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Beber ou não beber leite? Eis a questão.

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 03/04/2014

3 MIN DE LEITURA

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Hoje em dia, escrever sobre o leite é comprar uma guerra. Quer se fale dos seus benefícios, quer dos seus efeitos menos positivos para a saúde, extremam-se rapidamente posições como em mais nenhum alimento.

Esta forte ligação do leite à nossa cultura (começando no leite materno, atravessando o leite escolar e acabando no tradicional café com leite) deveria também trazer bastante bom senso para todos aqueles que publicamente falam do leite sendo ou não profissionais de saúde.

Sobre o leite e a saúde há muitos mitos, meias verdades e conclusões sem fundamento. Abordando algumas delas, sempre nos vem a questão de sermos os únicos mamíferos a beber leite após a amamentação e da elevada prevalência de intolerância à lactose na população mundial - cerca de 70% - que “deve querer dizer qualquer coisa”.

A mais recente “machadada” na reputação do leite partiu da parte da Universidade de Harvard que, em 2011, excluiu aparentemente os lácteos do seu guia de alimentação saudável, colocando em questionamento o benefício destes na prevenção da osteoporose e reforçando o aumento do risco de alguns tipos de câncer associado ao seu consumo.

De fato, esta exclusão foi apenas aparente, uma vez que apesar dos laticínios não estarem presentes na sua representação gráfica “Prato Saudável” (como está na nossa Lista dos Alimentos, por exemplo), os autores do guia referem que poderão ser ingeridas 1 a 2 porções de lacticínios diariamente.

O argumento para a limitação deste valor passa pelo aumento do risco de câncer da próstata (que foi de fato verificado, mas por ingestões elevadas de leite gordo e já depois do diagnóstico da doença) e potencialmente de tumores do ovário (risco modesto e não observado para o leite em particular, apenas para a ingestão de lactose equivalente a 3 ou mais porções diárias de laticínios). Curiosamente o efeito protetor do leite no câncer do cólon não foi abordado neste guia, o que revela o quão difícil é (até para os melhores) deixar de lado o “coração” quando se fala de um alimento que suscita tantos amores e ódios.

Também o efeito do leite na saúde óssea tem merecido ampla discussão pois, afinal, “como se explica que alguns países na Ásia, África e América do Sul exibam uma baixa prevalência de osteoporose com uma ingestão de leite e derivados quase inexistente?” Quando falamos de saúde óssea, mais do que nunca devemos abordar de forma integrada o estilo de vida e não apenas a alimentação e a mera soma de todos os nutrientes que dela fazem parte.



Tentar estabelecer uma relação entre densidade mineral óssea e ingestão de leite/cálcio é abusiva pois para ela contribuem muitas outras variáveis como os níveis circulantes de vitamina D (provenientes da alimentação e exposição solar), exercício físico com “impacto” (como corrida, caminhada e musculação), ingestão de vitamina K, ingestão abusiva de proteína, cafeína e refrigerantes com ácido fosfórico e flutuações hormonais (sobretudo nas mulheres após a menopausa).

É uma conjugação favorável de todos estes fatores (que raramente se vê nos países ocidentais) que explica que algumas populações com baixíssima ingestão de cálcio e lacticínios apresentem uma prevalência de osteoporose também baixa.

Já no que diz respeito à associação entre a ingestão de leite e doenças cardiovasculares, esta tem sido nula (mesmo para laticínios gordos) ou até fracamente negativa, o que reflete o seu já reconhecido papel benéfico na redução da pressão arterial (em associação a frutas e hortaliças) e a falta de ligação entre gorduras saturadas (sobretudo os ácidos graxos de cadeia curta presentes no leite) e risco cardiovascular. Também no controle do peso corporal, a ingestão de leite e lacticínios parece dar um “empurrãozinho” extra ao aumentar a perda de peso e massa gorda e preservando a massa muscular em indivíduos já “em dieta” (o que é bastante diferente de dizer que o leite emagrece!).

Assim, como em quase tudo na vida, o consumo regular de leite tem vantagens e desvantagens. Hoje em dia pode não ser um alimento tão essencial como já se chegou a considerar, mas está longe de merecer toda a diabolização existente à sua volta.

Em resumo:

- Se tem a “vantagem genética” de tolerar bem o leite, aproveite! Não deixe de beber mas também não beba excessivamente;

- Prefira as opções com baixo teor de gordura se estiver tentando perder peso;

- Pesando todos os prós e contras, o leite apresenta mais benefícios para a saúde do que malefícios;

- Se é intolerante à lactose pode sempre experimentar outras opções de leite sem lactose ou iogurtes;

- Se é “intolerante ao leite” não por questões fisiológicas mas por princípio, respeite quem tem uma opinião diferente;

Esse texto é do life&Style, adaptado pela Equipe MilkPoint Brasil.
 

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MATHIAS MONTEIRO DOS SANTOS JÚNIOR

ARACAJU - SERGIPE - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/04/2014

Leite e a base da alimentação e deve ser respeitado , com fiscalização pelos órgãos públicos.
CLÁUDIO CUNHA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/04/2014

Parabéns à Milk Point pelas reportagens de forma imparcial, procurando levar notícias aos leitores. Realmente nosso planeta vive época de modismo em todos os aspectos e como o modismo atual é "perder peso" muitos cidadãos, inclusive "graduados em faculdades" acham que para viver bem o corpo precisa só de alfacinha, couvinha, etc. Coma de tudo e gaste tudo o que comer. Bebo, em média, dois litros de leite/dia e minhas atividades consomem o que bebo e como. Também sou carnívoro e consumo tal carne ingerida. Legumes e verduras também fazem parte de meu cotidiano. A academia do homem rural chama-se "campo" e um ótimo aparelho de ginástica desta academia chama-se "enxada". Um campeão brasileiro de halterofilismo tem em sua dieta a carne (incluindo gordura de picanha), leite e derivados, verduras, legumes, sucos, vitaminas de frutas batidas no liquidificador. Como ele é profissional do ramo, passa o dia exercitando-se em levantamento de peso. No final de cada dia faz exames e tudo o que ingeriu durante o dia está zerado devido aos exercícios que faz. É importante sabermos que alimento não é para engordar ou emagrecer, mas, sim, é para abastecer nosso organismo conforme a atividade que temos no cotidiano. Bebo leite, bebo leite, bebo leite. E também iogurte, coalhada, como queijo, requeijão, como pão de queijo, carne, presunto, apresuntado, verduras, legumes. Mas consumo tudo o que como. Na roça, ou zona rural, como preferirem, ainda encontramos a famosa "banha de porco", toucinho, leite puro, etc. E também encontramos a famosa e mais saudável academia de ginástica chamada "campo" com o famoso equipamento de ginástica chamado "enxada". Viva a vida, viva o leite e derivados.
EDSON APARECIDO DOS SANTOS

CERQUEIRA CÉSAR - SÃO PAULO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 04/04/2014

Eu gosto de leite! Só lamento que o leite UHT, pasteurizado,  não conserve as mesmas qualidades digestivas e gustativas do leite "in natura" (o leite UHT produz excesso de gases e muitas vezes azia). Assim sendo, resolvo o problema procurando tomar sempre o leite "in natura" após fervura como sempre fizemos na fazenda.
EVERALDO BATISTA DE MESQUITA

TERESINA - PIAUÍ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 04/04/2014

Coincidentemente nesta semana tive uma acalorada discussão com alguém de minha família que me apresentou videos e outras fontes de informações que abordam esses todas essas questões mencionadas.

O texto acima é bem esclarecedor.

De tudo que serve de alimento temos a nossa disposição para escolher consumir.

Tudo que existe para alimento  na terra não é 100% saudável: as frutas, os legumes, os grãos, as carnes, os láteos, as massas, as bebidas(incluindo também a água). A variação de ser saudável ou não imagino que deva ser levado em consideração o grupo de pessoas, o uso ou não de agrotóxicos, a quantidade consumida ou forma em que é consumida, entre outras.

Abolir o leite do consumo e/ou divulgar malefícios e o desuso é incentivar  o uso de alimentos menos saudade a população mundial.

Apreciaria que os editoriais da MilkPoint continuasse investigando o assunto, publicando artigos relacionados, incluindo bases científicas.

Atenciosamente, Everaldo-PI.
ANDRE LUIZ MERCHAN

MATUPÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/04/2014

ISSO AÍ GALERA!!!!!!!!!

Beba mais Leite!!!!!
SIDNEI FRIES

ALTO BELA VISTA - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/04/2014

Bebo leite e vou continuar bebendo até morrer; precisamos fazer uma correção, não somos os únicos mamíferos a beber leite após o desmame, somos sim a única espécie que aprendeu a tirar leite, qualquer mamífero para o qual mesmo após o desmame se oferecer leite ele vai beber, eles só não aprenderam a tirar leite; por que será que a espécie humana sobressaiu-se às outras espécies, por que será que evoluímos de uma forma diferente? Faço esta pergunta dirigida principalmente aos "estudiosos".
TIAGO LUÍS RHODEN

CERRO LARGO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/04/2014

Eu também, podem falar o que quiser, continuo consumindo 1 litro de leite dia, nata, queijo etc... E é bem bom...
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 03/04/2014

Pois bem, entre tantas controvérsias mantenho-me no habitual consumo de 3 litros diários de leite fluído mais queijos, iogurtes, manteiga, requeijão, doce de leite e por ai vai...
JOÃO MARCOS GUIMARÃES

CARRANCAS - MINAS GERAIS

EM 03/04/2014

O leite é um alimento importante para todas as idades. Ele é sempre culpado pela alta da inflação, por ter gordura,etc.. É atacado e defendido por nutricionistas e médicos. Com ele pode-se fazer um pudim delicioso ou até o utilíssimo botão. Enfim, é um produto sagrado!!

Beber ou não beber leite? Eis a questão.

É realmente difícil fazer a escolha, não de beber ou não beber, mas na hora de comprar. O que está na caixinha, na lata ou no saquinho plástico é realmente  LEITE?

Na hora da escolha fico em dúvidas, sérias dúvidas;  não dá para fazer a opção sem ter o temos da FRAUDE. Sim ela existe e o consumidor , muitos deles crianças e/ou idosos, corre o risco de levar para casa " gata por lebre". O combate à fraude tem que ser mais intenso e sério. Uma sugestão: coletar as amostras de leite para consumo nos pontos de vendas e não no laticínio.

Não dá mais para conviver com a incerteza da qualidade, nós, nossos filhos e toda nossa família merecemos respeito. Leite com qualidade, eis a questão.

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