Ásia, África e América Latina consumirão cada vez mais produtos lácteos fluidos, de acordo com a Tetra Pak. Falando durante a Gulfood Manufacturing 2014, Dennis Jönsson, presidente e diretor executivo da Tetra Pak, fez uma apresentação sobre "Impulsionando a Inovação no Processamento e na Embalagem de Alimentos".

Ele disse que o desafio de hoje é alimentar uma população global que está cada vez mais demandante, e que com 9,6 bilhões de pessoas até 2050 (estatísticas das Nações Unidas), sistemas sustentáveis de produção de alimentos estão no topo da agenda de todos e o setor de lácteos terá um papel crucial. Para isso, ele citou os autores Chester Roadhouse e James Henderson que escreveram um livro na década de cinquenta chamado “The Market-Milk Industry”, onde descrevem o leite como “o alimento mais próximo do perfeito”.

“Precisamos fornecer produtos lácteos diversificados. Não se trata apenas de sabor, mas do pacote completo; como ele se parece, o quão fácil ele é de usar, o quanto se adequa ao estilo de vida da pessoa, como a faz se sentir. Para acompanhar as tendências dos consumidores, precisamos fazer quatro coisas; diferenciação do produto, redução do sistema de custo de operações, requerimentos ambientais e alcançar e garantir a segurança alimentar”.

De acordo com Jönsson, a Tetra Pak vê inovação em várias áreas; criando ideais para crescimento, focando no portfólio de produtos, produtos com valor agregado para suprir as demandas dos consumidores, economias para crescimento, processamento e embalagem e ofertas de serviços que forneçam economias para todas as pessoas.

Ele disse que agora é hora de destacar atividades conjuntas para os clientes para proteger suas marcas e aumentar seus perfis. “A demanda global por lácteos aumentará de forma significativa, direcionada pelo crescimento econômico, urbanização, aumento nas rendas disponíveis e aumento da classe média em mercados em desenvolvimento”, disse ele. “Mais famílias querem leite em sua dieta diária. De acordo com o Índice da Tetra Pak do mês passado, o consumo global aumentará em 36% até 2024 e 212 bilhões de litros a 223 bilhões em 2016. Devemos ver um aumento na demanda por produtos lácteos, principalmente impulsionada pelas nações emergentes, como África, Índia e China, que têm desencadeado grande parte da demanda. Ao mesmo tempo, esse crescimento tem visto um aumento no ritmo da urbanização”. “A população da Nigéria deverá crescer em 20 milhões de pessoas até 2018, fornecendo um alto potencial de crescimento do mercado. O Oriente Médio representa uma oportunidade enorme também – o crescimento para leite fluido aumentará em 52% somente na Arábia Saudita até 2024”.

Jönsson acrescentou que estamos vendo uma nova geração de consumidores educados que “pedem simplesmente o melhor”. “Pela primeira vez, as famílias de baixa renda podem se dar ao luxo de comprar mais, esses consumidores são a classe média de amanhã. Eles aspiram ter os mesmos produtos, experiências e serviços que aqueles nas maiores cidades, embora esses não estejam disponíveis para eles hoje. Precisamos atender às necessidades nutricionais desses consumidores sem comprometer seu alimento ou qualidade”. “Os produtos precisam cumprir com demandas de saúde e estilo de vida específicas que trazem benefícios, como melhora na saúde dos ossos, imunidade, destacam-se na aparência, bem-estar geral e se encaixam a seus estilos de vida ocupados”. “O consumo ‘em movimento’ aumentou nos últimos cinco anos. As pessoas dependem de produtos e serviços para ajudá-las a economizar tempo, a indústria precisa produzir produtos que ajudem as pessoas a controlar sua saúde e demandas de estilo de vida. Essa tendência tem direcionado uma série de produtos no mercado com embalagens que podem ser fechadas facilmente e fáceis de manusear, incluindo nosso Tetra Prisma Aseptic”.

Jönsson citou a região do Oriente Médio e África do Norte como uma das regiões mais dinâmicas de hoje e a população econômica deverá aumentar para 30% até 2030, com mais pessoas indo para áreas urbanas. “Mais de 28% das pessoas daqui tem idade entre 25-29 anos e eles se tornarão consumidores de classe média amanhã. A estrada à frente é cheia de oportunidades, mas é crítico que cumpramos alguns dos desafios que surgem para nós”.

A reportagem é do Dairy Reporter.