Para alcançar esse índice de relaxamento das artérias, os pesquisadores testaram mais de 10 amostras até chegar a uma composição ideal. "Validamos 25 peptídeos, cinco com características similares. Tais descobertas proporcionam um aumento no interesse industrial, que poderá incorporar o soro ou frações dele a diversos produtos alimentícios ou nutracêuticos", conta Luísa Rosa, do Programa de Ciências de Alimentos da UFRJ. A par das comprovações dos benefícios do novo ingrediente para a saúde e seu potencial de utilização na indústria, ainda resta aos pesquisadores um desafio tecnológico: retirar o amargor dos peptídeos .
Para avaliar a aceitação do consumidor, os pesquisadoras realizaram uma análise sensorial do produto em pó adicionado a uma sobremesa láctea comercial sabor chocolate branco. Cem provadores participaram do teste em que foram oferecidas duas amostras sem identificação, uma com e outra sem o ingrediente funcional: 81 atribuíram notas maiores que 7 à sobremesa adicionada de peptídeos e 78% relataram que a comprariam. Em relação à sobremesa comum, 71 pessoas atribuíram nota maior que 7 e 66% delas a comprariam. A preferência do consumidor se mostrou maior pela sobremesa com ingrediente funcional. "Continuaremos os testes desse ingrediente em outros produtos. Vamos trabalhar no desenvolvimento de um produto salgado", relata Luísa Rosa.
As informações são do portal O Globo.