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MARLUCIO PIRESEDEALINA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 29/10/2014
Esse cenario de reduçao de preços nao e nenhuma novidade para essa epoca do ano. Nos produtores devemos nos preparar e ajustar custos de forma que a baixa dos preços seja menos impactante no orçamento. Baixa em fim de ano nao e surpresa. O remedio e planejamento.
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ARTHURSACRAMENTO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 28/10/2014
Esse ano o mercado está totalmente diferente, não só pela seca, mais pelo momento da economia que estamos passando, acredito que Janeiro 2015 o cenário será o reflexo do ano que estamos passando, diferentemente dos outros anos. A copa do mundo só veio para "quebrar" o mercado, ano de eleição, inflação fora de controle, falta de chuva na região Sudeste, e outra série de fatores que influenciaram esse ano ruim do mercado leiteiro.
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VALTER GALANPIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 27/10/2014
Prezado Paulo,
Não há dados oficiais (do IBGE) sobre a evolução da produção até o mês de outubro; o último dado disponível indica crescimento da produção formal (Pesquisa Trimestral do Leite), na ordem de 8,6% no primeiro semestre de 2014 vs. o mesmo período de 2013. Nossas conversas semanais com diferentes agentes do mercado indicam que o ritmo de incremento tende a diminuir, mas ainda assim temos um volume de produção bastante maior que no ano passado. Este indicativo num cenário de economia que praticamente não cresce indica um represamento de volumes que apontam para um ajuste de preços, como indica o artigo. Um abraço! Valter |
VALTER BERTINI GALANPIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 27/10/2014
Prezado Marlon,
No mercado internacional, o leite em pó integral, que era vendido no início do ano a cerca de US$ 5000/ton, hoje é comercializado a US$ 2500-2600/ton. Esta forte queda foi devida a um significativo aumento na produção nos países/regiões de produção mais relevante no mundo (Nova Zelândia, Austrália, União Européia, Estados Unidos) e a queda das importações dos grandes consumidores, principalmente a China, a partir de meados do primeiro semestre. No Brasil, o leite em pó industrial também está em queda e, de acordo com o levantamento semanal do MilkPoint Mercado, fechou semana passada a R$ 9,8/kg. |
LEOVEGILDO LOPES DE MATOSJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 27/10/2014
Um problema bastante sério e sempre relegado é que nossos produtores adquirem insumos para sua "produção futura", vendem o leite hoje para receber no mês que vem, calculam seus custos de produção com custos do passado e tem obrigação de repor seus estoques pagando com o passado. O farelo de soja que adquiriu no passado, passou pela boca de suas vacas que lhe devolveram leite, leite esse que pode não ter mais a capacidade de compra para reposição do farelo de soja
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JEAN JUNIOR SCHERERGETÚLIO VARGAS - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS EM 27/10/2014
Bom dia Paulo F. Stacchini!
Ótima reflexão, até pouco tempo trabalhava para uma pequena indústria de laticínios, e todo ano era a mesma situação, baixa de preço nessa época, perda de produtores e em fevereiro correr atras de novos produtores. Acredito que o que vem se desenhando no mercado é uma pequena baixa agora, porém não muito acentuada, pelo que não se sabe sobre o clima no cento-oeste e sudeste, se as chuvas chegarão ou serão suficientes e pela entrada de novas empresas estrangeiras do setor que (acredito eu), não vão querer perder volume e algumas precisarão repor algum volume perdido (caso da empresa que assumira a unidade da LBR em Tapejara-RS). Também concordo que é mais inteligente não perder agora do que correr atras depois, e acredito que diferentemente do anos anteriores este será difente. |
PAULO F. STACCHINISÃO CARLOS - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 26/10/2014
Olá Valter, parabéns pelo artigo! Já existem dados em relação à captação no Sudeste e Centro-Oeste refletindo o efeito da estiagem nessas regiões a partir de setembro? As chuvas continuam escassas e nesse tradicional período de transição entre inverno-primavera já é normal se observar alguma redução de produção (nos sistemas mais tecnificados pelo calor/estresse térmico e nos menos tecnificados por falta de forragem). Mas nesse ano, com a estiagem prolongada, produtores já "perderam" outubro em termos de produção de forragem. É bem provável que até condições de umidade do solo se normalizarem, novembro tenha se perdido também. Como a seca começou mais cedo esse ano e vai terminar mais tarde, estamos observando no campo uma grande dificuldade do produtor em manter o suprimento de forragem, o que tem ocasionado uma redução na produção de leite maior que o normalmente é esperado nesse período. Em alguns produtores consultados, observam-se quedas de 15-20% no leite produzido em setembro e outubro em relação aos volumes de leite produzidos em Julho e Agosto. Mais uma vez, acredito que o comportamento baixista pressionado pela demanda mais enfraquecida, mas também antecipadamente repassado pela indústria ao produtor pode ser um "tiro no pé". Uma hora esse déficit na captação aparecerá no mercado, fazendo com que o que se "economizar" agora, será perdido mais à frente, a não ser que a demanda realmente continue muito enfraquecida. A indústria tem reduzido sistematicamente os preços pagos ao produtor em novembro e dezembro, mas tendo que iniciar compras em fevereiro dos anos subsequentes num patamar muito maior. Será essa a estratégia mais inteligente de manter e repor margens?
Abraço, Paulo Stacchini - COWTECH |
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