Há um movimento crescente em direção à sustentabilidade, responsabilidade social e transparência nos rótulos, disse a companhia de pesquisa de mercado global, Euromonitor International, que lançou uma base de dados de rotulagem ética. De acordo com a nova pesquisa, os rótulos halal e vegan deverão crescer em uma taxa de crescimento composto anual (CAGR) de mais de 5% anualmente entre 2015 e 2020, traduzindo-se em US$ 13 bilhões e US$ 708 milhões em vendas adicionais.

Embora os rótulos de vegan e halal estejam no topo da lista para crescimento, a indústria de lácteos também pode aproveitar as rotulagens éticas. O analista de rotulagens éticas do Euromonitor International, Alan Rownan, disse que na categoria de lácteos, “reciclagem, religião, obtido localmente e rótulos de produção limpa” estão entre os principais direcionadores. Olhando as principais tendências, os lácteos com rotulagens de produção limpa deverão crescer US$ 4,6 bilhões no período previsto de 2015-2020.

“Companhias como China Mengniu Dairy, Danone, Whitewave Foods, Lactalis e Chobani estão direcionando o valor das vendas de produtos lácteos com afirmações de produção limpa nos rótulos e reduzindo as preocupações dos consumidores que podem suspeitar de ingredientes artificiais”. Rownan disse que a rotulagem ética é um chamado para aumentar a transparência e a prestação de contas aos consumidores globalmente. “É essencial para as companhias de lácteos utilizar embalagens limitadas nos produtos para dissipar a preocupação dos consumidores sobre os rótulos”.

“No geral, a maioria do valor de vendas de rótulos limpos vem dos mercados dos Estados Unidos, China, Alemanha, Itália e Reino Unido. Reformular produtos e embalagem em um esforço para reduzir as preocupações dos consumidores está se tornando uma necessidade em alguns desses mercados visando acompanhar os competidores, enquanto em outros, as companhias podem ser pioneiras ao incluir afirmações nos rótulos e influenciar o impulso pela transparência”.

“Os produtos lácteos rotulados como kosher nos Estados Unidos estão mostrando forte valor de vendas no período previsto, enquanto a China lidera os produtos halal globalmente, destacando o quão específicas são as preferências de mercado e como não há uma política e uma abordagem que servem para todos’”.

O sistema Passport: Ethical Labels, por exemplo, auxilia na análise de uma ampla gama de rótulos atuais no mercado, ajudando as companhias a entender os principais direcionadores do consumo ético global. Rownan disse que, geograficamente, o sistema cobre 26 mercados chaves e que o Euromonitor rastreou os rótulos éticos em aproximadamente 26.000 marcas (excluindo as marcas privadas de varejistas).

“Esse sistema destacará o impacto que vários rótulos podem ter e gerar um valor agregado significativo às marcas. Também incluídos em nosso escopo estão vários mercados emergentes que foram escolhidos taticamente para destacar a importância das variadas preferências de rotulagens éticas. Por exemplo, o quão prevalente a rotulagem kosher é em Israel?”, comentou Rownan.

Ele disse que os dados do Euromonitor permitem avaliar o desempenho de marcas com rótulos éticos e trazem análises complexas sobre onde as companhias precisam estar para suprir a demanda de certas características. “Se o rótulo é de ‘sem corantes artificiais’ no Reino Unido ou ‘sem OGMs’ nos Estados Unidos, somos capazes de rastrear a prevalência dos rótulos por meio do valor das vendas e mapear isso a um desempenho geral da categoria baseado em nossa base de dados da indústria de alimentos, refrigerantes e bebidas quentes”.

Ewa Hudson, chefe de saúde e bem-estar do Euromonitor, disse que a rotulagem de produtos vegans é uma das principais categorias do futuro, com um número crescente de companhias expandindo seu apelo ao consumidor para evitar produtos de origem animal.

“O aumento da demanda e a tendência a proteínas vegetarianas e vegans indicam para onde o mercado está caminhando agora”. Os três mercados de mais rápido crescimento vegan entre 2015 e 2020 são China, com 17,2%; Emirados Árabes Unidos, com 10,6% e Austrália, com 9,6%.

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint.