e mantidos próximos ao cocho de silagem de milho durante o dia, embora alguns produtores mantivessem seus bezerros presos também durante o dia.

Os bezerros recebiam 4 litros de leite diários, divididos em duas refeições, durante 4 a 8 semanas, sendo então desaleitados e submetidos a uma das estratégias de alimentação. Nenhuma ração inicial específica foi fornecida aos bezerros durante o período de aleitamento.

Propriedades que utilizavam pastagens cultivadas para pastejo, permitiam que suas novilhas pastejassem por algumas horas por dia. Durante a estação chuvosa, o rebanho de novilhas de reposição, as vacas secas e muitas vezes as vacas em lactação eram levadas para pastagens nativas que margeiam os campos de milho ou em áreas não cultiváveis.

Três estratégias de alimentação de novilhas de reposição foram avaliadas:

Estratégia 1 (S1):

As novilhas foram alimentadas com pastagens cultivadas (pastejo direto ou forragem picada e servida no cocho) durante todo o ano. As propriedades que ensilavam milho forneciam esta silagem para as novilhas durante a seca, mais palhada de milho picada ou moída e suplementação com ração concentrada (16% PB) entre 1,0 e 1,5 kg/d.

Estratégia 2 (S2):

As novilhas foram alimentadas com palhada de milho picada ou moída durante a estação seca, enquanto durante a estação chuvosa as novilhas pastejaram em campos nativos ou foram alimentadas com plantas invasoras da cultura do milho, uma prática tradicional desta região do México. As novilhas foram ainda suplementadas com 1,0-1,5 kg/d com ração concentrada (16% PB) ou milho moído.

Estratégia 3 (S3):

As novilhas foram alimentadas com palhada de milho picada ou moída durante o período seco. Durante a estação chuvosa, os animais foram alimentados com invasoras da cultura do milho ou pastejaram em campos nativos, sem suplementação com concentrado.

Tabela 1. Características das propriedades participantes

 


Animais

Trinta e três bezerras e novilhas, entre uma semana e 24 meses de idade, foram monitoradas através de pesagens em balança eletrônica portátil, a cada 14 dias, durante 28 semanas.

O peso médio inicial foi 162,6±99,6 kg (intervalo de 40 a 410kg): 135,4±72,3kg para S1; 209,4±119,3 kg para S2; e 147,90±96,0 kg para S3. Não houve diferença estatisticamente significativa (P>0.05) para os pesos iniciais entre os diferentes sistemas de alimentação.

Resultados e Discussão

A tabela 2 mostra a média da mudança de peso vivo a cada 14 dias de período experimental, sendo a estratégia 1 superior às estratégias 2 e 3, as quais não foram estatisticamente diferentes. As novilhas submetidas à estratégia 1 apresentaram ganho de peso diário de 510g/d, enquanto aquelas nas estratégias 2 e3 ganharam em média 260g/d.

Tabela 2. Mudança na média de peso vivo a cada 14 dias (kg/novilha no período)

 


As três estratégias de alimentação de novilhas variaram de estratégias de alimentação melhoradas, com a integração de pastagens cultivadas e silagem de milho na alimentação dos animais, até as estratégias de alimentação tradicionalmente utilizadas baseadas principalmente em palhada de milho.

A estratégia de alimentação melhorada, representada pela estratégia S1 possibilitou taxas de crescimento 100% maiores que as observadas nas estratégias S2 e S3. Mesmo apresentando ganhos superiores, estes ainda não se encontram dentro da faixa recomendada de adequado crescimento para alcance de peso de inseminação aos 15 meses.

Já se sabe que, bezerros jovens podem digerir fibra, quando apresentam desenvolvimento do rúmen adequado. Entretanto, devido a sua baixa capacidade de consumo, limitada pelo tamanho do rúmen, geralmente não são capazes de atender suas exigências para adequado crescimento. Assim, a suplementação com rações concentradas é uma ferramenta importante quando se objetiva redução na idade ao primeiro parto.

Em condições de clima temperado, para adequado desempenho, bezerros podem ser desaleitados e submetidos a pastagens de boa qualidade com 10 semanas de vida; ou podem ser desaleitados com até 21 dias de idade, quando se realiza a suplementação com ração concentrada, em função do mais rápido desenvolvimento do rúmen.

Com o crescimento destes animais, sua capacidade de consumo aumenta, de maneira que podem ser alimentados com rações baseadas exclusivamente em pastagens de boa qualidade. Segundo Radostis e colaboradores (1995), novilhas de reposição podem apresentar ganhos diários entre 550 e 740 g em pastagens de clima temperado.

O ganho médio de 510g/d observado durante todo o período de avaliação demonstra que os animais não estavam atendendo suas exigências nutricionais. É provável que a palhada de milho ainda estivesse sendo utilizada como componente principal da ração das novilhas de reposição pelos produtores.

Assim, o aumento na utilização da pastagem pode ser uma alternativa para o aumento no desempenho de novilhas de reposição em sistemas de produção de pequena escala ou sistemas familiares.

Em condições experimentais na mesma região, vários outros autores observaram taxas de ganho de peso entre 420 e 790g/d para novilhas holandesas pastejando azevém sem suplementação concentrada com taxas de lotação de 3,3UA/ha; e ganhos entre 730 a 940g/d quando a pastagem era composta de azevém e trevo branco, também sem suplementação concentrada.

Mesmo a suplementação concentrada da estratégia 2 não foi suficiente para atender as exigências das novilhas, como demonstrado pelo baixo ganho de peso diário, uma vez que a forragem desta estratégia era basicamente palhada de milho e forragem de baixa qualidade, incluindo plantas invasoras. Trabalhos da década de 70 já haviam demonstrado que o fornecimento de 30-40% de forragem de baixa qualidade para bezerros recém desaleitados reduz tanto o consumo quanto o ganho de peso, mesmo em situações onde o restante da ração é composto por alimento concentrado.

Vaccaro e Rivero (1985) também identificaram a baixa qualidade de forragens como um fator limitante ao adequado desenvolvimento de novilhas na Venezuela. Embora estes autores tenham trabalhado em sistemas de produção com alto uso de alimentos concentrados, é interessante notar que reportaram menores taxas de ganho do que aquelas esperadas, especialmente para animais com até 12 meses de idade, devido principalmente à baixa qualidade da forragem que compunha a ração completa.

Os resultados obtidos pelas propriedades participantes deste trabalho têm implicações importantes para estes sistemas de produção, uma vez que estes rebanhos não estavam conseguindo obter novilhas com peso para inseminação em idade adequada.

Infelizmente, os produtores desta região do México inseminam suas novilhas de acordo com a idade do animal e não de acordo com o peso. Esta prática acaba resultando em rebanhos compostos por vacas que não atingiram seu ótimo desenvolvimento, particularmente aquelas submetidas às estratégias 2 e 3 de alimentação.

Os problemas de baixos ganhos e reduzido desempenho de animais de reposição são comuns em vários sistemas de produção de leite na América Latina. O problema de reduzido desempenho de bezerras e novilhas se deve em grande parte pela idéia comum de que estas categorias de animais são improdutivas, não se justificando alto investimento com alimentação. Assim, não é raro encontrar animais em crescimento recebendo a pior forragem da propriedade.

Nos sistemas familiares estudos, o extensivo uso de um recurso abundante como a palhada de milho, pode ser visto como uma opção favorável. Estratégias de alimentação devem ser ajustadas de forma que as metas de produção sejam alcançadas dentro das possibilidades destes sistemas.

Entretanto, dentro das condições que estes produtores mexicanos operam, a palhada de milho não é mais uma opção barata de alimentação. Uma simulação mostrou que a pastagem cultivada e até mesmo a silagem de milho são opções mais baratas que a palhada de milho para a alimentação de novilhas (Arriaga-Jórdan et al., 1999).

Assim, frente à limitada disponibilidade de terras, se estes produtores não forem capazes de alocar maior quantidade de recursos para seus animais em crescimento, uma possível opção deve ser a venda de bezerras ao nascer e a compra de novilhas ou vacas quando a reposição do rebanho for necessária.

A Tabela 3 mostra o custo de produção de novilhas de reposição nas condições econômicas dominantes nesta região do México. Este custo de produção se refere a alimentação de novilhas através de pastejo de azevém e trevo branco, complementação com silagem de milho durante a seca e suplementação com 1,25 kg/ animal/ dia de alimento concentrado. Incluindo um custo de oportunidade do trabalho familiar, o custo final é maior que Mex$7000,00 (R$ 1440.33).

Atualmente o custo de novilhas ou vacas recém paridas gira em torno de Mex$7500,00 (R$ 1543.20) e Mex$9000,00 (R$ 1851.85). Assim, os limitados recursos de produção destas famílias podem ser melhor alocados para as vacas em produção, as quais geram retornos econômicos atrativos diariamente. Entretanto, esta estratégia exige que estes produtores reservem recurso financeiro durante o ano para compra destes animais de reposição.

Uma conclusão similar foi obtida por Brockington et al. (1986) que reportaram que em sistemas de produção em pequena escala no sudeste do Brasil, o aumento nas taxas de crescimento de novilhas além daquela permitida pela disponibilidade de forragem tem um pequeno impacto no desempenho do sistema de produção, não sendo economicamente atrativa.

O presente trabalho conclui que a dieta S1 é a melhor estratégia de alimentação, demonstrando a importância de forragem de boa qualidade e suplementação com alimentos concentrados. Entretanto, apesar dos maiores ganhos de peso observados em animais na estratégia 1, os mesmos ainda apresentaram desempenho 24% inferior ao recomendado para redução de idade ao primeiro parto.

A análise econômica da criação de animais de reposição mostra que, nas condições deste trabalho, a melhor alternativa para estes produtores deve ser a compra de animais de reposição em contraposição à criação dentro da propriedade.

Tabela 3. Análise econômica da criação de novilhas leiteiras do nascimento ao primeiro parto em sistemas de produção campesinos (R$/ animal)1

 


Referências

Arriaga-Jordán, C.M.; Espinoza-Ortega, A.; Rojo Guadarrama, H.;Valdez-Martinez, J.L.; Sanchez-Vera, E. Wiggins, S. Aspectos sócio-economicos de la produccion campesina de leche em el Valle de Toluca: Evaluacion econômica inicial Agrociencia, 33, 483-491, 1999.

Arriaga-Jordán, C.M.; García-Martinez, A.; Albarrán-Portillo, B.; Espinoza-Ortega, A.; Castelán-Ortega, O.A. Feeding strategies for rearing replacement heifers in small-scale dairy productions systems in the highlands of Central Mexico Tropical Animal Health and Production, 35, 259-269, 2003.

Brockington, N.R.; Assis, A.G.; Martinez, M.L.; Veil, J.M. A bio-economic modelling project for small-scale milk production systems in South-East Brazil - refinement and use of the model to analyse some short and long term management strategies Agricultural Systems, 20, 53-81, 1986.

Heinrichs, A.J.; Hargrove, G.L. Standards of weigths and heigth for Holstein heifers Journal of Dairy Science, 70, 653-660, 1987.

Radostis, O.M.; Leslie, K.E.; Fetrow, J. Health management of dairy calves and replacement heifers Heard Health: Food animal production medicine, cap. 8, 1995.

Vaccaro, R.;Rivero, S. Growth of Holstein Friesian females in the Venezuelan tropics Animal Production, 40, 279-285, 1985.

Comentários:

A criação de animais de reposição é um dos grandes gargalos da produção de leite, sendo ainda mais marcante em sistemas de produção de pequena escala ou familiares. A criação de bezerras e novilhas é sempre negligenciada, provavelmente devido ao fato de não trazer retorno econômico imediato. Dessa forma, é comum se observar novilhas em crescimento recebendo forragem de baixa qualidade, muitas vezes por se acreditar que este será o volumoso de menor custo.

O trabalho demonstrou que, enquanto estes sistemas não forem baseados em pastagens de boa qualidade, a criação de novilhas dentro da propriedade não será uma atividade economicamente viável. Desta forma, será preferível a compra de animais para repor vacas descartadas do rebanho em contraposição à criação destes animais na propriedade.

O trabalho mostrou também que a utilização de forragem de baixa qualidade não permite desempenho adequado e que a estratégia de alimentação baseada principalmente em pastagem cultivada foi a que melhor se adequou àqueles sistemas de produção. A adoção desta estratégia de alimentação deve permitir ao sistema familiar alcançar melhor desempenho de novilhas leiteiras, sempre com o objetivo de reduzir idade ao primeiro parto, a um baixo custo, mesmo realizando a suplementação com alimentos concentrados.



___________________________________
1 Depto. de Zootecnia - ESALQ/USP - carla@esalq.usp.br
2 Aluno de Mestrado em Ciência Animal e Pastagem - ESALQ/USP

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