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Nestlé sobe preços e vendas são afetadas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 21/10/2016

3 MIN DE LEITURA

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Nestlé - Brasil A Nestlé aumentou preços no Brasil e sentiu o impacto no volume das vendas no terceiro trimestre. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, seu presidente, Paul Bulcke, mostra-se cauteloso sobre os negócios no país, estimando que a economia foi um pouco "sacrificada" pelas turbulências políticas nos últimos tempos. O Brasil foi, junto com a China, um dos países mais citados no anúncio dos resultados do terceiro trimestre, feito hoje pela maior fabricante de alimentos do mundo.

Entre janeiro em setembro, as vendas globais alcançaram 65,5 bilhões de francos suíços (US$ 66,1 bilhões), numa alta de 3,3% que representa o mais fraco resultado em mais de uma década. A Nestlé reduziu suas ambições para 2016. O crescimento orgânico (sem aquisições) de 4,2% para este ano foi reajustado para 3,5%, em meio à persistente demanda reprimida, deflação em países industrializados e inflação em certos emergentes. A empresa diz que, em todo caso, conseguiu ganhar ou aumentar fatias de mercado em 60% de seus negócios no mundo.

A Nestlé continua a priorizar aumento de volume, mas o resultado do terceiro trimestre mostra que as condições são duras para a indústria alimentar como um todo, observam analistas. Ainda assim, a Nestlé supera os concorrentes. No Brasil, a companhia aumentou os preços de maneira importante em junho para compensar a pressão com a desvalorização do real, e isso teve impacto no curto prazo sobre o volume, disse François-Xavier Roger, CFO (chief financial officer) da Nestlé. Dessa forma, o faturamento cresceu mais do que o volume vendido, levando a companhia a dizer que o modelo de crescimento mudou.

A Nestlé informou ainda que o crescimento no Brasil "está resiliente, embora afetado pelo aumento necessário dos preços, particularmente em produtos lácteos e de confeitaria". Bulcke adota um tom cauteloso sobre o Brasil, um dos maiores mercados da companhia. "O Brasil passa uma fase de turbulência política e a economia foi um pouco sacrificada", afirmou. Indagado se considerava que o governo de Michel Temer tomou o rumo correto, Bulcke respondeu: "Não sei. Ainda há muitas tensões, elas não acabaram". Acrescentou que "há inflação, um pouco de recessão. É uma pena, porque todo mundo sabe que o Brasil agora tem que pagar um preço, e é o que está acontecendo".

O executivo acompanha o debate sobre como o governo quer tornar o país de novo competitivo "e economicamente viável", e "esperamos que possamos continuar investindo". Lembrou que a Nestlé tem muitas fábricas no país, novas tecnologias estão sendo adotadas, e que a unidade industrial da marca de café Dolce Gusto, a última inaugurada no país, talvez necessite de uma nova linha de produção, assim como há possibilidade de mais exportações. "Eu não diria que a economia continua contraindo, e nós não estamos contraindo", acrescentou.

De seu lado, François-Xavier Roger, CFO (chief financial officer), estima que em setembro as vendas voltaram "a uma situação mais ou menos normal no Brasil", mas que "há incertezas, muita volatilidade de mês a mês, de um trimestre para outro". Para Roger, a Nestlé consegue resistir, mas precisa continuar sendo prudente porque "há muita incerteza econômica, não se pode esquecer que o Brasil passou a sua pior crise dos últimos tempos".

Para Bulcke, uma vantagem da Nestlé é o fato de ter as pessoas certas no mercado brasileiro, que entendem bem a situação local. Uma boa notícia é a solução para a fusão da Nestlé e da Garoto. "Enfim parece que chegamos a um resultado", exclamou Bulcke, após 14 anos de impasse "lamentável". Segundo o executivo, a Nestlé venderá algumas marcas. "Ok, é o preço a pagar. Isso nos permite realmente ir adiante. É um bom sinal para o futuro". Nos emergentes, a grande preocupação é mesmo a China. As vendas de bebidas estagnaram.

Uma nova legislação sobre alimentos exigirá mais adaptações no modelo de negócios. Indagado sobre quanto tempo acha que a demanda global continuará deprimida, Bulcke afirmou: "A crise financeira nos atingiu há oito anos e muita gente falou que a recuperação ainda pode durar mais de 10 anos. É o caso. Sair desse ambiente de baixo crescimento vai demorar alguns anos ainda. E tem também a dimensão política, desinflação, endividamento das nações em alta, gastando-¬se dinheiro que ainda não se ganhou". Nesse cenário, a indústria de alimentação "não deve cair na armadilha do curto prazo e salvar o dia", disse Bulcke. Tem que apresentar resultados, mas precisa manter o foco investindo no longo prazo.

As informações são jornal Valor Econômico.
 

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