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Mercado em contradição: entressafra X preços em queda

POR MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

E MARLIZI M. MORUZZI

PANORAMA DE MERCADO

EM 09/07/2010

4 MIN DE LEITURA

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Assim como a temperatura, os preços ao produtor prometem cair novamente no mês de julho, uma situação atípica considerando a época de entressafra no Sudeste e Centro-Oeste. Segundo fontes da indústria, os consumidores não absorveram as altas de preços dos lácteos no varejo no início do ano - em especial do leite longa vida -, gerando queda nas vendas do produto, com consequente redução dos preços no atacado.

Outro motivo alegado pelas indústrias para redução dos preços foi o aumento da oferta. Segundo a Pesquisa Trimestral do Leite (IBGE), divulgada no final de junho, a captação formal no 1º trimestre/10 cresceu 5,71% em relação ao mesmo período de 2009, e 4,6% acima frente ao volume captado no 1º trimestre de 2008. Como pode ser visto no gráfico 1, o maior aumento se deu em março, último mês do trimestre, sugerindo que provavelmente os três meses seguintes tenham tido comportamento semelhante, notadamente em função do aumento dos preços ao produtor a partir de janeiro, aliado aos preços menores dos grãos (melhorando a relação de troca e favorecendo a alimentação do rebanho). Caso a produção tenha se mantido crescente nos 3 meses seguintes, é possível que o 1º semestre tenha fechado com um volume consideravelmente maior de leite internamente. Os dados de captação do Cepea, no entanto, apontam queda na oferta no segundo trimestre, de forma que não é possível ainda ter uma ideia clara do comportamento dessa variável no primeiro semestre.

Gráfico 1. Captação formal de leite no Brasil (em mil litros).
 

Clique na imagem para ampliá-la.

Ao analisarmos o volume de leite disponível no mercado interno dividido pela população média do período, nota-se que houve um aumento na disponibilidade per capta no 1º trimestre de 2010 em relação a 2009. Nos primeiros 3 meses do ano, o consumo aparente de leite pelos brasileiros ficou em 27,07 kg/habitante, registrando uma disponibilidade 4,71% maior de leite por habitante. Esse valor - 4,7% - é superior ao crescimento médio do mercado em volume nos últimos 10 anos, que ficou ao redor de 3 a 3,1% ao ano.

Tabela 1. Disponibilidade per capta de leite no 1º trimestre de 2009 e 2010 (consumo aparente).
 

Clique na imagem para ampliá-la.

Para o produtor, os últimos meses não foram ruins. Analisando os dados mensais desde o ano 2000, a Receita Menos Custo de Ração (considerando uma vaca com produção média de 20Kg de leite/dia) no mês de maio deste ano, corrigida para a inflação, só foi pior do que agosto a setembro de 2007 (gráfico 2), o que deve ter motivado o aumento da produção.

Gráfico 2. Receita menos custo de ração (R$/vaca/dia, corrigidos pelo efeito da inflação).
 

Clique na imagem para ampliá-la.

O aumento da oferta, aliado à elevação de preços ao consumidor, resultou em diminuição das vendas e acúmulo de estoques em uma época pouco convencional. Em função disso, no atacado, as cotações do leite longa vida continuam em queda, com negócios entre R$ 1,30 a R$ 1,50/litro e, segundo agentes consultados pelo MilkPoint, muitas indústrias ainda estão com estoques consideráveis do produto (o que força os preços para baixo). O leite em pó também registra queda (cotado em média a R$ 6,80 - R$ 7,50/kg no atacado), e formação de estoques. No varejo, a queda do leite longa vida em junho foi mais evidente - em pesquisa realizada pelo MilkPoint na cidade de Piracicaba-SP, o leite UHT mostrou queda de 6,6% (- R$ 0,134/litro) no mês de junho em relação à média do mês de maio (em maio, a média ficou praticamente estável frente a abril). Em junho notou-se também um aumento na diferença entre o dia da pesquisa e a data de fabricação (tempo de prateleira) do produto.

Gráfico 3. Preços médios do leite UHT no varejo de Piracicaba-SP e dias de fabricação.



A queda nos preços do atacado reflete imediatamente no leite spot e, em um segundo momento, no preço ao produtor. O mercado spot (entre as indústrias) mostra-se bem desaquecido, com negócios na casa dos R$ 0,70/litro, R$ 0,20 a 0,30 centavos a menos do que os valores de pico.

As indústrias exportadoras não mostram-se animadas para fazer negócios no exterior. Os preços no mercado internacional estão instáveis, com tendência de queda, e com o câmbio atual, as indústrias alegam que não é possível viabilizar as exportações. Os preços do leite em pó integral estão em US$ 3.587/ton na Europa e US$ 3.500/ton na Oceania. No último leilão da Fonterra, realizado dia 06 de julho, o valor médio dos contratos para o leite em pó integral ficou em US$ 3.224/ton, mostrando queda significativa de 14,8% frente a junho.

A balança comercial de lácteos brasileira fechou o primeiro semestre de 2010 com déficit de US$ 70,5 milhões, com compras de 54,5 mil tonelada de lácteos, e apenas 28,4 mil toneladas exportadas.

Gráfico 4. Preços médios do leite em pó integral no Oeste da Europa, Oceania, e nos leilões da Fonterra.



Considerando a situação no mercado interno e a falta de estímulos vindos do exterior, o que se espera para os preços ao produtor, segundo a maioria dos agentes consultados, é de queda de até 8 centavos no pagamento de julho (leite de junho). Neste cenário, o ritmo da produção interna terá forte impacto na dinâmica das cotações: a queda de preços poderá desestimular a produção, gerando reajuste de preços para cima ainda no segundo semestre de 2010.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

MARLIZI M. MORUZZI

Médica Veterinária pela FCAV/UNESP-Jaboticabal.

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LUIZ EDUARDO ALMEIDA DE RESENDE

MIRAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/08/2010

O leite, é o único produto que vendemos sem saber o preço.
Quando vamos comprar qualquer mercadoria sempre perguntamos.
Quanto vale esse produto?
No caso do leite a pergunta é diferente.
Quanto vão pagar pelo meu produto?

É muito estranho em época de seca o preço do leite estar despencando dessa maneira isso é coisa de governo querendo fazer média com povão as custas dos outros.

Até quando o produtor rural vai aguentar ser tratado como idiota?

Caros amigos desculpem a revolta mas precisamos desabafar
EDUARDO AMORIM

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/08/2010

Prezados Marcelo e Marlizi,


A quantas anda aquele primeiro pedido da CNA feito pela Senadora Kátia Abreu contra a importação de leite e derivados? Agora temos este novo pedido da CNA contra importação do malfadado SORO. Por falar em SORO será que está havendo fiscalização efetiva sobre o UHT? Temos que abrir os olhos e lutar juntos pela sobrevivência de nosso setor. Vejam um trecho de matéria recente sobre o assunto:

" Outro problema que preocupa a CNA é a elevada importação de soro de leite. Por esse motivo, no último dia 4 de agosto, a senadora encaminhou ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, um ofício solicitando a abertura de investigação sobre a elevada quantidade de soro de leite importada. Em junho deste ano, o Brasil importou 4.117 toneladas de soro de leite, 73% a mais a média mensal de importação do ano passado, que foi de 2.384 toneladas. A senadora destacou que o Brasil é auto-suficiente na produção de soro, portanto, não haveria motivos para comprar esse subproduto no exterior. "

FONTE: https://www.faeg.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6939:cna-alerta-que-aumento-das-importacoes-de-lacteos-prejudica-a-pecuaria-de-leite&catid=14:ultimas-noticias

NAGILA SILVA DAL POZ DA SILVEIRA

CAMPINA DA LAGOA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/08/2010

lendo tantos comentarios tentei tirar minhas conclusoes,

continuo, invisto mais ou paro

o trabalho e dificil quero apenas uma remuneracao digna

pra min e todos os produtores
LUIZ JOSE DA MATTA SOBRINHO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/08/2010

Sindicatos, federações e confederação. Têm a concessão por decreto e nada fazem. Não tomam iniciativa de nada. Há quantos anos se arrasta essa situação do produtor de leite? As nossas entidades não fazem nada. Já deveríamos ter um regra para comercialização do leite que mantivesse uma correlação com os preços praticados pelas indústrias em toda a sua linha de produção e não somente em cima do leite LONGA VIDA, um produto que agrega valor apenas para a TETRA PAK. Isso não é sério. Imaginem! O leite agregando valor a uma embalagem e não a embalagem agregando valor ao leite. Quase sempre o leite fica mais barato do que a embalagem. São distorções que precisam ser corrigidas. As nossas entidades precisam fazer alguma coisa e chamar os produtores a apoiá-las e não esperar que os produtores as chamem para intervir, pois nós produtores somos milhares e dispersos. As nossas entidades têm que catalizar os anseios e demandas dos produtores. Transformar esses anseios e necessidades em uma luta limpa,clara, objetiva e sem peleguismos. Só assim sairemos dessa com dignidade, sem ser pelo abandono da atividade ou pela derrota que aquí significa insolvencia.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/08/2010

Infelizmente o aumento da oferta ocasionado pelo estímulo de preços (que, como previsto, em 2010 ocorreu mais cedo que o usual) aliado á perda de competitividade do Real para exportação, explica com facilidade a queda precoce dos preços em plena entressafra. Não existem culpados.
Mas a seca do centro sul está muito forte e o desestímulo veio muito cedo; dois motivos suficientes para prever um erro estratégico das industrias que estão forçando a baixa de preços por conta da oferta pontualmente alta.
Acrescente-se nisto a importação desnecessária, que oprime os preços mas não é sustentável e está formado um quadro promissor para o futuro próximo da produção. Bom ou ruim?
Parece mas não é bom porque não nos permite alcançar a estabilidade e a necessária visibilidade para investirmos no medio -longo prazo.
A meu ver o grande estrago vem da importação; por motivos alheios ao setor os preços externos baixos (em reais) estimulam a importação que não é necessária mas é financeiramente atrativa; assim por que pagar mais aqui dentro? É extamente o que vivemos entre 1996 e 1998, época de forte retrocesso no setor. A demanda interna é forte e isso mantém a demanda e os preços internos relativamente aquecidos, estimulando importações, porém a perda de competitividade do Real é assunto da macroeconomia e não deveria interferir na evolução do setor. Isso parece um tema antigo, mas baixar a cabeça agora para este problema é decretar mais tempo perdido no setor primário.
Se há algo possível de se fazer neste momento é suprimir importações. O restante vai acontecer por si só e o aprendizado no sentido da estabilidade só virá com os ensinamentos do passado.
RODRIGO FELIPE ZIELINSKI

DOIS VIZINHOS - PARANÁ - ESTUDANTE

EM 03/08/2010


Caro Sávio.


Agradeço pelas informações

Um abraço

Rodrigo
ODECIO ANTONIO LARA

GUAPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/08/2010

Meus, parabens MILK POINT, pelo trabalho .
Mas Eu acho, que o colega acima está certo
O problema é politica de governo e carteis.
O pais impotar um produto que esta com
sobra no mercado.
SE CHAMA FALTA DE GOVERNANTES QUE NÃO PENSA NO PRODUTOR RURAL.
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 02/08/2010

Ao amigo Rodrigo Felipe Zielinski;

Não existe uma correlação entre tamanhos de indústrias quanto ao pagamento de impostos. Aliás o Milkpoint essa semana noticiou uma anistia do governo a uma grande indústria devedora de PIS e COFINS.

Acho que o problema não passa pelo pagamento de impostos, até mesmo porque na maioria dos estados o leite é praticamente isento de ICMS pela política de incentivos e créditos. No âmbito nacionial o leite está isento de PIS, COFINS e Contribuição Social.

De qualquer forma, o tamanho da idoneidade das empresas não é diretamente proporcional ao tamanho dessas corporações.

Um abraço;

Sávio Santiago
ALCIDES PIANTOLA

CONCEIÇÃO DE MACABU - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/08/2010

Prezados Marcelo e Marlizi;

Este artigo é bastante elucidativo quanto convincente. Seria mesmo interessante ver uma abordagem como esta com regularidade.

Apesar de não ser o objetivo principal do artigo, fico feliz em ver na tabela 1 o Brasil minimizando seu deficit comercial, ainda que timidamente. Vamos programar uma festa nacional quando invertermos a balança comercial, quando nos tornarmos somente exportadores.

Também gostaria de me solidarizar com os colegas gaúchos, que sofrem mais de perto o impacto da importação e acabam por estar entre os produtores mais mal-remunerados.
RODRIGO FELIPE ZIELINSKI

DOIS VIZINHOS - PARANÁ - ESTUDANTE

EM 01/08/2010

Caros colegas, gostei dos comentarios de todos, mas uma coisa que nao concrdo é porque somente as industrias devem utilizar a caixa da tetra-pak? Será que o governo nao pode interferir nesta questao?
Outra é porque somente as industrias maiores devem pagar em dia seus impostos e existem tantas empresas de fundo de quintal, melhor dizendo, sonegao e vendem seus produtos nos mesmos mercados, sera que nao sao elas tambem que estao estragando nosso mercado?
Gastaria de uma esplicaçao melhor a respeito de alquem que ler este artigo?
Um abraço especial a Marlizi e Marcelo e ao seu trabalho maravilhoso.
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 27/07/2010

Eu havia decidido não comentar pelo fato de ter uma opinião formada e acreditar que sem uma ação que envolva todos nós nada irá acontecer de novo na organização de nosso setor. Como já havia comentado, estamos como cães corendo atrás do próprio rabo. Sabemos de todas as variáveis que tem nos sacrificado, mas resistimos a partir para a prática tomando atitudes necessárias a plena regulamentação do setor.

Porém, quando re-li a matéria achei importante participar. Fica implícito que a oferta maior á a principal culpada da retração de mercado. A afirmação é correta, porém não explica totalmente o ocorrido.

As imortações realmente não teriam volume suficiente para provocar um dano tão grande, porém em um país que passa por praticamente um equilíbrio entre produção e consumo, partindo para uma condição de excesso constante, uma queda tão grande na balança comercial é fatal.

A abertura do Uruguai aconteceu exatamente quando o UHT iniciava uma curva de alta. Esse fato possibilida uma prática ilegal que infelizmente ainda ocorre em grande volume: a reidratação de leite para o UHT.

Como foi comentado, no início do ano algumas indústrias intensificaram a produção de UHT contando com uma alta estratosférica como ocorreu nos últimos anos. Esse fato somado a disponibilidade de leite do Uruguai, que reidratado custaria uma média de R$ 0,50 possibilitou mais uma vez uma ação desastrosa de algumas indústrias de UHT.

Vendo o comentário do amigo Laércio, acredito que a indústria dele dentre outras médias indústrias de UHT não tem realmente influência na manipulação de preços. Porém é difícil de engolir que algumas mega-indústrias declarem claramente que tem 45.000.000 de litros de UHT em estoque sem que estas tenham tentado manipular o mercado. Sob essa alegação seria a mesma coisa que admitissem que são incopetentes na atuação comercial, e sabemos que não são.

A verdade, é que essas indústrias foram surpreendidas nos últimos anos com vendas de UHT até R$ 3,00 pagando leite a R$ 0,80, apurando margens próximas a 150%, e por isso a cada ano que entra repetem ações desastrosas tentando prever o mercado favorável como ocorreu.

Ao amigo Laércio, já trabalhei com UHT e não tenho nada contra quem trabalha, porém enxergo como nocivo ao mercado, já que propicia uma grande concentração nas indústrias e uma grande concentração no varejo.

Acredito muito no retorno gradativo do pasteurizado aos consumidores, e estou vivenciando sucesso nessa aposta. O consumidor não quer mais ficar sucetível a pagar R$ 3,00 em um litro de leite, não quer mais dar dinheiro para tetra-pak por uma embalagem 400% mais cara para usufruir de um produto inferior. Por fim, o produtor não aguenta mais ser manipulado por indústria imediatistas que visam obter lucros absurdos sem analisar os danos que estratégias desastrosas possam causar a coletividade. Aliado a marketing educativo e distribuição eficiente, o pasteurizado está de volta.

Um abraço a todos;

Sávio Santiago
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 27/07/2010

Só para complementar,

Ao amigo Robeterto Trigo Mesquita,

Concordo com tudo o que disse exceto que haja um conluio entre grandes Indústrias de UHT e redes varejistas.
O que existe é uma relação doente em que os "manipuladores" produtores de UHT botam a faca no pescoço do grande varejo quando acreditam que o mercado vai subir, fato que não acontece em mais que três meses no ano. Por sua vez, o grande varejo põe duas facas nos pescoços dos "manipuladores" quando percebe uma oferta um pouco maior que lhe pertmite não desabastecer suas gôndolas no restante do ano.
No meio dessa confusão estamos todos nós produtores, indústrias e demais participantes do mercado a mercê de todas as atitudes desastrosas dessas grandes indústrias.
Concentração é o nome dessa mazela que nos assola.

Um abraço

Sávio Santiago
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 23/07/2010

Olá Marcos,

Obrigado pelo comentário, vamos ver o que ocorrerá com os preços. Acredito que a oferta terá um peso muito importante. Tivemos bem mais leite disponível nesse primeiro semestre do que em 2009 (leite produzido + importado), mas a base de 2009 era baixa.
MARCOS TEIXEIRA DA SILVA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 23/07/2010

Bom te ouvir Marcelo,

Pode apostar no meu cenário, preços baixos até dezembro, que é quando o custo do leite começará a subir já que NESTLÉ, PERDIGÃO E DANONE atacarão os produtores para garantir o leite dos 6 primeiros meses do ano.

No mercado internacional, preços também nos patamares atuais ou até um pouco mais baixos.

2010 será um ano de produtores ganhando um pouco de dinheiro e indústrias passando aperto.

Em dezembro, te mando um email para lhe lembrar do meu 100% de acerto.

abraço !!
MARCOS TEIXEIRA DA SILVA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 22/07/2010

Marcelo,

Sua explicação sobre o mercado de leite longa vida para nosso amigo Walter da Emater resumiu como nunca a realidade desse mercado. Quando ao artigo, não acredito que os preços do leite possam reagir no segundo semestre, a puxada de freio de mão da produção teria de ser muito grande. Mesmo com os preços atuais, uma parte considerável das propriedades conseguiu operar no verde.

Forte abraço.
Marcos
MARCOS ANTONIO RODRIGUES

ABADIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/07/2010

Sem duvida nenhuma, a margem de lucro dos laticinios nao pode cair do seu limite, pode sim aumentar.Agora nos produtores que se dane,que se vire com essas oscilaçoes de mercado manipulado.E uma vergonha a politica agricola deste pais.
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/07/2010

Se sobra leite no mercado, só pode ser leite não brasileiro, muito soro de leite dentro das caixinhas , pois como todo mundo sabe a fraude neste tipo de embalagem é mais fácil, e a fiscalização não é eficiente. Fazem de tudo para sacaniar o produtor de leite, não pode ganhar dinheiro , pelo contrario , tá sempre pendurado, é o para raio da cadeia produtiva do leite. Alguma coisa deve acontecer, vamos aguardar, uma coisa é certa , somos fracos em representatividade.
JOSÉ ALMEIDA DE OLIVEIRA

MAJOR ISIDORO - ALAGOAS - EMPRESÁRIO

EM 20/07/2010

Nós produtores de leite de vaca, por mais que soframos com essas desigualdades nos preços do que produzimos, alguns falam em união do produtor, não acho dificil, acho impossivel. E vários são os motivos, ganancia da Indústria, falta o poder de argumentação do produtor, entre outros motivos esses predominam.E o que devemos fazer? temos saída. Entre as muitas, grupos familiaresw industrializarem o que produzem, grupo de poucos Fazendeiros criarem parâmetros para negociações. Pode não resolver definitivamebnte o problema, mas, ameniza
MOACY GUILHERME BOTELHO COELHO

PINHEIROS - ESPÍRITO SANTO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 20/07/2010

Brm pessoal estamos no mato sem cachorros, como dizemos aqui no interior.Todos os planos economicos existente no Brasil até hoje, foi feito sobre os auspa­cios do produtor rural (todos)! Normativa 051? (fracaso total), pois ela nos levaria para uma melhor qualidade e, automaticamente uma melhor gestão no campo, pois encaparia uma nova cultura, igienização, saude animal,novos manejo de dentro da porteira ao transporte industria e até nas gondulas e frios dos pontos de vendas.Agora como pergunta? O que eles iriam dizer nos palnques?Que as grandes empresas estão querendo acabar com o pequeno! pois se parar com o latao os pequenos vao para a favela! Como se ja nao estivese na favela rural. Porem se a normativa entrasse de verdade existiria grandes e pequenos conscientes produtores deste tao nobre alimento( nobre com a normativa). Quando surgiu alguns produtores começaram investir no melhoramento de sua produção como exemplo tanques resfriadores rotacionados irrigados ordenhas mecanica genetica e outras coisa mais, só que estamos competindo com os tambores ao sol de meio dia em carrocerias e algumas empresas dizendo que ja estao pagando por qualidade! Que qualidade? Tem qualidade aonde? Como é o leie que vem da Argentina, Uruguai, sera que tem o mesmo padrao exigido por aqui? Se tem porque nao manda pra la,! se pagam mais e o leite deles tao competitivo . Precisamos parar e falar em grandes e pequenos pois todos podemos produzir com mais quelidade e logo, agregar algum valor no produto mas precisamos acabar primeiro com esta politica indecente e mentirosa, principalmente com estes chamados pequenos que na verdade um chavao para mantelos acorrentados a compra descarada de votos dizendo que estao livrando dos grandes.
RICARDO MORETTI ALVES

ANDRADINA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/07/2010

Estou cansado de tanta desculpa. Não vale a pena ficar falando, falando. A própria indústria é quem causa tanta oscilação no mercado e é claro por puro interesse próprio. É complicado ficar lutando contra esses mandantes do mercado do leite. É necessário união de produtores. Fazer com que o governo interfira no mercado, caso contrário, sinto muito em dizer, mas não vamos vencer, ou melhor, não vamos ao menos empatar.

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