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Preços em baixa? Hora de investir!

WAGNER BESKOW

EM 07/12/2014

10 MIN DE LEITURA

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Vem aí um ano de oportunidades para quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir. "Mas com tanta previsão econômica negativa rondando nossa volta, como pode isso ser verdadeiro?"

Bem, ocorre que a grande maioria das pessoas segue o fluxo comum, trilhado pela massa. É o chamado comportamento de rebanho (flock behavior): uns ponteiam, outros seguem.

Investir é correr riscos e para ganhar dinheiro investindo é necessário acreditar justamente no que os outros não acreditam. A isso, basta adicionar um ingrediente: conhecimento. Sem ele é aventura e irresponsabilidade, não investimento.

Um clássico exemplo é a bolsa de valores. A vastíssima maioria das pessoas compra nas notícias. Investidores profissionais ou (a) trabalham com análise fundamentalista, baseada no estudo de índices da saúde financeira das empresas e nas perspectivas dos setores da economia a que elas pertencem; ou (b) se utilizam da análise técnica (também chamada de análise gráfica); ou (c) conhecem de outra forma as empresas, comprando no boato (quando ninguém acredita num fato e ele ainda não está na grande mídia) para vender na notícia, quando todos os idiotas úteis do mercado financeiro (conhecidos por "sardinhas") entram aos turbilhões e afoitos comprando "porque deu nas notícias" para a festa dos "tubarões", que pulam fora vendendo exatamente antes que o sobrepreço seja detectado pelos inocentes. "Comprar na baixa para vender na alta", eis o segredo da bolsa. Parece muito óbvio, mas definitivamente não é o que a maioria faz.

Tubarões e sardinhas do mercado.
Figura 1. Tubarões e sardinhas do mercado marcam os tipos extremos de comportamento e estratégias de compra e venda, quando o que se busca é retorno sobre o investimento ou "não ser papado pelos mais espertos e conhecedores do pedaço" (Imagem:  Alexander Safonov/PetaPixel).

E assim é a vida na Terra: quando a situação aperta, uns comem, outros viram comida.

Na cadeia produtiva do leite não é diferente

Reparem quando é que as pessoas decidem entrar na atividade ou expandir o negócio leite. É justamente quando os preços estão em alta, o otimismo predomina e a ilusão de margens grandes que virão por um tempo a perder de vista penetram na mente dos inexperientes e os transformam em afoitos compradores. Compram terra cara, tomam empréstimos sem planejamento "porque era dinheiro barato", compram novilhas caras (quase sempre sem ter produzido alimento extra para elas), constroem o que não devem e não podem para, logo à frente, serem pegos com o pincel não mão, ao desabar do andaime.

Com essa atitude, advinda de uma total falta de estratégia, de conhecimento e até de bom senso, que outro resultado poderia se esperar? "Ah, mas o que me deixou mal foi essa queda de preços". De jeito nenhum. O que deixa as pessoas mal é o que chamo de otimismo irresponsável. A síndrome do "vou fazer para não perder o momento", só que faz no momento errado, sem planejamento, sem conhecimento de como funciona o mercado, sem previsão de fluxo de caixa, torcendo para que tudo continue como está.

O ciclo do leite

Além da conhecida flutuação sazonal de preços, interna a qualquer país, tipicamente com alta no inverno e baixa no verão, temos um outro fenômeno, muito mais forte e totalmente fora do nosso controle que tem tido crescente influência em nossos preços domésticos.

Desde 2010, estão disponíveis, aqui no MilkPoint, dois artigos sobre este tema:

O ciclo de três anos dos preços das commodities lácteas, numa versão simples e resumida.

Compreendendo o ciclo do leite no mercado internacional, explicando a metodologia utilizada no estudo, seu comportamento, algumas especulações quanto à origem dos movimentos de preços e previsões.

E como andam as coisas?

O gráfico da Figura 2 foi elaborado com os últimos dados disponíveis do índice de preços ANZ (commodities lácteas na Oceania), no qual se baseia o estudo do ciclo.

A linha vermelha, tracejada, reflete as previsões. Os círculos verdes são os picos e os vermelhos são os fundos ocorridos antes de nossa descoberta do ciclo, em agosto de 2008 e os azuis e marrons, os previstos.

Clique na figura para expandi-la.

O ciclo de três anos dos preços das commodities lácteas, atualizado em 12-2014.
Figura 2. O ciclo de três anos dos preços das commodities lácteas descoberto por Beskow em 2008 e publicado em 2010. Atualização: 6/12/2014 (clique na imagem para expandi-la).

A existência de um ciclo de três anos parece um tanto óbvia (1986, 1989, 1992, 1995, 1998, 2001, 2004-falhou, 2007, 2010 e 2013), mas certamente ainda não é. Se fosse, produtores e empresas estariam preparados, mas ainda insistem em crer em "patamar de preços", conceito este que nosso estudo pôs literalmente abaixo.

Este foi o principal recado extraído de nossos artigos e reconhecido, na ocasião, por Kelvin Wickham (diretor do gDT), Matthew Newman (economista do DairyNZ) e por Keith Woodford (professor de agribusiness e administração rural na Lincoln University), todos da Nova Zelândia.

Comentários sobre o ciclo por especialistas da NZ.
Figura 3. Três especialistas neozelandeses comentam o principal recado a ser extraído dos artigos de Beskow (2010): a volatilidade dos preços e a inexistência de "patamares".

Clique aqui, ou na imagem acima para ver os comentários. Notem que recém havia sido publicada a minha teoria do ciclo de três anos, talvez por isso tenham sido bastante cuidadosos nas considerações.

Os artigos originais, publicados na revista New Zealand Dairy Exporter, podem ser baixados através destes dois links (como consta na afiliação do autor, nessa época eu ainda trabalhava na CCGL TEC):

The unnoticed milk price cycle, fevereiro de 2010.

The hidden cycle - where it is heading, março de 2010.

Na interpretação do ciclo, deve-se ressaltar, primeiro, que o preço da série é o preço na Oceania. Segundo, que nosso preço doméstico é muito distorcido pelas proteções de mercado e interferências governamentais que temos. Terceiro, que há um retardo (lag) na suba dos preços lá fora e sua efetivação aqui dentro.

Pela teoria, em 30 anos de dados, com 3 anos de ciclo, seriam 10 ondas formadas até o presente momento. Na Figura 2 pode-se contar 9, ou seja, até aqui, temos 90% de confiabilidade. O futuro sempre carrega incertezas, mas no segundo artigo (tanto do MilkPoint como da Dairy Exporter) demonstro cientificamente que este ciclo é mais previsível que o fenômeno El Niño. Não estaria na hora de começarmos a explorar e utilizar este ciclo um pouco mais?

Perspectivas para a produção de leite em nosso ambiente

O mercado internacional do leite encontra-se numa fase de baixa, para a qual você já poderia ter se programado desde a publicação destes artigos, em 2010, não é mesmo? Mas, é hora de olharmos para a frente.

Vê-se que os preços internacionais, pelo comportamento cíclico, ainda poderão cair mais um pouco até voltarem a se recuperar. O normal seria caírem até abril de 2015, repicarem em maio, regredirem novamente em junho, para daí seguirem firmes para o alto. Este é o W verificado nos fundos típicos da série (p.ex. 1988, 91 e 94), mas que tem se apresentado menos tipicamente na última década (embora nos artigos mostramos que eles estão lá, debaixo das aparências). Note que a supressão da crista de 2004 (com ! no gráfico) também é explicada nos artigos.

Ao invés dessa baixa que vivemos agora (sazonalidade + influência do ciclo internacional) significar angústia e pessimismo, para os experientes, capitalizados e que possuem um sistema de baixo custo por litro, este é um período de oportunidades. Assim que os menos preparados começarem a achar que leite não é mais um bom negócio, preços de novilhas, de máquinas e equipamentos (sobretudo usados) tenderão a cair. Ao perceber isso, não tenha pressa. Pelo ciclo internacional, o melhor momento para tais investimentos deverá ser o período que vai de março a junho de 2015, podendo se estender até setembro (veremos). A recuperação de preços domésticos que por ventura se observe nesse período não será ainda suficiente para reanimar os amadores e entusiastas sem rumo. Estes, os "sardinhas", só deverão se animar a partir do segundo trimestre de 2016.

Mas e como faço se não estou capitalizado?

Bem, não foi por falta de aviso. Quem entendeu os referidos artigos de 2010, ajustou seu sistema para alta produtividade, com baixo custo por litro (como pregamos no SIPS - Sistema Intensivo a Pasto com Suplementação, por exemplo), não caiu no canto da sereia do "Endividamento descontrolado: a intensificação do capital sem gerenciamento" e soube poupar, esse está capitalizado. Mas quantos se encaixam nesse grupo? Se é seu caso, você faz parte de um grupo raro de cerca de 1 em 1000! O único tipo de produtor que estará tirando leite daqui 10 anos.

O segredo da dieta é não precisar de dieta

O dia que mudamos nosso hábito alimentar e passamos a comer demais ou a ingerir muita energia, definimos um novo padrão para nosso organismo e ele não aceitará voltar atrás. Façamos a dieta que for, até mesmo cirurgia, ele estará codificado a ingerir o novo padrão. Aquele é o novo normal dele para sempre.

Com a renda do leite é a mesma coisa. Se ao invés de pouparmos uma parte importante do dinheiro extra que surge nos períodos de bonança (ciclos de alta) o incorporarmos ao nosso padrão de vida ou aos custos de produção, quando o preço do leite cair (e bote na sua cabeça que ele cai) não será mais possível viver e produzir como antes. É tarde demais.

O segredo é encarar dinheiro extra como silagem: guarde-o, pois é absolutamente certo que irá precisar. Pelo ciclo, tipicamente dentro de um ano e meio após o período de bonança.

O que fazer agora?

1. Evite a tendência equivocada de cortar ração (concentrado). Nunca tivemos um momento se quer em que não valesse a pena transformar ração em leite. Tivemos perto em 2008, mas não chegou a acontecer. Cada kg de ração se transforma em 1,5 a 2,0 litros (L) de leite, dependendo da qualidade do volumoso.

2. Aproveite ao máximo este período de crescimento dos pastos para converter pasto em leite. Vacas pastando dia e noite, ingerindo pura lâmina foliar verde e suplementadas com uma boa ração vão lhe permitir alta produção com baixo custo. Para isso é necessário conhecimento. Vaca passando fome só lhe trará mais prejuízos.

3. Esteja preparado para fazer mais você mesmo. A mão-de-obra tenderá a pesar mais nesse período.

4. Suspenda gastos em luxos, o que é bonito fazer, confortável ou agradável. Não é momento. Isso pode esperar.

5. Fuja do pagamento de juros, sobretudo de cartão e cheque especial. Tente renegociar e, se necessário, venda algo para estancar a sangria, imediatamente!

6. Pegue parte do dinheiro acima (1, 2, 3, 4 e 5 gerarão mais recursos) e compre adubo (incluindo ureia) e mais ração. Note que 1 kg de nitrogênio (N) produz 10-20 kg matéria seca (MS) de pasto e 1 kg MS de pasto de qualidade produz de 0,7-1,0 L de leite do tipo da Holandês e da Girolando (para Jersey considere 70% deste volume). Considerando que a ureia tem 45-46% de N, faça as contas! Isso para quem souber manejar vaca sobre pasto, eficientemente, pois ela tem que colher esse extra a ser produzido.

Eficiência sobre o pasto é o segredo da rentabilidade em qualquer época.
Figura 4. A produção e a colheita eficiente do pasto pela vaca, mantido com qualidade e produtivo através do manejo adequado do pastoreio é o segredo para a produção de muito leite com baixo custo por litro, em qualquer época do ciclo do leite.

Cenário geral

Em 2015 o Brasil enfrentará turbulências, mas sobreviveremos, especialmente os prudentes e os menos orgulhosos (capazes de mudar rápido). O mercado nacional e internacional deverão entrar numa melhor fase a partir do segundo semestre de 2015, embora festa no nosso setor só para 2016 (Figura 2). O preço do barril de petróleo é um ótimo balisador. Monitore os preços abaixo: US$100/barril é o nosso alvo.

Preço do petróleo nos últimos 10 anos.
Figura 5. Comportamento do preço do petróleo nos últimos 10 anos em US$/barril de óleo cru (clique no gráfico e salve o endereço para futuras consultas).

Assim como a soja deixou de tolerar amadores há um bom tempo, o leite agora exige o mesmo profissionalismo, mas com muito mais conhecimento. Um sistema enxuto, eficiente, altamente produtivo, com baixos custos e pouca mão-de-obra por litro produzido com alguma flexibilidade é a fórmula para se cruzar as ondas de baixa com a cabeça fora d'água e surfar nas ondas de alta.

Chegaremos lá, cada um de nós fazendo sua parte.





Wagner Beskow
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Transpondo


 

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TIAGO HORST

TEUTÔNIA - RIO GRANDE DO SUL - ESTUDANTE

EM 06/06/2015

ta mais do q na hora do leite deixar de ter produtor picareta, q só produz nas fazes de alta
RAFAEL COSSETIN TASSOTTI

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - OVINOS/CAPRINOS

EM 15/02/2015

Otimo artigo...é nosso cenário de hoje...momento o qual temos que tomar decisões muito importantes alem das cotidianas...onde precisamos cada vez mais incluirmos nossos conhecimentos da prática com informações, as quais, dispomos para o sucesso de nossa atividade, q a cada dia, diminui nossas margens de erros...Temos que carregar nossa bagagem como fonte para diluirmos desafios do presente cada vez mais constantes para alcançarmos nossos objetivos....

abç
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 26/01/2015

MATEUS GASPARETTO: muito obrigado pelo teu feedback. Nos próximos meses deveremos ter um artigo aqui falando no SIPS e quero ver se consigo abordar a experiência da Cotrisal com produtores como vocês.

Obrigado pela confiança e apoio. Dia 19/02 estaremos aí novamente, se Deus permitir.

CLAUDIO BUFULIN: pela seca que tua região está tendo, talvez seja o investimento mais importante que tenhas feito na história! Parabéns pela visão e capacidade de assumir riscos, aparentemente de forma planejada.

MICHEL KAZANOVSKI: Muito boa! Essa é boa.

MIRANDA FONSECA: Que belo exemplo! Sucesso para vocês os dois!
MIRANDA BALDIN FONSECA

EM 12/12/2014

Esse artigo foi de muita importância pra mim. Estou começando nesse ramo leiteiro agora pq meu marido tem uma pequena propriedade em minha cidade e desde criança trabalha no campo. Eu estou me empenhando em adquirir conhecimentos na parte financeira, investimentos inteligentes e administrativa, já que a mão de obra e na prática estão garantidos com meu marido. Estou seguindo orientações desse canal e conto com a ajuda dos profissionais e outros seguidores para mais conhecimento. Obrigado a todos e em especial a vc Vagner Beskow pelo ótimo e esclarecedor artigo.
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 11/12/2014

Parabéns Wagner pela analise cíclica.

Esse texto me faz lembrar um ditado. A culpa é minha e boto ela em quem eu quiser!

Abraço
CLAUDIO BUFULIN

CASTILHO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/12/2014

Podem me chamar de louco, sou pequeno produtor, investi em 2,4 ha de irrigação e comprei uma estrutura metálica para fazer uma boa sala de ordenha com contenção 2x2, se der certo amém se der errado vou continuar.
MATEUS GASPARETTO

RONDINHA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/12/2014

Muito bom Wagner...! Acreditamos fielmente nas suas explanações e, com o trabalho que estamos desenvolvendo, seguindo suas recomendações por meio do pessoal da Cotrisal, notamos que os resultados podem ser surpreendentes!!! Espero que com a coleta de dados que estamos realizando, possamos colaborar com sua teoria, e, melhorar ainda mais o (SIPS).... Resultados são muito bons na baixa de preços, quem dirá na alta!!!!
Valeu...!

(propriedade integrante da análise de desempenho de vacas leiteiras alimentadas com aquele pastinho e aquela raçãozinha revolucionária)
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 10/12/2014

A todos os leitores deste artigo: Estou deixando fluir livremente as expressões de cada um, pois não quero inibir ninguém de participar. Mais adiante, tentarei respondê-las em bloco, citando o nome de cada um de vocês nas respostas.

Registro esta nota apenas para que saibam que estou lendo a todas elas, atentamente.

É importante não deixarem de tentar entender o ciclo (Figura 2) e que ele tem ocorrido há pelo menos 30 anos, independentemente de vontades deste ou daquele elo da cadeia.

Voltarei...
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/12/2014

Tudo bem que o leite nessa época tende a cair de prêço , agora, leite de outubro quando não estava chovendo ainda é sacanagem de laticinio , e o pior, os mercados não abaixam os seus prêços de jeito nenhum, então o produto não sai ou não vende , e o que acontece, é abaixado o do produtor , é mais fácil , tá acostumado a levar a pior, então não tem conta que dê lucro, pois suas despezas no geral, na propriedade, não vai ficar no azul.
IVON CORREA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/12/2014

Perfeito.
Lugar de ganhar dinheiro não é no curral.
Curral é lugar de trabalhar.
Dinheiro de propriedade leiteira ganha-se no escritório da fazenda, verificando maneiras de se diminuírem os custos de produção, explorando o potencia da fazenda, comprando insumos no momento certo,etc.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/12/2014

Prezado Wagner Bescow

Seu artigo mostra alguns pontos interessantes mas que me levam as seguintes considerações;

1) Produção de leite não é especulação, não pode comparar com a bolsa onde fácil entrar e sair, basta dar uma ordem para o operador. Por isso não acho válido o comentário de que quando está ruim o preço do leite é hora de entrar e quando está bom é ora de sair.
É bom quem pensar em se aventurar na produção de leite saber que ele acabará por enfrentar vários ciclos, e que corre o risco tanto de ter prejuízos operacionais como no investimento que fez. E esse risco aumenta para quem não é do ramo.

2) Não se pode comparar, do ponto de vista do produtor, a soja com o leite, pois enquanto o produtor pode estocar a soja para aguardar preço melhor ele não pode estocar o leite, ficando submetido ao preço do dia. Além disso o volume de soja comercializado no mercado mundial é enorme enquanto o do leite é restrito.

3) No Brasil, a produção de leite não é subsidiada e os financiamentos para investimentos na produção de leite, em termos de carência, juros e prazo de amortização não são compatíveis com as margens proporcionadas pela atividade.

4) No Brasil a fraude no leite campeia solta, o que prejudica os produtores de leite, e não se vê uma ação efetiva da indústria para acabar com isso.

5) Por falta de uma política leiteira que premie a produção de leite profissional, em base empresarial, com raras exceções os mais prejudicados tem sido os que se profissionalizam. Para quem acha que estou exagerando, é só ver a média de captação das indústrias, que é baixíssima. ma maioria delas na faixa entre 70 e 100 l/dia/produtor.

Por causa desses pontos é bom que pretende produzir leite profissionalmente e em bases empresariais, seja para entrar no negócio e ampliar o seu, por as barbas de molho, porque a coisa não é fácil e tem muito pouco apoio da indústria e do Governo.

E recomendo para quem quer entrar ou expandir não pensar em quanto quer ganhar com o negócio mas quanto está disposto e pode perder. Isso porque em qualquer negócio novo ou que se expande é comum haver prejuízo por algum tempo, e se não houver reservas parra suportar o negócio está fadado ao insucesso e o investidor sair com prejuízo. E mais um lembrete, quando chegar ao limite de prejuízo estabelecido que pode suportar, é bom que pare e procure outra atividade para que não comprometa sua atividade futura em outro negócio.

Marcello de Moura Campos Filho
VALDIR GOERGEN

AUGUSTO PESTANA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2014

Parabéns Amigo Wagner
Realmente esta é hoje a situação da grande maioria dos produtores de leite, muitos produtores com pequena escala de produção se empolgaram, pelos preços pagos por certas empresas de leite. E agora estas empresas ou freteiros já não estão mais por aí e o produtor ficou com o PEPINO.
Um abraço
Valdir Goergen
OLÍMPIO GOMES AGUIAR

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2014

Parabéns! Wagner. Muita propriedade e conhecimento é o que encontramos em todos seus artigos. Agradeço também, pois com certeza estudo como esse toma bastante tempo e dedicação, e você nos oferece sem custo algum. Obrigado. Abraço.
Olímpio Aguiar.
GILSON SANTANA FILHO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2014

Teorias e previsões, quem esta na atividade na pratica, com um capital mobilisado e imobilisado alto, com dificuldades de encontrar mão de obra qualificada e a decadas esperando por uma remuneração justa e sempre no vermelho pois se fizermos as contas só do valor da terra e das vacas vamos ver que estamos pagando para trabalhar. Vamos ser otimistas e acreditar que agora é hora de investir o que...........
JEFERSON PIROLI

VIDEIRA - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2014

Parabéns pelo artigo, isso prova que temos que traçar estratégias para reduzir custos.
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 09/12/2014

Perfeito.

Temos que gerir o que está ao nosso alcance;

O mercado é auto-regulável, vamos parar de discutir preço e partir para a ação no que é possível;

Gestão é tudo.

Parabéns!
MARCIO JOSÉ DE ANDRADE

JACAREZINHO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2014

parabens pelo artigo demostra bem a realidade,e da uma visao de futuro,so vai fc quem for eficiente e competitivo.
JAIR DA SILVA MELLO

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 09/12/2014

Parabéns Wagner, excelente análise e acompanhamento de mercado. O que estudou e publicou em 2010 se repete. No Brasil, parte dos produtores achavam que a maravilha de preço em 2013 e 2014 seria um novo patamar, o que realmente não existe, pois novamente estamos chegando perto de US$ 2 mil/tonelada de leite. Muitos ficarão pelo caminho com "modismos" e "perfumarias". Abraço.
ROBERTO DE ANDRADE BORDIN

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 09/12/2014

Olá...Excelente artigo, em uma economia com tantas oscilações e a grande maioria dos produtores de leite não usando as ferramentas básicas de gestão de propriedade o cenário é complicado...porém vamos atuar em nossas localidades alertando e orientando os produtores a esta realidade nacional e a necessidade de mudar sua visão. Com certeza não só apenas os produtores e sim a cadeia produtiva leiteira. Integrando interesses será a melhor forma de continuar neste setor.

abs
HERMENEGILDO DE ASSIS VILLAÇA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 09/12/2014




parabens pelo artigo.

está mais que provado , que uma má gestão, é a causa de muita quebradeira, no

no setor leireiro.

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